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BIENAIS 16ª BIENAL DE LYON


































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                                                                                                                                 de Erin M. Riley, Crimson Landslide,
                                                                                                                                 2018; à dir., Daniel de Paula, vista
                                                                                                                                 da exposição Veridical shadows












            Tarik Kiswanson, vista da exposição Mirrorbody, 2021. Crisálidas que, quase levitando, desafiam a gravidade






            longo da cidade de Lyon, em quatro percursos. No Pri- de 29 mil metros quadrados, realiza eventos culturais.         de largura, construída com tijolos de barro de
            meiro Percurso, no lado oeste da cidade, a visitação inclui   “Experiências sensoriais, contemplação, memória,       diferentes regiões da Arábia Saudita.  Uma
            o macLyon, o Musée Guimet e o Parc de la Tête d’Ór;  transposição. Todo o meu trabalho está ligado à ideia           réplica do pátio da Grande Mesquita de Aleppo
            na direção sul. O Segundo, o Musée des Beaux-Arts;  de “memento mori’ [lembre-se que você também vai                 traz, a partir dos seus desenhos geométricos,
            o Musée de Fourvière, o Lugdunum Musée et théâtres   morrer]” diz o artista belga, Hans Op de Beeck, em              característicos da cultura árabe, a memória
            romains, Parc lpa République, Pont de l’Úniversite e o   artigo para Yamina Benaï,  fundadora e editora-chefe        dos grandes danos sofridos durante a Guerra
            mHl-Gadagne; ao leste, o Terceiro, a Usines Fagor e a  da GESTES/S (Groupe Beaux Arts & Cie), “não como              Civil Síria.
            Place des Pavillons. Por último, ao norte, o Quarto, a  uma posição filosófica melancólica ou sombria, mas             No Musée Guimet – um museu de história
            urdla e a Gare sncf Part Dieu.                  sim como um convite a considerar ser mortal como                     natural que esteve fechado nos últimos 15 anos
               Uma das instalações significativas da Bienal foi   uma razão para exercer humildade e empatia, e para            –, o artista francês Ugo Schiavi ocupa o salão
            montada num dos pavilhões da Usines Fagor, antiga   que se veja como essencial ser solidário com os outros”.         central com a obra de técnicas mistas Grafted
            fábrica de eletrodomésticos Fagor-Brandt, que hoje   Em outro dos galpões da Fagor, Standing by the   FOTOS: BLAISE ADILON | PATRICIA ROUSSEAUX  memory system (2022). Uma instalação com
            está parcialmente em reabilitação. Na década de 1980  ruins of Aleppo (2021), da artista Dana Awartani, nas-         plantas, insetos, vídeos mostrando momentos
            a fábrica ainda empregava 1800 trabalhadores, após   cida em Jeddah, Arabia Saudita, chama para outro                de destruição da natureza, insetos, fósseis,
            diferentes ciclos econômicos, entrou em declínio, até   momento de silêncio e contemplação. Uma instalação           ossos, lEds sobre horticultura, reflete sobre
            seu fechamento em 2015. O local, atualmente com mais   com mais de 22 metros de comprimento por 13 metros            o destino do ambiente.

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