Em um cenário onde rotulações parecem inevitáveis, Paula Parisot se destaca por habitar com autenticidade uma zona conflituosa e existencial, refletindo a complexidade da condição humana. Embora tenha trilhado um caminho
Em um cenário onde rotulações parecem inevitáveis, Paula Parisot se destaca por habitar com autenticidade uma zona conflituosa e existencial, refletindo a complexidade da condição humana.
Embora tenha trilhado um caminho como romancista, a obra de Paula transcende a simples categorização da escrita. Como na visão aristotélica da literatura como uma imitação da vida, ela explora não apenas as palavras, mas também a vasta vida de símbolos e signos que nos cercam. Esta busca por uma compreensão mais profunda do ser humano a leva a interagir com diversas linguagens, criando uma experiência artística multifacetada.
“Eis a contradição de Parisot: ainda que fale de algo muito essencial a todos nós, esse algo não tem solidez nem forma imediata: é fugidio, mole, instável. Às coisas que representa raramente chegam a se transformar em objetos reconhecíveis, na maior parte das vezes apenas fazem alusões. Mas, mesmo assim, continuam compondo e sendo importantes. A ameaça do colapso e do esfacelamento não parecem suficientes para apagar ou desfazer laços e ligações primevos.
A matéria de nossa artista compõe e se esfacela, satura e esmaece, ergue, mas tende ao chão. É precisamente a partir dessa fenda, dessa contradição existencial, que Paula Parisot nos dá pistas sobre o mundo que habitamos.” afirma Theo Monteiro, em seu texto para a exposição.
Serviço
Exposição | Aquilo que compõe e se esfacela
De 10 de outubro a 20 de dezembro
Segunda à Sexta das 10 às 18h, sábados das 10 às 14h
10 de outubro de 2024 10:00 - 20 de dezembro de 2024 18:00(GMT-03:00)
Arteformatto
Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1364 – Sobreloja São Paulo – SP