Page 22 - ARTE!Brasileiros #61
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FEIRAS PARIS + ART BASEL
Entrada do Grand Palais Éphémère, espaço temporário que abrigou a Paris+ Art Basel em sua primeira edição
Com selo de qualidade da franquia suíça, a neófita
Paris+ tomou o lugar da tradicional FIAC, reforçou
a pulsante cena artística da capital francesa, deu
susto na rival Frieze, de Londres, e promoveu
diversificação na seleção de galerias; do Brasil,
participaram A Gentil Carioca e a Fortes D’Aloia &
Gabriel, que estreou representação de León Ferrari
por eDuarDo simões. Colaborou patriCia rousseaux
ART BASEL
CHACOALHA PARIS
a Cena munDial Das feiras De arte foi pega de
surpresa com o anúncio, no início deste ano, de que
a fiac (Foire Internationale d’Art Contemporain) –
criada em 1974, mas que desde 1975 acontecia no
Grand Palais, na capital francesa – sairia de cena em
2022 para dar lugar à Paris+ par Art Basel, mais nova
empreitada do grupo suíço mcH. O conglomerado
realiza desde 1970 a Art Basel original, em Basileia, e
ainda as edições de Miami Beach e Hong Kong.
Entre colecionadores e público geral, cerca de 40
mil pessoas compareceram à feira. Compradores inter-
nacionais, especialmente instituições dos Estados
Unidos, como o Moma de Nova York e o The Art Institute
of Chigago, assim como colecionadores da Coreia do
Sul, teriam dado grande impulso às vendas, segundo
The Art Newspaper. Não foi divulgado, no entanto, um
balanço das transações.
Porém, segundo o jornal francês Le Monde, a nova
feira parisiense, que aconteceu de 20 a 23 de outubro,
no Grand Palais Éphémère – uma sede temporária,
enquanto ocorrem as reformas no Grande Palais – teria
provocado abalos sísmicos em sua rival, a Frieze, lan-
çada em 2003 e que acontece na primeira metade de
outubro, em Londres. Houve boatos de que alguns
galeristas guardaram suas melhores obras para a feira
francesa, em detrimento da inglesa. FOTO: JULIEN DECEROI
Ainda segundo a publicação, o impacto não se deveria
apenas à novidade da feira em si, mas ao fortalecimento
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