Chichico Alkmim, Diamantina, MG. Sem data. FOTO: Acervo Instituto Moreira Salles
Registro de um encontro entre passado e presente na exposição de Chichico. A foto é de Helio Campos Mello.

*Hélio Campos Mello

Chichico Alkmim nasceu em 1886 e abriu seu ateliê em 1912, em Diamantina, Minas Gerais. Faleceu em 1978, dois anos depois suas fotos foram expostas pela primeira vez em Diamantina. Do seu acervo fazem parte 5544 negativos, a maior parte de vidro e que, desde 2015, estão sob os cuidados do Instituto Moreira Salles.

Com curadoria de Eucanaã Ferraz , foi exposto no IMS, do Rio e está até 15 de abril no IMS de São Paulo. Excelente também é o catálogo de 180 páginas, Chichico Alkmim, Fotógrafo.

A exposição, que é dividida em seis partes, tem retratos feitos no ateliê, paisagens, retratos feitos fora do ateliê e também um museu. Nele são exibidas engenhocas usadas no laboratório de Chichico, quase 300 negativos de vidro além de uma espécie de manual mostrando como se fotografava. Segundo Eucanaã Ferraz o conjunto fornece “ uma espécie de retrato do Brasil”. Com razão. Frente as lentes de Chichico posaram ricos, pobres, negros, brancos. Em comum, uma serena e solene altivez. Na realidade um retrato de um Brasil que hoje seria muito bem vindo.

 

*Hélio Campos Mello é fotojornalista e co-fundador da Brasileiro s Editora. Participou da refundação da Agência Estado, do grupo Estado de S.Paulo. Foi diretor de redação da revista Istoé e da revista Brasileiros. Ganhou vários Prêmio Esso. Nesta edição, colaborou com a matéria de Chichico Alkmim e traduziu para o inglês vários dos textos.

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