Page 54 - ARTE!Brasileiros #61
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EXPOSIÇÃO SÃO PAULO












































            Fotografia de Hélio Campos Mello de vista da exposição                                                                                                               Fotografia de Nhakmô Kayapó do momento em que cineastas do
                                                                                                                                                                                 Coletivo Beture entrevistam o cacique Takakpe no Rio Xingu, 2021







                                                               sempre foi feita de forma adequada. Parte da história
                                                               do Xingu está registrada em fotografias sob a guarda
                                                               do Instituto Moreira Salles. A mostra é o marco inicial
                                                               de um processo de requalificação deste conjunto
                                                               de imagens, com a colaboração de pesquisadores
                                                              e lideranças indígenas, por meio da identificação de
                                                              pessoas, locais e situações retratadas”.
                                                                 E é neste entralaçamento de olhares que a mos-
                                                              tra – com 200 itens, pesquisados durante dois anos,
                                                              pelos curadores Kuikuro e Freitas, com a assistente
                                                              Marina Frúgoli, em diversos acervos do país – abre
                                                              um diálogo e uma reflexão sobre a importância dos
                                                              povos originários no Brasil: “Queremos contar nossa  FOTO: HELIO CAMPOS MELLO | REDE XINGU+ | CORTESIA TAKUMÃ KUIKURO
                                                              história para que os não indígenas possam reconhecer
                                                              e ensinar aos seus filhos o protagonismo dos povos
                                                              indígenas do Xingu e de todo Brasil”, afirma Kiukuro.
                                                                 Como escreve o filósofo francês Georges Di di-
                                                              Huberman em seu livro Quando as imagens tomam
                                                               posição: “Para saber é preciso tomar posição. Gesto
                                                              nada simples”.                                                     Kainahu Kuikuro, integrante do Coletivo Kuikuro de Cinema, no ritual do Kuarup na aldeia Afukuri, julho de 2021

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