Trabalho da artista Ana Hupe. FOTO: Divulgação

Resultado de um projeto mais amplo de pesquisa e colaboração entre artistas de diferentes países do Sul, a exposição Conversas em Gondwana apresenta, a partir do dia 7 de fevereiro no Centro Cultural São Paulo (CCSP), trabalhos criados em parceria por artistas brasileiros e sul-africanos.

Gondwana é o nome do supercontinente que há cerca de 200 milhões de anos reunia as massas continentais do que hoje chamamos América do Sul, África, Antártica, Austrália e Índia. Como explicam as curadoras Juliana Caffé e Juliana Gontijo, “o projeto evoca esse passado geológico distante a fim de intensificar o fluxo de práticas e pesquisas entre artistas, curadores e pesquisadores dessas regiões”.

Para a primeira edição de Conversas em Gondwana formaram-se cinco duplas, sempre com um artista brasileiro e um sul-africano: Aline Xavier e Haroon Gunn-Salie; Ana Hupe e Gabrielle Goliath; Clara Ianni e Mikhael Subotzky; Daniel Lima e Ismail Farouk; e Paulo Nimer PJota e Siwa Mgoboza. A exposição no CCSP apresenta, ainda, uma seção intitulada Arquipélago, com trabalhos de Kemang Wa Lehulere, Penny Siopis, Cinthia Marcelle, Jean Meeran, Thiago Rocha Pitta, Marcelo Moscheta e Renata de Bonis.

Nas palavras das curadoras: “Deste modo comunicacional aliado à invenção estética, talvez possamos entrever algo do que Walter Mignolo chama de ‘pensamento crítico de fronteira’: aquele que parte das epistemologias subalternas e irrompe a geopolítica dominante do sistema-mundo colonial e capitalista para deslocar fronteiras, horizontalizar diálogos e diversificar conhecimentos”.

No próximo sábado, dia 9 de fevereiro, conversas com os artistas abordarão os principais temas tratados na exposição: identidades e representações pós-colonialistas; crise e política; terra e economia; gênero, sociedade e pós-colonialismo; e violência e aprisionamento.

Conversas em Gondwana

De 7 de fevereiro a 7 de abril de 2019

Centro Cultural São Paulo – Rua Vergueiro, 1000

Entrada gratuita

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