Parte do painel 'Eu vi o mundo...ele começava no Recife' de Cícero Dias

Reunindo obras de artistas modernistas de diversos estados do país, a exposição Moderno Onde? Moderno Quando? amplia no tempo e no espaço o legado da Semana de 22, abrangendo tanto seus antecedentes quanto seus desdobramentos. Com curadoria de Aracy Amaral e Regina Teixeira de Barros, a exposição fica em cartaz no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) até 12 de dezembro de 2021.

“Reza o senso comum que a Semana foi um divisor de águas entre o velho e o novo. Entretanto, se nos debruçarmos sobre a produção (artística, musical, arquitetônica, literária) que a antecede – e nos permitirmos considerar outras localidades do país além de São Paulo – encontraremos incontáveis evidências de que ela faz parte de um amplo (e descontínuo) processo que a extrapola, tanto temporal quanto espacialmente”, explicam as curadoras.

Para demarcar o arco temporal da mostra, foi eleito o período da virada do século, em 1900, até a implementação do Estado Novo por Getúlio Vargas, em 1937. O ano de 1900 representa o espírito da Belle Époque, período entre o fim do século 19 e começo do 20 marcado por transformações culturais, artísticas e tecnológicas. Assim, Moderno Onde? Moderno Quando? se divide em três núcleos: os pré-modernistas, as obras e os artistas participantes do evento no Theatro Municipal e os desdobramentos do movimento até 1937.

Segundo Cauê Alves, curador-chefe do MAM-SP, “mais do que uma celebração do centenário da Semana de 22, o museu contribui para a pesquisa e reflexão sobre o que significou esse evento, seus antecedentes e desdobramentos. A exposição certamente irá contribuir para redefinir a importância histórica da Semana de 22 e ampliar a compreensão do modernismo como um acontecimento nacional”.

A arte!brasileiros visitou o MAM São Paulo e conversou com as curadoras na ocasião da montagem da exposição. Confira a entrevista concedida à diretora editorial, Patricia Rousseaux:

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