Fabio Szwarcwald mal havia assumido a direção do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Mam Rio) quando a pandemia de coronavírus obrigou o museu a fechar as portas e os funcionários a irem para suas casas. Um de seus objetivos, o de aumentar a visitação no museu carioca, acabou sendo adiada, mas vários outros planos foram colocados em prática. “Se as atividades presenciais foram suspensas, nesse período aproveitamos para planejar e promover uma intensa reorganização institucional”, afirma Szwarcwald.
De fato, é notável que as notícias recentes em torno do Mam Rio não usem mais a palavra “crise”, como ocorria até poucos anos atrás – em um contexto no qual o museu acabou vendendo um quadro de Jackson Pollock para amenizar a situação financeira -, e passem a focar nas aberturas de exposições, na contratação de novos diretores artísticos (Keyna Eleison e Pablo Lafuente), no estabelecimento da gratuidade na visitação, na retomada do Bloco Escola e das residências ou na reabertura da Cinemateca do museu.
O novo momento do MAM não deixa de ter sido facilitado pelo caixa gerado com a venda do quadro do artista americano, como ressalta Szwarcwald – “é mais importante o museu estar vibrando do que estar fechado com o Pollock na coleção -, mas é também resultado de uma série de novas parcerias. Nos quase dois anos da atual gestão, 25 novas empresas passaram a patrocinar o museu – que tem 91 funcionários e um custo anual de manutenção de R$ 13 milhões – e o círculo de patronos foi expandido.
É claro que nem tudo são flores para a administração do museu que abriga cerca de 16 mil obras de arte no célebre edifício projetado por Affonso Reidy nos anos 1950. Para Szwarcwald, o contexto não é “simples nem fácil”, já que a gestão da cultura no país deixa as instituições cada vez mais vulneráveis. “Acho uma pena não ter mais o Ministério da Cultura [rebaixado para Secretária no governo Bolsonaro], porque a cultura é tão importante quanto a educação, o turismo ou a saúde”, diz ele.
Economista com passagem pelo Credit Suisse, colecionador de arte e diretor da EAV Parque Lage entre 2017 e 2019, o diretor executivo do Mam Rio conversou com a arte!brasileiros sobre esses e outros temas, como o reposicionamento crítico feito pelo museu carioca em relação à história brasileira e à contemporaneidade, além do foco intenso do museu no trabalho educativo. Leia a seguir.
ARTE!✱ – Você assumiu a direção do Mam Rio em janeiro de 2020 com uma série de planos, entre eles o de aumentar a visitação do museu. Exatos dois meses depois, a pandemia obrigou o Mam – e todas as instituições culturais – a fechar as portas. Como foi essa experiência, esse momento inicial, e o que foi possível fazer para não parar totalmente as atividades?
Fabio Szwarcwald – Eu assumi a direção no dia 13 de janeiro. E no início de um trabalho desses você vai tateando, conhecendo as pessoas, as equipes, um pouco das dinâmicas, dos processos. Então, nesse momento de transição, tivemos essa situação totalmente inusitada. Quer dizer, no momento em que eu entro no museu, começo a entender quais são as estratégias e trabalhos, me deparo com esse quadro em que a presença no espaço físico é suspensa e todo mundo vai para casa. Foi um período muito complexo. Para a nossa sorte, nesse início algumas pessoas entraram na equipe e ajudaram a fazer o planejamento, essa profunda reorganização e adaptação para o trabalho online. E, com cada um em sua casa, nós não paramos, conseguimos manter nossa estratégia e nosso cronograma de projetos. Se as atividades presenciais foram suspensas, nesse período aproveitamos para planejar e promover uma intensa reorganização institucional. Algumas áreas foram criadas, outras mais desenvolvidas, e lançamos a nossa chamada aberta para a direção artística, com convite para pessoas do Brasil e do mundo inteiro. Lançamos também o programa de residência com o CAPACETE, à época online, criamos um canal para a Cinemateca no Vimeo, para as pessoas poderem acompanhar de suas casas – e foi um sucesso, tivemos mais de 40 mil pessoas assistindo mais de 340 filmes. Então essas novas maneiras de continuar atuando foram muito importantes para preservar o museu e todo o nosso plano inicial da gestão, sem que a pandemia nos afetasse tanto. E focamos muito nos canais digitais, que era algo que o museu fazia pouco.
ARTE!✱ – Aliás, muito se falou no início da pandemia sobre as instituições culturais estarem muito despreparadas para esse tipo de atuação virtual. Você concorda?
Sem dúvida. De modo geral, elas já tinham uma atuação digital importante, mas não era esse o grande foco. E o foco agora se voltou para isso, para a comunicação online, os cursos online, residências online, visitas mediadas etc. Criou-se um novo ambiente para as pessoas visitarem os museus, participando do nosso dia a dia.
ARTE!✱ – E, ao mesmo tempo, esse foco “forçado” no universo digital acabou favorecendo uma ampliação de público para muitas instituições, já que a programação pode ser acompanhada de qualquer canto do mundo. Isso ocorreu no Mam Rio? Você citou, por exemplo, o grande público que acompanhou a Cinemateca no Vimeo…
Sim, houve vários ganhos também. Acho que de certo modo conseguimos fazer de um limão uma limonada, nos concentrando muito nessa atuação virtual. E acho que isso fez com que a gente repensasse a questão territorial também, do espaço físico. Quando você vai para o virtual, atinge novos horizontes, outros públicos que nem imaginaria que pudesse alcançar. No caso da Cinemateca, pessoas de mais de 40 países viram os filmes; nos cursos online foram alunos de 15 estados e seis países. Então é uma oportunidade para várias pessoas que não são só os moradores ou visitantes do Rio de Janeiro.
ARTE!✱ – E agora o museu está totalmente reaberto? Como está a visitação?
Nós reabrimos de uma forma muito inovadora, com contribuição sugerida – você paga se quiser e quanto quiser. Fizemos isso por entender que o público no Rio é muito diverso e, muitas vezes, não tem condição de vir ao museu. Uma pessoa que ganha R$ 2 mil por mês e quer ir com seus dois filhos ao museu não tem condições de gastar R$ 80 ou R$ 100 em um passeio no fim de semana. E, em decorrência disso, nós triplicamos a visitação e quase dobramos a receita de “bilheteria”, apesar da pandemia. E assim cria-se também uma acessibilidade para que as pessoas possam frequentar o museu quantas vezes quiserem.
ARTE!✱ – Falando da questão da ampliação do público, aparentemente um dos problemas é ainda uma ideia que existe na sociedade de que o Mam Rio é um lugar para as elites. Isso é um problema no universo das artes como um todo, mas há as especificidades do museu carioca. Para além da gratuidade da visitação, como mudar essa mentalidade e trazer mais gente para o museu?
O que a gente mais quer aqui no museu é criar um sentido de pertencimento, para que todos participem deste museu. Nesse caminho, temos uma preocupação muito grande com a formação e capacitação do público. Então vários cursos foram criados, tanto no ano passado quanto neste ano, e estes cursos também são gratuitos, assim como as visitas mediadas que temos aos domingos (apoiadas pelo Petrobras), os workshops com os educadores e as oficinas como o Zona Aberta. E todas essas ações são muito importantes para trazer o público de várias formas e ajudar a formá-lo. Isso traz para essas pessoas uma sensação de que elas podem entrar no museu, ver uma exposição, perguntar coisas e conversar com a equipe de mediação – que temos preparado para estar cada vez mais atenta ao público. Então são várias ações para se criar experiências novas e acolhedoras para todos os públicos.
ARTE!✱ – Existe essa ideia muito forte atualmente na gestão das instituições culturais de que não basta democratizar o acesso, receber um número maior de visitantes, mas que é importante ter um público participante. Importa a qualidade dessa visita, a possibilidade de fazer junto. É nesse sentido que o Mam trabalha?
Sim, não adianta, por exemplo, você simplesmente ter uma exposição incrível, é preciso criar um ambiente para a pessoa entrar no museu e se sentir bem, poder discutir e entender a mostra. Isso às vezes faz mais diferença do que somente a exposição em si. Porque os museus são espaços de reflexão e de educação também. A gente quer capacitar e educar para as pessoas participarem e entenderam o que estamos fazendo, o que estamos mostrando.
ARTE!✱ – Nesse ponto, você poderia falar também sobre a importância da reativar o Bloco Escola?
Quando eu entrei foquei em trazer para nossa estratégia esse tripé de formação do museu: arte, educação e cultura. E o Bloco Escola foi o primeiro equipamento a ser construído e aberto no Mam Rio, em 1958. Foi uma escola importantíssima para grandes artistas das décadas de 1950, 1960 e 1970. Passaram por lá Fayga Ostrower, Ivens Machado, Ivan Serpa, Abraham Palatinik… e teve o Grupo Frente, o neoconcretismo. Houve toda uma efervescência aqui no Bloco Escola que trouxe uma importância muito grande para o museu. Então meu objetivo foi voltar com ele, já começando com os cursos digitalmente, além das residências. Primeiro fizemos as residências junto ao CAPACETE, no ano passado, e agora continuamos com a nossa programação: abrimos duas residências ainda ano passado, com 19 vagas para artistas e pesquisadores, e esse ano lançamos mais cinco programas que tiveram 3500 inscritos para 38 vagas. E cada um deles tem um foco: uma residência para curadores periféricos; uma para professores de escolas públicas; uma para adolescentes; uma para pessoas com deficiência; e outra para artistas e profissionais das artes. Todos esse projetos são muito importantes porque queremos de fato voltar cada vez mais com o Bloco Escola, com esse foco na educação, na formação de nossos pesquisadores, artistas e visitantes. Estamos, ainda, fazendo projetos para captar recursos para também fazer o restauro desse espaço físico, deixá-lo remodelado e modernizado. E sem dúvida essas oficinas, seminários e palestras são demandas muito importantes hoje da sociedade.
ARTE!✱ – Uma das coisas marcantes nessa gestão foi uma chamada aberta inédita para a Direção Artística da instituição, que resultou na escolha da Keyna Eleison e Pablo Lafuente. Qual a ideia por trás desse processo, e como você avalia o trabalho da dupla até o momento? Com essa nova dupla, o museu busca também se atualizar em relações a questões mais urgentes da contemporaneidade?
O objetivo com essa chamada aberta era, primeiro, trazer as melhores pessoas possíveis para o museu. Ou seja, não é uma indicação pessoal minha, alguém do meu círculo. E os processos de contratação tem que ser assim, transparentes, nos quais as vagas são abertas e as pessoas se inscrevem. No caso dessa chamada, inédita, foi muito bom porque tínhamos dois grupos trabalhando. Um interno, de pessoas do museu analisando os currículos e projetos enviados, e um grupo externo, de curadores, artistas e diretores de outras instituições. Foi feito de uma forma muito democrática, buscando entender o que é o melhor hoje para o museu, o que nós achamos que realmente faz sentido para o nosso momento atual. Então foram 103 projetos inscritos, dos quais 20 foram selecionados – para que os candidatos aprofundassem mais as propostas – e depois saíram os cinco finalistas. Aí sim entramos na parte das entrevistas, que resultou na seleção da dupla Keyna Eleison e Pablo Lafuente. E o fato de ser uma dupla, algo que não tínhamos pensado ao início, foi muito interessante, no sentido de ter mais pontos de vista. E eles têm realizado um trabalho incrível, com novas visões expositivas e conceituais, com novos olhares sobre as coleções e também com destaque para novos artistas, menos conhecidos e estabelecidos.
ARTE!✱ – Desde a sua passagem pelo Parque Lage, talvez por conta do seu histórico profissional, você sempre teve um foco grande na parte financeiro-administrativa das instituições. E isso, novamente no Mam Rio, tem trazido resultado. São 25 novas empresas que passaram a investir no museu desde o início da sua gestão. Queria que contasse um pouco como se deu essa aproximação e qual o destino principal desses recursos.
Eu acho que um grande objetivo nosso é desenvolver uma estratégia de estabilidade financeira para o museu, o que nós sabemos que não é simples. A manutenção do Mam Rio não é barata, são mais de 15 mil obras no acervo, uma Cinemateca com mais de 60 mil rolos de filmes, 3 milhões de documentos. Então foi criada, já no início da gestão, essa área de parcerias institucionais, para desenvolver um trabalho junto às empresas, trazendo de uma forma muito clara e objetiva todo o nosso programa que seria desenvolvido. Fizemos várias apresentações para uma série de empresas, mostrando esse reposicionamento do museu, os novos projetos de educação, de uma nova direção artística etc., sempre com uma transparência muito grande sobre o que nós estávamos querendo fazer e de que forma. E mostramos também que essa nova estratégia só se viabilizaria com o apoio deles, porque o museu precisa de recursos para a sua atuação e para a manutenção da coleção. E os patrocinadores gostaram muito dos projetos. Criamos também um programa de patronos, que se somou ao de associados, e entraram neles mais de 45 pessoas neste período, com apoio de verbas livres. E isso tudo em um período muito difícil, porque acabaram os eventos, contratos foram renegociados, houve problemas de inadimplência. Então essas novas parcerias trouxeram um comprometimento muito bom. Até porque o Mam é um lugar único no Brasil, e os apoiadores sabem disso. É um equipamento cultural com uma história maravilhosa, ao lado do centro da cidade, na frente da Baía de Guanabara, em cima do aterro, com um acervo incrível… Então, junto a isso, esses novos projetos trouxeram um interesse enorme dos patrocinadores. E por conta da transparência, claro. Em setembro deste ano entregamos um grande relatório de atividades com tudo o que tinha sido proposto e tudo o que fizemos no período, e isso é muito importante, faremos de novo no ano que vem.
Fora isso, estamos também com uma estratégia de desenvolver uma captação internacional, uma parceria com a Brazil Foundation em que a gente consegue sair um pouco da dependência de Lei Rouanet e ICMS. E acho que o nosso maior gol, além disso, é o desenvolvimento de um fundo de Endowment, que vai trazer realmente uma sustentabilidade financeira de médio e longo prazo para o museu. Então tem um caminho que viemos traçando desde o ano passado para que em 2022 a gente possa começar esse fundo, que surge também a partir do momento em que as pessoas começam a acreditar cada vez mais no projeto do museu.
ARTE!✱ – Nesse período, e por conta da pandemia, foi preciso demitir, cortar funcionários?
A gente fez uma reestruturação do museu, mas mais contratou do que demitiu. Analisando as equipes, fizemos algumas mudanças, como é normal em qualquer novo processo de desenvolvimento de projetos, e criamos novas áreas de comunicação e captação, por exemplo. No primeiro ano também fizemos reformas que eram necessárias, na estrutura física, e o fundo financeiro que tínhamos por causa da venda do Pollock também ajudou nesse processo.
ARTE!✱ – Pensando hoje, você acha que uma atuação mais forte nessa busca de apoios financeiros poderia ter evitado essa polêmica venda do quadro do Jackson Pollock, em 2019?
É difícil falar sobre isso porque eu não estava no museu. Mas na época eu apoiei a venda, entendendo que ela era muito importante para esse processo de transformação do Mam. É mais importante o museu estar vibrando, como está hoje com todas essas exposições e projetos, do que o museu estar fechado com o Pollock na coleção.
ARTE!✱ – Me parece que essas questões financeiras de que você fala não se desligam das questões políticas do país. Quando você fala da Lei de Incentivo a Cultura, por exemplo, impossível não pensar na paralisia que está ocorrendo para a aprovação dos projetos na Secretaria de Cultura. Gostaria que falasse um pouco sobre como enxerga esse momento político do Brasil, mais especificamente na área cultural.
Eu acho que a gente passa por um momento muito complexo nessa área cultural, o que faz com que os museus tenham que ter muita criatividade. E não adianta a gente tentar fazer algo que não vai dar certo, que não vai ser aprovado, que não vai passar. Então o que temos feito é tentar entender os caminhos possíveis que aparecem para que a gente consiga viabilizar nossos projetos culturais e artísticos de manutenção do museu. E não é simples, não é fácil, porque o cenário não é simples nem fácil. Infelizmente a área cultural tem sofrido muito nesses últimos anos. Acho uma pena não ter mais o Ministério da Cultura, porque a cultura é tão importante quanto a educação, o turismo ou a saúde. A cultura educa, fala da nossa história, da nossa ancestralidade, traz um sentimento de pertencimento à uma sociedade. E, nesse sentido, quando se desfez o Minc nós já começamos a perder muito. E acabamos ficando cada vez mais vulneráveis nesse contexto. Então não é um momento fácil, mas é o momento que temos que encarar, buscando as melhores soluções, conversando e criando pontes.
ARTE!✱ – Parece existir também um clima crescente de perseguição a certos tipos de manifestação artística, até mesmo no que se refere à aprovação destes projetos na Lei de Incentivo a Cultura. A censura, que parecia algo do passado, voltou a ser um assunto recorrente. Isso de algum modo afeta o trabalho no Mam Rio?
Eu acho que essa preocupação paira no ar o tempo todo. Mas dentro dos projetos que estamos fazendo no museu, felizmente não estamos vendo toda essa questão, tão pesada. Mas sem dúvida, com todas as situações que já aconteceram, isso fica marcado na nossa cabeça e de muitos artistas. E isso é muito ruim, porque a arte é uma expressão livre, não dá para cercear essa possibilidade dos artistas fazerem o que imaginam, sonham e canalizam.
ARTE!✱ – Então, para concluir em um sentido mais positivo, eu queria perguntar um pouco da importância dessas exposições que foram inauguradas este mês, em um momento em que os números da pandemia começam a melhorar e as pessoas estão começando a sair um pouco mais.
Nós abrimos a exposição A memória é uma invenção, com cerca de 300 obras de três acervos – MAM Rio, Museu de Arte Negra/IPEAFRO e Acervo da Laje -, a coletiva Composições para tempos insurgentes e a mostra da Ana Clara Tito no projeto Supernova, que é um programa de individuais de artistas novos, muitos deles saídos dos nossos programas de formação e pesquisa. E um grande objetivo é trazer essa visão cada vez mais atual sobre o que estamos vivenciando hoje, o que está acontecendo, o que as pessoas estão pensando e quais os debates mais atuais. Então eu acho que é um momento muito interessante para o Mam, porque vejo que o museu realmente tem se reposicionado como um espaço mais conectado ao que está acontecendo no dia a dia, mais atento a essas faltas que ocorreram ao longo da nossa história – faltas que nós precisamos trazer, falar sobre, entender um pouco melhor o que foi que aconteceu no nosso país. Acho que Composição para tempos insurgentes traz muito disso. E cada mostra tem uma expografia diferente, utilizando o museu de uma forma aberta, valorizando toda a sua arquitetura, colocando os curadores para pensar. Acho que são exposições mais propositivas, mais instigantes, que criam novas aberturas. E com isso você traz também um público cada vez mais diverso, plural e maior para visitar o museu.