“O trabalho de Debret não se limita a refletir sobre sua época. Ao contrário, Debret interroga seu tempo ao estabelecer dois ateliês distintos, nos quais produz dois tipos de obras absolutamente diversas”, escreve o pesquisador francês Jacques Leenhardt no livro Rever Debret, publicado neste ano pela Editora 34. O autor se refere ao fato do artista Jean-Baptiste Debret ter chegado ao Brasil em 1816 como parte da Missão Artística Francesa. Sua função era atender encomendas governamentais como pintor da corte luso-portuguesa. No entanto, ao mesmo tempo que realizava essas pinturas no seu “ateliê da corte”, ele também registrava o dia a dia da população do Rio de Janeiro, com desenhos que mostravam a vida de portugueses, indígenas e africanos escravizados. Para estes trabalhos, o artista se sentava na calçada enquanto assistia ao nascimento de uma nação no seu “ateliê da rua”.

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