
Por Pedro Mendes da Rocha
Pensando sobre o Anexo do MASP
Soube de algumas críticas ao projeto e quero dizer que gostei muito dele. Em primeiro lugar, porque assume seu caráter de coadjuvante do edifício original, referência internacional que dispensa comentários, sem, contudo, exprimir nenhuma intenção de desenho, identidade e personalidade. Pelo contrário, nesse sentido é muito corajoso, acerta o caminho sobre um fio de navalha entre o adequado e o equivocado.
Em segundo, porque alguns levantaram a bandeira de que o anexo deveria ter sido construído por dentro da fachada do Dumont-Adams. Ora, aceitar essa atitude é defender a ideia de que este programa não é bem-vindo a se apresentar, com sua cara exposta, no Olimpo da Avenida Paulista, espigão da cidade, e então precisa de uma máscara!
Como se não fosse digno de se perfilar entre uma variedade de joias e equívocos. Como se disséssemos que a arquitetura adequada de estar na Avenida Paulista fosse um prédio maneirista residencial. Ou como se colocássemos uma burca/um xador sobre a expressão de um programa quase inédito na Avenida, irmanado com seu correlato, o Instituto Moreira Salles. Lembrando um teatro infantil em que as mãos estão cobertas pela luva da chapeuzinho vermelho. Talvez, saudosos dos palacetes, agora se agarrem ao neoclássico.
Esses edifícios que enfrentam o tema do museu/centro cultural vertical se instalam na Paulista expressando sua personalidade em que afirmam, de forma contundente, que não são um prédio residencial, um hotel, a sede de um banco ou um edifício de escritórios.
Uma vez, na FAUUSP, ouvi uma linda aula do professor Artigas. Ele indagava se a fachada era uma simples extroversão da planta ou um desenho que se impunha à expressão dela. Essa indagação punha em discussão um tema candente da arquitetura sem estabelecer uma hierarquia ou apontar o correto caminho entre as duas alternativas a seguir, ou seja, vai da liberdade (e competência) do arquiteto enfrentar o tema e avaliar se houve sucesso em seu intento.
Vejo esse edifício como a expressão de um fluído aprisionado dentro do prédio original que contém, como uma espécie de sangue, a energia e nutrientes das demandas reprimidas do programa (atividades didáticas, reserva técnica, ateliê de restauro etc.) e, agora, pode se comprimir no túnel de ligação e explodir (como aqueles hidrantes dos filmes americanos explodem ou como um vulcão) e ocupar um paralelepípedo virtual determinado pela memória do Dumont-Adams.
Portanto, juntamente com o SESC Paulista, um dínamo por sua programação e, também, uma bela e exitosa reconversão de prédio de escritórios de arquitetura sem valor à cidade e, principalmente, como o edifício administrativo da Estação da Luz, espaço frequentado por uma pequena população e, que às 18:30 se esvazia e apaga sua luzes e, por fim, mas não menos importante, o pioneiro Itaucultural, assim, como o Instituto Moreira Salles, um edifício construído do zero, vão desenhando a Avenida Paulista do futuro, com referências marcantes como o Conjunto Nacional (David Libeskind), a sede do Itaú (Rino Levi), a Paulicéia (Jacques Pilon e Gian Carlo Gasperini), a 5ª Avenida (Pedro Paulo Saraiva e equipe) e outros que estarão sempre ali. Enquanto alguns Dumont-Adams poderão dar lugar a soluções mais adequadas, de uma arquitetura mais comprometida com a expressão de seu tempo, como o quê o anexo enfrenta e se sai vitorioso.
Numa conversa com Paulo Mendes da Rocha, na IX BIAU/Bienal Iberoamericana de Arquitetura e Urbanismo, Eduardo Souto de Moura comentou que as pessoas lhe perguntavam que arquitetura deveriam fazer e sua resposta foi muito tranquila: “eu, por acaso, não sei!”. Qualquer demanda de arquitetura, eu penso, é um enorme desafio, pelo menos para mim. E relembro que Paulo Mendes da Rocha, na data de seu aniversário, dizia: “antes de mais nada, devemos saber aquilo que não devemos fazer!”. Que bom que a Avenida Paulista ganhou esse presente que só a faz mais bela e intrigante! Parabéns aos talentosos e competentes colegas arquitetos Martin Corullon, Gustavo Cedroni e Miriam Elwing, à calculista Heloísa Maringoni e ao MASP.
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Em cartaz no Sesc Ribeirão Preto, a 31ª Mostra de Artes da Juventude – MAJ apresenta trabalhos de 46 novos talentos das artes visuais do Brasil, selecionados entre mais de 700
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Em cartaz no Sesc Ribeirão Preto, a 31ª Mostra de Artes da Juventude – MAJ apresenta trabalhos de 46 novos talentos das artes visuais do Brasil, selecionados entre mais de 700 inscritos pelos curadores Camila Fontenele e Tiago Gualberto, na ocasião em que são celebrados os 35 anos da mostra idealizada por Janete Polo Melo, ex-técnica sociocultural da Unidade que, em 1989, lançou a primeira edição da MAJ em parceria com o Centro de Comunicação e Artes da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP).
Vitrine e agente de visibilidade e incentivo para a produção de artistas com idade entre 15 e 30 anos, ao longo de mais de três décadas, a MAIOR tem permitido a jovens talentos de todas as regiões do país expressarem sua criatividade por meio de manifestações artísticas diversas, como pinturas, gravuras, esculturas, intervenções e performances, movimentando o cenário artístico do interior paulista e ampliando a discussão da diversidade socioeconômica e cultural. A exemplo de edições anteriores, na ocasião da abertura da 31ª edição os curadores também farão o anúncio dos três artistas contemplados com o Prêmio Incentivo.
Movida pelo propósito de facilitar o acesso ao universo das artes e de difundir e projetar novos artistas para o Brasil e para o cenário internacional, a exposição coletiva do Sesc Ribeirão Preto contribuiu para a revelação de importantes nomes das artes visuais, como Jaime Lauriano, Marcelo Moschetta, Cordeiro de Sá, Beta Ricci, Felipe Góes, Fabricio Sicardi, Renata Lucas, Nilton Campos, Sofia Borges e Renato Rebouças, além de artistas indicados ao Prêmio PIPA, como Carla Chaim (2016), Talles Lopes (2022 e 2024) e Vulcanica Pokaropa (2024), entre outros.
Com mais de 600 talentos apresentados ao público ao longo de 35 anos, a 31ª edição da MAJ compõe um painel de diversidade étnica que incluiu brancos, pardos, pretos, amarelos e indígenas. Nesta edição, os artistas selecionados pelos curadores vêm de nove estados do Brasil – São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Pernambuco, Pará, Minas Gerais e Amazonas – e do Distrito Federal.
Confira a seguir a lista completa de artistas presentes na 31ª MAJ:
Abner Sigemi – Amauri – Anna Lívia Taborda – Bárbara Savannah – Bruno Benedicto – Cho – Cicero Costa – Diego Rocha – Diez – Donatinnho – Estela Camillo – Felipe Rezende – Giovanna Camargo – Gu da Cei – Gustavo Ferreira – Hanatsuki – Isabela Picheth – Isabella Motta – Isabelle Baiocco – Ítalo Carajá – Janaína Vieira – Juniara Albuquerque – Kaori – Kelly Pires – Kuenan Tikuna – Leid Ane – Lorre Motta – Lucas BRACO – Lucas Gusmão – Lucas Soares – Luiza Poeiras – Mar Yamanoi – Mariana Simões – MAVINUS – Murillo Marques – Nat Rocha – Níke Krepischi – O Tal do Ale – Okarib – Pedro Mishima – Rayane Gomes – Samuel Cunha – Sophia Zorzi – Vitor Alves – Yan Nicholas – Yanaki Herrera
Processo curatorial
No texto curatorial da exposição, elaborado a partir de reflexões registradas em um longo diálogo entre Camila Fontenele e Tiago Gualberto, uma preocupação norteou o processo elaborado por eles a partir de setembro de 2023: a complexidade de selecionar um recorte diante de um número expressivo de artistas aspirantes a expor seus trabalhos na 31ª MAJ.
“Ao observar as 722 inscrições – que passaram por três fases de seleção, inicialmente 114, depois 72, até chegarmos às 46 pessoas selecionadas – percebo a forma fluida e coerente com que esses trabalhos se fortalecem reciprocamente, ao mesmo tempo em que também geram tensões e contrastes”, afirma Camila.
“Tão importante quanto reconhecer o mérito das investigações de destaque desse conjunto de 722 artistas aos quais nos dedicamos é compreender o papel formativo e educador construído ao longo das dezenas de edições da MAJ. Isto é, o gesto de laurear um conjunto representativo dessa arte jovem não deve se separar do gesto de escuta e oferta de condições de aperfeiçoamento aos demais artistas não selecionados. Em termos curatoriais, as centenas de pesquisas não selecionadas serviram como um grande coral de vozes a nos guiar para a identificação de pautas, agendas, reivindicações sociais, políticas e estéticas”, conclui Gualberto.
Com abertura ao público às 19h30 do dia 5 de dezembro, no Sesc Ribeirão Preto, a 31ª Mostra de Artes da Juventude – MAJ posteriormente poderá ser visitada no horário normal de funcionamento da unidade: de terça a sexta, das 13h30 às 21h31; aos sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 18h. Com acesso livre e gratuito, a exposição fica em cartaz até 8 de junho de 2025.
Serviço
Exposição | 31ª Mostra de Artes da Juventude – MAJ
De 6 de dezembro a 8 de junho
Terça a sexta, 13h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, 9h30 às 18h
Período
6 de dezembro de 2024 13:00 - 8 de junho de 2025 21:30(GMT-03:00)
Local
Sesc Ribeirão Preto
Rua Tibiriça, 50, Centro, Ribeirão Preto - SP
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O Sesc Vila Mariana recebe a exposição inédita Jardim do MAM no Sesc, uma correalização do Museu de Arte Moderna de São Paulo e do Sesc São
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O Sesc Vila Mariana recebe a exposição inédita Jardim do MAM no Sesc, uma correalização do Museu de Arte Moderna de São Paulo e do Sesc São Paulo. A mostra tem curadoria de Cauê Alves e Gabriela Gotoda e reencena na entrada do Sesc Vila Mariana elementos do Jardim de Esculturas do MAM. Nela, o público poderá apreciar obras da coleção do MAM, entre esculturas icônicas de Alfredo Ceschiatti, Amilcar de Castro e Emanoel Araújo, e trabalhos que exploram críticas sociais, como as obras de Regina Silveira, Luiz 83 e Marepe.
Para a presidente do MAM, Elizabeth Machado, a parceria com o Sesc reforça o compromisso do museu em ampliar o acesso à arte: “O acervo do MAM é um patrimônio vivo, e essa exposição no Sesc Vila Mariana permite que um público ainda mais amplo entre em contato com obras fundamentais da nossa história, promovendo o encontro e a reflexão sobre a arte brasileira. O Sesc é um parceiro longevo do MAM, e essa colaboração reafirma nossa missão conjunta de ampliar o acesso à cultura.”
Os artistas participantes da mostra são Alfredo Ceschiatti, Amílcar de Castro, Bruno Giorgi, Eliane Prolik, Emanoel Araujo, Felicia Leirner, Haroldo Barroso, Hisao Ohara, Ivens Machado, Luiz83, Marepe, Mari Yoshimoto, Márcia Pastore, Mário Agostinelli, Nicolas Vlavianos, Regina Silveira, Roberto Moriconi, Rubens Mano e Ottone Zorlino.
A seleção de obras inclui peças que já integraram o Jardim do MAM, além de trabalhos do acervo do museu que dialogam com temas como natureza, cidade e materialidade. A montagem no Sesc Vila Mariana recria a dinâmica do Jardim de Esculturas, utilizando elementos cenográficos que evocam a topografia sinuosa do Parque Ibirapuera projetada pelo escritório do emblemático arquiteto paisagista Burle Marx, estimulando novas interações entre corpo, espaço e arte.
Inaugurado em 1993, o Jardim de Esculturas do MAM marca uma iniciativa que reavivou a coleção do museu em um espaço próprio, gratuito e de grande circulação de pessoas. “Ao propor uma espécie de reencenação do Jardim do MAM na Praça Externa do Sesc Vila Mariana buscamos elaborar a ideia de que, assim como o espaço do jardim no Parque Ibirapuera, o espaço do Sesc funciona como um centro de encontros urbanos”, diz Cauê Alves. “A exposição inclui obras da coleção do MAM que se relacionam, por diferentes vias, com a natureza, o corpo, a cidade, a materialidade, e com linguagens que expressam algumas das tensões inescapáveis à sociedade.”, completa o curador.
A proposta da exposição do Jardim do MAM no Sesc Vila Mariana é estimular essa relação entre corpos, obras e espaço, transformando a Praça Externa da unidade em um território de circulação, experimentação e descoberta. Sem a pretensão de emular o paisagismo do parque, a cenografia do projeto recria as curvas e volumes que marcam o jardim original, propondo um ritmo espacial entre as esculturas. Para Gabriela Gotoda, curadora da exposição ao lado de Cauê Alves: “Se o princípio mais original e autêntico da arte moderna é de que ela se aproxima da vida, um museu que se dedica a colecioná-la e atualizá-la no seu tempo presente deve continuamente se esforçar para oferecer aos públicos possibilidades de fruição que não os distanciam das suas realidades, e sim vão de encontro a elas.”
MAM Educativo
Durante o período da exposição, o público poderá participar gratuitamente de atividades educativas promovidas pelo MAM Educativo, que desenvolve programas e projetos em diálogo com seus públicos, por meio de uma programação acessível e gratuita que busca equiparar oportunidades e reduzir barreiras físicas, sensoriais, intelectuais, sociais ou de saúde mental.
Inspiradas nas experiências realizadas no Jardim de Esculturas do museu no Parque Ibirapuera, parte das ações de maio do MAM Educativo serão adaptadas ao espaço do Sesc Vila Mariana, propondo diferentes formas de interação entre corpos, obras e o ambiente expositivo. Voltadas a públicos de todas as idades e perfis, as atividades buscarão estimular novas formas de olhar, habitar e refletir sobre o espaço urbano por meio da arte.
As atividades serão divididas em programas. “Contatos com a arte” promove a formação cultural de professores, educadores, pesquisadores e estudantes universitários, fomentando seu papel de multiplicadores das diferentes expressões artísticas e abordagens pedagógicas a partir de processos criativos diversos. Já “Família MAM” promove o encontro do universo artístico do museu com as culturas da infância, através de narrações de histórias, brincadeiras, oficinas artísticas, visitas mediadas seguidas de experiências poéticas, entre outras atividades. Em “Domingo MAM” estão atividades que convidam o público a experimentar diversas linguagens artísticas a partir de eixos temáticos que englobam dança, música, cultura popular, cultura de rua, debates e oficinas plásticas.
Tem ainda o “Programa de Visitação”, que atende a todos os perfis de público e incentiva o acesso à arte e à cultura por meio do exercício do pensamento crítico. Fazem parte do programa visitas mediadas, experiências poéticas e o programa de relacionamento com escolas parceiras. Visitas mediadas com o MAM Educativo são conversas nas quais é estimulada a reflexão crítica por meio da arte e experiências poéticas, que aproximam o público do museu de vivências e processos artísticos. Agendamentos de grupos para visitas na exposição Jardim do MAM no Sesc são realizados pelo e-mail educativo@mam.org.br.
A programação traz ainda atividades que fazem parte da Semana Nacional de Museus – iniciativa do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) em comemoração ao Dia Internacional dos Museus (18 de maio) e que, em 2025, acontece de 12 a 18 de maio sob o tema “O Futuro dos Museus em Comunidades em Rápida Transformação” – e da Semana Mundial do Brincar – ação promovida pela Aliança pela Infância que convida a sociedade a valorizar o brincar e a importância da infância e que, em 2025, terá como tema “Proteger o Encantamento das Infâncias” e ocorrerá de 24 de maio a 1 de junho.
Serviço
Exposição | Jardim do MAM no Sesc
De 14 de maio a 31 de agosto
Terça a sexta, das 7h às 21h30, aos sábados, das 10h às 20h30, e aos domingos e feriados, das 10h às 18h
Período
14 de maio de 2025 07:00 - 31 de agosto de 2025 21:30(GMT-03:00)
Local
Sesc Vila Mariana
Rua Pelotas, 141 - Vila Mariana – São Paulo - SP
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Monólogo é o nome dado para um discurso feito apenas por uma pessoa ou um personagem, sem interação com outros participantes e de modo ininterrupto, com o intuito de
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Monólogo é o nome dado para um discurso feito apenas por uma pessoa ou um personagem, sem interação com outros participantes e de modo ininterrupto, com o intuito de expressar seus pensamentos e sentimentos em silêncio ou em voz alta. Tanto para si, quanto para o público, para os outros. Acredito que é assim que o artista, o criador age. Um solilóquio, no seu canto, no seu Kant, pensando, refletindo e executando sua obra. Não é à toa que a origem da palavra vem do teatro e sua etimologia, do grego, significa “solitário”, “sozinho”. O palco do escritor, quiçá uma das profissões mais solitárias, é a folha em branco, o papel e por fim o leitor; o do artista visual é tanto o suporte de sua produção nos mais variados materiais, como também a plateia que observa sua obra no “cubo branco” da galeria, no espaço institucional ou no público.
“Monólogo Interior” é uma curadoria que abraça as artes visuais e a literatura em uma conversa, em um diálogo atravessado por ficções e fricções. E reúne cerca de 45 obras de 18 artistas para celebrar o centenário de “Mrs. Dalloway”, um dos livros mais importantes da literatura do século 20, escrito por Virginia Woolf (1882-1941), autora pioneira no campo da crítica feminista, e que coloca em foco na sua obra a vivência do cotidiano das mulheres na sociedade patriarcal que persiste até hoje, desafiando as normas estabelecidas no contexto histórico-social no qual viveu. Um dos seus livros mais importantes é o eixo, o centro gravitacional no qual orbitam os trabalhos das artistas de oito Estado do Brasil, e de uma artista do Líbano, já falecida, que se radicou no país. São desenhos, esculturas, fotografias, instalações, objetos, pinturas e vídeos que, de alguma forma, procuram estabelecer essa travessia no infinito particular não só da escritora homenageada, mas também, e principalmente, no de cada uma das artistas aqui presentes.
Serviço
Exposição | Monólogo Interior
De 22 de maio a 21 de junho
Terça a Sexta, das 10h às 19h, sábado, das 10h às 18h
Período
22 de maio de 2025 10:00 - 21 de junho de 2025 19:00(GMT-03:00)
Local
Galeria 18
Rua Simpatia 23, Vila Madalena – São Paulo - SP
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Temos o prazer de anunciar SPECTRUM, exposição individual de Siwaju no Prédio 11 d’A Gentil Carioca, no Rio de Janeiro. A prática escultórica da artista investiga as relações entre tempo e
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Temos o prazer de anunciar SPECTRUM, exposição individual de Siwaju no Prédio 11 d’A Gentil Carioca, no Rio de Janeiro. A prática escultórica da artista investiga as relações entre tempo e ecologias diversas. A partir do reaproveitamento de peças de aço — doadas, coletadas e recicladas em visitas frequentes a centros de reciclagem —, suas obras estabelecem um vínculo direto com o pensamento tridimensional brasileiro. Suas esculturas articulam matéria e Cosmos, energias visíveis e invisíveis, objeto e entorno, corpo escultórico e espaço, organizando-se em uma temporalidade espiralada, em constante fluxo de expansão e retrospecção, que ativa saberes afrodiásporicos.
“Desdobram-se pelo espaço ‘famílias de obras’ interligadas, cada uma com gramáticas e gestos próprios, mas todas atravessadas pelo desejo de criar zonas de interferência onde passado e futuro, beleza e libertação coexistem em tensão criativa. Como uma ferreira do século XXI, Siwaju não molda o aço, mas negocia com seus espectros: as soldas nascem como costuras entre tempos, as superfícies polidas devolvem reflexos desobedientes, os sussurros da matéria, sugere a artista, nos levam a fuga da lógica industrial.” — aponta a curadora Nathalia Grilo, autora do texto de apresentação da mostra, que fica em cartaz até 9 de agosto de 2025.
Serviço
Exposição | Spectrum
De 24 de maio a 09 de agosto
Segunda a sexta, das 12h às 18h
Sábado, das 12h às 16h (com agendamento prévio)
Período
24 de maio de 2025 12:00 - 9 de agosto de 2025 18:00(GMT-03:00)
Local
A Gentil Carioca
Rua Gonçalves Lédo, 17 - Centro, Rio de Janeiro - RJ, 20060-020
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A Gentil Carioca tem o prazer de anunciar Desde sempre o mar, exposição individual da artista Mariana Rocha no prédio 17 d’A Gentil Carioca Rio de Janeiro. Inspirada pela vastidão marítima
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A Gentil Carioca tem o prazer de anunciar Desde sempre o mar, exposição individual da artista Mariana Rocha no prédio 17 d’A Gentil Carioca Rio de Janeiro. Inspirada pela vastidão marítima e pelos mistérios da vida microscópica, Rocha mergulha em um universo onde as fronteiras entre ciência, mito e arte se dissolvem. A mostra reúne pinturas inéditas que transitam entre figuração e abstração, evocando formas orgânicas como raízes, cílios, braços e membranas — elementos que se desdobram como símbolos da origem e da continuidade da vida.
Nas palavras do historiador da arte e curador Renato Menezes, que assina o texto de apresentação da mostra, “Mariana Rocha trapaceia a escala e, assim, a própria pintura parece se tornar, para a artista, um meio de reequacionar os mínimos essenciais da vida. Partícula e todo, célula e organismo, gota e oceano renegociam suas ordens de grandeza bem diante de nossos olhos. Não é por acaso que sua pesquisa se volta para o mar: foi lá, nessa vastidão imensa e profunda, que as mais simples formas de vida começaram a aparecer. Mas, como sempre, o mínimo é também o máximo: barroca, dramática, misteriosa e vibrante, sua pintura metaboliza o mundo, para ver, de sua parte mais íntima, obscura, o que de mais superficial ele pode revelar.”
Serviço
Exposição | Desde sempre o mar
De 24 de maio a 09 de agosto
Segunda a sexta, das 12h às 18h
Sábado, das 12h às 16h (com agendamento prévio)
Período
24 de maio de 2025 12:00 - 9 de agosto de 2025 18:00(GMT-03:00)
Local
A Gentil Carioca
Rua Gonçalves Lédo, 17 - Centro, Rio de Janeiro - RJ, 20060-020
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Inspirada em trabalho de Dorothea Tanning, mostra marca nova etapa do espaço expositivo Anexo, mais um passo na trajetória de vanguarda da galerista Marilia Razuk, há mais de três
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Inspirada em trabalho de Dorothea Tanning, mostra marca nova etapa do espaço expositivo Anexo, mais um passo na trajetória de vanguarda da galerista Marilia Razuk, há mais de três décadas em atuação
A Galeria Marilia Razuk, inaugura uma programação de projetos para o seu espaço localizado no número 62 da Rua Jerônimo da Veiga, que passa a se chamar Anexo Galeria Marilia Razuk. Para marcar essa nova fase, Razuk acolhe a exposição “Sala de Jantar”, com a proposta de exibir obras em um contexto que remete ao ambiente que lhe dá nome.
Com referência ao trabalho Hôtel du Pavot, Chambre 202 (1970-1973), da artista e poeta estadunidense ligada ao Surrealismo Dorothea Tanning, a consultora de arte Cristina Tolovi e a curadora Luana Fortes concebem a mostra se aproximando dos aspectos velados dos espaços domésticos. Elas apresentam obras de artistas e designers, não se apegando a separações entre essas duas esferas da criação. Como conta Tolovi: “A proposta é uma exposição em que diferentes linguagens dialoguem, por meio de uma diluição de fronteiras entre design e artes visuais.”
Luana Fortes destaca: “A mostra nasce de trabalhos de artesãos-artistas-criadores-designers que formam um conjunto de diferentes linguagens e formas de expressão, procurando desestabilizar o que se entende por obra de arte e objeto, guardando tensões do próprio sistema artístico e também das relações fora dele.”
Diferentemente do que vem à mente quando se escutam as palavras “Sala de Jantar”, a mostra tem o intuito de, assim como o trabalho de Tanning, apresentar essa “ambivalência, esse ‘desconforto’ gerado pela separação entre o que está vivo e o que parece imóvel”, nas palavras de Luana, que segue: “Assim, a mostra reúne artistas de diferentes trajetórias e formas de expressão para compor um ambiente que remete a um espaço preparado para o encontro, mas também atravessado por tensões e gestos de controle.”
A galerista, Marilia Razuk, concorda e completa: “A partir desta exposição, buscamos abrir portas para novas ideias, formatos e narrativas curatoriais. Queremos trazer um olhar fresco, sem os vícios que são normalmente adquiridos ao longo dos anos, assim como acolher práticas experimentais e perspectivas inovadoras.”
O trabalho de Fernanda Pompermayer está entre os destaques da mostra. ‘Anúncios cósmicos’, uma obra inédita da artista curitibana, apresenta formas inusitadas por meio transformação e combinação de diferentes materiais, entre os quais estão cerâmica esmaltada, vidro, resina, ouro e madrepérola. Outro nome importante da exposição é o artista visual Daniel Jorge, que exibe trabalhos como ‘Ancestral’. Sua pesquisa se debruça sobre o senso de pertencimento e novas imagens de identidade ao trabalhar com materiais fundamentais para o imaginário afrodiaspórico, como a rocha pedra sabão.
A pintura “Sem retorno ao paraíso” marca a presença de Giulia Bianchi em “Sala de Jantar”. A artista vem desenvolvendo estratégias que possibilitam investigar novas possibilidades de percepção que vão além do óbvio, alterando a escala visual, seja devido aos traços e texturas implícitas em suas pinturas, seja devido à sinestesia provocada por elas. Ana Dias Batista, por sua vez, traz para a exposição trabalhos como “O ovo e a concha”. A prática artística de Ana Dias Batista frequentemente envolve a apropriação de objetos do cotidiano, reorganizando-os de maneira a questionar suas funções originais e provocar novas interpretações.
Serviço
Exposição | Sala de Jantar
De 27 de maio a 26 de julho
Segunda a sexta, das 10h às 19h, sábado, das 11h às 15h
Período
27 de maio de 2025 10:00 - 26 de julho de 2025 19:00(GMT-03:00)
Local
Galeria Marilia Razuk
Rua Jerônimo da Veiga, 62 – Itaim Bibi, São Paulo - SP
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Porto Alegre respira arte com seu mais importante festival. A 14ª Bienal do Mercosul ocupa espaços e ruas e ganha novos ares, imagens e texturas no Centro Histórico com
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Porto Alegre respira arte com seu mais importante festival. A 14ª Bienal do Mercosul ocupa espaços e ruas e ganha novos ares, imagens e texturas no Centro Histórico com a inauguração da exposição “Poéticas do Fio – Tramas Nossas” neste sábado, 24 de maio, das 14h às 16h30 na Galeria Duque. A mostra integra o Projeto “Portas para a Arte” da Bienal, que também ocupa a Rua Duque de Caxias em frente à galeria com a instalação “A Arte Conecta”. A curadoria é de Daisy Viola e a exposição fica no espaço até o dia 12 de julho. Entrada franca.
A Galeria Duque ainda oferece uma imersão nas obras de grandes mestres do Brasil com um dos mais completos acervos do Estado. Na mostra “Poéticas Daqui” é possível conferir produções de nomes como Iberê Camargo, Carlos Scliar, Carlos Vergara, Di Cavalcanti, Leopoldo Gotuzzo, Danúbio Gonçalves, Cândido Portinari, Siron Franco, Burle Marx, Anita Malfatti, Ruth Schneider, Maria Lídia Magliani, Frans Krajcberg, Alice Soares, Márcia Marostega, Nelson Jungbluth, Tarsila do Amaral, Gelson Radaelli, Antonio Bandeira, Oscar Crusius, Fernando Baril, Glênio Bianchetti, Glauco Rodrigues, João Luiz Roth, Ione Saldanha, entre outros.
A mostra “Poéticas do Fio – Tramas Nossas” apresenta produções de quatro artistas que utilizam fios e/ou tecidos como suporte ou meio de expressão para sua atividade: Daisy Viola, Fernando da Luz, Fernando Lima e Rosane Morais. “A utilização do fio e do tecido no fazer artístico dialoga com questões sociais e culturais a partir da escolha de materiais e técnicas, como costura, bordado, crochê ou tricô, que fazem parte da história de vida de muitos de nós, das memórias, principalmente femininas, das nossas avós e mães. Assim, o uso de técnicas da artesania tradicional acaba sendo um ponto de encontro entre a tradição e a contemporaneidade”, explica a curadora Daisy Viola.
Já quem passar pela Rua Duque de Caxias vai ter um outro tipo de contato com a arte, mas que também envolve fios e tramas. É a instalação “Arte Conecta”, produzida pelos artistas Roberto Freitas, Adriana Leiria e Ronaldo Mohr. A obra levou dois meses para ser montada e expõe 50 metros de material reciclado, incluindo itens como estofarias e PET, em uma manifestação artística que liga à Galeria Duque ao outro lado da rua e que comprova que a arte é democrática e pode estar presente nos mais diversos espaços.
Serviço
Exposição | Poéticas Daqui
De 24 de maio a 12 de julho
Segunda a sexta, das 10h às 18h, sábados, das 10h às 17h
Período
28 de maio de 2025 10:30 - 4 de agosto de 2025 19:00(GMT-03:00)
Local
Galeria Duque
Duque de Caxias, 649 – Porto Alegre - RS