Page 74 - ARTE!Brasileiros #42
P. 74
INSTITUIÇÃO CONFERÊNCIA INTERNACIONAL
tropical, (Farrar Strauss e Giroux, 2004), e Brasil: which he won the 2002 Randy Shilts Publishing
uma biografia-com Heloisa Starling (Companhia, Triangle Award for Gay Non-Fiction; Once You
2016/Penguin, Espanha 2016; Farrar Strauss e Go Black: Choice, Desire, and the Black American
Giroux e Penguin UK, a ser publicada em Intellectual, NYU Press, 2007; and Archives of
2018). Ela foi curadora de algumas exposições Flesh: African America, Spain, and Post Humanist
como: Nicolas-Antoine Taunay: uma tradução Critique, NYU Press.
francesa dos trópicos (2008). Ana Hupe, brasileira, uma das artistas presen-
Bonaventure Ndikung, PhD, biotecnólogo e cura- tes se dedica a pesquisar e construir projetos de
dor independente. É fundador e director do SAVVY memoria e contra-memoria da migração. Ela é
Contemporary Berlin um espécie de Laboratório PHd em Artes visuais pela Universidade Federal
cujo objetivo é promover o diálogo entre “arte do Rio de Janeiro e atualmente mora em Berlim
ocidental“ e “arte não-ocidental“. Bonaventure é onde cursa um ano de doutorado como aluna
editor-chefe no SAVVY Journal para textos críti- convidada na Udk, Universitat der Kunste com
cos sobre arte contemporânea Africana. Ele já foi orientação da artista Hito Steyerl. Como artista
curador da dOCUMENTA 14 e é curador convidado residente convidada, no período da Conferência
da Dak’Art Bienal 2018 em Senegal. Echos do Atlântico Sul, ela vai participar com uma
Elisa Larkin Nascimento PhD em psicologia na exposição na Vila Sul, do Goethe em Salvador. Seu
universidade de São Paulo assim como Master em trabalho deverá abordar uma pesquisa sobre
artes na Universidade de Buffalo, (USA). Diretora
do IPEAFRO – Instituto de Pesquisas e Estudos
Afro Brasileiros, se dedica à guarda, preservação
e difusão do acervo documental e museológico
de Abdias Nascimento, como base para ativida-
des educativas e culturais em relação à herança
africana na diáspora. No seminário, pretende
apresentar aos colegas um pouco do conteúdo
desse acervo e trocar ideias sobre a gravidade
do quadro de genocídio do negro brasileiro, que
Abdias denunciou há 40 anos no livro que teve uma
nova edição, bem como sobre como potencializar BONAVENTURE NDIKUNG E LILIA MORITZ SCHWARCZ
o uso do acervo em ações culturais e educativas
que podem contribuir para o combate ao racismo os ”retornados” que são os brasileiros ou afri -
e a intolerância religiosa. canos que resolveram ou foram obrigados a
O Professor emérito e catedrático de Inglês e voltar para África no fim do século XIX inicio
Estudos Americanos no centro de graduação da do século XX. Para Hupe interessam historias
Universidade de Nova Iorque. Robert Fitzgerald de “não pertencimento”, os inmigrantes no
Reid-Pharr, PhD em Estudos Americanos, Mestre Brasil idealizavam o outro lado do Atlântico
em Estudos Afro-americanos pela Universidade e ao chegar na África eram Brasileiros. Mas lá
de Yale e um Bacharel em Ciências Políticas pela formaram comunidades brasileiras potentes
Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill. como Lagos, Togo, Benim e Gana. Seu mais
Um especialista em cultura afro-americana e um recente trabalho foi “Muito futuro para uma só
proeminente estudioso no campo de estudos de memória”, que ocupou a Galeria Massangana –
raça e sexualidade, ele é autor de quatro livros: Fundação Joaquim Nabuco em Recife, com cura-
Conjugal Union: The Body, the House, and the doria de Moacir dos Anjos.
Black American, Oxford University Press, 1999; ARTE!Brasileiros vai acompanhar o evento e trazer
Black, Gay, Man: Essays, NYU Press, 2001, for para o público a essência do debate.
74
Book_ARTE42.indb 74 3/22/18 6:10 PM