O Instituto de Arte Contemporânea (IAC) apresenta a partir deste sábado (4/2) a exposição Carimbos, em que retoma 12 dos 80 trabalhos apresentados por Carmela Gross em mostra homônima, realizada em 1978, no Gabinete de Artes Gráficas, em São Paulo. Feitos de repetidas carimbadas sobre papel, as obras estão agora acompanhadas de uma farta documentação – mais de 300 itens – que revela o processo criativo da artista, que fizera sua primeira experimentação com carimbo em 1968, no IV Salão de Arte Moderna do Distrito Federal, em Brasília, com um trabalho que formava o desenho de um murro sobre a mesa.
“Cada carimbo, com sua marca, repete-se muitas vezes numa mesma prancha, de 70cm x 1m, formando um padrão. Eu carimbava uma coisa ao lado da outra, até formar este campo de imagens repetidas”, conta Carmela, a respeito da exposição de 1978. “É um grande arquivo que estou doando ao IAC, e a instituição quis mostrar o processo, com começo, meio e fim”.
O conjunto (obras e documentos), diz a artista, revela todos os experimentos feitos à época, “que resultaram na produção dos carimbos de borracha, a matriz para pensar os trabalhos”. Segundo Carmela, a mostra é uma “arqueologia” do projeto original, que apresenta “como foi ele foi pensado e feito, com todos os passos da produção”.
Ricardo Resende assina a curadoria, firmemente lastreada pela documentação sistematizada que a artista faz de sua própria produção, algo que também se pode ver em seu site. “Trabalho intensamente nos meus arquivos”, diz Carmela, “então essa organização foi feita ao longo de anos e anos. É algo que não daria para se fazer em um ou mesmo seis meses. Muitos dos carimbos precisaram ser restaurados, o que aconteceu em 2015. Os documentos, por sua vez, estavam já organizados em pastas. Todo o material que se vê agora no IAC tem uma certa organização, minha, pessoal, que agora se torna visível”.
Para Resende, “em termos de arquivo e também de montagem”, a curadoria estava pronta. “A Carmela é a curadora de fato, por sua sistematização desse arco de produção, da ideia à conclusão, vista originalmente em 1978”, afirma. “A exposição do IAC é eminentemente museológica e traz à tona a característica processual da obra original. E a obra da Carmela é o pensamento, é reflexão, é ideia. É desenvolvimento de ideia. Portanto, processual”.
Entre os documentos presentes está um texto do historiador da arte Flávio Motta – o original e sua transcrição –, além de matérias jornalísticas que saíram à época, com títulos que se referem ao gestual da artista: “Tudo isso num soco”, “Os complicados rabiscos de Carmela” e “O traço sob uma visão radical”, entre outros. Para Resende, os títulos “certamente descrevem e definem o que ela fez” à época.
Carmela destaca a expografia que criou para a mostra, em parte organizada em três paredes forradas com folhas de zinco galvanizado, onde ela prendeu cada documento por meio de um imã. “As duas salas que foram oferecidas são de tamanho regular, e os documentos que seriam colocados lá, muitos deles são pequenos, com apenas 3cm x 5cm. O material era muito heterogêneo”, conta. “Para conseguir que isso virasse uma leitura de um conjunto, que mostrasse essa arqueologia, com as folhas de zinco, pude colocar itens de qualquer tamanho, sem qualquer anteparo, sem moldura ou vidro”.
As últimas exposições de Carmela Gross aconteceram em 2021, com obras inéditas na Galeria Vermelho (Fendas, fagulhas) e sua participação na 34ª Bienal de São Paulo, em que mostrou o painel Boca do inferno, composto de 160 monotipias. No momento, a artista trabalha em novos projetos, que serão apresentados em 2024, em espaços institucionais. Carmela ressalta que suas criações “são fechadas em ciclos” e que seria difícil fazer uma “conexão por semelhança ou continuidade” entre Carimbos e as obras mais recentes, por exemplo.
“Esse longo ciclo dos carimbos forma um conjunto exposto em 1978, e pronto. É conceitual, que vem do desenho, e em seguida fiz outras coisas, como o Projeto para a Construção de um Céu, que foi minha tese de mestrado [na ECA, em 1981, sob orientação do crítico de arte e curador Walter Zanini], e apresentado na Bienal de São Paulo naquele mesmo ano”.
Para a artista, as eventuais “semelhanças se dão muito mais nos bastidores, pelo conceito que está embutido neles, do que pela visualidade”, diz. “O contexto é diferente, a armação do pensamento é diferente e se liga a uma preocupação conceitual, com o desenho, com a cidade”. Segundo Ricardo Resende, a produção de Carmela Gross é marcada por uma “ação construtiva que atravessa toda a obra dela, assim como um pensamento gráfico”.
Para a exposição que o IAC abre neste sábado, Resende chegou a perguntar a Carmela se ela não poderia refazer algumas das pranchas, “repetir as carimbadas”, a partir dos carimbos restaurados. “A resposta foi muita bonita: ela disse que não poderia, porque a sua força daquela época não é a mesma hoje”, conclui.
SERVIÇO
Carmela Gross: Carimbos
Abertura: 4/2, às 12h; visitação: de 6/2 a 6/5
Curadoria: Ricardo Resende
Instituto de Arte Contemporânea (IAC) – Av. Dr. Arnaldo, 120/126, São Paulo (SP)
Horários: terça a sexta-feira, das 11h às 17h; sábado; das 11h às 16h
Entrada gratuita
Detalhes
Por meio de uma parceria entre a Fundação Bienal de São Paulo e o Governo do Estado do Espírito Santo, junto à Secretaria de Estado da Cultura e Secretaria do Governo,
Detalhes
Por meio de uma parceria entre a Fundação Bienal de São Paulo e o Governo do Estado do Espírito Santo, junto à Secretaria de Estado da Cultura e Secretaria do Governo, a cidade de Vitória (ES) receberá uma seleção especial da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível em dois locais diferentes: o Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo (MAES) e o Espaço Cultural Palácio Anchieta. Durante a abertura, no dia 28 de agosto, o Espaço Cultural Palácio Anchieta também recebe uma apresentação do Vale Música, eixo de programas autorais que integra o Instituto Cultural Vale.
Outra artista nativa da cidade, Rubiane Maia, realizará a performance A língua sempre se dobra diante do inquestionável ou maldito, Livro-Performance, capítulo VI (2018-2024) no dia 30 de agosto, às 17h, no MAES, com entrada gratuita. A obra foi comissionada pela Fundação Bienal de São Paulo para a 35ª Bienal e correalizada com o Sesc. Na performance, a artista organiza uma série de ações pensadas em resposta a textos autobiográficos, particularmente influenciados por memórias transgeracionais traumáticas ligadas a questões de gênero e raça.
Com curadoria de Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, a mostra estará em exibição na capital capixaba de 29 de agosto a 3 de novembro, com entrada gratuita. Participam desta itinerância no Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo (MAES) Citra Sasmita, Leilah Weinraub, M’barek Bouhchich e Rubiane Maia. Já no Espaço Cultural Palácio Anchieta, participam Castiel Vitorino Brasileiro, Colectivo Ayllu, Grupo de Investigación en Arte y Política (GIAP), Malinche, Marilyn Boror Bor, Maya Deren, Quilombo Cafundó, Rosana Paulino e Sarah Maldoror.
Serviço
Exposição | 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível
De 29 de agosto a 3 de novembro
Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo (MAES)
Terça a sexta, das 10h às 18h
Sábado, domingo e feriados, das 10h às 16h
Espaço Cultural Palácio Anchieta
Terça a sexta, das 9h às 17h
Sábado, domingo e feriados, das 9h às 16h
Período
29 de agosto de 2024 09:00 - 3 de novembro de 2024 17:00(GMT-03:00)
Local
Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo (MAES)
Avenida Jerônimo Monteiro, 631, Centro de Vitória - ES
Detalhes
Em setembro, Fortaleza receberá mais uma itinerância da Bienal de São Paulo, que este ano chega à sua 35ª edição, com o título coreografias do impossível. Com curadoria de Diane
Detalhes
Em setembro, Fortaleza receberá mais uma itinerância da Bienal de São Paulo, que este ano chega à sua 35ª edição, com o título coreografias do impossível. Com curadoria de Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, a itinerância será aberta no dia 10 de setembro, às 18h, marcada por cerimônia na Varanda dos Museus e vernissage no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE), no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (com entrada pela Av. Presidente Castelo Branco S/N, esquina com a Rua Almirante Jaceguai). O acesso é gratuito.
Após a abertura, a mostra permanecerá em cartaz até o dia 10 de novembro, com visitas gratuitas de quarta a sexta, das 9h às 18h, e das 13h às 18h aos sábados e domingos, sempre com último acesso às 17h30. A exposição dispõe de recursos de acessibilidade sensorial, tais como audioguia, Libras, leituras em áudio, impressões em fonte ampliada, Braille, mapa tátil, leitura fácil, handtalk e interação tátil.
A 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível lança um olhar poético sobre as complexidades e urgências do mundo contemporâneo, estimulando seus visitantes a refletir sobre questões sociais, políticas e culturais. Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel assinam a curadoria, que para a itinerância em Fortaleza reúne trabalhos de Cozinha Ocupação 9 de Julho – MSTC, Deborah Anzinger, Denilson Baniwa, Gabriel Gentil Tukano, Katherine Dunham, Leilah Weinraub, MAHKU (Movimento dos Artistas Huni-Kuin), Maya Deren, Melchor María Mercado, Nadir Bouhmouch e Soumeya Ait Ahmed, Nontsikelelo Mutiti, Nikau Hindin, Rosa Gauditano, Simone Leigh e Madeleine Hunt-Ehrlich.
Artistas e obras
Entre os artistas que integram a coletiva, o amazonense Denilson Baniwa, em Kwema [Amanhecer], conjuga resistência, pertencimento e beleza. Com o conjunto de trabalhos Kaá, Itá e Tatá, faz referência às práticas ancestrais dos povos Baniwa face aos ataques mitológicos e estruturais enfrentados por sua comunidade. Cada um dos trabalhos é realizado em parceria com a educadora e liderança indígena Jerá Guarani, Aparecida Baniwa e a pesquisadora Francineia Baniwa.
O também amazonense Gabriel Gentil Tukano, falecido em 2006, é homenageado com obras que perpetuam a cosmogonia Tukano e a sacralidade do território ancestral.
Também são exibidas peças da jamaicana Deborah Anzinger, cujo trabalho transita entre a linguagem e a materialidade, explorando binários que se opõem e se constituem mutuamente.
A mostra também inclui o trabalho de Katherine Dunham, pioneira da dança moderna, com registros em vídeo da pesquisa da coreógrafa sobre ritmos e gestualidades na região do Caribe, entre 1940 e 1960.
No filme Shakedown (2018), Leilah Weinraub documenta a vida e a cultura de um clube de strip-tease lésbico em Los Angeles, que resulta num filme-experiência íntimo, ousado e celebrativo da lesbiandade afro-americana.
O coletivo MAHKU, formado pelos artistas Ibã Hunikuin, Kassia Borges Karaja, Acelino Hunikuin, Bane Hunikuin, Mana Hunikuin, Itamar Rios, Yaka Hunikuin e Cleudo Hunikuin apresenta pinturas que trazem traduções visuais dos cantos sagrados Huni Meka, reverberando o ativismo cultural e a preservação das terras dos povos originários.
A artista visual e educadora Nontsikelelo Mutiti, que assina a concepção da identidade visual da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível, promove um mergulho nos significados das tranças e dos cabelos como um dos elementos da diáspora africana que carregam não só sentidos políticos e estéticos, mas subjetivos, que dizem muito sobre o cotidiano, as experiências e da história das pessoas negras na diáspora.
No Álbum de paisajes, tipos humanos y costumbres de Bolivia [Álbum de paisagens, tipos humanos e costumes da Bolívia], produzido nos primórdios da República da Bolívia, são apresentadas as aquarelas pintadas por Melchor Maria Mercado durante suas viagens pelo território boliviano, agora exibidas fora do seu país natal.
Os diferentes formatos dos trabalhos da dupla Nadir Bouhmouch e Soumeya Ait Ahmed constituem um espaço expandido das artes e das tradições orais das comunidades Amazigh do norte da África, remetendo a uma praça central, lugar de encontro e relação.
No projeto Maramataka: The Stellar Lunar Calendar. De-colonising Time [Maramataka: O calendário estelar lunar. Decolonizando o tempo], de Nikau Hindin, junto a um grande aute (tecido obtido a partir de um longo processamento da casca da amoreira) suspenso, há um conjunto de cartas celestes que descrevem em trezes meses lunares o ano maori em curso. Se antes esses mapas serviram para orientar os sistemas de navegação e colheita, hoje eles ressurgem como contraponto à noção ocidental, linear e progressiva do tempo.
Maya Deren, um dos grandes nomes do cinema experimental, também marca presença com o filme Meditation on Violence [Meditação sobre a violência] (1948), que explora a dança e a temporalidade.
A itinerância de Fortaleza será a única a receber o coletivo Cozinha Ocupação 9 de Julho, do Movimento dos Sem Teto do Centro (MSTC), que desde 2017 atua em uma ampla rede multidisciplinar, com políticas de redistribuição, lixo zero e uma grande preocupação com segurança alimentar, dando visibilidade à luta por moradia em São Paulo.
Simone Leigh e Madeleine Hunt-Ehrlich apresentam o filme Conspiracy [Conspiração], obra que, através de sobreposições de ferramentas, vocalizações e cenas que irrompem a linearidade e a sequencialidade cinematográfica, reforça as redes de solidariedade produzidas secularmente como espaços de insurgência das mulheres negras e feministas nas diásporas africanas, suas múltiplas configurações, estratégias e chaves coletivas.
Por fim, Vidas proibidas, com fotografias de Rosa Gauditano, ganhou na 35ª Bienal a sua primeira exposição. A série traz registros de comunidades lésbicas em São Paulo na década de 1970, ainda no período da ditadura militar, que, com a luta pela liberdade sexual, resistência e o orgulho, fez frente aos anos de repressão.
O Ceará no circuito das Artes Visuais
Fortaleza foi uma das catorze cidades escolhidas, sendo 11 brasileiras e três estrangeiras, para receber a circulação da mostra, sucesso de crítica e público no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, em São Paulo. A presidente da Fundação Bienal de São Paulo, Andrea Pinheiro, afirma sua satisfação em ver a capital cearense, sua terra natal, receber a itinerância pela terceira vez: “Trazer a 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível para esse lugar emblemático reforça a conexão entre a Bienal e a cultura cearense, estabelecendo novas pontes com o público e o cenário artístico local”, comenta.
A gestora do MAC-CE, Cecília Bedê, reforça: “Ao longos dos seus 25 anos, o MAC-CE tem realizado um intercâmbio de exposições de diferentes tipologias e conceitos, sendo espaço vital para a pujante produção artística cearense e para a circulação de mostras nacionais e internacionais. Em 2017, o Museu recebeu a itinerância da 32ª Bienal de São Paulo – Incerteza viva. Receber pela segunda vez uma itinerância da Bienal de São Paulo, uma das iniciativas mais relevantes do circuito mundial das artes, legitima essa trajetória e consolida a relevância desse espaço no fomento do pensamento crítico e do fazer artístico.”
A superintendente do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Helena Barbosa, complementa: “A acolhida dessa potente itinerância torna ainda mais especial para nós esse momento, na medida em que a temática desta 35ª edição dialoga com a ancestralidade do Dragão e a sua atuação de fomento ao pensamento crítico, ao lançar mão de poéticas para insurgir com questões urgentes da contemporaneidade, e com isso elastecer limites institucionais e curatoriais.”.
Ações educativas
Durante o período expositivo, serão realizadas ações de arte educação pelos núcleos educativos do MAC-CE e da Fundação Bienal de São Paulo.
Abrindo a agenda em setembro, no dia vernissage, 10 de setembro, às 19h, os visitantes do MAC-CE poderão participar de um percurso conduzido pela equipe educativa da Bienal na mostra itinerante. O trajeto destacará o trabalho de artistas como Cozinha Ocupação 9 de Julho – MSTC, Denilson Baniwa e Rosa Gauditano, quando serão abordadas questões como direito à moradia, presença, luta e reconhecimento dos povos indígenas e espaços de convivência de coletividades lésbicas.
No dia 12, a partir das 16h, os educadores Bruna de Jesus e Danilo Pêra, que compõem o núcleo educativo da Bienal, orientam nova visita pela mostra, propondo diálogos com os trabalhos de artistas como Denilson Baniwa, Katherine Dunham, MAHKU e Rosa Gauditano, com os gestos-ações poéticas/pedagógicas por meio de reflexões, expressões e experiências nas possibilidades de escritas, reescritas, rasuras, oralidades e imaginações radicais laborados pela equipe de educação da Bienal de São Paulo.
No mesmo dia, às 19h, os educadores Bruna de Jesus e Danilo Pêra realizam uma roda de conversa sobre o panorama da arte educação em São Paulo e no Ceará. O acesso é gratuito mediante inscrição via formulário (bit.ly/encontroitinerantebienal35ª), com inscrições abertas até 6 de setembro.
Serviço
Exposição | 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível
De 11 de setembro a 10 de novembro
Quarta a sexta, das 9h às 18h (acesso até às 17h30)
Sábado, domingo e feriados, das 13h às 18h (acesso até às 17h30)
Período
11 de setembro de 2024 09:00 - 10 de novembro de 2024 19:00(GMT-03:00)
Local
Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE)
Rua Dragão do Mar, 81 Fortaleza - CE
Detalhes
A Galeria Lume apresenta, no espaço expositivo II, a individual “Calorcito” de Mari Nagem, parte do projeto Alumiar, que tem o intuito de dar luz à pesquisa de artistas que
Detalhes
A Galeria Lume apresenta, no espaço expositivo II, a individual “Calorcito” de Mari Nagem, parte do projeto Alumiar, que tem o intuito de dar luz à pesquisa de artistas que ainda não possuem representação.
Usando diversas mídias, cores vibrantes e contornos marcantes, as obras de Mari destacam a artificialidade das paisagens, a subjetividade dos dados e a busca capitalista pela felicidade. Com texto curatorial de Ana Roman, a mostra traz uma seleção de obras inéditas que colocam em cheque a crise climática mundial, mais especificamente as ondas de calor que são cada vez mais devastadoras e frequentes.
O calor é uma energia essencial para moldar as paisagens terrestres e impactar as relações humanas, atuando como uma força transformadora que afeta formações geológicas e potencializa fenômenos naturais extremos. É a partir desta força de criação tecnológica e destruição que se materializa a exposição de Nagem.
O aquecimento global é uma realidade sentida; cenários que antes pertenciam à ficção científica agora são vividos por grande parte da população mundial. A questão que a artista coloca é: o que restará do planeta — e não de nós — com o avanço das mudanças climáticas? Quais seres, fenômenos e vestígios ainda existirão? Estaria nossa crescente dependência de dispositivos eletrônicos contribuindo para o aumento das temperaturas globais?
Em “Calorcito”, Nagem habita, com coragem, a sua realidade e busca, por meio da ficção, construir uma alternativa para o momento de catástrofe climática e para a terra arrasada dominada pela internet e pelas tecnologias digitais. A exposição nos leva a considerar cenários pós-catástrofe, em que ruínas tecnológicas e novas paisagens emergem, sugerindo que a Terra continuará a se transformar, mesmo sem a presença humana.
“A Terra continuará a se transformar, mesmo sem a presença humana”, completa a curadora Ana Roman.
Serviço
Exposição | Calorcito
De 14 de setembro a 19 de outubro 2024
Segunda a sexta das 10h às 19h e sábado das 11h às 15h
Período
14 de setembro de 2024 10:00 - 9 de outubro de 2024 19:00(GMT-03:00)
Local
Galeria Lume
Rua Gumercindo Saraiva, 54 - Jardim Europa, São Paulo - SP
Detalhes
A exposição parte da curiosa coleção máscaras mortuárias — moldadas sobre o rosto de pintores como Almeida Júnior e Pedro Alexandrino — para investigar os modos como artistas lidam com
Detalhes
A exposição parte da curiosa coleção máscaras mortuárias — moldadas sobre o rosto de pintores como Almeida Júnior e Pedro Alexandrino — para investigar os modos como artistas lidam com o tempo e sua experiência. Reunindo cerca de 40 esculturas, que vão do século XII aos dias de hoje, a mostra é uma oportunidade para refletir sobre a linguagem, ver e rever obras fundamentais do acervo da Pinacoteca.
Ao entrar no espaço expositivo, o público se depara com uma escultura medieval do século XII, que representa Cristo crucificado, de autoria desconhecida – além de obras do período barroco no Brasil. Na sequência estão as máscaras mortuárias, além de esculturas de bronze de Brecheret e Liuba Wolf.
Entre elas, há a tentativa de artistas do começo do século XX de representar mulheres e homens negros como “tipos brasileiros”. Até o início da pesquisa para essa exposição, apenas uma dessas esculturas tinha um nome: Maria da Glória (entre 1920 e 1988), de Luiz Morrone. Durante a pesquisa de análise da origem desses títulos, a equipe localizou o nome da modelo para uma escultura de José Cucê, Irina – que passa agora a integrar o título da obra.
O COMEÇO
“A forma do fim” nasce a partir do olhar para o acervo centenário da Pinacoteca, que conta com mais de 13 mil obras. Dessas, quase mil fazem parte da exposição permanente, “Pinacoteca: Acervo”.
Pensando o acervo como uma plataforma para novas pesquisas e aquisições, surge o interesse pela coleção de esculturas presentes na Pinacoteca, na busca de compreender como ela se forma e quais são suas características marcantes que foram desenvolvidas ao longo do tempo. A curadoria buscou perceber essas tendências históricas, organizando seu discurso a partir daquilo que é recorrente no acervo.
OBRAS
Uma das máscaras em “A forma do fim” é a do artista Almeida Júnior, um dos nomes da arte brasileira mais importantes do século XIX, cuja obra é fundadora da coleção da Pinacoteca.
Raízes mortas de natureza e cipó (2015 – 2013), de Advânio Lessa, ressignifica a matéria morta, a transformando em algo vivo através da arte. Dando forma às diferentes dimensões do tempo, esculturas como Bicho – Relógio de sol (1960), de Lygia Clark, Yuxin (2022), de Kássia Borges, Ferramenta de Tempo (2021), de José Adário, e a performance Passagem (1979), de Celeida Tostes, propõem entender a vida e os fazeres da arte de forma cíclica.
As esculturas de Marcia Pastore e Hudinilson Jr. (década de 1980), materializam no espaço membros do corpo ou peças de roupa, registros delicados de suas presenças, que não se impõem como ordenadoras do mundo. O famoso trabalho de Waltercio Caldas, A emoção estética (1977), é uma pista para compreender essa presença e nossa experiência diante da arte: um par de sapatos parece estar a ponto de flutuar diante da forma – uma maneira de estar diante de algo que nos emociona, de compreender nossa comoção por meio do diálogo, investigando a maneira de nos por em relação e, assim, imaginar nosso futuro.
Serviço
Exposição | A forma do fim: esculturas no acervo da Pinacoteca
De 14 de setembro a 04 de maio de 2025
Quarta a segunda, das 10h às 18h
Período
14 de setembro de 2024 10:00 - 4 de maio de 2025 18:00(GMT-03:00)
Local
Pina Estação
Lg. General Osório, 66, São Paulo - SP
Detalhes
Como as transformações das paisagens urbanas podem afetar a memória das pessoas? É a partir deste questionamento, que a artista visual paulistana Marcia Gadioli conduz suas pesquisas que resultaram na
Detalhes
Como as transformações das paisagens urbanas podem afetar a memória das pessoas? É a partir deste questionamento, que a artista visual paulistana Marcia Gadioli conduz suas pesquisas que resultaram na exposição “Territórios”. A mostra será aberta no Museu da Imagem e do Som de Campinas (MIS).
“Territórios”, com curadoria de Eder Ribeiro, reúne a produção dos últimos 10 anos da artista, desde sua primeira pesquisa sobre a paisagem urbana de São Paulo, até suas últimas experimentações com meios e processos fotográficos alternativos.
O conjunto é formado por mais de 70 obras produzidas em diferentes meios: vídeos, fotografia analógica e livros de artista. “Me considero uma artista que trabalha com a fotografia. No meu trabalho, o uso da poética está acima de qualquer técnica utilizada”, define a autora.
Em sua trajetória artística, Marcia Gadioli se mantém comprometida com a experimentação de técnicas e materiais. “No centro desta investigação está o meio fotográfico, que se desdobra de diversas formas – fotografias impressas ou, em alguns casos, produzidas artesanalmente, por transferência sobre papéis transparentes, ou ainda sobre parafina, obtendo-se assim, por sobreposição, novos sentidos e visualidades”, comenta o curador Eder Ribeiro.
“O olhar apurado da Marcia e os vários tipos de suportes que ela utiliza tornam a exposição dinâmica e instigante para o público. As pessoas poderão ter contato com trabalhos diversos, em variados suportes, que buscam transformar de maneira sutil o espaço da mostra”, comenta o arquiteto Marcelo Salles, responsável pela expografia de “Territórios”.
Os trabalhos da exposição surgem da combinação de imagens coletadas em álbuns da própria família Gadioli com outras produzidas pelo olhar atento da artista sobre as transformações urbanas, além de imagens e narrativas encontradas em recortes de jornais impressos. “Os jornais têm toda uma estética que, ela mesmo, ajuda a construir memórias, algo também sendo modificado na sociedade digital, uma vez que as imagens hoje são muitas vezes efêmeras, as mídias onde elas estão podem desaparecer de um momento para outro. Temos uma relação diferente com as imagens, o que pode levar, no futuro, a uma civilização sem memória dos lugares onde se viveu”, analisa Marcia Gadioli.
Conversas com o público
Além de conhecer a criativa produção de Marcia Gadioli, o público terá oportunidade de participar das conversas abertas. Na abertura da exposição, 20 de setembro, as 17h30, o curador Eder Ribeiro, participará de um bate-papo com o público sobre o processo de desenvolvimento dos trabalhos e as relações entre as obras no conceito curatorial.
No dia 19 de outubro, a partir das 11h, o arquiteto Marcelo Salles abordará as relações entre as obras e o espaço expositivo. E no encerramento da mostra, 31 de outubro, as 17h, será a vez de Marcia Gadioli ter esse contato mais próximo com os visitantes numa troca de informações sobre criação, percepções e olhares.
Serviço
Exposição | Territórios
De 20 de setembro a 31 de outubro
Terça a sexta, das 12h às 18h30, sábados: das 10h às 16h.
Visitas Guiadas: das 10h às 12h ou das 14 às 16h
Período
20 de setembro de 2024 12:00 - 31 de outubro de 2024 18:30(GMT-03:00)
Local
Museu da Imagem e do Som de Campinas
Rua Regente Feijó, no 859 - Centro, Campinas - SP
Detalhes
Encantado pelas imagens desde que ganhou a primeira câmera fotográfica, aos oito anos, Thomaz Farkas (1924-2011) construiu horizontes de quem vê além, seja na fotografia, no cinema ou nos negócios.
Detalhes
Encantado pelas imagens desde que ganhou a primeira câmera fotográfica, aos oito anos, Thomaz Farkas (1924-2011) construiu horizontes de quem vê além, seja na fotografia, no cinema ou nos negócios. Explorar luz e sombra, perceber beleza e humanidade estão entre as peculiaridades do olhar de Farkas. O Museu da Imagem e do Som do Ceará, instituição que integra a Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará, com gestão parceira do Instituto Mirante de Cultura e Arte, realiza a exposição Thomaz Farkas – a beleza diante dos olhos, cuja abertura será no dia 21 de setembro de 2024, às 18h, na praça do MIS.
A exposição propõe espaços diversos para contar sobre a vida de quem olhou com atenção e curiosidade para o país e para o povo que o acolheram. Com curadoria de Simonetta Persichetti e Rubens Fernandes Junior, o momento celebra o centenário de Farkas. Nascido na Hungria e apaixonado pelo Brasil, foi um dos nomes mais conhecidos na fotografia brasileira da segunda metade do século XX. Durante a abertura, estarão presentes os curadores, o diretor de cinema Lauro Escorel, além do fotógrafo e filho de Thomaz, João Farkas.
Por meio do trabalho como fotógrafo, diretor e produtor cinematográfico, Farkas procurava descobrir a beleza onde ela estivesse. Foi dentro desse universo que desenvolveu e praticou a singularidade de sua arte. “Fotografar é olhar e recordar”, disse Thomaz, em entrevista gravada em 2006. Ao ser perguntado se o Brasil retratado por ele durante a inauguração de Brasília, em abril de 1960, havia mudado muito, meio século depois, respondeu: “Não, porque eu vejo com o coração. Eu vejo pelo que me entra assim pelo coração”.
Para a curadoria, a linguagem de Thomaz Farkas está na fronteira entre a fotografia considerada clássica e a fotografia moderna ao buscar novas formas de visualidade e criar um modo próprio de fotografar. Um dos pioneiros e um dos principais expoentes da fotografia no Brasil, Farkas é reconhecido por sua produção fotográfica, tendo realizado exposições nos mais importantes centros culturais e museus do Brasil e do exterior, e também por sua vasta e inovadora produção cinematográfica, que se tornou conhecida como “Caravana Farkas”.
“Conhecer o Brasil através dos olhos dele é uma experiência sempre enriquecedora. Um olhar atento, imagens que nos aparecem demonstrando o que nossos olhos sozinhos, ou desacostumados a ver, seriam incapazes de perceber. O que mais fascina em suas fotografias é a sensação do divertimento, como se a descoberta do invisível fosse uma grande brincadeira para Farkas, como se ele ficasse feliz em poder nos ofertar a cada imagem um detalhe que nos surpreenda”, apresentam os curadores, que conviveram e aprenderam com ele.
O MIS destaca a relevância de realizar esta exposição no mês em que Farkas completaria cem anos. “O Museu da Imagem e do Som do Ceará tem a honra de realizar a exposição Thomaz Farkas – a beleza diante dos olhos no centenário de um profissional que se tornou referência para a cultura imagética no Brasil. Farkas também abriu caminhos por onde muitos outros profissionais da fotografia e do cinema puderam seguir. É uma grande oportunidade para que mais cearenses possam conhecê-lo”, disse o diretor do MIS CE Silas de Paula.
Serviço
Exposição | Thomaz Farkas – a beleza diante dos olhos
De 21 de setembro a 21 de novembro
Quarta e quinta, das 10h às 17h30, sexta a domingo, das 13h às 19h30
Período
21 de setembro de 2024 10:00 - 23 de outubro de 2024 17:30(GMT-03:00)
Local
Museu da Imagem e do Som do Ceará
Avenida Barão de Studart, 410 , Meireles, 60120-000, Fortaleza, CE
Detalhes
A Galeria Alma da Rua II inaugura a exposição Vida Lúdica, primeira individual de Bruno BIG em São Paulo. Sob curadoria de Tito Bertolucci e Lara Pap, a mostra celebra
Detalhes
A Galeria Alma da Rua II inaugura a exposição Vida Lúdica, primeira individual de Bruno BIG em São Paulo. Sob curadoria de Tito Bertolucci e Lara Pap, a mostra celebra os 18 anos de carreira do artista, destacando sua trajetória marcada pela street art e pela diversidade de temas que acompanham sua vida pessoal e artística. A exposição está aberta ao público até 23 de outubro de 2024.
Bruno BIG, conhecido por suas composições com linhas fluidas, cores vibrantes e gestualidade marcante, traz em Vida Lúdica, uma seleção de aproximadamente 20 obras, entre telas, aquarelas, desenhos e esculturas. A mostra reúne uma miscelânea de temas recorrentes na trajetória do artista, como a natureza, o esporte, os corpos e as paixões. Segundo Bruno, a escolha do título reflete a leveza e a desconstrução dos símbolos que marcam sua obra, conectando a arte com sua vivência pessoal e suas experiências de vida.
O local escolhido para o evento é de forte importância para Bruno BIG. Desde o início, o artista visitava o Beco do Batman, ponto de referência para a street art em São Paulo, e onde absorvia inspirações para suas criações. Para ele, esse é um local que simboliza a transformação da arte de rua e sua integração com a paisagem urbana e cultural da cidade. “Quando comecei a pintar em 2006, eu procurava os muros pintados nas cidades por onde passava. São Paulo sempre foi um destino certo, e o Beco do Batman foi um dos primeiros locais que me marcaram profundamente”, afirma o artista.
O processo criativo de Bruno BIG se destaca pela versatilidade. Ele alterna técnicas e suportes, indo do design gráfico à arte urbana, da aquarela à escultura. Em Vida Lúdica, o público terá contato com trabalhos que remetem à sua infância e ao começo de sua trajetória artística, com desenhos de lápis de cor e aquarelas, além de obras que trazem sua técnica mais atual, como o muralismo; também apresentará esculturas inéditas, expandindo ainda mais os limites de sua pesquisa artística.
A mostra reflete o desenvolvimento do artista ao longo dos anos. Depois de uma mostra individual em Nova York, centrada nos biomas brasileiros, Vida Lúdica amplia os temas, trazendo à tona outras facetas de sua obra, sempre marcadas por uma mensagem visual positiva. “Busco sempre cativar o olhar do observador com minhas composições, independentemente do tema”, explica o artista.
Bruno BIG é graduado em Comunicação Visual e pós-graduado em História da Arte e Arquitetura no Brasil pela PUC-Rio. Ao longo de sua carreira, desenvolveu projetos colaborativos com marcas como Nike, Heineken e Red Bull, além de levar sua arte para cidades como Paris, Nova York, Beijing e Amsterdã. Reconhecido por sua forte identidade visual, Bruno se destaca como um artista multidisciplinar, explorando diferentes meios e técnicas, sempre com uma linguagem própria. Vida Lúdica é uma oportunidade única de apreciar a obra de um dos principais nomes da street art contemporânea, em sua primeira exposição solo na capital paulista.
Serviço
Exposição | Vida Lúdica
De 21 de setembro a 23 de outubro
Segunda a domingo, das 10h às 18h
Período
21 de setembro de 2024 10:00 - 23 de outubro de 2024 18:00(GMT-03:00)
Local
Galeria Alma da Rua II
Rua Medeiros de Albuquerque, 188 – Beco do Batman, Vila Madalena, São Paulo - SP
Detalhes
Alex Červený (1963, São Paulo, SP, Brasil) inaugura sua nova individual, Orbis sensualium pictus, na Millan, com curadoria de Ivo Mesquita. Apresentando um conjunto de mais de vinte pinturas recentes,
Detalhes
Alex Červený (1963, São Paulo, SP, Brasil) inaugura sua nova individual, Orbis sensualium pictus, na Millan, com curadoria de Ivo Mesquita. Apresentando um conjunto de mais de vinte pinturas recentes, além de uma dupla de aquarelas do acervo do artista, a exposição é nutrida por uma miríade de narrativas, de clássicas a contemporâneas, que trazem reflexões sobre a condição humana na Terra, a relação com outros seres e os impasses ambientais.
A prática de Červený é marcada pelo emprego de múltiplas técnicas e suportes, mas sempre teve seu alicerce no desenho e na obra sobre papel. Esse aspecto é notável em sua recente exposição panorâmica na Estação Pinacoteca, em São Paulo, intitulada Mirabilia, que abrangia três décadas de sua produção. Orbis sensualium pictus, porém, é a primeira de sua carreira dedicada quase exclusivamente à pintura sobre tela. Nesta, que é também sua primeira individual na Millan, ele reúne um conjunto de mais de vinte pinturas inéditas, incluindo pequenos e médios formatos, além de um trio de grandes dimensões, com uma tela que atinge 4m de largura.
A diversidade narrativa é um traço marcante das obras do artista. Suas pinturas reúnem referências a diferentes universos — da literatura, da música e de suas próprias memórias — em cenas repletas de personagens e textos minuciosamente caligrafados, que ao serem exibidas em conjunto, resultam elas mesmas em novas narrativas. Não à toa, o título da mostra, Orbis sensualium pictus, é retirado de um livro didático do século XVII, frequentemente traduzido do latim como “O mundo sensível em imagens.”
“Alex Červený é um grande contador de histórias. Ao longo da carreira, sua prática artística vem constituindo uma obra feita de mapas, paisagens, retratos, relatos de viagens, permeados de mitos, heróis, trágicos, sátiros, aventureiros, deuses, ninfas, santos e rainhas”, descreve o curador Ivo Mesquita no texto da exposição. “A partir de sua experiência pessoal e de seu tempo, a figuração narrativa de suas criações nos conduz, com pinturas, desenhos e gravuras, por viagens imaginárias na superfície do papel ou da tela, a coleta paciente, amorosa, por extensos repertórios.”
Atingir essa riqueza de detalhes, que preenche as pinturas com acontecimentos vibrantes, no entanto, demanda tempo. Born This Way (2019–2024), por exemplo, levou alguns anos para ser concluída. De fato, para Červený, o processo é tão importante quanto o produto final e, naturalmente, ele volta a trabalhar em certas obras com intervalos de meses ou mesmo de anos.
Outra tela que atesta o preciso e zeloso trabalho do artista é As Lusíadas (2024). Sua maior pintura até o momento (medindo 270 x 400 cm), levou mais de um ano para ser concluída e é “um mergulho no universo feminino através do glossário das personagens citadas por Camões nos Lusíadas”, conforme explica o artista. A obra dá continuidade a uma série de telas de grande formato que o artista tem realizado desde 2018, inicialmente comissionadas pela Fondation Cartier pour l’art contemporain para exposições em Paris, Xangai e Milão, e mais recentemente, pela 15ª Bienal de Gwangju, inaugurada em setembro na Coreia do Sul.
Outro ponto de virada na trajetória do artista foi notado pelo curador durante os preparativos para a exposição na Millan. “Os trabalhos reunidos na presente exposição apontam para um outro momento na produção de Červený. Se em obras anteriores experimentávamos um tempo elíptico, entre presente e passado, com as imagens e referências que empregavam, o tempo agora parece suspenso”, escreve Mesquita. “Com uma atmosfera rarefeita, onírica, estes trabalhos trazem um olhar mais introspectivo, reflexivo do artista sobre sua condição humana, seu momento e seu lugar.”
Esse sentimento aparece de forma mais evidente na pintura Náufrago (2023-2024). A imagem de um homem isolado em uma ilha sugere leituras que vão desde o foro íntimo até as mudanças causadas pela catástrofe climática. “Não se trata apenas da solidão. É também sobre uma limitação territorial, sobre o aperto que começamos a experimentar no planeta em que vivemos”, afirma o artista.
Serviço
Exposição | Orbis sensualium pictus
De 21 de setembro a 26 de outubro
Segunda a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 11h às 15h
Período
21 de setembro de 2024 10:00 - 26 de outubro de 2024 19:00(GMT-03:00)
Local
Galeria Millan
Rua Fradique Coutinho 1360/1430 São Paulo Sp
Detalhes
Neurociência e Arte dialogam na exposição “Bosque Neural”, da artista Janaina Mello Landini, em cartaz na Zipper Galeria. Com texto curatorial de Ana Carolina Ralston, a mostra reúne obras que
Detalhes
Neurociência e Arte dialogam na exposição “Bosque Neural”, da artista Janaina Mello Landini, em cartaz na Zipper Galeria. Com texto curatorial de Ana Carolina Ralston, a mostra reúne obras que promovem uma interpretação artística das paisagens microscópicas do cérebro humano.
As obras são inspiradas nas pesquisas da artista sobre o trabalho do neurocientista Santiago Ramón y Cajal, considerado o pai da neurociência. No final do século 19, Cajal utilizou a técnica de Golgi para observar e desenhar detalhadamente as células cerebrais, revelando pela primeira vez os chamados “bosques neurais” – redes de células que compõem o córtex cerebral. A partir desse referencial, Janaina Mello Landini explora as conexões invisíveis presentes tanto no cérebro quanto na natureza, e se debruça sobre as complexas redes de sinapses e impulsos nervosos para criar uma série de obras que remetem às estruturas neurais e à paisagem de uma floresta.
Descrito por Cajal como um “mundo misterioso, fascinante e mágico”, esse universo científico serve como base conceitual para a nova série de trabalhos de Janaina. A artista traduz a complexidade do funcionamento da mente humana em sua poética, revelando, como lâminas de laboratório, as interconexões das células que a compõem.
“A série não é apenas uma exploração visual, mas também uma reflexão filosófica sobre a individualidade e o conceito de “um”, não uma entidade estática, mas algo em constante evolução, moldado tanto pelas complexas redes neurais que regem nossos pensamentos quanto pelas possibilidades emergentes de um mundo cada vez mais tecnológico.” – Ana Carolina Ralston, curadora
Além das telas, a série “Bosque Neural” apresenta trabalhos tridimensionais, como esculturas feitas de fios metálicos que parecem flutuar no espaço, sugerindo a leveza das copas das árvores ou a fluidez das sinapses cerebrais. A artista utiliza sua técnica icônica de Ciclotramas, que consiste na criação de tramas cíclicas que, a partir de algoritmos matemáticos, se expandem e afunilam, criando uma metáfora visual para a expansão infinita do pensamento e da vida.
Serviço
Exposição | Bosque Neural
De 21 de setembro a 01 de novembro
Segunda a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 11h às 17h
Período
21 de setembro de 2024 10:00 - 1 de novembro de 2024 19:00(GMT-03:00)
Local
Zipper Galeria
R. Estados Unidos, 1494 Jardim America 01427-001 São Paulo - SP
Detalhes
Com texto crítico de Agnaldo Farias, a exposição parte de impasses atrelados às tensões entre inventividade e automação, esgarçando perguntas quanto aos processos de construção digital da imagem plástica e
Detalhes
Com texto crítico de Agnaldo Farias, a exposição parte de impasses atrelados às tensões entre inventividade e automação, esgarçando perguntas quanto aos processos de construção digital da imagem plástica e de exercícios de repetição e saturação ensaiados por modelos artificiais. Ao se envolver em tramas algorítmicas alusivas aos mapeamentos frenéticos que reordenam o papel autônomo da escolha em nome de percursos enviesados, Marcela se volta ao preâmbulo desses circuitos e coloca em xeque a própria lucidez que conduz a fantasiosa cisão entre real e digital enquanto paralelo de realidade e ficção. Já afrouxadas as distinções, os maniqueísmos caducam e a realidade, para a artista, esbanja o movimento contrariado de certo desajuste bem resolvido que desaba essas convenções.
Se o grid, enquanto estrutura vital da arte moderna, aponta para direções opostas de compreensão — da pretensa purificação do tableau na sua relação com o mundo, por um ângulo, que o tornaria um todo em si mesmo e, por outro lado, como parte de uma totalidade maior da qual ele se edifica enquanto fragmento de relações mais amplas —, Marcela parece recorrer sempre a trabalhos que se constituem enquanto unidades integrantes do mundo. Seja na tridimensionalidade falseada garantida pela série Quanta, que soa como um trocadilho às narrativas teleológicas do plano que deram chão a todo um setor da crítica de arte modernista, ou nos stills tridimensionais baseados em vídeos montados num espaço digital e inteiramente planar, de Meio da Jornada, os trabalhos exercitam algo de uma vocação entrópica que desorienta os termos dados. Afinal, em que medida ainda há algum sentido em especular sobre a realidade sem pensar o espaço digital enquanto campo ativo da sua integridade? E até que limite as convenções modernas ainda dão conta do discurso sobre arte?
Segundo Agnaldo, no texto crítico da mostra, “as obras apresentadas por Marcela Crosman, extraídas a partir de especulações sobre gráficos, diagramas, mapeamentos, varreduras, circuitos, somadas as múltiplas possibilidades abertas por programas de Design Generativo, programas voltados ao desenvolvimento de modelos paramétricos, têm a ver com a imaginação. Dizem respeito a expressão, à subjetividade da artista e a plasticidade do pensamento abstrato, deles não se deve procurar rebatimento no real, como se um mapeamento com pretensões de fidelidade ao objeto mapeado. O que está em jogo é a exploração da natureza dessa linguagem, exercício conectado com as circunvoluções, meneios, tateios envolvidos na expansão da linguagem, nas traduções ocorridas, no lento processo dispendido na sua depuração”.
Serviço
Exposição | Dados, mapeamentos e circuitos expressos
De 21 de setembro a 01 de novembro
Segunda a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 11h às 17h
Período
21 de setembro de 2024 10:00 - 1 de novembro de 2024 19:00(GMT-03:00)
Local
Aura Galeria
Rua da Consolação, 2767. Jardins, São Paulo - SP
Detalhes
O FONTE inaugura a mostra “Mar Revolto, Romã”, segunda individual da artista Daniela Eorendjian Torrente, apresentando trabalhos realizados ao longo dos últimos sete anos. A forma carregada de
Detalhes
O FONTE inaugura a mostra “Mar Revolto, Romã”, segunda individual da artista Daniela Eorendjian Torrente, apresentando trabalhos realizados ao longo dos últimos sete anos. A forma carregada de sentimentos ao mostrar a arte confere a Daniela, neta de sobreviventes, um papel fundamental na representação da construção das identidades das famílias vítimas do Genocídio Armênio (caracterizado por deportações em massa, massacres e outras formas brutais de violência) ao chegarem ao Brasil, assim como de seus descentes. A curadoria é de Nino Cais e o texto crítico da artista visual e escritora Cassiana de Haroutiounian.
Movida pelas lembranças e ciente da importância dos retratos no resgate à história, Daniela propõe uma reflexão sobre o papel feminino, enquanto pilar de estrutura da família armênia, na guarda e propagação da memória e cultura deste povo. Questões como a interrupção da vida cotidiana, o impacto na vida das mulheres em situação de refúgio e suas descendentes, expandindo para temas como a construção da identidade, o apagamento, o preconceito, a opressão, a fé religiosa, a reorganização social e o não pertencimento constituem vertentes importantes em sua pesquisa.
A mostra conta com fotografias, pinturas, costuras, instalações e vídeo, discute o papel importante dessas mulheres dentro do processo de partida e chegada em uma nova terra, em suas diversas regiões, e de sua construção interna e busca pelas suas raízes. “Cresci ouvindo as histórias da guerra e como a família conseguiu fugir, quem ficou no caminho, como se separaram para sobreviver e como se reuniram para vir para o Brasil. Depois de escutar histórias das mulheres da família e da comunidade, no Brasil e na Argentina, tantos relatos parecidos, identifico em mim memórias reais e memórias construídas, todas igualmente válidas e potentes.”, afirma Daniela Torrente.
Serviço
Exposição | Mar Revolto, Romã
De 21 de setembro a 12 de outubro
Quintas e sextas das 14h às 19h Sábados, das 11h às 17h
Período
21 de setembro de 2024 14:00 - 12 de outubro de 2024 19:00(GMT-03:00)
Local
Residencia Fonte
Rua Mourato Coelho 751, Vila Madalena, São Paulo - SP
Detalhes
Entre os dias 25 a 29 de setembro, a cidade de São Paulo é o cenário para a primeira edição da Miacena – Mostra Internacional de Artes Cênicas em Espaços Não Convencionais e Alternativos,
Detalhes
Entre os dias 25 a 29 de setembro, a cidade de São Paulo é o cenário para a primeira edição da Miacena – Mostra Internacional de Artes Cênicas em Espaços Não Convencionais e Alternativos, ocupando ruas, praças, centros culturais e espaços alternativos. Serão 5 dias de festival com mais de 20 atrações e cerca de 30 exibições.
Idealizado por André Acioli e Dani Angelotti, o festival busca integrar a performance artística ao ambiente ao seu redor. A curadoria é realizada por André Acioli, Celso Curi, Elisa Volpatto, Gustavo Portugal, Malu Barsanelli, Pedro de Freitas e Wesley Kawai.
Além da programação artística, o evento oferece a Feira Sustentável da Cultura, em parceria com a Feira Preta e Brasil Eco Fashion, onde profissionais de diversos setores podem trazer para a discussão a relação entre cultura e sustentabilidade. Outra atração é o Simpósio MIACENA da Economia Criativa, em parceria com a Planta e PEDAU – Pesquisa e Documentação em Arquitetura e Urbanismo, um espaço de debates e trocas que acontece com a participação de diversos nomes da indústria criativa.
Com a intenção de integrar a performance ao espaço urbano, a mostra visa aprofundar o diálogo entre arte e vida cotidiana, estimulando o público a reconsiderar os limites do teatro. A programação, que conta com mais de 80 artistas, valoriza a diversidade cultural e representatividade de gênero, promovendo uma interação significativa entre os moradores e os visitantes da cidade.
O evento é viabilizado pela Prefeitura de São Paulo, Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, APAA – Associação Amigos da Arte e diversos apoiadores, parceiros e a colaboração entre artistas e profissionais da cultura e da economia criativa.
Serviço
Exposição | Miacena – Mostra Internacional de Artes Cênicas em Espaços Não Convencionais e Alternativos
De 25 a 29 de setembro
Todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças
Período
25 de setembro de 2024 09:00 - 29 de setembro de 2024 20:00(GMT-03:00)
Detalhes
A Ocupação IBORU, em parceria com a Galeria Nara Roesler, vai trazer a exposição do artista Elian Almeida. De 26 a 29 de setembro, em paralelo à Art Rio, entra
Detalhes
A Ocupação IBORU, em parceria com a Galeria Nara Roesler, vai trazer a exposição do artista Elian Almeida. De 26 a 29 de setembro, em paralelo à Art Rio, entra em cartaz a mostra “Bibliografia da Pintura”, com obras do artista Elian Almeida. Durante quatro dias, o movimento criado por Marcelo D2 e Luiza Machado, em 2023, vai unir artes visuais, música e conversa com convidados, fomentando a cultura e ocupando mais uma vez o centro do Rio de Janeiro.
A exemplo do disco homônimo, lançado em junho de 2023, que acaba de ser indicado ao Grammy 2024, a ocupação vem apresentando exposições que convidam o público a entrar no multiverso IBORU, que reúne samba, rap, cinema, artes plásticas, moda, ancestralidade e fé.
Com um olhar voltado para a descolonização, Elian, um dos nomes mais promissores da atualidade, usa a arte para resgatar a história afro-brasileira. A mostra ficará em cartaz de quinta a domingo, com entrada franca. No domingo, dia 29, haverá uma bate-papo sobre arte e criatividade com Elian Almeida, Marcelo D2 e o professor, escritor e compositor Luiz Antonio Simas, com mediação de Luiza Machado, às 16h (sujeito a lotação).
Elian Almeida baseia sua prática na convergência de diferentes linguagens, como pintura, fotografia, vídeo e instalação, tornando-se expoente de uma nova geração de artistas produtores de objetos e imagens que reivindicam protagonismo para agentes e corpos usualmente marginalizados em nossa sociedade e na tradição da arte. Com uma abordagem decolonial, seu trabalho se debruça sobre a experiência e performatividade do corpo negro na sociedade contemporânea. Para isso, ele recupera elementos do passado, imagens, narrativas e personagens – oficiais e extra oficiais -, de modo a contribuir para o fortalecimento e divulgação da historiografia afro-brasileira.
Por um lado, sua pesquisa se debruça sobre biografias de personagens negras que tiveram sua importância apagada pela história, atribuindo-lhes a devida importância. Por outro, o artista volta-se para as violentas abordagens policiais de corpos racializados, revisitando as noções de privilégio, presentes na cultura e sociedade brasileira, assim como denunciando o mito da democracia racial. Em sua série Vogue, em que Almeida se apropria da identidade visual e da estética dessa famosa revista de moda para vincular corpos negros, vemos a convergência dessas diversas linhas de trabalho, levando-nos a questionar sobre os modos como esses sujeitos são representados e postos em circulação na cultura visual brasileira.
Serviço
Exposição | Bibliografia da pintura
De 26 a 29 de setembro
26/9 abertura para o público de 11h às 18h
27/9 galeria aberta ao público de 11h às 19h
28/9 IBORU Sound System com curadoria de Elian Almeida de 10h às 17h
29/9 Um bate-papo sobre arte e criatividade com Elian Almeida, Marcelo D2 e Luiz Antonio Simas com mediação de Luiza Machado às 16h
Período
26 de setembro de 2024 11:00 - 29 de setembro de 2024 18:00(GMT-03:00)
Local
Ocupação IBORU
R. Sete de Setembro, 43 - Centro, Rio de Janeiro - RJ
Detalhes
Desde 2016, o Rato BranKo se consolidou como um espaço de convergência artística e experimentação, promovendo exposições, debates e eventos que misturam diversas expressões culturais. Fundado pelos artistas Raul Mourão
Detalhes
Desde 2016, o Rato BranKo se consolidou como um espaço de convergência artística e experimentação, promovendo exposições, debates e eventos que misturam diversas expressões culturais. Fundado pelos artistas Raul Mourão e Cabelo, o coletivo se estabeleceu na movimentada rua Joaquim Silva, na Lapa, e vem se destacando pela sua abordagem colaborativa e por criar pontes entre gerações e linguagens. Neste dia, o carioca Felipe Abdala (indicado ao Prêmio Pipa) expõe sua série de pinturas “Boca” onde se debruça sobre a ideia de fagia no fazer artístico: as maneiras de comer, o processo alimentício, a mordida e tudo ao redor desse universo, para, a partir disso, produzir esculturas, desenhos, pinturas e performances além de uma imponente instalação site-specific. Por sua vez, o poeta e artista plástico Novíssimo Edgar, vai mostrar uma vídeo-instalação na fachada em frente ao ateliê do Rato BranKo, provocando uma interação entre os pedestres que passam pela calçada com o seu repertório estético. “Festa da arte, arte da festa , onde as línguas e linguagens confluem e as fronteiras se diluem . Quem nunca viu vem ver caldeirão sem fundo ferver”, ressalta Cabelo.
Além das exposições, a banda Mocofaia celebra o pré-lançamento de seu projeto ao vivo. Um trabalho autoral, alicerçado no aprofundamento de camadas de groove. A diversidade de timbres explorada na percussão, teclados, baixos synth e violão, produz uma experiência sonora potente.
O trio é formado pelo percussionista Luizinho do Jêje, o poeta e compositor carioca Sylvio Fraga e o pianista Marcelo Galter. Para completar a atmosfera criativa, os artistas residentes Raul Mourão e Cabelo abrem seus ateliês para visitação, proporcionando uma rara oportunidade de vivenciar seus processos criativos. Encerrando a noite, a programação inclui a performance dos DJs Mary G, Nado Leal e Nepal, permitindo que a arte transcenda as paredes da galeria e invada a rua em um mix de sonoridades e expressões visuais.
“O Rato Branko é um local de encontros e trocas.Uma experiência dedicada à mistura e ao diálogo onde procuramos abrir as portas do nosso espaço para assimilar a energia da cidade/rua e seus personagens. Assim estruturamos nosso projeto lá em 2016. Assim será mais uma vez neste próximo dia 28”, reflete Mourão.
Serviço
Exposição | Rato Branko Apresenta: Os artistas Felipe Abdala, Mocofaia e Novíssimo Edgar +
Raul Mourão + Cabelo + DJs Mary G, Nado Leal e Nepal.
Dia 28 de Setembro
Das 16h até 23h
Período
28 de setembro de 2024 16:00 - 23:00(GMT-03:00)
Local
Rato BranKo
Rua Joaquim Silva, no71 - Lapa - Rio de Janeiro.