Page 59 - ARTE!Brasileiros #57
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Obras de Francisco de
Almeida expostas na rotunda
do CCBB Rio de Janeiro
lembram a pesquisadora Christina Queiroz e a professora Outro ponto a ser revisitado é a questão do pro-
da fflcH-usp Maria Arminda do Nascimento Arruda, as tagonismo. Segundo Tereza, os artistas modernistas
revisitações críticas ao modernismo ganharam corpo tentaram uma aproximação com “o outro” – o repre-
somente a partir dos anos 1990. Até a década anterior, sentante do regionalismo brasileiro. “Hoje vemos
principalmente no cenário acadêmico paulistano, o esta postura em partes como uma apropriação de um
movimento foi tratado como se estivesse acima de legado do outro. Foi necessário um centenário e um
qualquer análise. Isso aconteceu, em parte, por conta longo processo de reconhecimento, conscientização,
do envolvimento de figuras ligadas ao cenário cultural assimilação e integração para chegarmos à essência
modernista com a criação da usp. Desse modo, é preciso da arte contemporânea brasileira apresentada em
ressaltar a importância de estudar o modernismo através Brasilidade Pós-Modernismo, com artistas represen-
do país e não considerá-lo como uma repercussão do tantes de diversas etnias, gerações e procedências
que acontecia em São Paulo. geográficas”, reflete.
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