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INTERNACIONAL PORTUGAL




















































             MUSE, CONFERÊNCIA- PERFORMANCE DE FLORENTINA HOLZINGER E RENÉE COPRAIJ, APRESENTADA NA BOCA (BIENNIAL OF CONTEMPORARY ARTS)





             CONHECIDO MUNDO afora por seu passado glorioso,   nos enfraqueceu muito, e agora parece que vivemos uma
             sua cultura tradicional e seus monumentos e institui-  necessidade de voltar a construir, produzir, criar algo”,
             ções dedicadas à arte antiga, Portugal começa a se   afirma John Romão, diretor artístico da eclética BoCA,
             consolidar, de modo acelerado nos últimos anos, tam-  bienal de artes contemporâneas que em sua primeira
             bém como polo global de arte contemporânea. Lisboa   edição reuniu, entre março e abril, nomes como os dos
             não é mais apenas a cidade dos museus da Marinha,   artistas Hector Zamora e Tania Bruguera, do encenador
             com seus navios, dos Coches, com suas carruagens, da   Romeo Castellucci, da dançarina e performer Cecilia
             Água, com seu aqueduto, e do Azulejo; é também, desde   Bengolea e do coreógrafo Jerôme Bel. “Acho que tanto
             2016, a cidade do MAAT (Museu de Arte, Arquitetura e   nas artes plásticas quanto no cinema, na dança, na
             Tecnologia), de uma edição lusitana da espanhola ARCO   música e em outras áreas temos nesse momento muitos
             (Feira Internacional de Arte Contemporânea), da recém-  jovens a se afirmar. E, junto a isso, certa explosão da
             -inaugurada BoCA (Biennial of Contemporary Arts) e   visibilidade no exterior.”
             de uma variedade de mostras e eventos realizados por   O MAAT, aberto parcialmente em 2016 e em sua totali-
             dezenas de jovens galerias.                       dade em março deste ano, é provavelmente o símbolo
             “É um contexto muito interessante. Portugal está saindo   maior desta efervescência artística no país. Sediado em
             de uma crise econômica que nos sugou muita energia,   dois grandes espaços à beira do rio Tejo, uma central


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