Cuando cambia el mundo
"Autorretrato en el tiempo". 65 fotografias (1981-2019). Esther Ferrer. Foto: Reprodução/Centro Cultural Kirchner

Há pouco mais de um ano, a Covid-19 começava uma grande transformação da realidade que conhecíamos. Com o decorrer da pandemia, “as ficções futuristas, extremas e distópicas das cidades vazias se tornaram formas possíveis, inclusive comuns”, pontua Andrea Giunta. Na visão da curadora, algumas importantes perguntas nos são lançadas pela crise sanitária e por este mundo em que nos encontramos: Qual será a arte da pós-pandemia? E que mundo é esse para o qual queremos retornar? Com curadoria de Giunta, a exposição Cuando cambia el mundo. Perguntas sobre arte y feminismo coloca em foco a construção dessa nova sociabilidade, a partir de uma perspectiva particular.

Reunindo a obra de cinco artistas internacionais, a mostra aborda o estado das coisas e leva investigações sobre identidade, femininos e as construções de novas realidades possíveis ao Centro Cultural Kirchner, em Buenos Aires (Argentina). “O feminismo reúne uma matriz crítica que se propõe a repensar as formas como conhecemos o mundo, instrumentos para compreender a contemporaneidade, imaginários de futuro”, escreve Giunta em seu texto curatorial.

Em Cuando cambia el mundo, a brasileira Aline Motta, a espanhola Esther Ferrer, a americana-dominicana Joiri Minaya, a uruguaia Pau Delgado Iglesias e chilene Sebastián Calfuqueo propõem reflexões diversas, ligadas as agendas do feminismo contemporâneo. As discussões cruzam disciplinas, ao abordar as questões de gênero e a violência contra mulheres atreladas a reflexões sobre a relação do humano com a natureza, os legados da escravidão na América Latina, nas diásporas e os massacres (coloniais e contemporâneos), coletando tradições e expandindo conceitos.

“Embora tenham sido realizados antes da pandemia, os trabalhos desta exposição propõem estratégias éticas, estéticas, conceituais e políticas a partir das quais podemos repensar. Como expressão do pensamento paralelo, desnormativizado e alternativo, a arte amplia as formas de compreensão do mundo”, conclui Andrea Giunta.

Serviço
Cuando cambia el mundo. Perguntas sobre arte y feminismo
Centro Cultural Kirchner – Sarmiento 151, C1041 Buenos Aires, Argentina.
O ingresso é gratuito e a visita é feita mediante agendamento prévio no site da instituição (clique aqui)

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