Page 48 - ARTE!Brasileiros #59
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EXPOSIÇÃO SÃO PAULO































                                                                                          Regina Silveira, As Loucas, 1962





                                                                                  se reapropriam ou simplesmente
                                                                                  reverberam de diferentes maneiras
                                                                                  sua forma potente de agir no mundo.
                                                                                  Tanto as obras quanto os testemu-
                                                                                  nhos coletados pelos curadores
                                                                                  dão indícios claros desse impacto.
                                                                                  Rosana Palazyan – presente com
                                                                                  delicados bordados, usando fios
                                                                                  de cabelo ou páginas de caderno
                                                                                  pautado – diz ter se sentido autori-
                                                                                  zada a expor a costura e o bordado
                                                                                  quando teve o primeiro contato com
                                                                                  sua obra, na exposição realizada em
                                                                                  1989, na Escola de Artes Visuais do
                                                                                  Parque Lage, logo após a morte dele.
                                                                                  Jaime Lauriano, autor de um dos
                                                                                  poucos trabalhos comissionados da     FOTOS: ESTÚDIO DE ARTE REGINA SILVEIRA / CORTESIA LUCIANA BRITO GALERIA | FILIPE BERNDT / COLEÇÃO MAGNUS LIMA
                                                                                  exposição, fala em Bispo habitando
                                                                                  seu próprio corpo, de um encontro
                                                                                  em dimensão transistórica. Car-
                                                                                  mela Gross – presente com duas
                                                                                  potentes obras, A Negra e Cabeças
                                                                                 – lembra-se de ter ficado petrificada
                                                                                  em seu primeiro encontro com seu
                                                                                  trabalho e Pedro Moraleida explicita
                                                                                  no próprio trabalho essa conexão,
                                                                                  ao inserir um retrato seu em uma
                                                                                  de suas obras e escrever em outra:
                                                      Carmela Gross, Cabeças,  2021  “Bispo é meu pai”.

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