Exposição Take 3, de Chiara Banfi, na Galeria Vermelho. Foto: Divulgação.
Exposição Take 3, de Chiara Banfi, na Galeria Vermelho. Foto: Divulgação.

A Vermelho abre neste sábado (14/5), em São Paulo, duas individuais: o argentino Nicolás Robbio (Mar del Plata, 1975) apresenta Onde cabe o olho, sua nona exposição na galeria; e Chiara Banfi (São Paulo, 1979) inaugura Take 3, sua sétima individual na casa. Ambas ficam em cartaz até 11 de junho e marcam os 20 anos de atividades da galeria paulistana, a serem comemorados no dia 17 de maio.

Robbio vai ocupar as salas 1 e 2 e o hall de entrada da Vermelho com uma “obra-ocupação”, em que propõe um exercício de subversão dos percursos do espaço. Em texto para a mostra, a curadora Clarisa Appendino questiona: “Tampinhas, elásticos, pérolas de fantasia, confetes, alfinetes, arruelas, bancos, fósforos… de onde vêm estes elementos que, como moedas no chão, recolhemos com o olhar durante o percurso? Embora seja uma pergunta válida, a resposta é evidente. Então, o que nos interessa não é somente a origem destes objetos, mas sim seu trajeto e o deslocamento que destinou os pequenos elementos a suspender seu ofício cotidiano para notar uma mancha acidental de verniz”.

Representado pela Vermelho desde a criação da galeria, o artista argentino vive e trabalha entre São Paulo e Buenos Aires. É graduado pela Escuela Superior de Artes Visuales Martin A. Malharro (1999). Além das individuais na galeria paulistana, Robbio realizou exposições como Testigo fantasma (Museu Sivori, Buenos Aires, 2019); Ejercicios de resistência (La Casa Encendida, Madri, 2017); Plano Expandido: questões ao traçar uma linha (Sesc Pompéia, São Paulo, 2016), Observações de uma realidade sincopada (Museu da Cidade, Lisboa, 2015) e Every Body Knows (Galerie Invaliden, Berlin, 2013), entre outras.

Na sala 3, Chiara Banfi traz dois desdobramentos de sua pesquisa sobre o som, a materialidade e as simbologias existentes em instrumentos, partituras musicais e LPs. Em Elza (2012-2022), discos de vinil prensados com resíduos de vinis e polímeros coloridos criam 100 discos-pintura únicos, com uma gravação inédita de Elza Soares cantando Aquarela do Brasil, de Ary Barroso. Em 2012, Elza gravou três takes da canção para o disco Sonzeira – Brasil Bam Bam Bam. A gravação que Banfi apresentada é a “take 3”, então considerada visceral e emocional demais pelos produtores para o projeto. As gravações que integram Elza e Cases poderão ser ouvidas pelo visitante na sala 3 da Vermelho. Já em Cases (2022), a artista criou estojos especialmente para emoldurar LPs que trazem sons de fogo e de rios, em cada um de seus lados.

Chiara vive e trabalha no Rio. Formada em Artes Plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), em São Paulo, em 2003, a artista já realizou, além das individuais na Vermelho, mostras como Lugar para estar (GaleryRio, Nantes, França, 2010) e Firehouse (De Vleeshal, Middelburg, Holanda, 2005). Também participou de coletivas no Toyota Municipal Museum of Art (Aichi, Japão, 2008), no Instituto Itaú Cultural (São Paulo, 2008), na Fondation Cartier (Paris, França, 2005) e no Museum of Contemporary Art San Diego (San Diego, EUA), entre outras instituições nacionais e internacionais.

SERVIÇO

Nicolás Robbio – Onde cabe o olho

Chiara Banfi – Take 3

Galeria Vermelho: R. Minas Gerais, 350, São Paulo (SP)

Visitação: 14 de maio a 11 de junho de 2022

Horário: Terça-feira a sexta-feira, das 10h às 19h, e aos sábados, das 11h às 17h

Deixe um comentário

Por favor, escreva um comentário
Por favor, escreva seu nome