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Anita Ekman: Tupi or not Tupi. Como se deve (re)escrever a história do Brasil. 2022. Série Ocre Marajó - Museu Paraense
            Emílio Goeldi. Fotogra a de Edu Simões. A série integra a pesquisa curatorial do projeto Ore ypy rã – Tempo de Origem,
            de Sandra Benites e Anita Ekman. Realizado com a Bolsa de Artes Visuais -2021 concedida pelo Instituto Goethe e
            Consulado da França no Rio de Janeiro. A obra foi exposta na mostra “Deep Marajó : Contemporary Marajoara Ceramic”
            no Americas Society em Nova York (jan-jul 2023) e foi exposta na Bienal das Amazônias em Belém (ago-nov 2023).


























































               Aqui, por exemplo, as fotografias da Performance de   humanas, no presente e no passado. Para isso, os
            Anita Ekman (pintura corporal com carimbos marajoara   métodos convencionais da arqueologia e ciências
             e ocre) com Urna Marajoara (estilo Joanes) no Museu   sozinhos, são insuficientes para revelar elementos
             Paraense Emílio Goeldi, 2022.                   latentes do universo material que são, em alguns
                “Para além dos muros da reserva técnica vejo   casos, essenciais para entender os conhecimentos,
             igualmente importante explorar, in loco, a experiência   conceitos e práticas indígenas e de outros povos da
             sensível do mundo material dos objetos e das pai- floresta amazônica.”
             sagens construídas, enquanto lugares significados,   É preciso dizer que as cerâmicas, e outros vestígios   FOTO: PATRICIA ROUSSEAUX
             para nos aproximarmos mais das complexas teias de   arqueológicos, falam e têm muito a nos dizer. Cabe a
             relações entre essas materialidades e as sociedades   nós saber escutá-los.

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