Page 54 - ARTE!Brasileiros #57
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EXPOSIÇÕES MODERNISMO


            ONDE ENCONTRAR A


            BRASILIDADE DEPOIS


            DOS MODERNOS?








            Mostra itinerante do CCBB, “Brasilidade
            Pós-Modernismo” deseja que o público
            repare, observe e note para que
            uma discussão inovadora acerca do
            modernismo brasileiro venha à tona,
            atendendo à demanda do nosso tempo

            por miguel groisman









            em CartaZ no Centro Cultural banCo Do brasil são paulo
            (de 15 de dezembro até 7 de março de 2022) após passar pela
            unidade carioca, a exposição Brasilidade Pós-Modernismo
            não foi pensada para ter um olhar histórico, mas sim focado na
            atualidade. Com 51 obras produzidas da década de 1960 até os
            dias de hoje, há também algumas inéditas, ou seja, já produzidas
            com uma maturidade e um distanciamento histórico dos pri-
            mórdios da modernidade brasileira, como comenta a curadora
            da mostra coletiva, Tereza de Arruda. Para ela, a brasilidade
            de que se fala no título se mostra diversificada e miscigenada,
            regional e cosmopolita, popular e erudita, folclórica e urbana.
           “Temos aqui uma produção de pintura, fotografia, desenho,
            escultura, instalação, novas mídias, entre outras, como defen-
            soras da diversidade artística nacional através da abrangência
            de meios e linguagens”.
               O processo de pesquisa e as tratativas com os artistas come-
            çaram ainda em 2018. Algumas obras presentes na mostra foram
            emprestadas de coleções privadas, outras vieram diretamente
            do ateliê dos criadores. “No processo de elaboração da mostra,
            houve uma troca intensa com os artistas participantes e, a partir
            daí, muitos realizaram obras especialmente para Brasilidade
            Pós-Modernismo, como é o caso de Agarrados ao Poder, de Luiz
            Hermano, Série Biomas, de Armarinhos Teixeira, Índias Ocidentais,
            de Luzia Simons, Terra tão só, de Marlene Almeida, A visita aos
            ancestrais, de Jaider Esbell – falecido recentemente –, assim como
            a instalação suspensa de Francisco de Almeida”, conta Tereza.

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