Deana Lawson ,"Oath"

“Faz escuro mas eu canto”. Nos versos do poeta amazonense Thiago de Mello está o título da 34a Bienal de São Paulo, que traz novidades em seu funcionamento nesta edição. Apesar da abertura oficial ser apenas em setembro de 2020, algumas ações serão apresentadas no Pavilhão da Bienal a partir de fevereiro. A Bienal também contará com articulação em rede com mais de 20 instituições paulistas, que promoverão exposições integrantes em seus espaços.

A ampliação da rede institucional já havia sido indicada por Jacopo Crivelli Visconti, curador-geral da 34a Bienal, em maio deste ano. À ARTE!Brasileiros, ele comentou que “o desafio para lidar com todos esses públicos é não ser nem hermético, nem excessivamente simples e, ao mesmo tempo, falar de uma maneira direta e honesta com todos eles”. A decisão pela criação dessa rede acompanha uma espécie de linha curatorial, que tem como objetivo destacar as poéticas da ideia de “relação”. No anúncio do título da edição, Visconti afirma que a escolha se deu pois “a 34a Bienal reconhece o estado de angústia do mundo contemporâneo enquanto realça a possibilidade de existência da arte como um gesto de resiliência, esperança e comunicação”.

 

A Bienal terá mostras individuais inaugurais de Ximena Garrido-Lecca (fevereiro), Clara Ianni (abril) e Deana Lawson (julho) e performances de autoria de Neo Muyanga (Maze in Grace), León Ferrari (Palabras Ajenas) e Hélio Oiticica (A Ronda da Morte). Nas individuais, a curadoria prezou por convidar “artistas em meio de carreira de diferentes origens e pesquisas”. As performances selecionadas acompanharão, respectivamente, cada uma das mostras.

As mostras individuais são frutos de parcerias internacionais, sendo a de Ximena uma coprodução com o CCA Wattis (EUA), a de Clara com o CCA Lagos (Nigéria) e a de Deana com Kunsthalle Basel (Suíça). A performance de Muyanga é uma iniciativa conjunta com a Bienal de Liverpool (Inglaterra).


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