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REPORTAGEM VERBO 23





























                                                                                      À esq., A água é uma
                                                                                      máquina do tempo,
                                                                                      Aline Motta, 2023.
                                                                                      abaixo, Magic, Lilibeth
                                                                                      Cuenca Rasmussen,
                                                                                      2023. Na página ao
                                                                                      lado, Coro de vozes
                                                                                      não humanas, Tania
                                                                                      Candiani, 2023





               Entre 2005 e 2007, a Verbo apresentou apenas per-
            formances de artistas convidados. A partir de 2008,
            passou a fazer uma chamada aberta por meio de edi-
            tais. Naquele primeiro ano, conta Gallon, foram 400
            inscritos – nesta edição, receberam 300 propostas,
            dos quais apenas cerca de uma dezena corresponde
            a convites diretos. Segundo ele, a mostra não é feita a
            partir de um recorte curatorial a priori.
              “Samantha [Moreira, coordenadora do Chão SLZ e
            também curadora do evento] e eu sempre criamos as
            edições a partir dos projetos que recebemos, lemos tudo,
            identificamos algumas questões que aparecem, e, a partir
            delas, construímos a curadoria de cada edição”, conta.
              “Quando a gente articulou essa parceria com a
            Pinacoteca do Ceará, a gente achou importante ter
            uma pessoa também dessa nova instituição, acompa-
            nhando a seleção de projetos. Até porque somos um
            corpo estranho no cenário de Fortaleza, que é muito
            fértil”, prossegue Gallon. “Contar com a Carolina [Vieira,
            gerente artística da instituição] foi genial, porque ela
            trouxe os contextos de Fortaleza. Pôde nos falar ‘olha,
            esse artista daqui é importante’”.                                                                    FOTOS: DIVULGAÇÃO
               Gallon afirma que esta 17ª edição é muito especial.
           “Desde 2016, com tudo por que a gente passou nesses

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