Azul Cooper, Ambigua
Azul Cooper, Ambigua, de la serie 'Fragmentadas'. Fotografías y pinturas clásicas - 2014. Obra na mostra que terá curadoria do movimento Ni Una Menos.

A BIENALSUR continua a todo vapor na Argentina. Depois de ativações, em maio, nas províncias de Tierra Del Fuego e Tucumán, estão agendadas para o mês de junho uma série de atividades que acompanham a bienal pelo território do país. Notáveis cidades — San Juan, Córdoba e Rosário — entram na programação do evento, que nesta segunda edição reforça ainda mais o seu caráter multiterritorial. As aberturas na capital, Buenos Aires, também terão o pontapé inicial no próximo mês.

Rosário será a primeira cidade a receber exposições, nos dias 5 e 6 de julho. O destaque fica por conta da mostra integrada Dos museos y un río, que acontece no primeiro dia no Museo de Arte Contemporáneo de Rosario (Macro). Composta por coleções dos museus Castagnino e Macro, ela promove o o diálogo entre obras de uma instituição de arte moderna e de uma instituição arte contemporânea. O objetivo é produzir curtos circuitos e sinergias capazes de intensificar o significado das obras expostas e provocar novas linhas de sentido. Artistas argentinos de intenso apelo ao redor do mundo fazem parte dessa exposição, como León Ferrari e Graciela Sacco.

No dia seguinte, a cidade também sediará a inauguração da exposição Ensayos sobre el trabajo, no Centro Cultural Parque de España, que reunirá obras de artistas desde a argentina até a África. Entre eles Tnani Ali (Tunísia), Yohnattan Mignot (Uruguai) e Catalina Sosa (Argentina).

Mas a ênfase fica mesmo para a exposição que tem organização do movimento Ni Una Menos, trazendo ares da luta feminista à BIENALSUR ao ocupar o Centro de Expresiones Contemporáneas. Recuperemos la imaginación para cambiar la historia, como é intitulada a mostra, se propõe a ser “um arquivo vivo, em constante movimento, que relaciona obras muito contemporâneas, criadas no calor da ação feminista, que não apenas denunciam a cisheteronorma (matriz de nosso sistema), mas possibilitam alternativas e releituras”. Uma proposta que também caminha pela ideia de empoderamento foi inaugurada em Tucumán no último fim de semana, a mostra Heroínas, com obras que incluem fotografias históricas das Mães da Plaza de Mayo.

Em Córdoba, a partir de 13 de junho, o destaque é a exposição (+) MUNDOS (-) IMPOSIBLES, que se dedica a mostrar “formas de habitar o mundo”, com obras de Chiachio & Giannone, Luis Pazos, Juan Carlos Romero, León Ferrari, Liliana Maresca, Marcos López, Romina Casile, Tamara Stuby, Vera Grión, Mariana Collares, Natalia Carrizo, Corina Arrieta, Carolina Andreetti, dentre outros.

Já na última quinzena do mês, em San Juan, a mostra The Body of Time, individual de Bill Viola, aclamado artista estadunidense, considerado o nome mais importante da videoarte, será a bola da vez. Bill Viola já esteve presente no Brasil, em São Paulo, no SESC Paulista. Apresentada no Museu Provincial de Belas Artes Franklin Rawson, a partir do dia 21, ela tem curadoria do brasileiro Marcello Dantas, que declara sobre Viola: “Suas obras são uma meditação sobre a vida, morte, transcendência, renascimento, tempo e espaço”.

 


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