MAC USP - entrevista com Ana Magalhães
Foto de Elaine Maziero

Quando Ana Gonçalves Magalhães e Marta Bogéa assumiram a direção do Museu da Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP), em julho de 2020, o mundo vivia uma crise humanitária sem precedentes com a pandemia de Covid-19. A vacina ainda estava longe de se tornar uma realidade, assim como era impossível prever quando voltaríamos a sair do isolamento social. 

Para o museu, a solução encontrada naquele momento foram as atividades virtuais, através das quais o MAC USP seguiu ativo e, mais do que isso, se destacou. Chamaram atenção, por exemplo, uma intervenção criativa do artista Gustavo Von Há no Instagram da instituição, que chegou a levantar dúvidas se o perfil havia sido hackeado, além de webinários e ciclos de debate realizados em parceria com museus como a Pinacoteca de São Paulo e o Instituto Moreira Salles. Estas, inclusive, já faziam jus à proposta da gestão de aproximar o MAC USP de outras instituições culturais da cidade.

Com a volta das atividades presenciais e a relativa normalização da vida, as diretoras puderam desenvolver de modo mais efetivo as diretrizes de seu plano inicial: criar um “museu-laboratório”, fomentando a produção educativa e acadêmica – “somos um museu da universidade, muita gente esquece disso” – e ativar o vasto acervo de mais de 10 mil obras modernas e contemporâneas a partir de variadas narrativas, com um olhar mais atento às questões raciais e migratórias, por exemplo. Com este trabalho, o MAC USP ganhou, em 2023, o prêmio da ABCA dedicado à Coleção/Acervo/Conservação/Documentação histórica.

A ex-diretora, que é professora-titular do MAC USP e segue no conselho da instituição, acaba de passar o bastão para José Lira (diretor) e Esther Hamburguer (vice-diretora), que assumiram em julho o museu localizado no Ibirapuera, em prédio de Oscar Niemeyer, e que possui 73 funcionários ao todo. A arte!brasileiros publica em outubro uma entrevista com os novos diretores para falar de seus planos para uma gestão que, como destacam, não pretende romper com o trabalho que estava sendo feito.

Sobre os destaques do período em que comandou o MAC USP, Magalhães aponta a ampliação das atividades de docência e extensão; o fortalecimento do trabalho coletivo, não só nas parcerias entre instituições, mas também nos processos internos do museu (como na mostra de longa duração Tempos Fraturados, que teve seis curadores); o foco multidisciplinar nas atividades; o diálogo com os artistas contemporâneos e as novas doações para o acervo. Ressalta ainda que o museu conseguiu não só retomar o número de visitação anterior à pandemia, de 370 mil em 2019, mas superá-lo, com aproximadamente 410 mil visitantes em 2023.

Leia abaixo a íntegra da entrevista, na qual Magalhães faz um balanço da gestão:

Ana Magalhães
Ana Magalhães. Foto: Martin Brausewetter
arte!brasileiros – Podemos começar em 2020, quando você e a Marta assumem a diretoria, ainda durante a pandemia. Dos quatro anos em que estiveram à frente do MAC USP, aproximadamente a metade decorreu em período de isolamento social. Pode falar um pouco de como foi esse desafio inicial e quais as estratégias de trabalho que vocês adotaram?

De fato, naquele momento imaginávamos que passaríamos seis meses em casa e que depois tudo estaria resolvido. Mas não foi assim. Então foi bem difícil lidar com essa situação. Mas eu acho também que em certo aspecto o museu ganhou, no sentido de pensar em outras estratégias de comunicação com o público. Nós fizemos uma programação e um conjunto de ações para testar estratégias como, por exemplo, uma série de conversas online sobre as exposições que deveriam ter entrado em cartaz – e entraram mais para a frente –, reunindo os curadores e artistas envolvidos e já adiantando algo para o público, mostrando que o museu continuava a trabalhar. Nós fizemos também um primeiro webinário de processos curatoriais que a gente chamou de Rede São Paulo, no qual conversamos com colegas de várias instituições dentro e fora da USP ao longo de quase dois meses de programação. 

E aí eu chamaria a atenção para duas ações que foram bem destacadas para o museu nesse período. Uma foi ter convidado o artista Gustavo von Ha para fazer uma intervenção no Instagram do MAC USP, o que já era parte dos processos da proposta dele para exposição Lugar Comum, que depois entrou em cartaz. Isso resultou na doação da primeira obra NFT para o museu, o que traz uma discussão bem importante justamente sobre a paralisação dessa bitcoin, da inserção dessa criptomoeda dentro do acervo de um museu. E o Gustavo é, do nosso ponto de vista, um artista que soube muito bem lidar com as questões das redes sociais. Ele levou as experiências que fazia com perfil dele no Instagram para o perfil do MAC USP, o que foi um ganho para o museu. Da noite para o dia nós explodimos e tivemos um alcance para pessoas que jamais teriam começado a nos seguir não fosse isso. Para o público foi uma surpresa, mas foi uma coisa muito alinhada com a instituição e com a comunicação do museu. 

E eu acho que a outra coisa que deu uma certa projeção para o MAC USP foi o fato de termos nos unido à Pinacoteca e ao IMS e organizado, ao longo de todo o ano de 2021, um ciclo de encontros virtuais sobre 1922 e a semana de arte moderna, o que resultou em 1922: Modernismos em Debate, que hoje está disponível na plataforma do YouTube das três instituições. É um material precioso, que foi bastante acessado, que foi importante para nós pela possibilidade de reavaliar 1922. E trazer, assim, um conjunto importante de conversas e temas que tinham atravessamentos bem interessantes. No fim, o ciclo foi premiado pela revista Select em 2022, o que foi super bacana.

Aos poucos a vida foi normalizada, digamos assim, com a volta das exposições, das atividades presenciais, das aulas na USP. Então pensando em um balanço mais geral da gestão, quais foram os principais eixos de atuação e os principais avanços que você considera que foram alcançados?

Acho que a primeiríssima coisa é a gente se reconhecer como um museu universitário, de fato. Nós somos uma interface importante da USP para fora dos muros da universidade, mas desde o começo tínhamos bastante consciência de que a função acadêmica do museu é aquela que norteia, digamos, todas as atividades do museu e todo o seu programa curatorial. O museu tem que produzir um documento como unidade de ensino, pesquisa e extensão da Universidade de São Paulo, que chamamos de projeto acadêmico. Inclusive ele agora está sendo reformulado, acabamos de submeter o novo projeto acadêmico com uma série de diretrizes para os próximos quatro anos, que entendemos ser um desdobramento do que já fizemos até agora. E eu acho que a principal informação, o principal aspecto que para nós era muito importante, era de marcar esse lugar do MAC USP, que é um lugar excepcional na cidade de São Paulo, de entender que nós somos um museu-escola, um museu-laboratório, um espaço de formação em todos os níveis. Pensando não só a mediação dos públicos gerais, dos públicos que não são necessariamente especializados, mas a formação de profissionais e a formação de pesquisadores que atuam no museu, justamente fazendo essa mediação com os públicos do MAC USP. Quer dizer, nós somos um museu da Universidade de São Paulo. Muita gente esquece isso…

Talvez por ele não estar dentro da cidade universitária?

Sim, mas o Museu do Ipiranga também não está, por exemplo. Eu acho que tem a ver com o fato dele ser um museu de arte. E que nasce da transferência de uma coleção que veio de fora da universidade para dentro dela. Bom, a partir dessa ideia de que somos esse museu-escola, laboratório, o MAC USP ampliou muito a participação de alunos de graduação em várias atividades. Nós já tínhamos um contingente razoável de bolsistas que atuavam no educativo e em projetos de pesquisa, mas isso se ampliou consideravelmente nos últimos anos. Neste último ano nós tínhamos 56 bolsistas estagiários trabalhando em vários setores que eram as atividades-fim do museu. Ligados à curadoria, à produção de exposições, à comunicação, à educação, à pesquisa, junto ao acervo do museu, ao laboratório de conservação, à seção de catalogação. E tentamos dar mais visibilidade para isso. 

Outro aspecto importante, que também se agrega ao ímpeto e à atitude que nós tivemos em relação à crise humanitária que estávamos vivendo – aliás, nós estamos vivendo ainda –, foi justamente o trabalho em colaboração com outras instituições. Isso nós fizemos com o ciclo 1922: Modernismos em Debate, como eu disse; em relação à nossa participação na mostra da Regina Silveira junto à 34ª Bienal de São Paulo; e com iniciativas que tivemos com o MAM-SP, que nós já tínhamos tido uma colaboração em 2018, quando o MAM comemorou 70 anos. Tivemos um desdobramento nisso na exposição Zona da Mata, que acontecia nos dois espaços e, agora, não é à toa que receberemos o 38º Panorama da Arte Brasileira (a partir de 5/10). Tudo isso vem desse raciocínio, desse trabalho colaborativo, e isso nos ajuda também a reavaliar a nossa relação com essas instituições irmãs, que são mesmo uma família de instituições.

Então é fundamental explicitar que o programa curatorial, sobretudo o trabalho de curadoria do museu, é um trabalho coletivo. Acho que essa foi outra marca bem importante da gestão. E não só por essas iniciativas de parcerias com outras instituições, mas também pensando, por exemplo, que a nova exposição de longa duração do museu – que é onde a cada cinco anos revemos a apresentação das nossas coleções para o grande público – foi feita em um processo ainda mais coletivo do que já era antes. Dessa vez atuaram seis curadores com um comitê consultivo curatorial e com suas especialidades para nos ajudar a reavaliar o acervo. E esse modo de trabalhar termina, por exemplo, com as equipes do museu, sobretudo de produção, conservação, documentação, educação e comunicação, atuando sob a coordenação da Marta na exposição Acervo Aberto, que abriu logo após o final da nossa gestão, mas que foi toda pensada ao longo do último período dela.

Por fim, penso que outro projeto que teve muita visibilidade foi o que curamos para o espaço da Clareira, que conseguimos organizar sempre nos segundos semestres, entre 2021 e 2023, e que envolvia a ocupação daquele vão mais alto, de pé direito duplo, no térreo do museu. Primeiro com uma instalação de artes visuais, com a exposição dos trabalhos do Angelo Venosa, que foi a última individual que ele fez antes de falecer. E com um conjunto de ações que aconteciam toda semana ao longo do semestre e que convidava escritores, dramaturgos, cineastas, bailarinos, performers e atores para apresentar alguma coisa naquele contexto. Isso foi bem interessante porque já havia um desejo muito grande do museu de ter espaço para outras formas de manifestação artística e isso só tinha acontecido muito timidamente, com um programa de música para o museu. E isso naquele lugar da Clareira – o que é devido integralmente ao raciocínio de arquiteta da Marta –, nessa porosidade do espaço, no térreo, na entrada, no espaço de acolhimento do museu, em que todas essas formas de manifestação artística se encontrassem. Enfim, foi um desafio para nós, porque isso era novo no museu, mas foi muito bem sucedido, no sentido de trazer essas outras vozes para o MAC USP e também de nos ajudar a reavaliar o programa curatorial do museu, a rever a coleção e entender também a relação do museu com o chão da cidade, a relação dele com o parque.

No ano passado o MAC USP recebeu da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) o Prêmio Emanuel Araújo, destinado ao reconhecimento de coleção, acervo, conservação e documentação histórica. O prêmio ressalta o tamanho e importância do acervo do museu e o trabalho que é feito com ele. A partir disso, gostaria que você falasse um pouco sobre esse trabalho constante de salvaguarda e ativação de um dos mais importantes acervos de arte moderna e contemporânea do Brasil. Como foi esse trabalho na gestão de vocês? 

Em nome do MAC USP, nós ficamos de fato muito sensibilizados com o prêmio. Porque é lógico que o acervo já é conhecido como um grande acervo brasileiro, mas a premiação reconhece, mais do que isso, o trabalho feito pelas equipes do museu com este acervo. Porque os acervos não falam sozinhos. Eles precisam de gente, de projetos de pesquisa, de colaborações, de pesquisadores, de cabeças pensantes para ativá-los. Então eu acho que existe aí um reconhecimento da produção acadêmica do museu na difusão do seu acervo. 

E isso se dá por ferramentas como, por exemplo, as duas grandes parcerias internacionais que fizemos. Uma com a Getty Foundation (EUA), em um projeto chamado Connecting Art Histories, que em 2021 resultou em um webinário de pesquisa com estudantes de pós-graduação, do qual saiu uma primeira revisão do acervo do MAC USP. No contexto daquele seminário convidamos três curadores – o Igor Simões, a Diane Lima e o Claudinei Roberto – para visitar o acervo do museu e reavaliá-lo, digamos assim. Eles foram puxando listas de leituras possíveis, por exemplo, dentro de um contexto de questões afro-diaspóricas, de racialidade, que a gente até então não tinha propriamente uma especialidade para ver. E, para além disso, a colaboração do Igor e do Claudinei foi longeva com o museu. 

E o outro projeto internacional importante, que são na verdade dois projetos combinados, foi o com a Terra Foundation for American Art, com quem nós já tínhamos tido uma parceria para a realização de uma exposição em 2019. Dessa vez foi uma parceria de apoio a uma disciplina de pós-graduação em Estética e História da Arte, em que questões da diáspora africana, da arte indígena e das migrações são tratadas num estudo comparativo entre Brasil e Estados Unidos – mas que se amplia para o mundo, pois estamos falando das Américas em relação ao Atlântico, à África e à Europa. E trouxemos colegas do mundo inteiro para dar aulas – só no último semestre tivemos 11 convidados internacionais. E há outro projeto com a Terra que é o do Collection-in-Residence, que é a coleção da Terra em residência no MAC USP. E a seleção nasce justamente das trocas com esses pesquisadores, dentro da coleção da Terra, que vai ficar dois anos em cartaz no museu, sendo mobilizada através de cursos de extensão, disciplinas de graduação e de pós-graduação. E que, ao mesmo tempo, nos leva a pensar em ter outras coleções residentes no museu. 

Pensando ainda no acervo, há uma nova exposição abrindo agora, Experimentações Gráficas, que é feita a partir da doação de uma nova coleção para o museu. Isso acontece com regularidade? Como tem funcionado esse aspecto das doações, aquisições, ou seja, da incorporação de novas obras ao acervo do MAC USP?

Historicamente, o MAC USP é um museu que foi feito de grandes doações, sendo os artistas os principais atores nessa história. Porque eu acho que o MAC USP tem essa reputação de ser um museu dos artistas e um museu da memória dos artistas. A mostra Experimentações Gráficas nasce da doação de um conjunto de 82 objetos, que são publicações, livros, revistas ilustradas, que foram selecionadas a partir do trabalho de uma pós-doutoranda minha, a Renata Rocco, que é uma das curadoras da mostra, que fez essa seleção dentro da coleção Ivani e Jorge Yunes. E a coleção doou essas obras para o museu no ano passado. Isso é fruto de um trabalho que não nasceu ontem, porque a Renata fazia parte de um grupo de pesquisa no qual, desde 2018, com a presença de outra pós-doutoranda, a Patrícia Freitas, nos dedicamos a entender a arte nesse campo expandido das artes aplicadas.

Nessa chave organizamos três mostras. A primeira foi Projetos para um cotidiano moderno no Brasil, 1920-1960, que era só acervo do MAC USP com alguns empréstimos pontuais para iluminá-lo. E dessa exposição nasce nossa retomada de conversa e negociação com o casal Leirner para a doação da coleção de art déco, que aconteceu em 2020 e resultou em uma importante exposição em 2022/2023. E isso para o museu foi uma coisa inédita, quer dizer, receber o mobiliário da Casa Modernista do Warchavchik, ter as poucas peças têxteis da Regina Gomide Graz que estão em acervo público no Brasil… acho que só nós temos peças fundamentais. Por exemplo, Mulher com Galgo, que é, como diz minha colega Ana Paula Simioni, uma das grandes obras do modernismo brasileiro dos anos 20. Então, isso é superimportante. E Experimentações Gráficas também vem nessa chave. 

Então eu diria que uma preocupação do museu foi de tentar, primeiro, entender outras perspectivas de colecionismo. Então, todo o debate em torno das diásporas africanas, que veio desde o projeto do Getty, em 2021, resultou também em doações importantes de artistas negros brasileiros para a coleção, como o Sidney Amaral e o Sérgio Adriano. Houve também a doação que aconteceu em 2023 de uma obra do Denilson Baniwa. E nós entendemos também que a chegada da Fernanda Pitta como professora do museu, em 2022, vai trazer outras possibilidades de doação nessa chave.

É interessante falarmos destes artistas mais contemporâneos porque, por vezes, quando se pensa em acervo de museus se imagina uma coisa de obras antigas. Então eu gostaria de te perguntar como foi esse diálogo, seja em exposições, editais ou aquisições, com os artistas mais jovens, ou enfim, que surgiram mais recentemente na cena artística. Houve também essa preocupação durante estes anos?

Eu acho que sim. Isso estava explícito no programa da Clareira; era muito claro também nos processos da mostra Lugar comum; e isso está agora no programa de exposições temporárias que o museu recebe, que são propostas externas que o MAC USP seleciona para exibir. E é também muito evidente em um edital para jovens artistas que nós temos desde 2020, e que está agora na terceira edição. Com ele selecionamos exposições, três propostas de artistas que não tiveram a oportunidade de fazer, nos últimos anos, nenhuma exposição individual em um museu de São Paulo. 

Para finalizar, queria saber como foi a transição da gestão, agora com o José Lira e a Esther Hamburger. É um projeto de continuidade, não de rompimento. Pode falar um pouco desta transição e de quais você acha que são os principais desafios que ficam para eles nesse momento?

Quando eles apresentaram o programa, eles mesmos o fizeram como uma carta de intenções respeitando o projeto acadêmico do museu. O que é muito importante para nós porque, como unidade de ensino, pesquisa e extensão da USP, nós somos um instituto como qualquer outra unidade da universidade. Então nós temos que ter uma vida, enfim, em continuidade. Nós recebemos alunos, temos programas de pós e assim por diante. E acho que a chegada do José Lira e da Esther Hamburger vem só a somar com as questões que o museu vem colocando. Na carta de intenções, que apresentaram na candidatura, falam de um colégio das artes. Eu imagino que o professor José Lira vai discorrer melhor sobre isso com você.

E na nossa leitura isso tem uma ressonância com uma intenção do museu de ser esse espaço de um debate interdisciplinar sobre várias questões. Então, por exemplo, uma das coisas que eles vão certamente nos apoiar muito é num grande projeto que nós temos em vigor agora, um projeto grande que nós ganhamos da FAPESP no ano passado, que é para a instalação de um laboratório de ciência do patrimônio. Para isso, estamos com Márcia Rizzutto, uma colega da física nuclear, que contribui conosco há mais de 15 anos em projetos de pesquisa, como professora em vinculação com o museu para montagem desse laboratório e isso nos coloca em rede com outras sete unidades da USP (como Poli FAU, FFLCH e os museus Paulista e de Arqueologia e Etnologia) para debater questões da conservação em uma perspectiva interdisciplinar. Montar esse laboratório que, quando estiver estruturado, vai poder prestar serviços a outros museus de São Paulo, e isso é uma estrutura única, não existe um outro laboratório assim no Brasil.

E a ideia do Colégio da Artes, que virá com a gestão do Lira e da Esther, é justamente de trazer para perto diferentes departamentos da USP e até projetos de fora dela, ou seja, está diretamente ligada a este foco no trabalho interdisciplinar… 

Sim, o Colégio das Artes pode realizar ainda mais uma coisa que para nós era bem importante, que era dar visibilidade a estas conexões, estas relações que o museu tem com o campo da pesquisa em várias áreas de conhecimento. Isso atravessa, por exemplo, seminários e projetos que tivemos e temos com profissionais de várias áreas, inclusive com botânicos, físicos ou matemáticos.  


Cadastre-se na nossa newsletter

Deixe um comentário

Por favor, escreva um comentário
Por favor, escreva seu nome