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My Name Is IVALD GRANATO Eu Sou — Sesc Belenzinho

Finalizada no Sesc Belenzinho e rumo ao Sesc Guarulhos, a exposição My Name Is IVALD GRANATO Eu Sou, uma individual com centenas de obras do artista Ivald Granato reúne pinturas, objetos, desenhos, cadernos e recursos multimídia que mostram os 50 anos da trajetória do artista.

Assista aqui vídeo com entrevista com o curador da mostra, Daniel Rangel.

Aproveite para ler em nosso site texto de Leonor Amarante sobre a exposição. Clique aqui.

Noite das Ideias promove debates e encontros artísticos em três capitais

Foto de Ricardo Stuckert, que participa do evento. Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação

Parceria da Embaixada da França no Brasil com o Institut Français na França, a primeira Noite das Ideias no Brasil acontecerá simultaneamente em Brasília (na Aliança Francesa), São Paulo (Casa das Rosas) e Rio de Janeiro (Parque Lage) nesta quinta-feira, dia 30 de janeiro, sob o tema “ser vivo e floresta”.

O evento – que deve ser realizado em 70 países em diferentes momentos – propõe em sua primeira edição brasileira um momento de reflexão criativa sobre a floresta, seus desafios, suas concepções e sua variedade: da floresta tropical à mata atlântica, do cerrado aos maquis mediterrâneos. Este tema será pensado e vivenciado seguindo diferentes abordagens: filosóficas, científicas, antropológicas, ecológicas, técnicas e sociais. A programação também contará com momentos artísticos como projeções e performances.

A programação será baseada em dois eixos principais: “A floresta como ser vivo”, relativo às descobertas e técnicas científicas mais recentes, filosofias de vida e abordagens alternativas sobre a floresta presentes em práticas espirituais e locais; “a floresta como local de seres vivos”, relativo à discussão sobre os seres vivos que não apenas vivem, mas que também administram e moldam as florestas.

Entre os nomes que participarão do evento nas três cidades (veja a programação completa aqui) estão artistas, líderes indígenas, poetas, curadores, botânicos, antropólogos, jornalistas e pesquisadores, entre eles Ernesto Neto, Jean-Paul Ganem, Santídio Pereira, Ricardo Stuckert, Alvaro Tukano, Ailton Krenak, Luiz Zerbini, Bernardo Esteves e Ricardo Abramovay.

Grande Cortejo Modernista agita o aniversário de São Paulo

O aniversário de 466 anos de São Paulo, que acontece neste sábado (25), terá mais de 300 atividades em 150 pontos espalhados por todas as regiões da cidade. Entre as atividades estarão shows, palestras, cinema, dança, circo, teatro, programação infantil, debates e roteiros de memória.

O destaque da região central fica por conta de uma grande ação que evoca o modernismo. Trata-se do espetáculo itinerante Grande Cortejo Modernista, que terá início com dez horas de duração, começando no Pateo do Collegio e terminando na Praça da República. Apresentam-se artistas como Elba Ramalho, Karol Conka, Rashid e Ney Matogrosso; os grupos Bixiga 70, Skank, Demônios da Garoa, Aerogroove, Coral Indígena Guarani Amba Vera, Orquestra Sinfônica Municipal, Coro Lírico, Coral Paulistano, Balé da Cidade, bonecos da Cia. PiA FraUs, além dos Blocos Pagu e Baixo Augusta.

O cortejo promove uma verdadeira viagem pela história do Modernismo e suas manifestações na capital paulista. Atores e atrizes foram convidados para dar vida a personagens históricos. Marcos Palmeira será Heitor Villa-Lobos, Rosi Campos será Tarsila do Amaral, José Rubens Chachá será Oswald de Andrade, Pascoal da Conceição será Mário de Andrade, Marcelo Airoldi será Di Cavalcanti e Virginia Cavendish será Anita Malfatti.

Confira todo o percurso do Grande Cortejo Modernista e a programação completa do aniversário de São Paulo no site da Secretaria Municipal de Cultura.

Escola itinerante de arte estabelece fluxos culturais entre centro e periferia

Integrantes da ali: leste na Cidade Tiradentes. Foto: Ding Musa

Desde sua gestação, há cerca de um ano e meio, até este início de 2020, a ali (arte livre itinerante) poucas vezes trabalhou dentro de algo que seus integrantes possam chamar de “zona de conforto”. Pelo contrário, esta espécie de escola de arte nômade, concebida e coordenada por nove artistas visuais e um cientista social, parece já ter surgido para lidar com adversidades – “na ressaca das eleições de 2018” – e tem buscado nas dificuldades do dia a dia as respostas para as muitas questões que surgem em sua atuação.

Ainda assim, seja ao lidar com as dificuldades nas tomadas de decisões coletivas – em um grupo de artistas consolidados e acostumados a trabalhar individualmente –, ao tentar articular caminhos para captar recursos financeiros ou, principalmente, ao tentar estabelecer vínculos genuínos com moradores e coletivos da periférica Cidade Tiradentes – primeira região escolhida pelo grupo para atuar –, a ali já colhe importantes frutos de seu trabalho. E consegue, também, entender melhor o território em que está pisando para planejar seus próximos passos.

A ideia de criar uma escola livre de arte com presença em zonas menos abastadas da cidade, estimulando fluxos culturais e econômicos entre centro e periferia, se consolidou após a derrota eleitoral do petista Fernando Haddad para o atual presidente Jair Bolsonaro, em novembro de 2018. “Nós já estávamos mobilizados por causa das eleições, já vislumbrávamos o desmonte de muita coisa na área cultural e, no processo de militância, já tínhamos pensado bastante sobre essa falta de integração entre as realidades sociais. Ou seja, entre nós de classe média e média alta com a galera da periferia”, conta o artista Bruno Dunley.

Parte dos membros da ali na Cidade Tiradentes. Foto: Ding Musa

Ao seu lado, também integram a ali os artistas Ana Prata, André Komatsu, Ding Musa, Lucia Koch, Renata Lucas, Rodrigo Andrade, Sara Ramo e Wagner Morales, além do cientista social Gustavo Vidigal. “Começamos a nos reunir quando vimos todo esse cenário obscuro se instaurando, ainda antes das eleições, mas quando já havia começado o desmanche após o golpe de 2016”, conta Komatsu. Naquele momento, dentre os 10 integrantes da ali alguns já militavam no grupo político Jararaca, enquanto outros estavam envolvidos com a Ocupação 9 de Julho.

“E a ali surge realmente porque a gente tem esse entendimento de que a arte é uma manifestação política. E não estou falando de uma arte panfletária, mas em relação à criação, ao pensamento”, completa Komatsu. Com a ideia de formar uma escola de arte aberta e itinerante, os membros passaram a manter encontros semanais para discutir os possíveis formatos. Desde o início, definiram duas diretrizes principais para o projeto: ele estaria relacionada à formação – seja prática ou teórica –, ligada não só à arte, mas à filosofia, história do Brasil e à construção coletiva de conhecimento; e estaria focado também na formação de redes culturais, com um trabalho que buscasse o diálogo e a troca com outros grupos.

“Nesse sentido, sempre pensamos o projeto como uma ponte que pudesse viabilizar a circulação e a mobilidade. Uma ponte que pudesse ir do centro para a periferia e da periferia para o centro”, diz Dunley, que explica que os planos de itinerância da ali ainda podem abranger, ao longo dos anos, as cinco zonas da cidade. A proposta de iniciar o trabalho na Cidade Tiradentes (CT) partiu de Sara Ramo, que já havia trabalhado no local (na produção do curta-metragem “Lança”) e conhecia coletivos e jovens da região.

Aula de Renata Lucas no Bar do Tiê. Foto. Lua Porto

“Porque a ideia era criar um projeto que saísse aqui da nossa bolha, do centro comercial, e fosse para lugares mais distantes”, conta Komatsu. Neste caso, foi escolhido um lugar onde inclusive o candidato da extrema-direita saiu vencedor nas eleições, apesar do histórico de lutas progressistas na região. Como ressalta o artista, a formação da ali partiu, também, de uma tentativa de compreensão e atuação neste novo contexto político brasileiro.

Localizada no extremo Leste de São Paulo e com quase 300 mil habitantes, a CT é um distrito da capital que foi ocupado principalmente após os anos 1980 e que reúne o maior complexo de conjuntos habitacionais da América Latina. Neste universo vasto e diverso, apesar da notável ausência do Estado, estão organizados dezenas de grupos e coletivos de poesia, slam, grafite, teatro, música e outras áreas artísticas – como Pombas Urbanas, Red7, Luau Raiz Quadrado, Aliança Negra, Filhas da Dita e Instituto du Gueto –, com atuações dentro e por vezes fora do próprio território.

“Eles sabem que têm uma grande potência lá. Assim como nós sabemos que a cultura brasileira descentralizada, surgida nas periferias de modo geral, talvez seja hoje o que há de mais forte no país”, afirma Dunley. “E essa riqueza cultural que não precisa de nós, eles não dependem de a gente chegar lá e dizer que quer trocar uma ideia. Então pensamos muito sobre isso ao longo dos meses, de como poderíamos atuar. Porque, ao mesmo tempo, achamos que temos algo para oferecer. Então queremos ensinar e aprender, trocar, fazer juntos.”

Via de mão dupla

Sabendo também do longo histórico de promessas não cumpridas que acompanha a vida nas periferias urbanas – seja por parte de políticos, do poder público, de organizações privadas ou indivíduos –, os membros da ali entenderam que o maior desafio do grupo estaria no estabelecimento de um diálogo orgânico e profícuo com moradores e coletivos da CT, buscando se afastar de um modelo colonizador de atuação. “Somos brancos, de classe mais alta e moramos no centro. E são muitos os projetos que chegam nas periferias ditando regras, com uma suposta superioridade de quem tem informação e dinheiro”, afirma Komatsu. “Nossa ideia sempre foi outra.”

Intervenção de Rodrigo Andrade na Cidade Tiradentes. Foto: Samantha Lucas

Após longo período de reuniões e um intenso processo de aproximação com a CT – facilitado pelo trabalho de Antonio Guerra –, os primeiros cursos da ali : leste começaram a ser oferecidos em meados de 2019 em diferentes espaços do bairro, de bares e praças até o Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes (vinculado à Prefeitura e com o qual a ali estabelece parcerias pontuais). Um curso voltado para questões urbanísticas e de uso do espaço público foi ministrado por Renata Lucas, enquanto outro de história da arte, desenho e pintura foi comandado por Dunley, Rodrigo Andrade e Ana Prata.

Foi mais ou menos neste período, a partir de agosto, que a ali passou a captar seus primeiros recursos através da venda de pequenas caixas com obras de arte – nove múltiplos em cada, um produzido por cada artista –, através de uma parceria feita com a galeria Carbono, que segue comercializando os trabalhos. Os R$ 180 mil reais arrecadados até agora possibilitaram a contratação de alguns serviços de apoio, o pagamento de ajudas de custo para artistas e parceiros, a oferta de lanches aos alunos dos cursos e a realização de um “encontrinho” e um “encontrão”, como ficaram intituladas as atividades semestrais que reúnem coletivos e moradores para debates, conversas, shows e outras apresentações.

Para 2020, além de novos cursos e dos encontros, o projeto “sábado ali” vai levar à CT, semanalmente, convidados para ministrarem aulas e participarem de conversas com formatos e temas variados – os participantes foram pensados pela ali a partir de demandas da própria comunidade. Nomes como Lenora de Barros, Noemi Jaffe, João Bandeira e Tiago Mesquita participarão destes eventos que serão realizados aos sábados no Centro de Formação.

Artistas cozinham durante o “encontrinho” na Boteco da Sinuca, na CT. Foto: Samantha Lucas

Entres os cursos, estão programados um de poesia visual, um ateliê aberto, um sobre história e produção de videoclipes de Rap, um de história da arte e desenho, um na intersecção entre fotografia e arquitetura e um sobre formatos da arte contemporânea. Alguns deles serão ministrados não só pelos membros da ali, mas em parceria com professores convidados, de fora ou locais – como Evandro César, Lucas Lins e o grafiteiro Link (aka MUSEU), do Luau dos Loucos. A ali : leste iniciará também um programa de concessão de bolsas a ser financiado por apoiadores e futuros associados.

Se os resultados deste mais de um ano de existência da ali ainda podem soar tímidos numericamente, no que se refere à quantidade de frequentadores dos cursos e encontros (segundo os próprios artistas), eles têm se mostrado notáveis nas redes criadas para a consolidação e continuidade do projeto. Isso ficou claro, por exemplo, quando o grupo passou a ser chamado para as reuniões de coletivos da região: “Sentimos que eles estão confiando, vendo que o trabalho é consistente e que estamos lá de verdade. Foi uma vitória do projeto”, diz Dunley.

A trajetória já deixou claro, também, que o plano inicial de permanecer dois anos na CT e depois seguir para outra região deve ser repensado. “Serão pelo menos quatro anos, até para criar bases para que o projeto siga funcionando depois”. Outra constatação, reforçada pelos recentes acontecimentos no país, é de que um projeto como a ali vai seguir existindo como resistência, fora de qualquer “zona de conforto”, como conclui Komatsu: “A gente está em um cenário em que o governo vê todo movimento social e cultural como inimigo e tenta impedir qualquer manifestação de reflexão. A ideia é criar soldados, criar uma unidade básica, estabelecer a ordem, e não criar diversidade, reflexões, divergências, problemáticas. E a gente, na direção contrária, acredita que a arte é um caminho de refletir e de estar crítico ao entorno”.

Bienal de São Paulo divulga programação em 25 instituições pela cidade

A imagem mostra a cidade de São Paulo mapeada com os pontos que simbolizam as instituições culturais participantes da 34ª Bienal de São Paulo
Mapa dos locais que compõem a 34ª Bienal de São Paulo

A edição 34 da Bienal de São Paulo, que tem curadoria-geral de Jacopo Crivelli Visconti, terá início em fevereiro. Foram convidados também para compor a equipe curatorial da mostra o brasileiro Paulo Miyada (como curador-adjunto), a argentina Carla Zaccagnini, o italiano Francesco Stocchi e a espanhola Ruth Estévez, como curadores convidados. De forma já informada anteriormente em nosso site, este ano o evento conta com exposições paralelas no pavilhão do Ibirapuera e em instituições parceiras do evento. O projeto atual faz um movimento para inserir a Bienal no fluxo da cidade, criando ações que não se encerram apenas na mostra principal, que ocorre em setembro.

As exposições individuais que tomarão o Pavilhão ao longo do ano já tinham sido divulgadas em novembro do ano passado. Agora, a Bienal divulga a programação que será distribuída por 25 instituições parceiras ao longo da cidade de São Paulo. Mostras de nomes como Morandi, Alfredo Jaar e Alex Katz, respectivamente no Centro Cultural Banco do Brasil, Sesc Pompeia e no Instituto Tomie Ohtake, fazem parte da lista.

Em entrevista à ARTE!Brasileiros em maio de 2019, o presidente da Bienal de São Paulo, José Olympio Pereira disse que a iniciativa de fazer essas parcerias convida as pessoas e as instituições a  “se relacionar sem necessariamente ter que compartilhar das mesmas ideias”. Isso vai de encontro ao “mote metodológico” proposto pelo curador-geral, que explora a ideia de “relações” como forma de fomentar diálogos: “Todos esses diferentes níveis do projeto tentam lidar com essa questão da polarização, mostrar como é possível criar diálogos com instituições diferentes, obras de arte diferentes, públicos diferentes, etc. Então é uma Bienal que de uma maneira não literal, mas muito mais poética e simbólica, está claramente pensada a partir do momento que estamos vivendo”.

Confira abaixo a lista completa da programação paralela da 34ª Bienal de São Paulo:

  • Noa Eshkol, na Casa do Povo, curadoria: Benjamin Seroussi e Marília Loureiro, de agosto a outubro.
  • Giorgio Morandi, no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo, com Alberto Salvadori e Gianfranco Maraniello, de 25 de agosto a 23 de novembro.
  • Jota Mombaça, no Centro Cultural São Paulo, de 29 de agosto a 31 de outubro.
  • Marinella Senatore, no Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes, de setembro a outubro
  • Antonio Dias – Arquivos de Trabalho, no IAC – Instituto de Arte Contemporânea, de agosto a novembro.
  • Trajal Harrell, no Instituto Bardi / Casa de Vidro, em setembro.
  • Carolina Maria de Jesus (título provisório), no IMS Paulista, com curadoria de Hélio Menezes e Raquel Barreto, a partir de agosto.
  • Alex Katz, no Instituto Tomie Ohtake, com curadoria de Robert Storr, de agosto a outubro.
  • Lygia Pape: Gestos de encantação, no Itaú Cultural, com curadoria Luis Camillo Osorio, em parceria com Projeto Lygia Pape e projeto expográfico de Daniela Thomas e Felipe Tassara, de 22 de agosto a 8 de novembro.
  • Yuko Mohri, na Japan House São Paulo, com curadoria de Natasha Barzaghi Geenen, de agosto a dezembro.
  • Frida Orupabo, no Museu Afro Brasil, de setembro a dezembro.
  • Juraci Dórea, no Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MuBE), com curadoria de Cauê Alves, de setembro a outubro.
  • Adrián Balseca, no Museu da Cidade de São Paulo: Capela do Morumbi, com curadoria de Gabriela Rios, de 25 de julho a 15 de novembro.
  • Regina Silveira, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP), com curadoria de Ana Magalhães e Helouise Costa de 29 de agosto de 2020 a 2 de agosto de 2021
  • Trajal Harrell em Histórias da dança, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), com curadoria de Adriano Pedrosa, Julia Bryan-Wilson e Olivia Ardui, de 26 de junho a 5 de novembro
  • Jaider Esbell, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM São Paulo), de setembro a dezembro.
  • Lasar Segall: o eterno caminhante, Museu Lasar Segall, com curadoria de Giancarlo Hannud, exposição permanente
  • Joan Jonas, na Pinacoteca de São Paulo / Estação, com curadoria de Berta Sichel, de 9 de maio a 12 de outubro.
  • Beatriz Santiago Muñoz, no Pivô, com curadoria de Fernanda Brenner, de 29 de agosto a 24 de outubro
  • Alfredo Jaar, no Sesc Pompeia, com curadoria de Moacir dos Anjos, de 2 de setembro de 2010 a 21 de janeiro de 2021
  • Eleonora Fabião, no Sesc Carmo, de 2 de setembro a 30 de dezembro
  • Abel Rodriguez, no Sesc Interlagos, com curadoria de José Roca, de 29 de agosto a 29 de novembro.
  • Acervo Histórico Videobrasil em diálogo, no Videobrasil, de 5 de setembro a 6 de dezembro
  • Conversas públicas, na Oficina Cultural Oswald de Andrade, de outubro de 2019 a julho de 2020.
  • Seminário Internacional de Arte Contemporânea 2020, no Paço das Artes, entre 18 e 19 de setembro.

Trabalhar com memória é trabalhar com o presente

João Fernandes fala no V Seminário Internacional ARTE!Brasileiros, intitulado "Arte além da arte". Foto: Marina Malheiros

Destruição da Amazônia, guerra contra as artes. Apesar do clima de catástrofe, o curador João Fernandes chega otimista. “O Brasil no meio de toda dimensão trágica de sua história, sempre conseguiu criar formas de superar esses traumas”, observa de sua nova sala, na avenida Paulista, exatamente do outro lado da sede do Instituto Moreira Salles.

Respeitado no circuito internacional, Fernandes esteve à frente da Fundação Serralves, no Porto, entre 1996 e 2012, hoje uma das mais renomadas em arte contemporânea, e atuou seis anos como diretor artístico do Reina Sofia, em Madri, instituição essencial para a criação de novas narrativas na história da arte.

Conhecedor da arte brasileira em profundidade, visitante regular do país desde 1998, quando indicou a representação portuguesa na bienal que tratou da Antropofagia, Fernandes conta seus novos planos em sua nova função:

ARTE!Brasileiros – Como é chegar em um momento tão dramático no Brasil, que até a noite chega no meio da tarde?
João Fernandes – Eu fiquei admirado, não sabia o que estava passando, imaginei que no inverno São Paulo escurece às 15h da tarde (risos), como ocorre na Alemanha.

Pois é, mas chegar em meio a tudo isso não carrega uma certa urgência, apesar de o IMS ter tido mostras muito relevantes sobre a história e o momento brasileiro como Corpo a Corpo, Conflitos ou mesmo da Claudia Andujar, A luta Yanomami, nos últimos dois anos?
Eu vim para o Brasil porque achei que era importante estar no Brasil. Reconheço que o convite me surpreendeu, estava longe de minha expectativa sair do Reina Sofia tão cedo. Mas quando João [Moreira Salles] e Flávio [Pinheiro] me pediram para pensar na possibilidade de assumir a diretoria artística do instituto, há um ano, confesso que fiquei muito fascinado. Isso porque conhecia uma parte dos acervos do instituto e da sua programação e, ao mesmo tempo, acho que o instituto tem uma condição ideal em sua autonomia com seus acervos e suas práticas para poder trabalhar no Brasil. Sei que não é fácil construir uma instituição no Brasil, mas tampouco é em Portugal, meu país. O museu que trabalhei em Portugal foi o primeiro museu de arte contemporânea do país e foi criado só no final do século 20. Apesar de aqui os museus terem começado antes, sei que a institucionalidade não é fácil.

Por tudo isso, acho que o instituto é uma das instituições mais possíveis para se relacionar com a memória e o presente, porque a memória não pode ser indistinta do presente, como o presente não pode ser indistinto da memória. Isso foi o que me levou ao Reina Sofia, pois me interessava muito como o Manolo [Manuel Borja-Villel] constrói um ponto de vista sobre a história a partir da história da arte e a história da arte a partir da história, o que faz o Guernica não ser apenas uma obra-prima da história da arte, mas também um documento importante de um momento de conflito que revela uma história a partir do ponto de vista dos vencidos e não dos vencedores, que é quem em geral condiciona as narrativas históricas nos museus e nas instituições. Então, trabalhar com os acervos do Moreira Salles é poder trabalhar com o melhor de uma cultura que sempre me fascinou, e na língua que eu falo.

O que também me interessou no convite para meu trabalho curatorial foi não ficar confinado em um tipo de especialização, de uma arte que se constitui por certos estereótipos para se chamar de arte contemporânea, o que é paradoxal com a história da arte no século 20, que sempre teve formas híbridas. Então poder trabalhar com acervos e uma programação que permite cruzar literatura, fotografia, artes visuais, cinema é para mim um desafio fascinante.

Sede do IMS em São Pauloo. Foto: Pedro Vannucchi/Divulgação

Mas e chegar nesse momento tão difícil?
Aí confesso que acho que o Brasil nunca vai deixar morrer a esperança. O país já passou por situações muito difíceis, como todos os países que viveram o mundo colonial. No caso do Brasil, essa experiência bárbara e atroz, que perdura para além do próprio período da escravatura, deixa feridas abertas pelas marcas, traumas e cicatrizes. Mas o Brasil, no meio de toda dimensão trágica de sua história, sempre conseguiu criar formas de superar esses traumas.

O Hélio Oiticica criou a famosa frase…
Da adversidade viemos! E na adversidade encontrar a alegria em meia a tristeza mais profunda. O Brasil sobreviveu a ditaduras terríveis, houve momentos em que a condição humana foi fragilizada em termos das condições políticas e econômicas, das marcas do colonialismo. Em meio a tudo isso, o Brasil constrói uma cultura inacreditável. E me interessa particularmente a forma como a cultura brasileira subverte a distinção entre cultura erudita e popular. Isso acontece na música, nas artes visuais, no cinema. Isso sempre me fascinou muito.

Quando comecei a trabalhar com arte isso se tornou muito claro, porque não havia textos brasileiros lidos em Portugal, seja de Mário Pedrosa, seja de Ferreira Gullar ou mesmo de Hélio Oiticica, nenhum deles era conhecido. Quando descobri que o MoMA pensava em publicar os textos do Mário Pedrosa, disse para eles que quando esses textos fossem traduzidos para inglês os cânones da História da Arte iriam mudar. E de fato, eles traduziram e passaram a dar importância a ele. Precisam ainda descobrir como Walter Zanini constrói um conceito de museu, que é outro capítulo na história dos museus no século 20.

Há tanta coisa por aqui que abre caminhos, que critica os caminhos dominantes nos centros clássicos da construção da modernidade, das vanguardas, da geopolítica do mundo, que fazem a minha presença aqui um grande desafio e uma grande possibilidade de trabalho. Por isso tudo, confesso que nada abala minha crença que o Brasil irá sobreviver e creio que a cultura tem um papel nisso.

E essa é uma das razões que trabalho com arte, que é essa coisa maravilhosa de ninguém pensar ou sentir uma obra de arte da mesma maneira. Todos nós temos impressões distintas diante de uma sinfonia, ninguém vê um quadro da mesma maneira e quando vê da segunda vez já vê de forma diferente. E essa característica da arte, que permite radicalizar sem ao mesmo tempo fragilizar o sentimento de comunidade, é o que eu acredito ser o papel dos museus, das instituições culturais, das salas de concerto e teatro, ou mesmo da rua. A experiência da diferença, de estar juntos sendo diferentes, é muito importante. E a arte é das atividades humanas que estimulam isso, que ensina a construir comunidade e estar juntos a partir das diferenças de sentir e de pensar, mesmo em um país tão crispado como o Brasil é. Afinal, a estruturação desse país se deu com tanto ódio, que se manifestou em formas de ameaça à condição humana — a escravatura tem papel central nisso, é dos holocaustos mais hediondos da história da humanidade. Tudo isso se manifesta ainda, infelizmente, presente na falta de respeito às questões raciais, às culturas ancestrais, à natureza. Mas por isso mesmo a arte e a cultura têm sobrevivido e criado novas formas, erudita ou popular, que fazem do Brasil uma situação única, isso afirmo talvez por ser minha língua, mas tudo isso se tornou um convite irrecusável.

De fato, apesar de tudo que está ocorrendo há a percepção de que as instituições culturais têm tido um crescimento de público.
Eu cheguei há uma semana e vi acontecimentos maravilhosos. A energia que existe nesse momento no Brasil é muito única. O Panorama da Arte Brasileira é uma exposição notável, que foge aos estereótipos da arte contemporânea que se vê nas bienais de arte, não falo aqui de nenhuma em específico, que começam a parecer feiras de arte. Já no Panorama, encontra-se uma brasilidade que não é nacionalista, mas de conexão com as culturas populares, com os temas do presente, com culturas vistas como marginais, e tudo isso conflui de maneira muito original. Tive ainda a felicidade de ver uma mostra do Flávio de Carvalho onde o Teatro Oficina apresentou O Bailado do Deus Morto, feita na década de 1930, um texto que liga diretamente uma experiência pós-colonial com uma cultura universal, de matriz neoclássica e europeia – aquelas máscaras são gregas, de certa forma, conseguem ser gregas e brasileiras. Também assisti à estreia do Bacurau, do Kleber Mendonça, que é um momento único na história do cinema: além de ser o western mais antifascista já feito, é também a possibilidade de um western popular e que reinventa um gênero, sem cair em estereótipos. Tudo isso em uma semana de Brasil.

Sede do IMS. Foto Pedro Vannucchi/Divulgação

E como você pretende trabalhar no Instituto Moreira Salles?
Confesso que por um lado vou aprender muito mais do que até agora conheço, em relação a tudo que aconteceu na arte e na cultura brasileira, e quero aprofundar toda uma série de possibilidades que os acervos do instituto oferecem e mesmo o cruzamento destas áreas, que é uma coisa que sempre gostei de fazer, aproximar artes performativas de artes visuais, da literatura. Há sincronias no tempo de obras de Lygia Clark com Clarice Lispector, e muitas interrogações podem surgir dessas sincronias, desses universos paralelos. Mas também tenho consciência que o Brasil é tão longe de outros lugares do mundo e muita coisa não passou por aqui e pode ser conhecida. Ao mesmo tempo acho importante que esses acervos magníficos do instituto e sua relação com a memória e o conceito de documento sejam levados ao mundo.

Isso é uma missão, eles pediram que você trabalhasse esses acervos no exterior?
Não. Mas conhecendo esses acervos e como são desconhecidos no mundo, não há como não pensar nessa urgência. É preciso conhecer as coisas maravilhosas que existem aqui, até porque o Brasil tem sido visto em muitos estereótipos que foram criados. Se eu puder contribuir para isso é importante. É fantástico compreender como Claudia Andujar, que nem nasceu aqui mas ela chega aqui e percebe que uma das riquezas do Brasil, se encontra nesse tesouro maravilhoso que são as culturas indígenas. E ela vai lá, vive com eles e passa a ser como uma embaixadora. E ela ainda é pouco conhecida. Semelhante a ela tem o Lothar Baumgarten, que a partir da Alemanha e de Humboldt vem também para o Brasil e uma de suas primeiras obras na Europa é Eldorado, prefiro estar lá do que no norte da Westphalia, que é uma frase do Voltaire, até ele já tinha essa consciência. Enfim, estes dois nomes mostram como há uma universalidade no Brasil que é muito fascinante e pode se desdobrar em programações, em momentos.

Então você pretende mostrar o Lothar? Dá para falar sobre algo do que você pretende trazer para a programação?
Eu não estou ainda em condições de apresentar um programa, acabei de chegar, estou a conversar com as equipes. Primeiro quero ouvir muito. E fico feliz em chegar e ter uma ótima programação definida para o primeiro ano, é uma felicidade chegar e ter uma mostra abrindo do Harun Farocki, com quem nunca trabalhei, mas respeito muito. É uma das obras que mais motivam o pensamento entre cinema e sociedade, história política e novas formas de narração.

Minha primeira atitude, então,  é conhecer como trabalha o instituto, como trabalham suas equipes, seus programadores e, pouco a pouco, constituir com eles uma identidade na programação.

Acho que uma instituição tem que ter uma identidade na programação, o instituto tem possibilidades únicas para a interação dos seus arquivos e por uma ação muito particular na integração com o conceito de memória. Quem tem arquivos como o instituto tem uma obrigação, que é de propor preservar uma memória, mas preservar memória é também construir um ponto de vista sobre essa memória e um ponto de vista que se ponha em discussão. Memória é sempre algo coletivo, algo para ser discutido, porque quem trabalha com memória trabalha com o presente. Então, voltando à sua questão inicial, se o instituto fez exposições como Corpo a Corpo e Conflitos, não há como não continuar fazendo exposições assim.

 

CCSP recebe exposição de cartazes retirados da Ancine

O Festival Verão Sem Censura, realizado pela Secretaria Municipal de Cultura de SP, expõe no Centro Cultural São Paulo (CCSP) os cartazes retirados pela Ancine (Agência Nacional do Cinema), pela nova gestão do órgão, indicada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Em dezembro, a ANCINE retirou de suas paredes, em sua sede no Rio de Janeiro, cartazes de filmes brasileiros que estavam expostos desde 2002. Os cartazes retirados estampavam obras nacionais que discutiam temas urgentes e provocadores. A realização da exposição tem o intuito de reafirmar a visibilidade de produções com temáticas LGBTQIA+ e apoiar a liberdade de expressão e a diversidade do cinema brasileiro.

Outros aparelhos da cidade de São Paulo recebem atividades ligadas ao festival, que tem a intenção de acolher manifestações culturais que sofreram algum tipo de censura nos últimos anos, de exposições a peças de teatro. Na programação de mostras, a Biblioteca Mário de Andrade tem, a partir de 17 de janeiro, a exposição Banidos, que apresenta um acervo de livros raros censuradas na história da literatura.


Exposição com cartazes de filmes censurado
de 17 a 31 de janeiro
Centro Cultural São Paulo: Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso, São Paulo
Mais infos: (11) 3397-4002

 

Antônio Bandeira, Laura Vinci e Vicente de Mello têm individuais no MAM-SP

Cerca de 60 obras de Antonio Bandeira podem ser visto no MAM São Paulo em exposição individual do artista até 1º de março. Com curadoria de Regina Teixeira de Barros e Giancarlo Hannud, a exposição Antonio Bandeira reúne obras de diferentes fases da produção do artista, desde as primeiras pinturas figurativas até as grandes telas de tramas, criadas nos últimos anos de sua carreira.

Sob curadoria de Felipe Chaimovich, mostra com duas obras de Laura Vinci, na Sala de Vidro do museu, foca na pesquisa da artista em torno da arte e da ecologia. Com a mesma curadoria, o artista Vicente de Mello é o escolhido para o Projeto Parede, no qual apresenta o trabalho intitulado Pli selon pli, inspirado em peça do compositor e maestro francês Pierre Boulez.

Chaimovich também é curador da coletiva de livros de artistas elegeu produzidos de forma artesanal ou que tenham sido publicadas por editoras alternativas. Figuram livros de artistas como Almandrade, Anna Bella Geiger, Antonio Dias, Betty Leirner, Dora Longo Bahia, Julio Plaza, León Ferrari, Marcius Galan, Nuno Ramos, Paulo Bruscky, Regina Silveira e Rosângela Rennó.


Individuais Vicente de Mello e Laura Vinci; coletiva Livros de artistas
até 16 de fevereiro
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP): Parque Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portões 1 e 3)
Mais infos: (11) 5085-1300

Comitê Internacional para Museus publica carta em defesa do MAR

O MAR, na Praça Mauá, Rio de Janeiro. Foto: Divulgação

O CIMAM (Comitê Internacional para Museus e Coleções de Arte Moderna e Contemporânea), organização afiliada ao ICOM (Conselho Internacional de Museus) e que reúne mais de 600 diretores e profissionais de museus de arte pelo mundo, publicou esta semana um apelo à Prefeitura do Rio expressando sua preocupação com a situação do MAR (Museu de Arte do Rio).

Em dezembro de 2019, um repasse de R$ 451 mil da Prefeitura garantiu o funcionamento do MAR até o fim do ano e o fim do aviso prévio dado aos funcionários do museu. O repasse, no entanto, não supre as despesas para este ano de 2020 e, no contexto da crise econômica que atinge a cidade, novos repasses ao Instituto Odeon (entidade que administra o MAR) estão ameaçados.

“O CIMAM deseja expressar sua profunda preocupação com a atual capacidade do MAR de assegurar salários e serviços a partir de 2020”. No comunicado, o comitê pede ao prefeito Marcelo Crivella que mantenha o financiamento público ao museu. O MAR, fundado em 2013, segue o texto, “conquistou reconhecimento mundial por combinar uma visão artística internacional com programas educacionais e por focar comunidades de baixa renda”. A perda das verbas públicas resultariam no colapso do museu, afirma o CIMAM.

Por fim, o comitê também reconhece o amplo leque de ações realizadas pelo movimento artístico MAR VIVE, que já reuniu quase 45 assinaturas em carta aberta pedindo proteção ao museu. “Isso mostra o impacto social de longo alcance e a importância deste museu único”, conclui o texto.

Programação especial marca últimas semanas da mostra de Cildo Meireles

“Eureka/Blindhotland” (1970-1975). Foto Carol Mendonça/ Divulgação

Uma das maiores e mais completas exposições já realizadas do artista carioca Cildo Meireles, “Entrevendo” chega à sua reta final com programação especial no Sesc Pompeia. A mostra, que foi tema de uma grande reportagem na edição 49 da ARTE!Brasileiros (leia aqui), reúne cerca de 150 obras, entre instalações, quadros, esculturas e desenhos.

Os curadores Júlia Rebouças e Diego Matos, além de Marília Loureiro, assistente de curadoria, realizam seis visitas guiadas pela exposição, com percursos roteirizados, com o intuito de apresentar a riqueza poética e narrativa da trajetória de Meireles. As visitas são gratuitas e acontecem às 19h dos dias 14 e 28 de janeiro com Júlia Rebouças; 21 e 30 de janeiro com Diego Matos; e 23 de janeiro com Marília Loureiro. Ingressos devem ser retirados na bilheteria uma hora antes de cada atividade, para até 20 pessoas.

Além disso, o Teatro do Sesc Pompeia receberá três sessões de curtas-metragens sobre a obra de Cildo, seguidas de conversas com convidados. No dia 15 de janeiro, serão exibidos Inserções em circuitos ideológicos (1970/2013), dirigido pelo próprio artista, e o curta Cildo Meireles (1979), de Wilson Coutinho. O bate-papo será com a pesquisadora, historiadora e curadora Aracy Amaral e com mediação do curador Diego Matos.

No dia 22 será exibido o filme Gramática do Objeto (2000), de Felipe Sá e Frederico Morais. Após o filme, o crítico e curador Frederico Morais falará ao público com mediação da curadora Júlia Rebouças. Por fim, no dia 29 será apresentado o registro em super-8 da instalação Eureka/Blindhotland (1975) em sua primeira montagem, na Área Experimental do MAM Rio. Júlia Rebouças e Diego Matos comandam a conversa com participação de Cildo Meireles. Os três eventos no Teatro serão realizados às 20h e são gratuitos, com ingressos distribuídos na bilheteria uma hora antes de cada atividade.


Cildo Meireles: Entrevendo

Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93, São Paulo
Até 02 de fevereiro
Entrada gratuita