Page 62 - ARTE!Brasileiros #52

EXPOSIÇÃO SÃO PAULO

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depende de você, como tudo na vida”. Cada quadro
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“ “Essa tela está ligada à série Rios Voadores, alusão aos d e p e n d e d e v o c ê , c o m o t u d o n a v i d a ” . C a d a q u a d r o
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cursos de água atmosféricos que se deslocam, passam
c u r s o s d e á g u a a t m o s f é r i c o s q u e s e d e s l o c a m , p a s s a m é i d e n t i fi c a d o c o m o a e s c o l h a d e c a d a p e s s o a e s e
é identificado como a escolha de cada pessoa e se
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constitui em um campo cifrado com diálogos entre o
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por cima de nossas cabeças carregando umidade da c o n s t i t u i e m u m c a m p o c i f r a d o c o m d i á l o g o s e n t r e o
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Bacia Amazônica para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul do
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Brasil”. Desde 2004, Aguilar se divide entre São Paulo e
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como uma performance dentro da sala da exposição.
A l t e r d o C h ã o , n o P a r á , o n d e m a n t é m c a s a / a t e l i ê e u m a c o m o u m a p e r f o r m a n c e d e n t r o d a s a l a d a e x p o s i ç ã o .
Alter do Chão, no Pará, onde mantém casa/ateliê e uma
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No campo ampliado nascem gestos expandidos que
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f forte relação com a floresta amazônica e a comunidade N o c a m p o a m pl i a do n asc e m ge s t os e xp a n d i dos q ue
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ribeirinha local, envolvendo-a em suas obras coletivas. formam uma grande onda”. Em outro trabalho, um
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A imensa tela é uma ode à natureza e um grito de alerta, emaranhado de fios com nomes de bairros emerge sob
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o mais potente e emblemático trabalho da mostra.
o m ai s p o t e n t e e e m b l e m á t i c o t r a b a l h o d a m o s t r a . o título São Paulo, uma fricção da arte e urbanismo,
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Aguilar mantém uma narrativa livre, sem filtros e com seus sapatos borrados de tinta pairando no ar. .
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traz a multiplicidade de interesses que gravitam em A linha evolutiva dos 60 anos de arte revela Aguilar
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torno de suas reflexões sobre raciocínio, livre arbítrio, e seu intenso envolvimento com a arte contemporâ- -
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destino, meio ambiente. Dez de suas telas de gran- nea brasileira. “Tudo começou em meados dos anos
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des dimensões ensaiam um voo sobre a civilização
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d e s d i m e n s õ e s e n s ai a m u m v o o s o b r e a c i v i l i z a ç ã o 50, com meu colega de colégio Jorge Mautner. Aos
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o c i de n t a l , de s de os fi lós o f os g r e gos a t é u m a p os - 1 5 a n o s l í a m o s t u d o q u e c ai a n a s m ã o s . E u q u e r i a s e r
ocidental, desde os filósofos gregos até uma pos- 15 anos líamos tudo que caia nas mãos. Eu queria ser
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sível ocupação de Marte em 2050. Em um segundo e s c r i t o r , m a s s e gu i a s a r t e s p l á s t i c a s e M a u t n e r f o i p a r a
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escritor, mas segui as artes plásticas e Mautner foi para
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conjunto de 35 pinturas que podem ser lidas como
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a literatura”. Aos 22 anos Aguilar expõe na vii Bienal
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de São Paulo e Mautner, com 21, lança o livro Deus
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tarôs, faz o caminho inverso, do objeto à ideia. Ele d e Sã o P a u l o e M a u t n e r , c o m 2 1 , l a n ç a o l i v r o D e u s FOTO: KARIM KAHN
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propõe ao visitante um jogo, uma viagem a locais
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imaginados. “Os destinos se transformam sempre, Tentar categorizar a arte de Aguilar é correr atrás
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