Ainda pequena, Regina Parra colocou na cabeça que queria muito ser artista. O pai trabalhava com tecnologia e a mãe era dona de casa, ambos relutaram, mas nada faria com que aquela jovem mudasse de ideia. Com 11 anos, começou a ter aulas de pintura e se dedicar ao ofício que queria ter para o resto da vida. Mais tarde, começou a cursas Artes Visuais, porém deixou o curso para se dedicar às artes cênicas, onde ficou por três anos nos cursos ministrados por Antunes Filho no Centro de Pesquisas Teatrais (CPT).

A trajetória de Parra com as artes do corpo fica bem evidente na sua história, tendo em vista que logo após o CPT, voltou a estudar artes visuais, começando pela École Nationale Supérieure des Beaux Arts de Paris e depois se graduando bacharel na Fundação Armando Álvares Penteado, em São Paulo.

Desde sua formação, Regina mantém uma frequência rotineira em exposições coletivas e individuais. Só em 2019, ela participou de sete coletivas e duas individuais. Uma dessas mostras solo é intitulada Eu me levanto, apresentada na Fábrica de Arte Marcos Amaro (FAMA), em Itu. Fruto de um edital de ocupação lançado pela instituição, está em cartaz desde 17 de dezembro e será mantida até 9 de março.

O título da exposição vem de um poema da estadunidense Maya Angelou, que também deu origem ao nome da mostra que Sônia Gomes apresenta no MASP e na Casa de Vidro. A coincidência acontece em um momento que os escritos de Angelou, falecida em 2014, começa a ter forte presença nas discussões interseccionais de gênero no Brasil.

Assista o vídeo da performance Lasciva, realizada na abertura da mostra em dezembro.

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