Page 16 - ARTE!Brasileiros #51
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BIENAIS BERLIM E MANIFESTA
Carlos Pertuis,
Sem Título,
1950. Óleo sobre
papel, 36 x 54
cm. Abaixo,
Adelina Gomes,
Sem Título.
Óleo sobre
tela, 1962, 64 x
53 cm, Museu
de Imagens do
Inconsciente
pesquisa urbana da mvrdv (de Winy Maas). “Trata-se
de um estudo interdisciplinar que analisou Marselha
e reuniu uma quantidade incrível de dados que serviu
como uma ferramenta para contextualização, análise e
inspiração a partir da qual os participantes da Manifesta
13 foram incentivados a se engajar no desenvolvimento
de intervenções criativas que se envolvem com a cida-
de”, explica Fijen.
Em Palermo, na edição passada, esse estudo foi
realizado pelo escritório de arquitetura de Rem Koolhas,
um excelente guia sobre a cidade italiana.
Tendo em vista as novas condições impostas pela
pandemia, os locais que sediarão a exposição principal
não abrirão mais todos juntos, com horários alternados
para evitar multidões e sem a semana de abertura para
convidados. “Em vez disso, o programa de lançamento
será espalhado em um período de três meses, dividido
em eventos ainda menores, como um festival”, conta.
A mostra, intitulada Traits d’union.s (tratados de
uniões), irá ocorrer em seis espaços da cidade, nenhum
deles com histórico em arte contemporânea, exceção
do Museu de Belas Artes. Assim, a Manifesta segue
produzindo intervenções que favorecem diálogos com
a história local, ao colocar a produção atual em espaços
inusitados como o Musée Grobet-Labadié, um palácio
do século 19. Voltada ao local e com engajamento da comunidade,
Com 47 participantes, entre eles muitos ligados à a Manifesta se revela uma referência importante quando
literatura, como Georges Bataille e Roland Barthes, a o mundo da arte dá uma parada e precisa se reinventar
presença brasileira nesta edição vem com Benjamin para além do incansável circuito vip, dos eventos caros
de Burca & Bárbara Wagner. e desnecessários.
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