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‘Não vai virar a Bienal da Enchente’
Entre o vivenciado e o imaginado
Catástrofe, tragédia e desastre como categorias clínicas e estéticas
Ganância e dívida são pilares em mostra na Fundação Prada
Agenda
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Concebida e montada pela Universcience | Cité des Sciences et de l’Industrie em colaboração com o Museu Nacional de História Natural da França, a exposição “Darwin, o Original” oferece a
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Concebida e montada pela Universcience | Cité des Sciences et de l’Industrie em colaboração com o Museu Nacional de História Natural da França, a exposição “Darwin, o Original” oferece a chance de nos reconectarmos ao pensamento – muitas vezes mal interpretado – de Charles Darwin; é uma viagem fascinante às noções que sustentam sua teoria de evolução e às inovadoras abordagens do mundo natural pelo cientista.
Seguindo um percurso interativo, com apresentações envolventes, o visitante conhece a vida desse homem lendário, mostrando como se desenvolveu seu pensamento e como se estruturou sua obra magistral e revolucionária. A exposição também discute o contexto histórico em que Darwin viveu e trabalhou: o momento em que a ciência começa a se libertar da religião e como suas ideias foram recebidas naquela sociedade. Finalmente, lança luz sobre os avanços das ciências da evolução, na linha do tempo traçada a partir dos estudos e conclusões de Darwin.
Serviço
Exposição | Darwin, O Original
De 16 de março a 11 de agosto
Terça a sexta, das 10h30 às 21h, sábado e domingo das 10h30 às 18h
Período
16 de março de 2024 10:30 - 11 de agosto de 2024 21:00(GMT-03:00)
Local
Sesc Santo André
R. Tamarutaca, 302 - Vila Guiomar, Santo André - SP
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A partir de 27 de março, a Área de Convivência do Sesc Pompeia recebe a exposição Quase Circo – Carmela Gross. Sob a curadoria de Paulo Miyada, a mostra da
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A partir de 27 de março, a Área de Convivência do Sesc Pompeia recebe a exposição Quase Circo – Carmela Gross. Sob a curadoria de Paulo Miyada, a mostra da artista visual paulistana proporciona uma leitura abrangente de suas obras, evidenciando a diversidade de sua produção e sua contribuição para a arquitetura, história urbana e o panorama artístico contemporâneo.
A exposição destaca a convergência entre as criações de Gross e a arquitetura visionária de Lina Bo Bardi, oferecendo aos visitantes uma imersão nas obras da artista. Sem aderir a rótulos ou convenções, a narrativa visual apresentada por Carmela Gross desafia expectativas e convida os espectadores a explorar novas perspectivas.
A mostra reúne 13 obras, exibidas em grande escala, como a instalação “RODA GIGANTE” (2019), “ESCADAS VERMELHAS” (2012/2024), “O FOTÓGRAFO” (2001), “UMA CASA” (2007),” LUZ DEL FUEGO” (2018/2024), “FIGURANTES” (2016), “BANDO” (2016/2024), “ROUGE” (2018), “A NEGRA VERMELHA” (1997/2024), “BANDEIRA PIVÔ” (2024).
Além disso, os visitantes terão acesso a painéis luminosos, vídeos e desenhos na Área de Convivência, junto com duas obras anteriormente expostas no Sesc Pompeia: “RIO MADEIRA” (1990) e “ESTANDARTE VERMELHO” (1999). Destaca-se também a obra “GATO”, criada especialmente para a exposição e instalada nas passarelas do complexo esportivo, inspirada em um desenho de Lina Bo Bardi.
“Esta exposição é uma convergência. De um lado, a obra peculiar de Carmela Gross, que, ao longo de quase seis décadas, produz arte como uma forma singular de observar, deslocar e recombinar elementos do mundo, frequentemente utilizando os restos do crescimento urbano como matéria-prima. De outro lado, a arquitetura de Lina Bo Bardi, que encontrou no Brasil lições sobre trabalho, arquitetura e design populares, incorporando-as em sua própria arquitetura fundamentada em princípios modernistas”, destaca o curador.
Para o diretor regional do Sesc São Paulo, Luiz Deoclécio Massaro Galina, a iniciativa integra uma série de projetos expositivos sediados no Sesc Pompeia em anos recentes, com o intuito de revisitar produções históricas de nomes decisivos para a compreensão da arte brasileira. “A obra de Carmela Gross se conecta com mais uma dimensão valorizada pela entidade, a saber, a sensibilidade aos espaços arquitetônicos e a seus usos múltiplos, inclusive no sentido de desafiá-los. Uma fábrica refundada enquanto centro de lazer e difusão artístico-cultural, em um período histórico de perda de função dos complexos industriais urbanos, é particularmente propícia para isso”, destaca.
A exposição fica aberta para visitação do público até o dia 25 de agosto de 2024 e conta com ações educativas ao longo deste período. Para acompanhar a programação, acesse: sescsp.org.br/quasecirco.
Serviço
Exposição | Quase Circo – Carmela Gross
De 27 de março a 25 de agosto
Terça a sábado, das 10h às 21h. Domingos e feriados, das 10h às 18h.
Período
27 de março de 2024 10:00 - 25 de agosto de 2024 21:00(GMT-03:00)
Curadoria
Paulo Miyada
Paulo Miyada é curador e pesquisador de arte contemporânea. Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela FAU-USP, tem mestrado em História da Arquitetura e Urbanismo pela mesma instituição. Foi assistente de curadoria da 29ª Bienal de São Paulo, em 2010, e fez parte da equipe de curadores do Rumos Artes Visuais do Itaú Cultural, entre 2011 e 2013. Atualmente, é curador-chefe do Instituto Tomie Ohtake, e coordenador do Núcleo de Pesquisa e Curadoria do mesmo instituto. Em 2021, passou a atuar como curador adjunto do Centre Pompidou, em Paris, uma das mais renomadas instituições de arte da Europa. Miyada também é curador adjunto da 34ª Bienal de São Paulo.
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Uma noite que se repete indefinidamente: é este o mote da exposição, que apresenta os mais diversos tons de claro-escuro, produzidos com diversas técnicas fotográficas. – A noite sempre esconde
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Uma noite que se repete indefinidamente: é este o mote da exposição, que apresenta os mais diversos tons de claro-escuro, produzidos com diversas técnicas fotográficas. – A noite sempre esconde algumas coisas e expõe outras – ressalta Vicente.
Já na abertura, a série Limite Oblíquo subverte o próprio ato de fotografar, quando o artista captura, em alto contraste, vários objetos deixados na areia pelo mar, que ele próprio recolheu, dispostos sobre uma superfície iluminada. Noite Americana, inspirada na estética do cinema noir da década de 1950, é uma sequência de fotos de interiores e de paisagens urbanas, capturadas com pouca iluminação, em que predominam o contraluz e imagens escuras, com pouca definição.
Galáctica transforma luminárias, lustres e neons em formas que lembram corpos celestes, ao serem isolados de seu conceito original – o que, de certa forma, contradiz a ideia da fotografia como documento ou como reprodução fiel de um cenário. O exercício com objetos retirados do ateliê do artista, tratados na sala escura, sem câmera e sem negativo – à maneira dos rayogramas de Man Ray – cria a série Monolux, formada por fotogramas de laboratório.
Vermelhos Telúricos mostra cópias fotográficas no formato de molduras de slides de várias paisagens do mundo, que tendem à tonalidade vermelha, pelo desgaste do tempo; e Slidetrip é uma homenagem ao tempo das projeções domésticas de slides. A celebrada Moiré reflete efeitos de luz e sombra através do movimento das cortinas de um apartamento em Pequim, enquanto Silence City fala sobre o tempo.
Átomo Cian, que integra a série Sete Dias, é a imagem de um poste da cidade de Bruxelas que Vicente fotografou, usando um prisma comum de brinquedo. Duplicou a foto com lambe-lambe e, mais tarde, com serigrafia de alta qualidade. O resultado é uma instalação que lembra uma rede neural; “uma trama estelar, observada por um astrolábio à noite” como define o artista.
Ultramarino homenageia os faróis que orientam os navios quanto aos perigos ou os conduz à segurança, protegendo e orientando os navegantes. Na sala escura, um periscópio simula o movimento de um farol náutico. Embora as paredes estejam cobertas com imagens, o visitante só vê as imagens que o farol varre, em seu movimento constante.
Toda Noite tem curadoria assinada por Marília Panitz, mestre em arte contemporânea, teoria e história da arte pela Universidade de Brasília; e Aldones Nino, curador adjunto do Collegium (Arévalo, Espanha), além de doutorando em Historia y Arte pela Universidade de Granada, em cotutela com o programa de PósGraduação em Artes Visuais da UFRJ.
Serviço
Exposição | Toda noite
De 13 de abril a 28 de julho
Terça a domingo, das 11h às 19h
Período
13 de abril de 2024 11:00 - 28 de julho de 2024 19:00(GMT-03:00)
Local
Centro Cultural Justiça Federal
Avenida Rio Branco 241, Cinelândia - Riod e Janeiro - RJ
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Exposição individual do artista Maxwell Alexandre. Novo poder: passabilidade faz parte da série “Novo Poder” e trata-se da itinerância em São Paulo do primeiro Pavilhão de Maxwell Alexandre, que foi
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Exposição individual do artista Maxwell Alexandre. Novo poder: passabilidade faz parte da série “Novo Poder” e trata-se da itinerância em São Paulo do primeiro Pavilhão de Maxwell Alexandre, que foi no bairro de São Cristóvão, Rio de Janeiro.
Uma vez que o artista tem uma agenda de exposições majoritariamente internacional, o Pavilhão Maxwell Alexandre foi anunciado para expandir no Brasil, a discussão do que estava sendo mostrado em galerias e museus fora do país. A intenção é gerar diálogo e dar acesso a uma audiência local à obra do artista e seu desenvolvimento a longo prazo: passabilidade. A caminhada segura e tranquila pelo cubo branco. Este é o conceito de passabilidade nos termos de Maxwell Alexandre.
Tratada pela primeira vez dentro da série Novo Poder na Espanha, passabilidade ganha desenvolvimento e chega com uma abordagem mais aguda ao Pavilhão, através de uma instalação ambiciosa com mais de 50 retratos, todos pintados a óleo sobre papel pardo.
Firmes e conscientes desses espaços – museus e galerias – que outrora eram hostis a pessoas melanizadas, os personagens caminham elegantes, como se estivessem desfilando numa passarela. Em Novo poder: passabilidade, o artista faz esse cruzamento entre moda e arte contemporânea, denotando os dois campos como plataformas de empoderamento, que oferecem dignidade e autoestima para o indivíduo.
Serviço
Exposição | Novo Poder: passabilidade
De 19 de abril a 29 de setembro
Terça a Sexta – Das 10h às 21h30, sábado – Das 10h às 19h30 e domingo – Das 10h às 18h30
Período
19 de abril de 2024 10:00 - 29 de setembro de 2024 19:30(GMT-03:00)
Local
Sesc Avenida Paulista
Av. Paulista, 119 - Bela Vista, São Paulo - SP
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Entre 25 de abril e 1º de dezembro de 2024, “Um Defeito de Cor” toma o espaço expositivo do segundo andar do Sesc Pinheiros com desdobramentos que recepcionam visitantes desde
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Entre 25 de abril e 1º de dezembro de 2024, “Um Defeito de Cor” toma o espaço expositivo do segundo andar do Sesc Pinheiros com desdobramentos que recepcionam visitantes desde o muro da entrada como uma mostra de arte que parte do romance histórico homônimo de Ana Maria Gonçalves. Em seu livro, a autora reconta a saga de Kehinde, africana escravizada confrontada com a necessidade de reconstrução em terras brasileiras e a incessante luta por liberdade fazendo uso da comida, da arte, do afeto, da busca pela família, acolhimento e de sua fé nos encantados.
Os curadores Amanda Bonan e Marcelo Campos, ambos do MAR (Museu de Arte do Rio), fizeram o convite a Ana Maria para uma construção curatorial conjunta a repensar a trajetória do livro de forma imagética: da produção moderna e contemporânea que tem em seu cerne a cosmogonia africana nasceu esse encontro a partir de produções de 131 artistas – entre 77 vivos e 37 já falecidos, além de 17 convidados a produzir novas obras para a mostra, com nomes como Kwaku Ananse Kintê, Kika Carvalho, Antonio Oloxedê e Goya Lopes.
Assim, tal exposição se pretende um profundo mergulho pelas quase mil páginas do texto de “Um Defeito de Cor” e toma seus dez capítulos como metodologia de divisão de núcleos temáticos em uma estrutura circular de fruição que transborda as questões da ancestralidade nas visualidades da mostra e proposta expográfica. Além dos curadores, fazem parte do processo de criação os artistas Ayrson Heráclito, consultor que assina a expografia ao lado de Aline Arroyo, e Tiganá Santana, curador da paisagem sonora que envolve o ambiente.
Nos meses em que esteve em cartaz no Rio de Janeiro, a mostra foi bem recebida pelo público, com visitação expressiva, deixando clara sua potência. É importante destacar que, antes da vinda para o Sesc Pinheiros, esta itinerância passou pelo Museu da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), fazendo uma importante triangulação entre instituições e abrangência de públicos do Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Serviço
Exposição | Um Defeito de Cor
De 25 de abril a 01 de dezembro
Terça a sábado das 10h30 às 21h | domingos e feriados das 10h30 às 18h
Período
25 de abril de 2024 10:30 - 1 de dezembro de 2024 21:00(GMT-03:00)
Local
Sesc Pinheiros
Rua Paes Leme, 195, Pinheiros, São Paulo - SP
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Sucesso de público e elogiada pela crítica, a mostra Dos Brasis, que reúne obras de 240 negros do país no Centro Cultural Sesc Quitandinha, foi vista por mais de
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Sucesso de público e elogiada pela crítica, a mostra Dos Brasis, que reúne obras de 240 negros do país no Centro Cultural Sesc Quitandinha, foi vista por mais de 130 mil pessoas no Sesc Belenzinho, em São Paulo. Exposição estará em cartaz, em Petrópolis de 3 de maio a 27 de outubro.
A centralidade do pensamento negro no campo das artes visuais brasileiras, em diferentes tempos e lugares, é uma das principais premissas que guiam o processo curatorial da mostra Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro, a mais abrangente exposição dedicada exclusivamente à produção de artistas negros. Depois de passar sete meses em São Paulo, com registro de mais de 130 mil visitantes, a exposição chega ao Rio de Janeiro e será instalada em um dos principais cartões postais da Região Serrana: o Centro Cultural Sesc Quitandinha (CCSQ), em Petrópolis. Com abertura marcada para o dia 3 de maio, a mostra receberá visitantes até 27 de outubro deste ano.
Resultado de um trabalho desenvolvido pelo Sesc em todo o país, a mostra conta com sete núcleos temáticos, reunindo aproximadamente 240 artistas negros, de todos os estados do Brasil, sob curadoria de Igor Simões, em parceria com Lorraine Mendes e Marcelo Campos. Realizada por meio de um trabalho em conjunto de analistas de cultura da Insituição de todo o país, a exposição traz obras em diversas linguagens artísticas como pintura, fotografia, escultura, instalações e videoinstalações, produzidas desde o fim do século XVIII até o século XXI. A lista completa dos artistas participantes está disponível ao final do texto.
A exposição chega na íntegra ao Centro Cultural Sesc Quitandinha (CCSQ). As 314 obras que estavam em exibição no Sesc Belenzinho (SP) vão ocupar os salões da área monumental do histórico edifício, que em 2024 completa 80 anos. Parte dos trabalhos, alguns inéditos, também serão expostos pela primeira vez na área externa e no lago em frente à unidade. A mostra vai ainda oferecer ao público uma programação paralela com ações em mediação cultural e atividades educativas, além de um programa público composto de debates e palestras com convidados.
Inaugurado em 1944, um ano antes do fim da Segunda Guerra Mundial, o Quitandinha abrigou um dos maiores hotéis-cassino das Américas. Recebeu personalidades brasileiras e hollywoodianas, como Carmen Miranda e Walt Disney. Também foi palco de eventos que marcaram a história, como da Conferência Interamericana para a Manutenção da Paz e da Segurança no Continente, em 1947, e a 1ª Exposição Nacional de Arte Abstrata, realizada em 1953. Na década de 1960, após a proibição dos jogos no Brasil, o cassino foi fechado e o hotel teve seus apartamentos vendidos, tornando-se um condomínio. Em 2007, a área monumental passou a ser administrada pelo Sesc RJ, que a transformou em um Centro Cultural.
Desde que foi reinaugurado como um Centro Cultural, em abril do ano passado, o Quitandinha vem sendo ocupado por exposições que resgatam a forte identidade afro-brasileira em Petrópolis. A primeira, intitulada “Um oceano para lavar as mãos”, com curadoria de Marcelo Campos e Filipe Graciano, apresentou uma revisão da história do Brasil a partir de narrativas não eurocentradas, pensada por curadores e artistas negros, levando o espectador à reflexão sobre a forte memória e produção artística negra na contemporaneidade, no Brasil e no município, e sua relação com o passado imperial. Depois, dos mesmos curadores, recebeu a coletiva “Da Kutanda ao Quitandinha”, em que o ponto de partida foi o território onde o edifício está inserido – uma região marcada por quilombos formadores da cidade.
Serviço
Exposição | Dos Brasis
De 3 de maio a 27 de outubro
Terças a domingos e feriados, das 10h às 17h
Período
3 de maio de 2024 10:00 - 27 de outubro de 2024 17:00(GMT-03:00)
Local
Centro Cultural Sesc Quitandinha
Avenida Joaquim Rolla, 2, Petrópolis, Rio de Janeiro - RJ
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A mostra individual do artista plástico Marcos Akasaki, “Equilíbrio Instável”, foi prorrogada até o dia 27 de julho. O conjunto de obras composto por esculturas, pinturas, desenhos, cerâmicas e outras
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A mostra individual do artista plástico Marcos Akasaki, “Equilíbrio Instável”, foi prorrogada até o dia 27 de julho. O conjunto de obras composto por esculturas, pinturas, desenhos, cerâmicas e outras técnicas contemporâneas ocupa o Espaço Cultural da FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo), que foi reinaugurado no final do ano passado na Rua General Jardim, região Central de São Paulo. Além disso, no dia 13, ganha uma nova oportunidade de visitação guiada pelo artista e pelo curador durante o encontro “Chá Com Arte”.
O “Chá Com Arte” é um evento já tradicional entre os artistas contemporâneos da cidade promovido pela Comissão de Artes Plásticas do Bunkyo. Nesta edição especial, que será realizada na FESPSP, os participantes terão a oportunidade de uma visita à exposição guiada por Akasaki e o curador da mostra, o PhD Andrés I. M. Hernández. A participação é gratuita e o encontro acontece no dia 13 de julho (sábado), às 14h30. A exposição, também segue com entrada gratuita de segunda à sábado, das 10h às 19h.
“Cada uma das obras da exposição condensa micromundos sensoriais, que, além de evidenciar o potencial autoral de Akasaki, transbordam metáforas e subjetividades pelas cores e formas. Explodem submundos lúdicos costurados por frames cromáticos reverberantes; como moléculas de um universo onírico e propositivo onde o artista projeta fábulas associativas aos espectadores; poemas hilemórficos estruturados em suas cadências de formas, materiais e cores, nas suas espacialidades”, explica Hernández.
O artista consegue extrair da instabilidade de materiais densos como o ferro e a cerâmica uma delicadeza no equilíbrio a partir dos tensionamentos formais, conceituais e espaciais, que as obras projetam instaurados na sua concepção, construção e visibilidade que carregam. O “Equilíbrio Instável” está nos embates discursivos provocados pela construção das obras e seus movimentos que sugerem a reformulação e a assimilação de cada componente estrutural e material das obras a partir do encontro com o espectador.
Serviço
Exposição | Equilíbrio Instável
De 27 de maio a 27 de julho
Segunda a sábado, das 10h às 19h
Período
27 de maio de 2024 10:00 - 27 de julho de 2024 19:00(GMT-03:00)
Local
Espaço Cultural da FESPSP
Rua General Jardim, 522 – Vila Buarque, São Paulo - SP
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Com curadoria do crítico e curador Adolfo Montejo Navas, a mostra Ars Sonora apresenta ao público uma faceta menos conhecida do multi-instrumentista Hermeto Pascoal – sua produção como
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Com curadoria do crítico e curador Adolfo Montejo Navas, a mostra Ars Sonora apresenta ao público uma faceta menos conhecida do multi-instrumentista Hermeto Pascoal – sua produção como artista visual. Em 2019, uma primeira montagem da exposição integra a 14ª Bienal de Curitiba e, agora, chega a São Paulo ampliada e em voo solo.
Músico autodidata em atividade desde a década de 1940, Hermeto Pascoal grava o seu primeiro disco, “Hermeto”, nos Estados Unidos, em 1971. Um ano antes emplaca duas composições suas no icônico “Live-Evil”, gravado ao vivo com Miles Davis. Em 1979 se apresenta no Festival de Jazz de Montreaux, na Suíça. Em sua longeva trajetória recebeu o Grammy Latino em 2019, na categoria “Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa”. E em maio do ano passado foi nomeado doutor honorário da Juilliard School, de Nova York (EUA) – o título foi entregue pelo trompetista Wynton Marsalis.
Em Ars Sonora – Hermeto Pascoal, o público pode conhecer sua criação no território das artes visuais. Pioneira, a mostra abrange diferentes linguagens, como desenhos, pinturas, objetos e proto-instrumentos musicais. A produção ultrapassa fronteiras disciplinares e, de modo ampliado, estabelece relações com a performance e as artes visuais.
A proposta da exposição Ars Sonora – Hermeto Pascoal é reconhecer sua produção para além dos já difundidos conceitos de Música Livre e Música Universal. Neles, o artista afirma a quebra das barreiras culturais, ultrapassando linguagens e suportes estabelecidos pela tradição. Nesse sentido, a mostra reúne objetos feitos dos mais diferentes materiais, deslocados do seu uso cotidiano e reconfigurados em seu sentido visual. Panos de prato, chaleiras, caixas de presente, sacolas, brinquedos, roupas e toalhas de mesa servem à ampliação musical transpostas para a apreciação visual, dando forma a um vasto arquivo sensorial e sonoro.
Articulando sons e ruídos a partir da musicalidade coletada de animais e de objetos do dia a dia, o artista transforma usos e funções, construindo assim o seu alfabeto sonoro e visual próprio até chegar no glossário da sua linguagem, a “Hermetologia”.
“A obra ímpar e caleidoscópica de Hermeto Pascoal deve ser reconhecida de forma mais ampla, muito além das coordenadas estritamente musicais nas quais é mal confinada a maioria das vezes”, afirma o curador. “A compreensão da obra de Hermeto Pascoal também como música visual se baseia na consideração porosa de sua obra, uma arte sonora que ultrapassa seus eixos musicais para desenvolver uma potência sinergética de escritura musical e visual ao mesmo tempo, de visualidade sonora e gestual, que contamina todo tipo de instrumentos-objetos-suportes como novos espaços-registros de representação sonora (experimentações diversas com a natureza, a animália, a voz das pessoas, as performances corporais, os desenhos, os objetos-partituras, os álbuns sonoros, visuais, as trilhas imagéticas…). Tudo isso corresponde com uma terminologia afim à poesia visual, à pangrafia, e ao mesmo tempo ao happening, à performance, a outro olhar-ver-fazer que é simultâneo às percepções, à interação som/imagem, gesto/pensamento”, completa Navas.
O que encontrar em Ars Sonora – Hermeto Pascoal
Reunindo nove diferentes vertentes de sua criação, a mostra está configurada em um conjunto de núcleos em torno da poética artística elaborada por Hermeto Pascoal. Numa combinação relacional e interconectada, tem como ponto de partida a “Música da Aura”, na qual mostra experiências sonoras realizadas com o som da voz das pessoas e a sua natureza tonal.
A seguir vêm as partituras-expansivas, os poemas-objetos e as obras em papel. É nesta seção que estão elementos retirados de seu fabrico industrial serializado e ora refeitos em música própria e pessoal, a partir das notações musicais sobrescritas, como se as partituras brotassem dos objetos.
“Cosmossonia”, a seguir, traz como ponto de partida o som e trata-se, portanto, de uma ampla conversão de todo objeto e utensílio em instrumento musical. Na sequência, “Obras-Arquivo” apresenta o Calendário do Som, obra em que Hermeto Pascoal compôs, de 1996 a 1997, uma música para cada dia do ano. Publicada em livro em 2000, foi interpretado por diferentes artistas, como a “Orquestra Família de Itiberê Zwarg” e o músico João Pedro. Ao lado das partituras estão os desenhos de Hermeto Pascoal para a obra, além de anotações e comentários do autor.
As “Pinturas Caligráficas” reúnem partituras feitas em guardanapos, convites, papeis de toda sorte, toalha de mesa, brinquedos, jogos americanos, cardápios de restaurantes e até em papel higiênico ou tampa de privada. Roupas e as paredes de locais públicos também servem de suportes às partituras. Na exposição, estão acompanhadas dos “Desenhos e Pinturas” do artista. Feitos com técnica mista, lápis de cor e caneta hidrográfica, são obras que apresentam numerosos elementos de cor e figurações livres em correspondência entre si.
O segmento “Brincando de Corpo e Alma”, uma ação performática de 2012, exibe registro audiovisual de captações sonoro-visual do artista produzindo diferentes sons no próprio corpo. É exibido ao lado de outra produção em áudio e vídeo, a peça “Ato de Criação”, trilha-sonora de Hermeto Pascoal para o curta-metragem “Eu Vi o Mundo, e Ele Começava no Recife”, de Mário Carneiro, dedicado ao artista Cícero Dias. Por fim, “Animália” é uma instalação sonora na qual diferentes formas de vida e de viver são celebradas em sua sonoridade, tendo o registro do som de bichos reunidos como parceiros artísticos de Hermeto Pascoal.
Para completar a exposição há a “Hermetologia”, glossário no qual se compila uma coleção de verbetes e citações sobre os mais diversos assuntos, com reflexões do próprio artista sobre música, som, arte, cultura, matéria e espírito.
Serviço
Exposição | Ars Sonora
De 29 de maio a 03 de novembro
Terça a sexta, das 9h às 20h, sábado, das 10h às 20h, domingo e feriado, das 10h às 18h
Período
29 de maio de 2024 09:00 - 3 de novembro de 2024 20:00(GMT-03:00)
Local
Sesc Bom Retiro
Alameda Nothmann, 185 – Bom Retiro – São Paulo - SP
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A ideia de afrofuturismo remete a um campo complexo e polêmico de posicionamentos intelectuais, políticos e artísticos dissidentes. O termo costumeiramente está associado com a ideia de antirracismo, ancestralidade, futuro
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A ideia de afrofuturismo remete a um campo complexo e polêmico de posicionamentos intelectuais, políticos e artísticos dissidentes. O termo costumeiramente está associado com a ideia de antirracismo, ancestralidade, futuro e tecnoculturas. As práticas do afrofuturismo são movidas pela constatação da invisibilidade histórica e ideológica do negro nas sociedades ocidentais, demonstrada na ausência de representatividade e protagonismo negros na literatura, nas artes, nas ciências, na história e nas narrativas de ficção científica. Nesse contexto, o afrofuturismo sinaliza para a existência de uma humanidade negra, em um mundo não determinado pelo racismo e pela opressão. Um mundo pós-racial.
O termo afrofuturismo foi cunhado pelo escritor Mark Dery em 1994 (Black to the future) e difundido por pensadores e artistas afro-americanos que criticam a escravização enquanto mecanismo de apagamento de vidas negras. Ele informa um conjunto de práticas intelectuais e artísticas, orientadas para a construção de realidades não marcadas pela supremacia racial.
Uma visão peculiar desse debate encontramos no teórico Achille Mbembe, em seu texto Afropolitanismo (2005). Para o autor camaronês, existe uma modernidade africana pré-colonial, que foi devastada em sua materialidade e memória pelas práticas colonialistas. Por essa ótica, a visão afrofuturista consiste em desvelar a modernidade em um passado ancestral, presente ainda em espaços sociais que lhe são reminiscentes, a exemplo dos territórios sagrados das religiões afro-diaspóricas e comunidades quilombolas.
A exposição Bahia afrofuturista: Bauer Sá e Gilberto Filho, ao promover o diálogo entre dois artistas negros com poéticas distintas, busca apresentar diferentes abordagens dessa nova estética, comprometida com o ativismo negro. As linguagens eleitas pelos artistas — a fotografia e a escultura — servem como estratégia para experimentação de conceitos como a corporeidade e a espacialidade em perspectiva afirmativa e afrocentrada.
Bauer Sá (1950) faz parte da tradição de negros baianos que fizeram carreira enquanto fotógrafos ou fotojornalistas. No entanto, o que é peculiar na sua produção é a inserção da sua fotografia em um refinado circuito de instituições e coleções de artes visuais, circuito esse que era, diga-se de passagem, majoritariamente branco no Brasil. Na Bahia, Bauer Sá e Mário Cravo Neto são contemporâneos e fazem parte desse mainstream que contribuiu para elevar a fotografia ao status de obra de arte, embora o racismo tratou de construir trajetórias e privilégios distintos para ambos.
Uma primeira questão deve ser destacada ao se pensar o solitário processo criativo de Bauer: a forma como o corpo negro é politicamente atravessado pela condição de sujeito nas suas elaboradas construções imagéticas. Bauer é um dos pioneiros, enquanto artista negro, da arte antirracista na Bahia. Seu trabalho é uma crítica contundente à longa tradição etnográfica de representação do corpo negro enquanto corpo-coisa (corpo escravizado). Dessa forma, podemos vinculá-lo às inquietações afrofuturistas.
Suas imagens são construídas utilizando elaborações metodológicas sintéticas e precisas, com o intuito de apurar o seu discurso visual. Isso explica a opção pela fotografia em preto e branco, técnica aprendida enquanto assistente no laboratório do seu pai. Todo um controle formal está a serviço do apuro narrativo das imagens. Geralmente os seus trabalhos articulam dois elementos — um modelo negro e um objeto precisamente selecionado — que performam uma ação provocativa e política.
O seu talento produz padrões visuais minuciosamente construídos e elaborados. A modelagem da luz sobre o fundo preto gera um brilho suave na superfície, de modo a revelar na pele negra um raro jogo de claro e escuro. Tal realização estética representa um desafio técnico na apreensão da imagem do negro e sua fotogenia. É recorrente, no senso comum, a afirmação racista de que o negro “queima o filme”. Bauer destrói essa ideia infame. A realização do seu sofisticado processo de criação justifica a opção pela foto de estúdio, onde é possível se ter um controle rigoroso sobre a imagem produzida.
O corpo negro em Bauer, em fina ironia à tradição racista ocidental, também está nu. No entanto, a nudez nas suas fotos não coisifica nem hipersexualiza o corpo negro. A nudez em sua obra é cortante, política, revolucionária. É prerrogativa de uma humanidade negra que denuncia desigualdades e reivindica a condição e o lugar de sujeito àqueles corpos insubmissos. Bauer Sá faz foto-guerrilha. Sua estética pode ser compreendida pela “tradição radical negra”, onde o corpo-coisa cede lugar ao corpo-imagem, promovendo a morte da fotografia etnológica, tão comum na Bahia. Essa postura lhe confere um lugar de destaque, mesmo que à margem, na história da arte baiana. A sua obra impacta pela violenta objetividade das mensagens que elas veiculam. Sem ser panfletário, o ativismo artístico de Bauer Sá desconstrói e constrange velhas representações racistas. As suas imagens, de rara poética insurgente, revelam um obra que instaura uma crítica ao presente, como sugere fabulações de um futuro onde a humanidade negra é possível.
Gilberto Filho (1953) iniciou o seu fazer artístico como aprendiz de marceneiro na oficina de seu pai, na cidade histórica de Cachoeira, no recôncavo baiano. Essa cidade foi outrora a sede da primeira aristocracia rural da América, condição que lhe converteu em num lugar estratégico para a confluência de populações africanas oriundas do escravismo. A grande concentração de afrodescendentes transformou a cidade em uma importante referência da cultura afro-brasileira. Isso justifica a presença de inúmeros artistas negros que produzem esculturas em madeira e que gozam de prestígio pela qualidade de suas obras, normalmente representando santos, deidades do candomblé e outros temas populares.
No panorama artístico cachoeirano, a obra de Gilberto Filho se destaca por se distanciar completamente das temáticas dos seus conterrâneos. A sua produção veicula uma rasura na concepção de temporalidade. Ele evade das noções de passado e presente ocidentais, colocando em suspensão a ideia linear de tempo através de uma imaginação disruptiva que constrói cidades que são devaneios futuristas. Gilberto ressignifica o futuro em uma modernidade ancestral, concebida enquanto um sistema de saberes e crenças do passado que orientam o entendimento do mundo.
Na paisagem colonial da cidade de Cachoeira, o artista promove um estranhamento poético ao construir em pau d’arco, jacarandá, sucupira, angelim, louro e outras madeiras de lei, megalópoles afrofuturistas. O artista também faz uso de madeira de demolição para criar o futuro sobre as ruínas do passado. Um passado aparentemente superado em construções arquitetônicas grandiosas, que lembram as cidades das histórias de ficção científica.
Em sua manufatura, reconhecemos diversas técnicas tradicionais para se trabalhar a madeira, tais como marchetaria, entalhes e recortes. Com o auxílio de formões, tornos, serras e martelos, ele vai dando vida a conjuntos de arranha-céus, laboriosamente trabalhados em suas torres, frontões, cúpulas, varandas, esquadrias, pilotis e incontáveis pavimentos. Suas construções, de apurado rigor geométrico, não devem ser confundidas com maquetes, pois, como nos informa o artista, suas obras “não são cópias de prédios”.
A sua escala chega a medir 2,5m de altura, se estabelecendo espacialmente de forma instalativa, e nos transportando para lugares imaginários e distantes, diluindo prédios e fachadas em uma quase abstração. Gilberto inventa mundos, se impondo no espaço onde os arranjos escultóricos são montados. É curioso contemplar a contemporaneidade das suas esculturas futuristas nos velhos salões coloniais da prosaica cidade de Cachoeira.
À primeira vista, parece contraditória a utilização da madeira para a construção de mundos futuros, visto que esses sempre foram associados aos novíssimos materiais sintéticos e às tecnologias de última geração. No entanto, se olharmos a questão pela perspectiva da modernidade ancestral africana, talvez o procedimento artístico de Gilberto Filho fique mais compreensível. Por essa concepção, os elementos da natureza estão carregados de energias que agem sobre a ordem do mundo, odus e destinos. Por isso, compreendemos que mora em cada toro de madeira uma memória cósmica, apontando caminhos e orientando futuros ecologicamente harmônicos. Portanto, para a construção de um futuro que supere as desigualdades do presente, nada melhor do que se orientar por essa sabedoria ancestral. Só assim será possível um mundo absolutamente novo.
As cidades em Gilberto, por outro lado, acenam para além das utopias de equidade social do modernismo. Suas construções parecem desabitadas, à espera dos ideais de justiça e igualdade que estão por vir e que irão promover uma horizontalidade efetiva das estratificações sociais. O artista nos convida a sobrevoar uma sociedade antirracista, onde as suas esculturas servem de inspiração para narrativas afrofuturistas. Uma urbe que caiba a humanidade negra, uma Wakanda brasileira.
Pensar a produção de Bauer Sá e Gilberto Filho é um exercício de compreensão de distintos enfrentamentos antirracistas, nesse momento em que estamos unindo esforços para reescrever a história da arte brasileira de forma diversa e inclusiva, evidenciando o protagonismo de negros e indígenas. Rompendo com estereótipos impostos pela sociedade ocidental, a arte negra vem ganhando espaços relevantes e o artista negro rompendo a secular invisibilidade ideológica, se afirmando como autor de uma poética artística necessária para se pensar a cultura no Brasil.
Serviço
Exposição | Bahia Afrofuturista: Bauer Sá E Gilberto Filho
De 04 de junho até 28 de setembro
Segunda a quinta, das 10h às 19h, sexta, das 10h às 18h, sábado, das 11h às 15h
Período
4 de junho de 2024 10:00 - 28 de setembro de 2024 19:00(GMT-03:00)
Local
Galeria Galatea Salvador
R. Chile, 22 - Centro, Salvador - BA
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A Nara Roesler New York tem o prazer de apresentar Co(r)respondências: Afinidades construtivas/Pintura como superfície, segunda edição do projeto Co(r)respondences. Com curadoria de Luis Pérez-Oramas, a iniciativa curatorial busca reunir
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A Nara Roesler New York tem o prazer de apresentar Co(r)respondências: Afinidades construtivas/Pintura como superfície, segunda edição do projeto Co(r)respondences. Com curadoria de Luis Pérez-Oramas, a iniciativa curatorial busca reunir conjuntos de artistas de diferentes gerações cujas poéticas estabelecem diálogos entre si.
Esta edição conta com treze artistas, sendo oito deles representados pela Nara Roesler e os demais nomes internacionais convidados. Embora diferentes entre si, os trabalhos dialogam com o eixo curatorial da exposição, que consiste na compreensão da pintura enquanto um tratamento especial de uma superfície e os tipos de construtivismos que advém disso.
De forma a tornar visíveis os diálogos estabelecidos entre os trabalhos, a exposição estará dividida em núcleos: Montagem Construtiva e sua relação com o Espaço – que inclui os trabalhos de Lydia Okumura, Bruno Munari, Elaine Reichek e Lucia Koch –, Composições Seriadas de Formas Elementares – com Bruno Munari, Tomie Ohtake e Abraham Palatnik –, Superfícies Mutáveis enquanto Agentes de Deslocamento Temporal e Espacial – com trabalhos de Carlos Bunga e Eugenio Dittborn –, Repetição entre Ordem e Caos – com Antonio Dias, Chris Martin e Bruno Dunley – e Superfícies Gestuais – com obras de Karin Lambrecht, Mira Schendel e Cristina Canale.
De acordo com o curador Luis Pérez-Oramas, o critério de escolha para a realização dessas correspondências não se dá na História da Arte, mas sim na Antropologia: “somente a Antropologia entende a arte como uma política de multiplicidades, contra o fantasma da unificação e da síntese, contra um elemento dominante que subjuga todos ao seu entorno. Por meio de uma colisão de contextos, a Antropologia sugere que a arte pode ser universal apenas na condição que sua universalidade venha a consistir em sua incessante variação”.
Serviço
Exposição | Co(r)respondências: Afinidades construtivas/Pintura como superfície
De 13 de junho a 16 de agosto
Terça a sábado, das 10h às 18h
Período
13 de junho de 2024 10:00 - 16 de agosto de 2024 18:00(GMT-03:00)
Local
Galeria Nara Roesler NY
511 w 21st street new york, 10011 ny usa
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O Instituto Cervantes de São Paulo inaugura a exposição Por dentro da paisagem, uma exposição coletiva de pinturas e desenhos que mostram manifestações da arte cubana contemporânea atual. A arte
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O Instituto Cervantes de São Paulo inaugura a exposição Por dentro da paisagem, uma exposição coletiva de pinturas e desenhos que mostram manifestações da arte cubana contemporânea atual. A arte cubana, rica em simbolismo e reflexão, tem revelado uma tendência na ressignificação da paisagem e dos objetos do cotidiano através de um olhar singular dos artistas insulares. Na mostra, Alejandro Lloret (1957) Alexis Iglesias (1968), e J. Pável Herrera (1979) se destacam neste movimento, cada um trazendo uma perspectiva única e profunda sobre os espaços da paisagem e suas possibilidades significativas. Esses artistas
Com suas abordagens distintas, os três artistas convergem em uma visão que transcende o mero aspecto visual das paisagens. Eles convidam o espectador a uma contemplação mais profunda, onde cada espaço vazio, cada recorte da paisagem e cada objeto abandonado revelam histórias ocultas e significados transcendentais. Através de suas obras, nos oferecem uma ressignificação do olhar, uma oportunidade de enxergar o mundo com uma percepção mais aguçada, sensível e atemporal, conectando o material ao imaterial e o cotidiano ao permanente
Serviço
Exposição | Por dentro da paisagem
De 20 de junho a 27 de julho
Segunda a sexta, das 10h às 20h; aos sábados, das 10h às 14h
Período
20 de junho de 2024 10:00 - 27 de julho de 2024 20:00(GMT-03:00)
Local
Instituto Cervantes de São Paulo
Av. Paulista, 2439, São Paulo - SP
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A Nara Roesler Rio de Janeiro tem o prazer de apresentar Outros Carnavais, primeira exposição individual de Alberto Pitta (Salvador, 1961) na galeria, que passou a representá-lo este ano.
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A Nara Roesler Rio de Janeiro tem o prazer de apresentar Outros Carnavais, primeira exposição individual de Alberto Pitta (Salvador, 1961) na galeria, que passou a representá-lo este ano. Com curadoria de Vik Muniz, a mostra faz um apanhado histórico de sua produção ao longo de mais de quarenta anos, apresentando elementos documentais, como matrizes antigas, esboços, cadernos e livros com a presença de sua obra. O segundo andar da galeria será dedicado a trabalhos recentes e inéditos, em serigrafia e tinta sobre tela, com predominância de tons de branco, que remetem aos bordados em ponto Richelieu que a mãe do artista fazia. A exposição conta ainda com um ambiente instalativo composto por amostras de tecido de seu acervo de mais de três décadas.
Em seu trabalho, Pitta representa elementos e simbolismos ligados à espiritualidade e a religiões de matriz africana, fazendo referência direta ao contexto baiano. Se originalmente esses motivos eram trabalhados através do vestuário e da estamparia que realizava para os blocos de carnaval baianos, mais recentemente, o artista tem se dedicado a outras linguagens, como a pintura e serigrafia sobre tela e trabalhos instalativos. A simbologia explorada pelo artista remete em especial à mitologia Iorubá: oriunda do Oeste africano, onde hoje se situam especialmente Nigéria e Benim, e que exerceu grande influência em Salvador e no Recôncavo baiano.
Vik Muniz diz que, como artista, sempre está muito preocupado em como “a arte se torna relevante, do momento em que transcende o contexto da galeria e do museu e passa a fazer parte do dia a dia das pessoas”. “Isso abriu um enorme diálogo, longevo, entre Pitta e eu”, comenta. “Quero que as pessoas vejam o tamanho deste artista, e o que ele vem fazendo há mais de quarenta anos. Ele já expôs na Alemanha, em Sidney, em muitos lugares. Esta mostra pode ser importante para ele, mas é mais ainda para o mundo da arte”, salienta.
Pitta e Muniz se conheceram em 2000, na exposição “A Quietude da Terra: vida cotidiana, arte contemporânea e projeto axé”, que reunia artistas baianos e internacionais, com curadoria de France Morin, no Museu de Arte Moderna da Bahia e, desde então, os artistas tornaram-se grandes amigos. A realização de uma mostra na galeria, contudo, é uma das primeiras vezes em que conversam diretamente sobre trabalho.
Filho da ialorixá Mãe Santinha, do Ilê Axé Oyá, educadora e bordadeira, especialista em ponto Richelieu, Pitta começou sua trajetória ainda no final dos anos 1970, criando estampas para pequenos blocos de carnaval como o Zâmbia Pombo e Oba Layê, do bairro onde morava, em São Caetano. Ao longo de sua carreira, no entanto, realizou trabalhos em parceria com outros importantes blocos da capital baiana, como o Ara Ketu e o Ilê Aiyê, e tendo atuado como diretor artístico do Olodum. Desde 1998, comanda seu próprio bloco, o Cortejo Afro, para o qual realiza toda a produção visual. Pitta afirma gostar de provocar “encontros de analfabetos”: “Entre os que não tiveram oportunidade de estudar, e os que são da academia, mas não conhecem os símbolos das religiões de matriz africana”.
De acordo com Vik Muniz, “a iconografia dentro do trabalho dele é muito importante, e se vai aprendendo. É uma cartilha de significados, muitos deles discretos, porque o candomblé não gosta muito de falar, e Pitta vai soltando as coisas de forma homeopática”, afirma, e complementa: “Pitta já invadiu o entorno do cubo branco, e agora nesta mostra queremos contar um pouco de cada coisa que ele fez”.
Serviço
Exposição | Outros Carnavais
De 20 de junho a 10 de agosto
Segunda a sexta, das 10h às 19h, sábado, das 11h às 15h
Período
20 de junho de 2024 10:00 - 10 de agosto de 2024 19:00(GMT-03:00)
Local
Nara Roesler RJ
Rua Redentor 241 Ipanema Rio De Janeiro Rj
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Em sua primeira exposição individual em São Paulo, Heberth Sobral apresenta 28 obras entre pinturas, fotografias e objetos distribuídos em uma montagem lúdica com cenografia e elementos do universo dos
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Em sua primeira exposição individual em São Paulo, Heberth Sobral apresenta 28 obras entre pinturas, fotografias e objetos distribuídos em uma montagem lúdica com cenografia e elementos do universo dos jogos de mesa, tabuleiro e carteado. Com curadoria de Manuela Parrino e texto de Luiz Chrysostomo, a exposição acontece na sala 1 da galeria.
Sobre a exposição “Sala de Jogos”, em meio a obras alusivas a baralhos, dominós, álbuns de figurinhas, mini-golf, e jogos de botão, Luiz Chrysostomo comenta: “Heberth reafirma que a arte não é domínio do óbvio, do literal, mas terreno da ousadia que ultrapassa a superficialidade. A ocupação do espaço, o uso de materiais não convencionais e a intimidade com a cor, podem estar representadas por meio de montagens fotográficas, pinturas em acrílica de telas e madeiras, azulejos modelados, tijolos coloniais ou recursos digitais. Uma das obras centrais exibidas é seu “jogo-mobil” de xadrez. Composto por peças em cerâmica pintada, esculpidas com os elementos definidores de seu código, o artista revive a história da arte e relembra como esse tipo de ativação, ou de jogo, vai além de preciosidades intelectuais”.
Serviço
Exposição | Sala de Jogos
De 22 de junho até 24 de agosto
Terça a sexta, das 10h às 18h, sábado, das 10h às 16h
Período
22 de junho de 2024 10:00 - 24 de agosto de 2024 18:00(GMT-03:00)
Local
Luciana Caravello Galeria de Arte Contemporânea
Rua Mourato Coelho, 790 – Vila Madalena São Paulo - SP
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Uma das fotógrafas mais importantes do mundo, Claudia Andujar é a nova artista a ocupar a Pinacoteca do Ceará. O museu, que integra a Rede Pública de Equipamentos e Espaços Culturais (Rece)
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Uma das fotógrafas mais importantes do mundo, Claudia Andujar é a nova artista a ocupar a Pinacoteca do Ceará. O museu, que integra a Rede Pública de Equipamentos e Espaços Culturais (Rece) da Secretaria da Cultura do Ceará (SECULT) e é gerido pelo Instituto Mirante, abre a exposição “Claudia Andujar. Minha vida em dois mundos” no sábado, 22 de junho, a partir das 17h. A entrada é gratuita e haverá acessibilidade em Libras.
A programação de abertura contará com uma sessão especial do documentário “A senhora das flechas” (The Lady with the Arrows”, 2024), de Heidi Specogna. O filme, que foi exibido no Brasil apenas durante o festival “É Tudo Verdade” deste ano, aborda a relação de afeto e militância de Claudia Andujar com o povo indígena Yanomami. A sessão acontece às 17h30 e serão distribuídos 80 ingressos por ordem de chegada, a partir das 16h.
Dividida em cinco núcleos, “Claudia Andujar. Minha vida em dois mundos” tem curadoria de Eduardo Brandão e reúne cerca de 200 fotografias da artista suíça naturalizada brasileira. O título reforça a proposta curatorial, que traz diferentes olhares e trânsitos de Andujar: entre o fotojornalismo e a arte experimental; as grandes cidades e a floresta; a Europa, onde ela nasceu, e a América, continente que a acolheu após a perseguição nazista à sua família paterna; ela própria e o Outro.
Reconhecida por sua atuação humanista na fotografia, Andujar constrói os trabalhos a partir de uma longa convivência com o ambiente, as pessoas e os costumes. É o que se vê em séries como “Famílias Brasileiras”, um dos primeiros ensaios que ela realizou no Brasil, no qual passou longos períodos convivendo com diferentes famílias em cidades de São Paulo, Minas Gerais e Bahia. O intenso trabalho de reelaboração das imagens feito pela artista também é destaque na exposição. Em “A Sônia”, para refletir esteticamente sobre as formas do corpo feminino, as fotografias com filme infravermelho são posteriormente refotografadas, com um uso experimental de filtros de cor e sobreposições.
“Trem Baiano” é outro importante trabalho presente na mostra, que retrata migrantes que tentavam se estabelecer em São Paulo voltando às suas cidades de origem, enviados pelo Departamento de Imigração e Colonização de São Paulo. Para fazer o ensaio publicado numa reportagem da clássica revista Realidade, em 1969, Andujar embarcou sozinha no trem que saía de São Paulo e parava em diversas cidades no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e na Bahia.
A colaboração com Realidade levou a fotógrafa a ter o primeiro contato com os indígenas Yanomami, trabalhando numa edição especial sobre a Amazônia, em 1971. A partir daí, Claudia Andujar estabelece uma ligação cuidadosa e comprometida com aquele povo ameaçado à época – e até hoje – pelo garimpo e por interesses políticos e econômicos, como o projeto de desenvolvimento industrial do governo militar, que construiu grandes rodovias na região.
Em plena ditadura militar, Claudia passa a atuar na luta política em defesa do povo Yanomami, que a acolhe e reconhece na artista uma aliada. Durante os anos 1970, ela faz diversas viagens ao território, chega a morar durante 14 meses na Reserva Catrimani e se envolve com o modo de vida local, a cultura, os hábitos e rituais daquele povo.
Em 1977, enquadrada na Lei de Segurança Nacional, editada pelo Governo Militar, ela é retirada à força do território indígena, sendo proibida de voltar à Amazônia. A partir daí, a fotógrafa funda, em 1977, a Comissão pela Criação do Parque Yanomami (CCPY), que tinha como objetivo a demarcação do território, o que se concretiza apenas em 1992, com a criação da Terra Indígena Yanomami.
Esse período é retratado especialmente nas séries “Catrimani”, “Reahu”, “Sonhos Yanomami” e “Marcados”, em que é possível perceber a aproximação real entre a fotógrafa e o povo Yanomami, além do experimentalismo de linguagem que, ao longo do tempo, foi sendo ampliado até chegar a propostas estéticas extremamente inovadoras.
A retrospectiva “Claudia Andujar. Minha vida em dois mundos” ficará em cartaz na Pinacoteca do Ceará até 29 de dezembro de 2024 e conecta o Ceará a um circuito internacional de museus que têm repercutido o grande trabalho de Claudia Andujar. Nos últimos anos, a obra da artista tem sido exposta em instituições de todo o mundo, com apoio da Fondation Cartier pour l’Art Contemporain (França), como no México, Itália, Espanha, Suíça, Inglaterra, Estados Unidos e Alemanha. Sempre gratuita, a Pinacoteca oferece aos visitantes a chance de conhecer uma das fotógrafas mais celebradas da arte contemporânea que, aos 93 anos, traz uma contribuição fundamental para compreender o Brasil.
A exposição tem classificação indicativa de 12 anos e contará com diversos recursos de acessibilidade, como obras táteis, audiodescrição, Braille e vídeo em Libras, além de uma série de atividades formativas, com diversos públicos, ao longo de todo o período de exibição.
Documentário “A Senhora das flechas”
Exibido no Brasil em abril deste ano, durante o festival “É tudo verdade” (SP), o documentário “A Senhora das flechas” (The Lady With the Arrows, 2024), da diretora suíça Heidi Specogna, mostra o relacionamento profundo de Claudia Andujar com o povo Yanomami, numa costura emocionante a partir da biografia da artista, sua relação com a fotografia e o ativismo na luta contra a exploração da floresta amazônica e a defesa do povo Yanomami
Serviço
Exposição | Claudia Andujar. Minha vida em dois mundos
De 22 de junho a 29 de dezembro
Segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 10h às 11:30h
Exibição do documentário | A Senhora das flechas (The Lady With the Arrows, 2024)
Sábado, 22 de junho, a partir das 17h30
Auditório da Pinacoteca do Ceará
Acesso gratuito | 80 ingressos distribuídos por ordem de chegada, a partir das 16h
Período
22 de junho de 2024 10:00 - 29 de dezembro de 2024 19:00(GMT-03:00)
Local
Pinacoteca do Ceará
Rua 24 de Maio, s/n, Praça da Estação, Centro - Fortaleza - CE
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O Museu FAMA – Fundação Marcos Amaro – juntamente com o artista Renato Gosling, inaugura a exposição individual intitulada “A Verdade sobre a Nostalgia”. Curada por Jhon Voese, a exposição
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O Museu FAMA – Fundação Marcos Amaro – juntamente com o artista Renato Gosling, inaugura a exposição individual intitulada “A Verdade sobre a Nostalgia”. Curada por Jhon Voese, a exposição terá início em 29 de junho e permanece em exibição até 29 de setembro de 2024.
“A Verdade sobre a Nostalgia” mergulha nas profundezas da memória e da emoção, convidando o público a explorar a intersecção entre o passado e o presente através das obras de Gosling. Reconhecido por sua habilidade em capturar a essência da experiência humana, Gosling apresenta uma série de trabalhos que evocam sentimentos de nostalgia, mas também questionam a natureza da memória e da identidade Brasileira.
Segundo Voese, Renato procura problematizar a nostalgia, colocando em cheque lembranças de um passado que normalmente idealizamos. As obras partem de uma conexão afetiva, mas rapidamente chacoalham os espectadores ao apontar pontos de crítica.
“As obras em giz, por exemplo, evocam discussões formais, plásticas, um experimentalismo intuitivo do artista e do visitante, mas também nos levam para dentro de salas de aula que ainda se utilizam deste material, o que reflete certa precariedade em meio à era de novas tecnologias de comunicação. Seja como tecnologia antiga de comunicação, ou como meio lúdico na mão das crianças, o giz de calcário, está intimamente conectado com diversas gerações ainda hoje”, explica o curador.
Voese colaborou com Gosling na seleção das obras que compõem a exposição, criando uma narrativa visual coesa que guia os espectadores por uma jornada única e emocionante. O espectador irá se deparar com séries nas quais o artista se apropria de objetos e de imagens, furtando-lhes o significado original e usando de traquinagens como maquiar bois e lhes dar colares de doces, ou criando cenas com fósforos animados que aliviam o ar com certa espirituosidade.
Suspensos na sala ainda encontramos as serigrafias em linho com ícones, ídolos, celebridades homenageadas que permanecem como marcas em nossa memória. A reflexão iconológica a despeito do carinho pela lembrança também pode evocar questões de identificação e subjetividades que formam nossos eus.
Ao longo do espaço nos deparamos com objetos cobertos de giz, carteiras escolares e skates, mas também bolinhas de gude e peões, que emoldurados perdem o significado de meras brincadeiras para ganharem o status de retrato de uma época idealizada para alguns, imaginada para outros, inexistente para muitos. Ainda solto no espaço o jogo de amarelinha feito com as lentes de semáforos obsoletos que agem em uma dupla significância, as cores indicam o momento em que se pode ou não andar, bem como quais os momentos em que devemos ter atenção, algo tipicamente adulto, mas a forma da brincadeira infantil nos deixa tentados a desafiar o sistema e pular metaforicamente de uma “casa” para a outra em um pé só, testando nosso equilíbrio e com o único propósito de chegar até o final e retornar sem “pisar na linha”. Um aprendizado também de amadurecimento.
Fechando as séries apresentadas em A verdade sobre a nostalgia, estão os Orbes que com sua explosão de cores mostram uma faceta mais abstrata de Gosling e que também serve de chamado à atenção, mas que diferente do semáforo, estão mais para aspectos de calmaria em meio ao caos imagético contemporâneo.
A exposição estará aberta ao público no FAMA – Fundação Marcos Amaro, localizada na [endereço da FAMA]. Os visitantes poderão desfrutar das obras de Renato Gosling de terça-feira a domingo, das 10h às 18h na Sala 8.
Para mais informações sobre a exposição e eventos relacionados, visite o site da FAMA – Fundação Marcos Amaro em famamuseu.org.br
Serviço
Exposição | A Verdade sobre a Nostalgia
De 06 de julho a 09 de setembro
Quarta a Domingo, das 11h às 17h
Período
27 de junho de 2024 10:00 - 3 de agosto de 2024 19:00(GMT-03:00)
Local
FAMA Museu
Rua Padre Bartolomeu Tadei, 9 – Centro – CEP 13300-190 – Itu – SP
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É impossível refletir sobre a obra da artista e intelectual Lia D Castro (Martinópolis, São Paulo, 1978) sem falar de encontros, contrastes, fricções e transformações. A partir de 5 de julho, o público
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É impossível refletir sobre a obra da artista e intelectual Lia D Castro (Martinópolis, São Paulo, 1978) sem falar de encontros, contrastes, fricções e transformações. A partir de 5 de julho, o público pode encontrar a exposição Lia D Castro: em todo e nenhum lugar, no MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand. A primeira mostra individual da artista em um museu reúne 36 trabalhos, sendo a maioria pinturas de caráter figurativo. As obras selecionadas exploram cenários onde o afeto, o diálogo e a imaginação se tornam importantes ferramentas de transformação social.
O título da exposição parte da constatação da ausência histórica de grupos minorizados em posições de poder e decisão — em nenhum lugar —, enquanto sua presença e força de trabalho compõem as bases que sustentam a sociedade — em todo lugar. Com curadoria de Isabella Rjeille, curadora, MASP, e Glaucea Helena de Britto, curadora assistente, MASP, a mostra apresenta trabalhos que abrangem toda a produção da artista.
Lia D Castro utiliza a prostituição como ferramenta de pesquisa e desenvolve sua produção a partir de encontros com seus clientes – homens cisgêneros, em sua maioria brancos, heterossexuais, de classe média e alta – para subverter relações de poder ou violência que possam surgir entre eles, aliando história de vida e história social. Temas como masculinidade e branquitude, mas também afeto, cuidado e responsabilidade, são abordados nessas ocasiões e resultam em pinturas, gravuras, desenhos, fotografias e instalações criadas de modo colaborativo.
Nesses momentos, ela conversa com esses homens e os convida a refletir: quando você se percebeu branco? E quando se descobriu cisgênero, heterossexual? “Perguntas sobre as quais a artista não busca uma resposta definitiva, mas sim provocar um posicionamento dentro do debate racial, sobre gênero e sexualidade”, afirma a curadora Isabella Rjeille.
As conversas de Lia D Castro com esses homens são permeadas por referências a importantes intelectuais negros como Frantz Fanon, Toni Morrison, Conceição Evaristo e bell hooks. Frases retiradas dos livros desses autores, lidos pela artista na companhia de seus colaboradores, são inseridas nas telas e misturam-se aos gestos, cenas, cores e personagens. O trabalho de Lia D Castro torna-se um lugar de encontro, embate e fricção, no qual ações, imagens e imaginários são debatidos, revistos e transformados. Com frequência, a artista insere referências a outros trabalhos por ela realizados, incluindo-os em outro contexto e, consequentemente, atribuindo novos significados e leituras a essas imagens.
“Partindo da visão de Frantz Fanon de que o racismo é uma repetição, eu proponho combatê-lo com a repetição de imagens. Como a imagem constrói cultura e memória, ao colocar uma obra dentro da outra, busco criar novas referências estéticas”, comenta a artista.
PINTURAS E METODOLOGIA ARTÍSTICA
A produção de Lia D Castro é organizada em séries, sendo a maior delas Axs Nossxs Filhxs, presente nesta exposição. Desenvolvida na sala de estar e ateliê de Lia D Castro, um lugar de encontro e trocas, comerciais, intelectuais e afetivas, a série apresenta um processo criativo marcado por escolhas coletivas, da paleta de cores à assinatura das obras. A repetição é uma característica central: por meio desse recurso é possível reconhecer gestos, personagens e situações, assim como outras obras da artista que aparecem representadas nas telas, acumulando significados. A utilização do “x” no título da série se refere à diversidade de formações familiares e vínculos afetivos para além do parentesco consanguíneo ou da família heterossexual monogâmica. O uso do “x” também é utilizado para abarcar diferentes gêneros.
Lia D Castro também se retrata em pinturas dessa série. Enquanto os homens estão nus, ela encontra-se vestida. Seu corpo é coberto por esparadrapos colados sobre a tela formando um longo vestido branco, na contramão da tradição histórica da pintura ocidental, em que a grande maioria dos nus são femininos.
A artista subverte também pintando esses personagens em momentos de pausa, descanso, lazer, leitura e contemplação. “O caráter político da obra de Lia D Castro questiona o imaginário social que vincula violência e subalternidade a corpos não hegemônicos na arte ocidental”, afirma a co-curadora Glaucea Helena de Britto.
Lia D Castro: em todo e nenhum lugar integra a programação anual do MASP dedicada às Histórias da diversidade LGBTQIA+. Este ano a programação também inclui mostras de Gran Fury, Francis Bacon, Mário de Andrade, MASP Renner, Catherine Opie, Leonilson, Serigrafistas Queer e a grande coletiva Histórias da diversidade LGBTQIA+.
Exposição | Lia D Castro: em todo e nenhum lugar
De 5 de julho a 17 de novembro
Terças grátis e primeira quinta-feira do mês grátis; terças, das 10h às 20h (entrada até as 19h); quarta a domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h)
Período
5 de julho de 2024 10:00 - 17 de novembro de 2024 20:00(GMT-03:00)
Local
MASP
Avenida Paulista, 1578, São Paulo
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A Galeria Hugo França, em parceria com a Galeria Raquel Arnaud, apresenta a exposição “DENTRO/FORA”, uma retrospectiva das obras de Frida Baranek. Curada por Marc Pottier, a mostra traça a
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A Galeria Hugo França, em parceria com a Galeria Raquel Arnaud, apresenta a exposição “DENTRO/FORA”, uma retrospectiva das obras de Frida Baranek. Curada por Marc Pottier, a mostra traça a trajetória da artista desde sua primeira exposição na Petite Galerie no Rio de Janeiro até suas influências e residências na Europa e Estados Unidos.
“DENTRO/FORA” explora a relação entre matéria e forma, utilizando materiais como tela de aço galvanizado, acrílico, vidro e metais variados. Inspirada pelo movimento “American Anti-Form” dos anos 1960 e por artistas como Eva Hesse e Robert Morris, Baranek cria esculturas que frequentemente permanecem no chão, evocando continuidade e transformação.
A exposição reflete a dualidade experienciada por Baranek em sua carreira nômade entre Brasil e Portugal, adaptando seu trabalho às mudanças culturais e pessoais. Suas obras testemunham a interação entre o “Dentro” íntimo da artista e o “Fora” dinâmico do ambiente, revelando um diálogo com a memória, a experiência e a mudança.
Os visitantes são convidados a contemplar as esculturas instaladas no ambiente amplo da Galeria Hugo França, que conecta genuinamente com a natureza ao redor, e o espaço emocional compartilhado por Baranek através de suas criações. Obras como “Fronteira”, “Ma Mémoire”, “Balance” entre outras, compõem a mostra.
Frida Baranek, artista contemporânea brasileira e internacional, continua a desafiar as fronteiras da escultura contemporânea em “DENTRO/FORA”
Serviço
Exposição | DENTRO/FORA
De 06 de julho a 15 de setembro
Segunda a sexta, das 10h às 17h. sábado, domingo e feriados somente com horário marcado
Período
6 de julho de 2024 10:00 - 15 de setembro de 2024 17:00(GMT-03:00)
Local
Galeria Hugo França
Rodovia BA 001 s/n, próximo ao trevo Trancoso/Caraíva, Trancoso (BA) - Brasil
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A artista visual Daniela Vignoli estará expondo cerca de 15 obras em sua primeira mostra individual intitulada “Ganesha”, na Galeria Gaby Indio da Costa Arte Contemporânea, de 06 de julho
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A artista visual Daniela Vignoli estará expondo cerca de 15 obras em sua primeira mostra individual intitulada “Ganesha”, na Galeria Gaby Indio da Costa Arte Contemporânea, de 06 de julho a 28 de agosto. Segundo a curadora Heloisa Amaral Peixoto, “Ganesha é o resultado da soma das experiências profissionais e pessoais de Daniela nos últimos anos.”
Suas criações, que têm como suporte a fotografia autoral, recebem intervenções de linhas ou tecidos realçando alguns detalhes de suas imagens. “Eu sentia a necessidade de interferir nas fotos para deixar um pouco mais de mim naquelas imagens que me tocam tão profundamente”, conta ela. Os bordados sobre os retratos são lúdicos e poéticos e surgiram de forma orgânica, a partir do seu trabalho social à frente da Nós do Crochê. “Cada bordado é realizado intencionando evolução e cura através da energia neles depositada” – explica Daniela, enfatizando o forte lado espiritual de suas obras.
Com fotos feitas ora na Índia, ora na comunidade da Rocinha ou por entre viagens ao nordeste do Brasil, seu olhar é focado na interação com as pessoas que fotografa, ou melhor, na alma delas. Não por acaso, o seu maior interesse é ajudar a transformar vidas, missão realizada na prática há mais de 8 anos anos, como criadora e coordenadora de dois projetos sociais: a A.M.A.R (Associação de Mães Amigas da Rocinha, através da distribuição de cestas básicas) e a ONG Nós do Crochê (onde ensina a arte manual e promove a venda da produção para ajudar no sustento de mulheres em situação de vulnerabilidade).
Daniela Vignoli participará de duas individuais nos próximos meses – uma no Rio de Janeiro com parte do seu conjunto “India” e a segunda com a sua série “Rocinha” em Genebra.
Serviço
Exposição | GANESHA
De 06 de julho a 28 de agosto
Segunda a sexta-feira, das 11h às 18h
Período
6 de julho de 2024 11:00 - 28 de agosto de 2024 18:00(GMT-03:00)
Local
Gaby Indio da Costa – Arte Contemporânea
Estrada da Gávea, 712, São Conrado, Rio de Janeiro - RJ
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A Gentil Carioca convida a todos para dois eventos imperdíveis neste sábado, dia 6 de julho, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Às 10h, Jarbas Lopes inaugura a
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A Gentil Carioca convida a todos para dois eventos imperdíveis neste sábado, dia 6 de julho, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Às 10h, Jarbas Lopes inaugura a exposição poeta-poeta no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica. Às 16h, Marcela Cantuária lança o catálogo da exposição Transmutação: alquimia e resistência no Paço Imperial, seguido de um bate-papo com a artista e a curadora Andressa Rocha.
A exposição poeta-poeta, de Jarbas Lopes, nasce a partir das leituras neoconcretas do artista sobre a série de poemas “Poetamenos” de Augusto de Campos. A mostra apresenta correlações experimentais entre livros, desenhos e instalações, integrando o processo que acompanhou a criação e publicação do “POETMINUS”, a primeira edição dos poemas em inglês, realizada pelo projeto Gráfica Editora Kadê, de Jarbas Lopes e Katerina Dimitrova.”POETAMENOS”, um conjunto de seis poemas coloridos, foi concebido em 1953 com estudos feitos à mão e depois datilografados com carbonos coloridos. Este trabalho é um marco da poesia brasileira e precursor da revolução poética da Poesia Concreta, criada por Décio Pignatari, Haroldo e Augusto de Campos a partir de 1956.
Serviço
Exposição | poeta – poeta
De 06 de julho a 03 de agosto
Terça a sexta, das 12h às 18h, sábado, das 11h às 17h
Período
6 de julho de 2024 12:00 - 3 de agosto de 2024 18:00(GMT-03:00)
Local
Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica
Rua Luís de Camões 68, Praça Tiradentes, Centro, Rio de Janeiro - RJ
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Anita Schwartz Galeria de Arte tem o prazer de convidar para a abertura, em 10 de julho de 2024, às 19h, da exposição “Visita ao acervo #4 – Diálogos”, com
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Anita Schwartz Galeria de Arte tem o prazer de convidar para a abertura, em 10 de julho de 2024, às 19h, da exposição “Visita ao acervo #4 – Diálogos”, com curadoria de Cecília Fortes, que selecionou obras dos artistas Abraham Palatnik, Bruna Snaiderman, Cristina Salgado, Eduardo Frota, Lenora de Barros, Liana Nigri, Lívia Flores, Nuno Ramos, Paulo Vivacqua, Renato Bezerra de Mello, Rodrigo Braga e Ronaldo do Rego Macedo, criando aproximações por temas, técnicas e materiais usados, formas, ou ainda “uma narrativa surreal imaginária”.
Esta é a quarta edição do programa que apresenta as obras do acervo de Anita Schwartz Galeria de Arte a partir de um recorte curatorial. Cecília Fortes explica que nesta exposição “a proposta foi identificar pontos de convergência entre trabalhos, criando diálogos diversificados. Conexões que ocorrem de forma orgânica, estabelecendo conversas diretas em alguns casos e relações inusitadas, em outros”.
A curadora exemplifica: “Contornos do corpo feminino e suas camadas físicas e metafóricas, observados em planos positivo e negativo no ato escultórico”, conectam as obras ‘Presas em frestas, da série Vazante’ (2024), de Liana Nigri (1984), em bronze e granito em liga, com 76 x 24 x 10 cm, e ‘Mulher em dobras 1 (Vênus)’, de Cristina Salgado (1957), produzida em 2022, com tapete e parafusos, medindo 170 x 70 cm.
“A materialidade da tinta a óleo, que ganha corpo e se transforma em elemento marcante de composição”, estão nas pinturas “O céu como cicatriz, Tapetes” (2019), de Nuno Ramos (1960), em óleo e pigmento sobre papel, com 50 x 65 cm, e “Sem título” (2022), de Ronaldo do Rego Macedo (1950), em óleo sobre tela, 100 x 150 cm.
“Esferas laminadas que preenchem o espaço expositivo com seus volumes repletos de ausências e ilusões óticas colocam em relação as criações de Bruna Snaiderman (1984) – ‘Sem título’ (2024), da série ‘Presença através da ausência’, em metacrilato e vinil, com 100 x 100 x 21 cm – e Eduardo Frota (1959) – “Esfera (com anel), 1991, em compensado industrial, de 62 x 73 x 22 cm.
“Ondas sonoras derivadas da escultura ‘Sem título’ (2019), de Paulo Vivacqua (1971) – composta por alto-falantes, vidro, espelho e mesa de madeira, com 83 x 36 x 80 cm – se propagam pelo ar e reverberam na obra ‘W-H/112’ (2018), de Abraham Palatnik (1928-2020), em acrílica sobre madeira, com 105 x 134 cm.
“Seguindo uma narrativa surreal imaginária, a relação das mãos que tocam pinturas de círculos brancos e pretos sobre pedra, no plano bidimensional na obra ‘Direita para esquerda, esquerda para direita’ (2023), de Rodrigo Braga (1976), em impressão fine art sobre papel de algodão, com 150 x 50 cm, mergulham nas formas e acessam a matéria expondo a sua tridimensionalidade em ‘Mão dupla 1’ (2017),de Lenora de Barros (1953), da série “Performance escultura para mãos”, impressão em jato de tinta, 40 x 30,5 cm.
“O uso da geometria como elemento de abstração estabelece a relação entre as obras de Livia Flores (1959) – ‘Xu (06)’ e ‘Xu (08) Plot’, de 2021, em colagem sobre tela, com 30 x 40 cm e 80 x 60 cm, respectivamente – com os ‘Cadernos de confinamento 1 e 2’ (2020/21), de Renato Bezerra de Mello (1960), desenho em tinta nanquim sobre folha de papel Canson, 40 x 60 cm.
Serviço
Exposição | Visita ao acervo #4 – Diálogos
De 10 de julho a 24 de agosto
Segunda a sexta – 10h às 19h, sábado – 12h às 18h
Período
6 de julho de 2024 12:00 - 24 de agosto de 2024 19:00(GMT-03:00)
Local
Anita Schwartz Galeria de Arte
Rua José Roberto Macedo Soares, 30, Gávea, 22470-100, Rio de Janeiro - RJ
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A exposição “Eterno Egito: A Imortalidade nas Coleções Viscondessa de Cavalcanti e Eva Klabin” traz a união inédita das coleções de Eva Klabin e da Viscondessa de Cavalcanti, duas colecionadoras
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A exposição “Eterno Egito: A Imortalidade nas Coleções Viscondessa de Cavalcanti e Eva Klabin” traz a união inédita das coleções de Eva Klabin e da Viscondessa de Cavalcanti, duas colecionadoras que reuniram artefatos do antigo Egito em seus acervos. A mostra apresentará 100 peças de diversas dinastias, datando desde 3000 a.C. até o século I d.C. Com a curadoria de Helena Severo e Douglas Fasolato, a nova exposição da Casa Museu Eva Klabin estará aberta à visitação gratuita de quarta a domingo, das 14h às 18h, a partir deste sábado (6).
A exposição conjunta traz artefatos e objetos que refletem a crença egípcia na vida após a morte. Na coleção da Viscondessa, destacam-se uma estela policromada, de Per-a-Iset, que faz oferendas ao deus Ra-Osíris; fragmentos de um rosto de ataúde masculino; figuras shabtis (servidores funerários); e um significativo conjunto de amuletos funerários. A coleção de Eva Klabin apresenta como destaques um rosto de esquife de madeira dourada com olhos incrustados de marfim e ébano da XVIII Dinastia, uma estela funerária de pedra que pertenceu a Thutmés, representado se apresentando a Osíris, além de objetos votivos que destacam o importante papel dos animais na religião egípcia, como um esquife para uma múmia de gato. A coleção egípcia de Eva Klabin, atualmente a maior em exibição no Rio de Janeiro e uma das maiores do Brasil, integra o acervo permanente da Casa Museu, , enquanto a da Viscondessa de Cavalcanti pertence ao acervo do Museu Mariano Procópio, em Juiz de Fora (MG).
Apesar de separadas por cinquenta anos, a Viscondessa de Cavalcanti (1853-1946) e Eva Klabin (1903-1991) tiveram em comum o interesse por artefatos do Egito Antigo, desenvolvendo suas coleções por meio de viagens internacionais, residências em diversos países e visitas a ateliês de artistas, antiquários renomados e casas de leilões. A união de suas coleções nesta exposição permite uma reflexão sobre o papel das mulheres no colecionismo brasileiro e oferece um olhar sobre as motivações, práticas e intenções envolvidas no ato de colecionar.
O fascínio contínuo pelo Egito Antigo transcende o tempo e continua a influenciar a sociedade, nos mais diversos setores. Na arte contemporânea este fascínio se materializa nas obras de artistas que completam a exposição “Eterno Egito”, dialogando com os acervos históricos de Eva e da Viscondessa. A exposição é uma iniciativa da Casa Museu Eva Klabin, com patrocínio da Klabin S.A, produção da AREA27 e realização do Ministério da Cultura. Apoio da Atlantis e da Everaldo Molduras.
Serviço
Exposição | Eterno Egito: A Imortalidade nas Coleções Viscondessa de Cavalcanti e Eva Klabin
De 06 de julho a 15 de setembro
Quarta a domingo , 14h às 18h
Período
6 de julho de 2024 14:00 - 15 de setembro de 2024 18:00(GMT-03:00)
Local
Casa Museu Eva Klabin
Av. Epitácio Pessoa, 2480 - Lagoa - RJ
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Através da iniciativa DAN Acredita, artistas com produção consistente e que se dedicam exclusivamente às artes visuais, são incorporados, ganham visibilidade e passam a ser representados pela Dan. Nesta jornada,
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Através da iniciativa DAN Acredita, artistas com produção consistente e que se dedicam exclusivamente às artes visuais, são incorporados, ganham visibilidade e passam a ser representados pela Dan. Nesta jornada, Senk é um artista em ascensão, escolhido via projeto “Do Atelier Direto a Você” do Parque Global Cultural, idealizado por Dinda Bueno Netto e Katia D’Avillez.
“Veredas” tem curadoria de Carolina Splendore e reflete a natureza diversificada e dinâmica da arte contemporânea brasileira. Com cerca de 20 obras, entre pinturas, instalações e três esculturas, a exposição abre no dia 6 de julho, às 11 horas, com cerimônia especial e prolonga-se até 6 de outubro. Ao longo da mostra, visitas guiadas, palestras com artistas e oficinas para os visitantes interagirem com as obras de arte e com o processo criativo do artista. De acordo com Splendore – “Nas obras de Senk, o terreno é fértil, mesmo que árido. Ele nos convida para seus caminhos: áreas úmidas e alongadas do sertão que, assim como seus personagens, são cheias de vida. Suas figuras arredondadas carregam o tempo, seja nos colares-relicário, nos porta-retratos ou nas garrafas de cachaça quase vazias; o tempo é um traço de memória e um precursor de um devir constante”.
As vistas oblíquas, por vezes fechadas para o exterior, são, na sua maioria, intercaladas por janelas com treliças de finas barras de madeira que formam vãos, impedindo quem está de fora de ver quem está dentro. É como se seus personagens pudessem ver sem serem vistos, mesmo que aqui exibidos. Nesses caminhos, Senk esclarece o que escreveu Guimarães Rosa: “O sertão tem o tamanho do mundo. Mas em certos lugares, à beira dos caminhos, crescem buritis”.
Fabiano Senk (n.1992) é um pintor figurativo urbano radicado em São Paulo. Utiliza paleta de cores sonhadoras de azuis, amarelos e rosas, cria obras de rua e pinturas em tela. Seu processo criativo está profundamente enraizado nas suas observações da vida cotidiana e suas memórias afetivas de um Brasil profundo, sua família é oriunda do Vale do Jequitinhonha. As pinturas muitas vezes irrompem em paisagens misturadas com figuras, contando a história de onde veio, das pessoas que conheceu e da pessoa que costumava ser. Embora se aprofunde em emoções mais complexas em seu trabalho, ele afirma que muitas vezes incorpora o sentimento de melancolia, mas que ‘é diferente da tristeza porque é mais bonito’. As obras que divulga pelas ruas de São Paulo tendem a ter conotações políticas, pois tenta ampliar as perspectivas das pessoas de sua comunidade. Os murais de rua muitas vezes se relacionam com uma crítica política e social.
“A provocação presente na minha arte vem de uma indignação com alguns aspectos da sociedade. Temos muito a melhorar como cidade, como sociedade e como país. Pequenas provocações fazem um papel positivo na arte. O questionamento tem que estar ali”, afirma Senk.
Serviço
Exposição | Veredas
De 06 de julho a 06 de outubro
Quinta a domingo das 14h às 19h
Período
6 de julho de 2024 14:00 - 6 de outubro de 2024 19:00(GMT-03:00)
Local
DAN Galeria Sala São Pedro
Rua Doutor Graciano Geribello, nº 8 - Bairro Alto, Itu - SP
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No dia 10 de julho, o MIS, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, inaugura a exposição “O gosto da guerra”, que apresenta
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No dia 10 de julho, o MIS, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, inaugura a exposição “O gosto da guerra”, que apresenta uma seleção de fotografias sobre a história do repórter José Hamilton Ribeiro na Guerra do Vietnã. No mesmo dia, em parceria com a Companhia das Letras, o Museu realiza o lançamento da nova edição do livro homônimo, seguido de um bate-papo com o autor e a jornalista Patricia Campos Mello.
Com curadoria de Teté Ribeiro, a exposição “O gosto da guerra” traz imagens registradas pelo premiado jornalista José Hamilton Ribeiro e pelo fotógrafo que o acompanhou na cobertura, o japonês Keisaburo Shimamoto. Além disso, a mostra destaca o trabalho de cinco outros correspondentes de guerra do século 20, que cobriram outros conflitos: André Liohn, Hélio de Campos Mello, Juca Martins, Leão Serva e Yan Boechat. As fotografias oferecem uma visão direta e impactante dos conflitos armados, retratando a realidade e os custos humanos da guerra.
No dia 10 de julho, o MIS, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, inaugura a exposição “O gosto da guerra“, que apresenta uma seleção de fotografias sobre a história do repórter José Hamilton Ribeiro na Guerra do Vietnã. No mesmo dia, em parceria com a Companhia das Letras, o Museu realiza o lançamento da nova edição do livro homônimo, seguido de um bate-papo com o autor e a jornalista Patricia Campos Mello.
Com curadoria de Teté Ribeiro, a exposição “O gosto da guerra” traz imagens registradas pelo premiado jornalista José Hamilton Ribeiro e pelo fotógrafo que o acompanhou na cobertura, o japonês Keisaburo Shimamoto. Além disso, a mostra destaca o trabalho de cinco outros correspondentes de guerra do século 20, que cobriram outros conflitos: André Liohn, Hélio de Campos Mello, Juca Martins, Leão Serva e Yan Boechat. As fotografias oferecem uma visão direta e impactante dos conflitos armados, retratando a realidade e os custos humanos da guerra.
Sobre o livro “O gosto da guerra”
José Hamilton Ribeiro foi um dos raros jornalistas do país a entrar no Vietnã durante os conflitos que, por quase duas décadas, fizeram tremer o Sudeste Asiático — e abalaram o mundo, que não seria o mesmo depois da humilhante derrota da maior potência militar global, as forças armadas dos Estados Unidos.
Narrada em tom coloquial, na qual não faltam ironias, a reportagem sobre o Vietnã de José Hamilton Ribeiro (ele mesmo uma baixa do conflito, após pisar em uma traiçoeira mina na Estrada sem Alegria) capta toda a dimensão trágica dessa guerra desigual e insere o autor na tradição do jornalismo literário ao lado de grandes nomes da imprensa internacional.
Nesta edição revista e ampliada de “O gosto da guerra”, o texto original vem acompanhado por outra reportagem de José Hamilton, também escrita em 1968, em que ele narra seus primeiros dias no Vietnã, além de colaborações do autor para a revista Realidade, que dão uma amostra do tipo de jornalismo praticado por ele e explicam por que Hamilton é o repórter mais premiado do Brasil. Além disso, a obra conta com posfácio de Patrícia Campos Mello.
José Hamilton Ribeiro foi um dos raros jornalistas do país a entrar no Vietnã durante os conflitos que, por quase duas décadas, fizeram tremer o Sudeste Asiático — e abalaram o mundo, que não seria o mesmo depois da humilhante derrota da maior potência militar global, as forças armadas dos Estados Unidos.
Narrada em tom coloquial, na qual não faltam ironias, a reportagem sobre o Vietnã de José Hamilton Ribeiro (ele mesmo uma baixa do conflito, após pisar em uma traiçoeira mina na Estrada sem Alegria) capta toda a dimensão trágica dessa guerra desigual e insere o autor na tradição do jornalismo literário ao lado de grandes nomes da imprensa internacional.
Nesta edição revista e ampliada de “O gosto da guerra”, o texto original vem acompanhado por outra reportagem de José Hamilton, também escrita em 1968, em que ele narra seus primeiros dias no Vietnã, além de colaborações do autor para a revista Realidade, que dão uma amostra do tipo de jornalismo praticado por ele e explicam por que Hamilton é o repórter mais premiado do Brasil. Além disso, a obra conta com posfácio de Patrícia Campos Mello.
Serviço
Exposição | O gosto da guerra
De 10 de julho a 26 de julho
terças a sextas, das 10h às 19h, sábados, das 10h às 20h, domingos e feriados, das 10h às 18h
Período
10 de julho de 2024 12:00 - 26 de julho de 2024 22:00(GMT-03:00)
Local
Museu da Imagem e do Som - MIS
Av. Europa, 158, Jd. Europa São Paulo - SP
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Kika Goldstein utiliza os primeiros gestos das pinturas rupestres como metáfora para seu próprio recomeço em novo território após migrar para Kuala Lumpur, no continente asiático. As cavernas com paredes
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Kika Goldstein utiliza os primeiros gestos das pinturas rupestres como metáfora para seu próprio recomeço em novo território após migrar para Kuala Lumpur, no continente asiático. As cavernas com paredes e superfícies marcadas por topografias de sedimentos, cederam espaço para a elaboração simbólica de habitantes que ali se abrigavam e se protegiam, ao mesmo tempo em que elaboravam suas cosmologias como forma de compreensão do céu e da natureza que os cercava.
Os primeiros gestos nas paredes das cavernas representam um balbucio, um encontro inicial com o que hoje denominamos expressão artística. Para Kika Goldstein, esses gestos primordiais deram impulso à sua própria experiência de adaptação em um novo contexto cultural e geográfico. As pinturas da exposição são como um sussurro, uma tentativa de capturar a essência de um momento de transição e de descoberta. Sussurros Simbólicos propõe assim uma jornada visual que celebra a capacidade de percepção humana – o primeiro impulso na construção simbólica necessária para compreender como nos relacionamos com a natureza e seus movimentos cíclicos.
Serviço
Exposição | Sussurros Simbólicos
De 13 de julho a 17 de agosto
Segunda a sábado, das 10h às 18h
Período
13 de julho de 2024 10:00 - 17 de agosto de 2024 18:00(GMT-03:00)
Local
ArteFASAM Galeria
Rua Rodrigues Caldas, 726 Salas 1305 e 1306 Santo Agostinho - Belo Horizonte - MG
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A CAIXA Cultural São Paulo apresenta, de 16 de julho a 01 de setembro de 2024, a exposição “Laguna Plena”, do artista curitibano Rimon Guimarães. A mostra oferece ao público
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A CAIXA Cultural São Paulo apresenta, de 16 de julho a 01 de setembro de 2024, a exposição “Laguna Plena”, do artista curitibano Rimon Guimarães. A mostra oferece ao público uma combinação de diferentes linguagens, como música, artes visuais e moda, que se entrelaçam criando um universo onírico surreal e lúdico. Entrada gratuita.
Os elementos artísticos que compõem a mostra foram elaborados a partir da música “Laguna Plena” – que dá nome à mostra. Laguna Plena é a primeira parte da trilogia “Melodias Neolatinas”, escrita por Rimon Guimarães em 2012 numa viagem a Kuala Lumpur, numa feira de arte na Malásia. Anos depois, em 2018, ele mostrou a canção para o amigo e produtor Tiago Ramalho, que sugeriu gravá-la. O processo foi finalizado durante a pandemia em 2020; E, um ano depois, foi lançada, com a adição de um quarteto de cordas composto por músicos russos (arranjo de Maycon Ananias) e as vozes livres e polifônicas de Tuyo.
Com patrocínio da CAIXA e Governo Federal, e realização da GP Produção Cultura, a exposição “Laguna Plena” reúne um compilado de obras que refletem a diversidade e a velocidade das informações nos temos atuais, o acesso às mídias distintas que se retroalimentam e colaboram para uma fonte infinita de criação.
“Cada linguagem, cada trabalho, seja de uma tela ou de uma música, vem em processos diferentes. Não existe uma fórmula. O que acontece muito é a retroalimentação de uma mídia para outra. Como colocar um som enquanto estou pintando, ou parar de pintar e começar a criar sons e escrever letras. Isso dá um respiro da pintura e me traz mais inspirações para voltar nela. Uma linguagem ajuda a outra”, explica Rimon.
O resultado de toda essa pluralidade criativa e artística está presente na mostra, que, por meio de cores e formas, evidencia uma construção em arranjos e desarranjos: da música que se desdobra para desenho, dos traços que se desdobram para animação. Os visitantes terão a oportunidade de conhecer o trabalho de Rimon Guimarães por meio dos sons, das obras produzidas com a técnica acrílica sobre tela, de frames de vídeos e dos figurinos criados para a gravação do vídeo da música, roupas desenhadas, recicladas e customizadas pelo artista com a colaboração de costureiras e figurinistas locais, a partir da técnica de impressão serigráfica manual.
Serviço
Exposição | Laguna Plena
De 16 de julho a 01 de setembro
Terça a domingo, das 9h às 18h
Período
16 de julho de 2024 09:00 - 1 de setembro de 2024 18:00(GMT-03:00)
Local
CAIXA Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 – Centro – SP
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O circuito cultural da Av. Paulista, em São Paulo, volta a contar com um importante espaço de exposições. Fechada por um período de 18 meses para reformas estruturais e
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O circuito cultural da Av. Paulista, em São Paulo, volta a contar com um importante espaço de exposições. Fechada por um período de 18 meses para reformas estruturais e melhorias técnicas, a Galeria de Arte do Centro Cultural Fiesp será reinaugurada no final de julho de 2024.
O espaço expositivo de 850m2 – que integra o complexo de artes cênicas e visuais, audiovisual, música, literatura e tecnologia do SESI-SP – apresenta “outros navios: uma coleção afro-atlântica”, com período expositivo que vai de 24 de julho de 2024 a 16 de fevereiro de 2025. A mostra inédita permitirá que o grande público visitante do local conheça a rica e diversificada coleção de artes africana e afro-brasileira do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE/USP).
O acervo começou a ser formado no final da década de 1960 (época em que os movimentos de independência das ex-colônias em África se consolidavam), por meio de doações ou compras encomendadas pela universidade. Marianno Carneiro da Cunha (1926-1980), então professor do MAE/USP, foi um dos principais nomes à frente do projeto institucional e científico da construção da coleção.
Arqueólogo especialista em Médio Oriente, ele lecionou entre 1974 e 1976 em Ifé, na Nigéria, lugar sagrado para os iorubá, ficando incumbido de adquirir peças para o MAE. Com olhar antropológico e educativo, Marianno se preocupou em também trazer para o Brasil moldes, mostrando interesse não apenas pelo objeto artístico, mas também pela técnica de diferentes culturas da África central e ocidental.
O trio de curadores da mostra, Carla Gibertoni Carneiro, Renato Araújo da Silva e Rosa C. R. Vieira, apontam que essas duas regiões africanas estão conectadas ao Brasil por séculos de circuitos transatlânticos. Eles trouxeram até nosso litoral inúmeros navios de violência, mas também trouxeram outros navios, que nos permitem mergulhar por histórias alternativas e criar novos significados para as centenas de objetos selecionados para a exposição.
OUTROS NAVIOS: NÚCLEOS TEMÁTICOS
Aberta à visitação gratuita até 16 de fevereiro de 2025, a exposição que reabre a Galeria de Arte apresentará mais de 300 peças africanas e afro-brasileiras, muitas nunca antes exibidas ao público, que estarão divididas em sete núcleos temáticos.
A visita começa por “Dentro das águas”, onde poderão ser vistos objetos relacionados ao culto de Iemanjá e Oxum, orixás dos mares e das águas doces, como coroa, pulseira, leque (abebê) e espelho.
Em “Bagagens afro-atlânticas” também estão diversas peças ligadas a religiões de matrizes africanas: arco e flecha de Oxóssi, estatuetas de Exu, bastão (opaxoro) de Oxalá, machado (oxê) de Xangô, além de elementos de altar e instrumentos musicais.
No núcleo “De São Paulo a Ifé”, os visitantes encontrarão obras variadas dos iorubá, vindos especialmente da Nigéria e Benim. Há itens do dia a dia, como baú, pilão, enxada e colher, além de um conjunto de máscaras esculpidas em madeira e pintadas e pares de estatuetas de ibeji, que estão ligadas à gemealidade entre os povos iorubá.
O termo “bantu” designa genericamente toda uma gama de culturas da África Central, de países como República Democrática do Congo e Angola. Eles estarão representados no núcleo “Bantu, das terras centrais”, que traz peças como esteiras de ráfia (palha) em diferentes formatos, taças cerimoniais e um recipiente para leite com tampa decorado com conchas (cauris).
Em “Ventos no oeste africano” estão reunidos objetos de países como Gana, Mali e Costa do Marfim, incluindo um dos maiores itens da exposição, uma porta celeiro dogon. Há conjuntos de vestimentas, pentes do tipo garfo, figuras em bronze e uma balança para pesar pó de ouro, junto de um peso em formado de escorpião usado na pesagem.
“Técnicas” destaca os materiais utilizados nas diferentes etapas da técnica da cera perdida, técnica milenar que esculpe peças de liga metálica por moldagem, além de apresentar um conjunto de enxós e permitir ao visitante conhecer o processo de elaboração de uma máscara Gueledé.
O último núcleo, “Joias e tudo que reluz”, é também o mais notável da exposição, já que a coleção de joias africanas do MAE/USP é uma das mais expressivas do mundo. São diversos exemplares de pulseiras, tornozeleiras, colares, anéis e brincos, em materiais como vidro, bronze e marfim.
Há ainda uma seção especial que reúne obras de artistas contemporâneos negros brasileiros. São onze obras, em diferentes técnicas e suportes, de Denis Moreira, Denise Camargo, Guto Oca, Larissa de Souza e Renan Teles, que mostram que uma coleção não é fixa e pode ser recomposta para apontar outros navios à vista.
Serviço
Exposição | outros navios: uma coleção afro-atlântica
De 24 de julho de 2024 a 16 de fevereiro
Terça a domingo, das 10h às 20h
Período
24 de julho de 2024 10:00 - 16 de fevereiro de 2025 20:00(GMT-03:00)
Local
Centro Cultural Fiesp
Avenida Paulista, 1313 - São Paulo - SP
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A arte!brasileiros e o Sesc SP promoveram um seminário internacional para debater o assunto. Nesta página, você confere as versões gravadas das palestras, entrevistas aprofundadas com importantes figuras da cena cultural e artística e textos que desdobram as reflexões sobre arte e democracia
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