Joseph Beuys na instalação Honigpumpe am Arbeitsplatz. Foto: Dieter Schwerdtle / Cortesia Documenta Archiv

Com obras de Hélio Oiticica, Maurício Ianês, Mônica Nador e Jamac, Coletivo Legítima Defesa, Rirkrit Tiravanija, Tania Bruguera e Vivian Caccuri, a exposição Somos Muit+s: Experimentos sobre Coletividade, na Pinacoteca de São Paulo, investiga a prática artística como exercício coletivo. A mostra reúne, a partir do dia 10 de agosto, obras e experiências pensadas enquanto diálogos, diretos ou indiretos, com a produção do alemão Joseph Beuys (1921-1986) – que também tem seu trabalhos expostos na exposição.

Como explica o texto de apresentação, Beuys, um dos mais importantes e ativos artistas da segunda metade do século 20, cunhou o conceito de escultura social, com o qual defendia o entendimento de toda e qualquer atividade humana como prática artística capaz de estruturar e transformar seu próprio meio. A partir desta temática, “a exposição articula um grupo de artistas cujas pesquisas têm se direcionado para a criação de espaços propícios à imaginação de novas formas de sociabilidade e modos de vida, tal como Beuys formulou”.

Com curadoria de Amanda Arantes, Fernanda Pitta e Jochen Volz, a mostra tem como eixo central um conjunto de obras do alemão, entre vídeos, desenhos, instalação e colagens. A “Bomba de Mel” uma das suas obras mais significativas, foi apresentada pela primeira vez em 1977, na Documenta 6 e trazida para a mostra. Na época bombeava toneladas de mel que eram distribuídos através de tubos plástico numa alusão ao fluxo social.

“A máxima ‘todo mundo é um artista´, talvez uma das mais conhecidas de Beuys, explicita a renúncia à unicidade da obra de arte correspondente à noção restritiva de autoria, mas também reivindica a compreensão de que a coletividade é capaz de reunir e potencializar a vontade e a capacidade criativa de diferentes indivíduos”, explica Arantes.

É neste sentido que surgem na exposição as obras e performances dos outros artistas: Hélio Oiticica – um dos principais artistas que se colocaram a experimentar essa noção, ao tornar o público participante e não mais espectador – Mônica Nador – que desde 2004 vem operando o Jamac (Jardim Miriam Arte Clube), além de Maurício Ianês, Vivian Caccuri, do tailandês Rirkrit Tiravanija, do grupo Coletivo Legítima Defesa e da cubana Tania Bruguera.

Somos Muit+s: Experimentos sobre Coletividade
Pinacoteca de São Paulo – Edifício Pina Luz – Praça da Luz 2, São Paulo
De 10 de agosto a 28 de outubro de 2019
Ingressos: R$ 10,00 (entrada), R$ 5,00 (meia) e gratuito aos sábados


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