Fotografia de Gohar Dashti, da série "Home" de 2017. Enviado pelo Museum of Fine Arts de Boston

Sobre este momento na pandemia do novo Coronavírus, o historiador e filósofo israelense Yuval Noah Harari escreveu que, enquanto a quarentena a curto prazo for fundamental, o verdadeiro antídoto para a epidemia seria a cooperação e não a segregação. Em um exemplo mais palpável da fala de Harari, no dia 24 de março instituições culturais no mundo começaram a “enviar flores“ virtuais umas para as outras: pinturas, fotografias e outras formas de arte começaram a ser compartilhadas online junto com mensagens de agradecimento, empatia e até mesmo poemas. 

A ação começou com a Sociedade Histórica de Nova Iorque enviando um quadro com flores de uma macieira, do pintor estadunidense Martin Johnson Heade, para o Museu Smithsonian. O museu foi ágil em passar o presente para o próximo, destinando um bouquet de flores coloridas por H. Lyman Saÿen para o Akron Art Museum. Assim, as entidades que receberam os bouquets começaram a retribuí-los incluindo na brincadeira cada vez mais instituições artísticas.

Não demorou muito para que isso se transformasse em uma verdadeira corrente, com centenas de museus – mais de 300 instituições – participando com a hashtag #MuseumBouquet, preenchendo seus espaços virtuais com imagens de flora. 

A National Portrait Gallery, o MET e o Guggenheim estão entre os colaboradores dessa ação de fortalecimento de espírito comunitário, principalmente no mundo da arte, que foi atingido pela crise – com os fechamentos das exposições e eventuais danos financeiros – e teve que repensar ações destinadas ao ambiente virtual como forma de se manter na ativa e entregar arte para seu público.

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