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FEIRAS PARIS + ART BASEL




            “As diferentes edições da Art Basel não são
            compostas pelas mesmas galerias a depender de
            onde você esteja, se em Basileia, Miami ou Hong
            Kong: elas têm um olhar realmente voltado para
            as cenas locais”, George-Philippe Valois, Comitê
            de Seleção da Paris+ (Le Quotidien de l’Art)









               Segundo Mathieu Paris, diretor sênior da White   de qualidade da Art Basel à capital francesa. Segundo
            Cube, “todo mundo parecia estar em Paris” e a nova   ele, a histórica fiac vinha “empurrando várias questões
            feira “definitivamente aumentou o poder de atração do   de ordem organizacional e de seleção de galerias há
            mercado de arte da cidade”, que, segundo ele, já há   muitos anos”.
            algum tempo “vem passando por um forte renascimento   “Havia barreiras para a internacionalização e uma
            e ganhou de volta um importante papel como capital   diversidade maior”, afirma. “Não acho que a maioria dos
            mundial da arte. Paris+ foi um sinal forte disso”, disse   franceses tenha ficado feliz com um grupo estrangeiro
            o galerista, em comunicado da Art Basel.        tomando o lugar de sua principal feira, mas a Art Basel
               Ainda no começo do ano, Marc Spiegler, que em   possibilitou uma renovação que era necessária, e seu
            2023 deixa o cargo de diretor da Art Basel após 15 anos,  forte foi a qualidade da arte apresentada. De fato, eles
            afirmou à The Art Newspaper que esperava promover,  conseguiram subir a régua”.
            com a Paris+, uma ativação de toda a capital francesa,   Gabriela Moraes, diretora de A Gentil Carioca, afir-
            em parcerias com grandes instituições de arte locais,  mou que a galeria teve um ótimo resultado com as
            como o Louvre e o Musée d’Orsay – ao todo, foram   obras de Maxwell. Segundo ela, o sucesso foi reflexo
            20 exposições ou intervenções abertas ao público –,  de duas exposições anteriores que o artista havia
            além de criar conexões com os mundos da moda, do   feito na França: uma no mac Lyon, em 2019, e outra no
            design e do cinema.                             início de 2022, com duração de três meses no Palais
               Isso também refletia, aparentemente, um aspecto   de Tokyo, em Paris.
            interessante das recentes mudanças ocorridas no grupo
            mcH, cujo controle acionário passou para as mãos de
            James Murdoch, filho de Rupert Murdoch (magnata da
            mídia dono da Fox News e apoiador ferrenho de Donald
            Trump), um empresário com forte presença no mercado
            de entretenimento nos Eua.
               Do Brasil, participaram A Gentil Carioca, que mostrou   “Nós encontramos aqui
            na Art Basel parisiense 18 trabalhos do pintor carioca   um pensamento de grande
            Maxwell Alexandre. E a Fortes D’Aloia & Gabriel, que fez   qualidade, uma reflexão que                                 “Foi a primeira participação de A Gentil Carioca numa                  León Ferrari, Juicio final de
                                                                                                                                                                                                          Giotto, 2006, na Galeria FDAG
            em Paris a estreia de sua representação – em parceria   vai além daquela já validada                                feira na França. Eu trabalhei na fiac em 2019, em outra
            com a Gomide & Co – do artista plástico argentino       pelo mercado, que se baseia                                 galeria, e posso dizer que a Art Basel deu uma nova
            León Ferrari (1920-2013), que até o fim de agosto havia   em instintos e sentimentos                                energia à semana de arte, com mais colecionadores
            recebido a primeira grande retrospectiva de sua obra    não necessariamente                                         internacionais, um upgrade nas instalações da feira,
            em um museu francês, no Centre Pompidou.                                                                     FOTO: FUNDACIÓN AUGUSTO Y LEÓN FERRARI ARTE Y ACERVO  que está num local temporário, e um setor para galerias
               No estande da fdaG, os trabalhos de Ferrari foram    guiados pela ideia de                                       emergentes”, disse a galerista.
            dispostos em diálogo com criações de artistas contem-   eficácia”, Clément Chéroux,                                    Quanto à rivalidade com a Frieze, ela argumentou que
            porâneos brasileiros, como Anderson Borba, Marina       diretor da Fundação Henri                                   não se pode desconsiderar o fato de a feira londrina estar
            Rheingantz, Yull Yamagata e Erika Verzutti. Alex Gabriel,   Cartier-Bresson                                         “sofrendo as consequências da saída da comunidade
            um dos sócios da fdaG, comemorou a chegada do selo      (Le Quotidien de l’Art)                                     europeia, fazendo com que as vendas tenham uma taxa

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