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Prêmio de Arte Marcos Amaro recebe inscrições até 28 de fevereiro

Uma parceria da Fundação Marcos Amaro (FMA) com a SP-Arte, o Prêmio de Arte Marcos Amaro chega à sua terceira edição em 2019 e tem suas inscrições abertas até o dia 28 de fevereiro. A iniciativa visa à valorização da produção artística contemporânea, consagrando o vencedor com um prêmio em dinheiro e a realização de um projeto expositivo.

O artista, brasileiro ou estrangeiro que reside no Brasil, deve ser representado por uma galeria participante da SP-Arte/2019. É imprescindível que pelo menos um dos trabalhos inscritos esteja à mostra no estande da galeria na feira. O prêmio é destinado a artistas que se encontram no meio da carreira e visa fomentar produções que demonstrem um teor experimental com a arte, a partir da inovação em técnicas, suportes e linguagens. Nas edições anteriores, foram premiados os artistas Ivan Grilo da Casa Triângulo e Brígida Baltar da Galeria Nara Roesler. A inscrição pode ser feita pelo artista ou pela galeria que o representa.

A seleção ficará a cargo de membros do conselho consultivo da Fundação Marcos Amaro: Ricardo Resende, Raquel Fayad, Aracy Amaral, Fábio Magalhães, Gilberto Salvador, Patricia Rousseaux e Marcos Amaro. De acordo com o cronograma, os cinco finalistas serão conhecidos no dia 15 de março. O júri visitará os estandes das respectivas galerias em 3 de abril e o resultado será divulgado no dia seguinte, 4.

Além de R$ 50 mil oferecidos pela FMA, o ganhador será agraciado com até R$ 45 mil para a produção de um projeto artístico inédito, sob supervisão de Ricardo Resende. A obra terá exibição individual na Fábrica de Arte Marcos Amaro, em Itu, durante a SP-Arte/2020 e poderá ser incorporada posteriormente ao acervo da fundação.

É necessário preencher um formulário, que o potencial participante pode acessar o formulário clicando aqui. Além disso, deve ser enviado um portfólio com até cinco imagens de trabalhos já existentes e o esboço do trabalho que gostaria de apresentar em 2020, com justificativa e discriminação de orçamento em pdf para o e-mail premio@fmarte.org, constando o nome do artista no assunto. Acesse também o edital completo.

 

 

Pela primeira vez, Documenta terá curadoria feita por um coletivo

Em um movimento de abertura para mais linguagens, buscando reforçar e ampliar a visão para além de uma visão eurocêntrica da arte, representantes da mostra Documenta revelaram que o coletivo ruangrupa, formado por artistas da Indonésia, serão os responsáveis pela direção artística da 15a edição do evento, que acontecerá entre 18 de junho e 25 de setembro de 2022.

A mostra acontece a cada cinco anos e o comando curatorial por um coletivo é um acontecimento inédito. Fundado em 2000, em Jacarta, o ruangrupa levará dez membros para a curadoria em Kassel e seu objetivo é visto na tradução de seu nome, que significa “um espaço para a arte” ou “uma forma de espaço”.

Em nota lançada pela organização, os artistas-membros Farid Rakun e Ade Darmawan, que representaram o grupo durante a divulgação do núcleo curatorial, declararam: “Queremos criar uma plataforma de arte e cultura interdisciplinar globalmente orientada, cooperativa, que tenha impacto além dos 100 dias da documenta 15”.

A decisão pela nomeação do coletivo para a curadoria foi unânime, sendo justificada da seguinte maneira por Elvira Dyangani e Philippe Pirotte, membros do conselho consultivo da Documenta: “Nomeamos o ruangrupa porque demonstraram a capacidade de alcançar várias comunidades, incluindo grupos que vão além do público comum de arte e de promover o compromisso e a participação locais. Sua abordagem curatorial é baseada em uma rede internacional de organizações artísticas locais baseadas na comunidade”.

Os representantes do coletivo afirmam que pensarão o foco curatorial com base em “feridas contemporâneas”, dando ênfase aos problemas causados pelas estruturas coloniais, patriarcais ou capitalistas ao redor do mundo, confrontando esses modelos com os modelos baseados em parcerias, provavelmente em referência principalmente a modelos comunitários. Para eles, essas formas cooperativas de trabalho “permitem que as pessoas tenham uma visão diferente do mundo”.

Erika Verzutti apresenta individual no Centre Pompidou, em Paris

Obra de Erika Verzutti. FOTO: Divulgação

Desde a última quarta-feira, dia 20, uma exposição individual da artista paulistana Erika Verzutti ocupa uma das galerias do Centre Pompidou, em Paris, e chama a atenção não só dos visitantes do museu, mas também dos pedestres que passam por uma das ruas de seu entorno. A primeira grande exposição da artista na Europa acontece em um dos mais emblemáticos museus de arte moderna e contemporânea do mundo e pode ser vista, ao menos em parte, através de uma das paredes de vidro de seu edifício de arquitetura industrial.

A exposição se articula em torno de uma obra principal, um grande cisne de gesso e isopor, e conta também com esculturas em cerâmica, bronze, papel machê e cimento. Tratam-se, na maioria, de trabalhos com formas inspiradas na natureza, que remetem à animais, pedras, frutas e legumes. A exposição tem curadoria de Christiane Macel, que já havia selecionado a artista brasileira para participar da mostra principal da Bienal de Veneza em 2017. Verzutti já expôs também no Guggenheim de Nova York e na Bienal de São Paulo.

Segundo texto curatorial do Pompidou, “o trabalho da artista, não sem humor, caracteriza-se pela sensualidade de suas formas, pela tatilidade dos materiais e pela inclusão de detalhes inesperados”. O texto afirma também que relações de dualidade, como “realidade e ficção, natural e artificial” são subjacentes à sua pesquisa.

Em entrevista dada em Paris ao jornal Folha de S.Paulo, Verzutti afirmou: “O fazer artístico consiste, para mim, em deixar coisas novas acontecerem, deixar a magia se produzir. Às vezes, o tema é desnecessário”. E ela segue, falando sobre tentativas e erros: “No início, sempre se trata de como representar algo que já é bonito na natureza. Entalho, moldo, pinto, às vezes os três, às vezes só um. As opções engendram uma nova natureza”.

De diferentes modos, temáticas como o feminismo e os códigos da cultura da imagem e das redes sociais também surgem na mostra, que fica em cartaz até o dia 15 de abril.

Hugo França e Thiago Rocha Pitta apresentam exposição nos EUA

Thiago Rocha Pitta, Youth.

Um tipo de parceria inédita entre o artista Thiago Rocha Pitta e o designer Hugo França é exposta na sede da Marianne Boesky Gallery em Aspen, no Colorado. O encontro entre os dois busca enfatizar o meio ambiente em seu estado natural, unindo trabalhos em várias modalidades de Rocha Pitta com o mobiliário escultural de Hugo França. A exposição estará aberta para visitação até o dia 31 de março.

Hugo conta à ARTE!Brasileiros que, para ele, a temática da exposição “representa nascimento, conexão e o início da trajetória da natureza”. As esculturas do designer, feitas com troncos de árvores de pequi caídas ou descartadas, seguem o formato natural na madeira, e também nas raízes e galhos.

Intitulada Tropical Molecule, a mostra reúne obras dos artistas pela primeira vez, manifestando as afinidades entre arte e design: “As minhas obras e as do Thiago estão conectadas pela fotossíntese. É o começo de tudo em ambos, com efeitos secundários distintos. As cianobactérias que são vistas nas aquarelas do Thiago são os mesmos organismos responsáveis pelos processos físico-químicos que originam a madeira, minha matéria-prima. Daí o nome da exposição”, comenta França.

Hugo França, Banco Caacica

Thiago concorda com Hugo no que diz respeito ao que aproxima os trabalhos. Para ele, a fontossíntese é o que amarra esse conjunto: da mesma forma que as cianobactérias que ele trouxe ao seu portfólio nos últimos anos fazem a fotossíntese, a madeira que Hugo trabalha necessitou dela para se formar como matéria. Youth (2018), escultura que Rocha Pitta criou para o jardim de seu estúdio, também faz parte da exposição, fortalecendo o diálogo entre ambos.

 

 

 

 

ARCOmadrid recebe nove galerias brasileiras e tem Peru como país homenageado

A feira em 2018. FOTO: Divulgação

Uma das maiores e mais tradicionais feiras de arte do mundo, a ARCOmadrid acontece este ano entre os dias 27 de fevereiro e 3 de março na capital espanhola. Com a participação de 203 galerias de 30 países, entre elas 9 brasileiras, a feira chega a sua 38ª edição.

A ARCOmadrid terá o Peru como país homenageado, o que significa que haverá uma seção especial da feira inteiramente dedicada ao país sul-americano – com curadoria de Sharon Lerner, do Museu de Arte de Lima, e participação de 23 artistas de 15 galerias. Segundo texto da organização do evento, o Peru “vem se notabilizando pela produção artística contemporânea, sobretudo pela fotografia e videoinstalação”.

As galerias brasileiras participantes são Anita Schwartz, Baró, Casa Triângulo, Cavalo, Fortes D’Aloia & Gabriel, Marilia Razuk, Vermelho, Sé e Luisa Strina – a maior parte delas associadas a ABACT (Associação Brasileira de Arte Contemporânea) e participantes do projeto Latitude. Outras duas casas nacionais, 55SP e Via Thorey, também estarão em Madrid participando da feira JustMAD, que chega este ano a sua 10ª edição.

Aproveitando o momento artístico efervescente que as feiras propiciam, espaços culturais e museus da cidade como o Reina Sofía, o Prado e o Matadero recebem programação especial no período. Várias galerias de Madrid também organizam exposições em suas sedes. Boa parte da agenda está no site da ARCOmadrid, onde pode-se acompanhar também a programação de debates, visitas e premiações organizadas pela feira.

Prêmio de Residência SP-Arte divulga seis finalistas da edição 2019

A artista Laura Belém foi contemplada com o prêmio na edição de 2018. FOTO: Jéssica Mangaba/SP-Arte 2018

A SP-Arte oferece pela sétima vez o Prêmio de Residência da SP-Arte. A premiação contempla um artista com estadia de três meses nas dependências da Delfina Foundation, em Londres, para um período de vivência e prática. Em 2019, o júri optou por escolher seis finalistas ao invés de apenas cinco. Isso se deve ao grande número de inscritos.

O júri, formado por membros da Delfina Fondation e da SP-Arte, escolheram como finalistas os seguintes nomes: Bruno Faria (Periscópio Arte Contemporânea), Daniel Lie (Casa Triângulo), Jaime Lauriano (Galeria Leme A/D), Leticia Ramos (Mendes Wood DM),  Paul Setúbal (Andrea Rehder Arte Contemporânea) e Virginia de Medeiros (Galeria Nara Roesler). De acordo com a SP-Arte, a escolha se deu a partir de uma reflexão de qual artista mais poderia se beneficiar dessa experiência neste exato momento de sua carreira.

A Delfina Foundation é uma das organizações mais reconhecidas mundialmente por seus programas de residência artística. A instituição é independente e sem fins lucrativos, promovendo desde 2007 trocas e experiências transformadoras para aqueles que participam dela. Também são oferecidas pela organização programas de vivências para profissionais de criação e colecionadores, dentre outras atividades.

Desde 2017, o Prêmio de Residência SP-Arte passou a ter como gratificação a estadia na Delfina Foundation. A parceria entre as duas instituições já levou as artistas Alice Shintani e Laura Belém para Londres, vencedoras respectivamente das edições 2017 e 2018.

Para concorrer, os artistas devem ser representados por qualquer galeria que participe da SP-Arte e devem ser brasileiros, ou naturalizados. O vencedor será conhecido por todos no dia 4 de abril, quinta-feira, durante a SP-Arte. O júri percorrerá as galerias representantes dos seis finalistas e fará a escolha a partir de seus trabalhos que deverão estar expostos, obrigatoriamente, nos estandes.

Neste ano, a SP-Arte (Festival Internacional de Arte de São Paulo) acontecerá entre os dias 4 e 7 de abril, no Pavilhão da Bienal. No dia 3 de abril, convidados poderão participar do preview do evento.

 

Instituto Moreira Salles inaugura escultura grandiosa de Richard Serra em São Paulo

FOTO: Maria Clara Villas

Um dos mais celebrados artistas plásticos contemporâneos, conhecido por suas monumentais esculturas de aço, Richard Serra terá a partir deste sábado, dia 23 de fevereiro, sua primeira obra aberta à visitação permanente na América Latina. Composta por duas placas de aço de 18,6m de altura – cada uma com 70,5 toneladas –, a escultura Echo foi criada pelo norte-americano especialmente para o Instituto Moreira Salles (IMS) de São Paulo.

A abertura será marcada por um debate sobre a obra de Serra, às 11h, com a participação dos críticos e curadores Cauê Alves, Lorenzo Mammì e Sônia Salzstein e com a artista Iole de Freitas.

Apesar de produzir também desenhos, esculturas em menor escala e trabalhos de vídeo, é por suas peças grandiosas espalhadas por diversos países – muitas vezes concebidas especialmente para o local onde serão expostas – que Serra, hoje aos 80 anos, se consagrou ao longo das décadas. Suas obras se integram às paisagens urbanas de Londres e Nova York, aos desertos do Catar, às matas da Nova Zelândia ou às salas e jardins de alguns dos mais importantes museus do mundo.

Escultura de Richard Serra. FOTO: Maria Clara Villas

Agora, com Echo, posicionada no jardim externo do IMS, São Paulo se integra a esse circuito. O processo de instalação da escultura envolveu o trabalho de mais de 60 profissionais, entre técnicos e engenheiros, do desembarque no Porto de Santos até a chegada e montagem no IMS. Apesar de tamanho e peso impressionarem, é possível perceber também, junto ao brutalismo, uma sutileza nas obras de Serra.

O artista começou a utilizar o aço nos anos 1970 e, certa vez, escreveu em um catálogo de uma exposição: “O peso é um valor para mim. Não que ele seja mais expressivo que a leveza, mas simplesmente eu sei mais sobre o peso do que sobre a leveza e tenho, portanto, mais a dizer sobre ele”.

Curta de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca é premiado em Berlim

Cena de RISE. FOTO: Divulgação

Mais uma vez a dupla Bárbara Wagner e Benjamin de Burca ganha destaque internacional com suas produções impactantes que transitam entre cinema e artes visuais, documentário e ficção e que, em sua maioria, tratam de realidades “periféricas” de diferentes cidades do mundo.

Dessa vez, a dupla baseada em Recife – Bárbara é brasiliense e Benjamin nasceu em Munique – recebeu, com o curta RISE, o Audi Short Film Award no Festival de Berlim. O prêmio é concedido pela montadora que é uma das patrocinadoras do evento. Em maio, a dupla irá também representar o Brasil na 58ª Bienal de Veneza – a partir de escolha de Gabriel Pérez-Barreiro, curador da 33ª Bienal de São Paulo.

Segundo Wagner, RISE é “uma hip-hopera feita em colaboração com poetas, rappers e cantores do incrível coletivo R.I.S.E (REACHING INTELLIGENT SOULS EVERYWHERE), em Toronto”. O curta documenta o trabalho destes jovens que se encontram em um centro comunitário no subúrbio da cidade canadense e foi filmado em uma estação de metrô da cidade.

Bárbara Wagner e Benjamin de Burca trabalham juntos desde 2011 e tiveram trabalhos apresentados em museus, festivais e bienais, sendo muitos deles premiados. Na 32ª Bienal de São Paulo expuseram Estás Vendo Coisas, criado em colaboração com MCs de brega de Recife.

Seja no Brasil ou no exterior, a dupla afirma buscar um “fazer junto” – e não um trabalho unilateral – com os grupos com que trabalham. “O que eu quero é estar dentro, conversar, entrar em acordos. Não se trata de ir lá, tirar um produto deles e mostrar fora”, afirmou Wagner à ARTE!Brasileiros na época da 32ª Bienal de SP.

Não Temos Condições de Responder a Todos – SESC Consolação

A exposição “Não Temos Condições de Responder a Todos”, no Sesc Consolação, é um convite a uma viagem à cena punk rock dos anos 80 e 90. Um conjunto de objetos como fitas K7s, vinis, cartazes de shows, entrevistas, e fotografias rememora os tempos nos quais a comunicação entre bandas, gravadoras e fãs acontecia através de cartas e fanzines.

O nome da mostra faz menção a uma frase dita por um músico da época, que afirmava não conseguir responder a todas as cartas que sua banda recebia de fãs. No espaço, o público pode conferir inclusive correspondências enviadas de outros países para algumas bandas brasileiras que se destacavam.

Os objetos fazem parte do acervo do curador, Alexandre Cruz Sesper, e de outros colecionadores que viveram o movimento.  A exposição conta com uma série de atividades paralelas, entre elas intervenções musicais, conversas e oficinas.  ‘Não temos condições de responder a todos’ possibilita um encontro de gerações, o que – segundo o Sesc – afirma o compromisso da instituição com a preservação da memória e dos saberes coletivos”.

Artista plástico e músico, o curador buscou pontuar a cultura do Faça Você Mesmo, utilizada especialmente na produção dos materiais de divulgação das bandas, que tinham pouco orçamento e poucos meios de expandir suas criações. Com isso, tudo era transformado em algo artesanal e até mesmo com muito valor afetivo ao construírem seus próprios conteúdos e sua própria estética.

Um movimento cheio de atitude e reivindicações, o punk rock foi especialmente político, carregado de ideologias que também aparecem na exposição, com destaques para o veganismo, as lutas pelos direitos LGBTs, a defesa dos diretos dos animais e a defesa do meio ambiente.

Visite a mostra até 5 de março e confira no site do Sesc a programação integrada.

Pinacoteca expõe novas obras de seu acervo de arte contemporânea

Obra de Regina Parra. FOTO: Divulgação

A Pinacoteca de São Paulo apresenta a partir deste sábado, dia 16, quatro obras incorporadas recentemente à sua coleção. Os trabalhos de Marcius Galan, Débora Bolsoni, Regina Parra e Matheus Rocha Pitta poderão ser vistos em diálogo com a exposição de longa duração do acervo do museu.

As obras ocupam quatro salas contíguas à mostra no 2º andar da Pina Luz. Com curadoria do Núcleo de Pesquisa e Curadoria da Pinacoteca, o conjunto propõe um contraponto entre o histórico e o contemporâneo a partir do próprio acervo da instituição.

Seção diagonal (prisma fumê), 2012, de Marcius Galan, integra uma série de trabalhos nos quais o artista cria ilusões óticas a partir de intervenções em ambientes com linhas traçadas no espaço, combinadas a um jogo cromático e ao uso da luz como elemento pictórico. A obra foi adquirida pelo programa de Patronos da Arte Contemporânea do museu.

Lição de mímese (2004-2006) de Débora Bolsoni, é um trabalho crucial na trajetória da artista e foi doada ao museu pelo Iguatemi no contexto da SP-Arte 2017. É composto de várias lousas recortadas em diferentes formatos e emolduradas em madeira, à semelhança de espelhos. Esses espelhos que nada refletem, podem, no entanto, receber desenhos riscados com giz, o que traz à discussão o efeito mimético da arte e sua capacidade de duplicar a realidade.

Lição de Mímese, de Débora Bolsoni. FOTO: Divulgação

Chance (2015-2017), de Regina Parra, que chegou a ser instalada em meio à Mata Atlântica do Parque Laje e no Parque do Ibirapuera, também foi adquirida por meio do programa de patronos do museu. O trabalho, o primeiro que a Pinacoteca adquire da artista, traz a frase “A grande chance” em neon vermelho, e apresenta-se como um portal ambíguo podendo tanto ser interpretado como uma promessa quanto uma ameaça.

Por fim, Primeira pedra (2015-2016), de Matheus Rocha Pitta, é uma instalação interativa composta de cubos de concreto e foi doada ao museu pelo próprio artista e pela galeria que o representa. Dispostos no chão do espaço sobre folhas de jornal do dia anterior, os cubos são oferecidos ao público não por dinheiro, mas por uma outra pedra: para possui-los, o visitante deve sair do museu e trazer a primeira pedra que encontrar. A obra radicaliza o conceito de múltiplo no qual cada peça poderá ser levada pelo visitante como obra para casa, afirmando também um vínculo entre a instituição e a cidade. Também serão exibidas quatro obras da série Acordo.

Marcius Galan, Regina Parra, Débora Bolsoni e Matheus Rocha Pitta no acervo da Pinacoteca

De 16 de fevereiro até 17 de junho de 2019

Pinacoteca: Praça da Luz 2