Page 17 - ARTE!Brasileiros #57
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Vista da 17ª edição da SP-Arte, no galpão ARCA
tiveram todas as obras vendidas ainda nos primeiros inseridos no mundo online; além disso, a criação de
dias de exibição. André Millan (Galeria Millan), por sua projetos de parcerias entre galerias, antes raros, e uma
vez, resume: “Por incrível que pareça, pelo menos aqui experimentação com novos formatos de venda trouxe-
no Brasil, esses tempos de pandemia surpreenderam a ram resultados. Isso tudo considerando, é claro, que “a
todos e, em linhas gerais, as vendas foram muito boas, elite é quem compra arte e é quem menos sofreu com
o mercado reagiu surpreendentemente bem”. a pandemia”, como destacou a avaliadora e consultora
Alguns dos motivos desse resultado, constatados de mercado de arte Tamara Perlman ao fim de 2020.
já no primeiro ano da pandemia, soaram mesmo ines- O que se viu, portanto, foi até mesmo a abertura
perados: o maior tempo passado dentro de casa e a de novas galerias - Hoa, Projeto Vênus e Index no ano
diminuição com outros tipos de gastos, como viagens e passado; Marli Matsumoto, Arte 132 e Bailune Bian-
restaurantes, incentivaram as pessoas a comprar mais cheri neste ano, entre outras - e de filiais de casas já
obras de arte para seus ambientes privados; a migração estabelecidas como Jaqueline Martins, dan Galeria e
dos negócios para o ambiente virtual aproximou uma A Gentil Carioca. Mas, se foram dois anos positivos, há
parcela de compradores mais jovens, menos acostu- também diferenças notáveis entre a atuação das casas e
mados aos ambientes de galerias e feiras e bastante o comportamento dos compradores nos dois períodos.
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