Exposição “O mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres”
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A mostra O mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres terá a participação de 36 artistas, desde nomes consolidados na cena artística até novos talentos que vêm
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A mostra O mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres terá a participação de 36 artistas, desde nomes consolidados na cena artística até novos talentos que vêm se destacando no cenário da arte contemporânea que exploram, através de suas obras, o diálogo entre Arte e Natureza. São eles, Aiyon Chung, Alexandre Pinheiro, Aline Mac Cord, Ana Holck, Ana Miguel, Athos Bulcão, Bernardo Liu, Carlos Zilio, Carolina Kasting, Cela Luz, Diogo Bessa, Duda Moraes, FOGO, Galvão, Jade Marra, Jeane Terra, Jorge Cupim, Lourdes Barreto, Luis Moquenco, Luiz Eduardo Rayol, Luiza Donner, Marcelo Jou, Maria Gabriela Rodrigues, Matheus Mestiço, Matheus Ribs, Mirela Cabral, Nuno Ramos, Paulo Agi, Pedro Varela, Rena Machado, Ruan D’Ornellas, Thales Pomb, Vera Schueler, Vinícius Carvas, Willy Chung e Zilah Garcia. Durante o evento de abertura, a artista Carolina Casting fará, às 14h, a performance “Amar-u: corpo-expandido ciborgue”, que parte do Manifesto Ciborgue, de Donna Haraway, escrito em 1985, que explora a ideia do ciborgue como uma figura híbrida que desafia as fronteiras tradicionais entre natureza e cultura, humano e máquina, orgânico e artificial.
A exposição “O mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres”, tem o seu título extraído do poema “Tabacaria” de Fernando Pessoa, e mergulha na interconexão entre arte e vida, desafiando as barreiras que separam o humano do não-humano. Com um convite à reflexão, a mostra propõe que o público explore a interdependência entre o ser humano e a Natureza, revelando como as práticas artísticas contemporâneas podem servir como catalisadoras de um novo olhar sobre o futuro do nosso planeta, oferece uma abordagem que se alinha à urgência da crise climática, propondo alternativas para a nossa maneira de ser e de habitar o mundo.
“O desafio diante da crise climática emerge de uma chave ambígua, onde aquilo que buscamos controlar e subjugar, no cerne da epistemologia moderna, carrega consigo não apenas a promessa de engenho e poder, mas também a semente de nossa própria destruição”, afirma Fabricio Faccio, que completa: “A separação entre humano e Natureza se mostra impossível; repensar essa relação é uma necessidade imperativa”.
Através de uma seleção cuidadosa de obras entre desenhos, esculturas, pinturas, instalação, performance e objetos, a exposição instiga o público a repensar suas relações com o ambiente, ressaltando a arte como uma ferramenta poderosa para imaginar novas possibilidades e caminhos para um futuro mais sustentável e harmonioso.
A ARTE COMO VEÍCULO DE URGÊNCIAS
Ao investigar a conexão entre arte e natureza na prática artística contemporânea, a exposição visa estimular diálogos e reflexões sobre questões que se tornaram prementes.
Trabalhos como da artista Jeane Terra, que tem como ponto de investigação as sucessivas transformações que a atividade humana provoca na natureza e afeta diretamente as populações dos lugares pesquisados, faz uma conexão direta com a prática de Zilah Garcia, que através do uso de sacolas de supermercado com suporte, faz um alerta sobre o impacto ambiental e as maneiras de transformar o lixo material.
ARTE E O ELEMENTO DO FANTÁSTICO
Bernardo Liu, Thales Pomb e Paulo Agi trazem o elemento do fantástico para a representação da natureza, visitando o espaço do onírico, em relação direta à mitologia do tamanduá de Carlos Zilio.
PAISAGEM NO CAMPO EXPANDIDO
A paisagem sempre foi um tema de destaque dentro da História da arte, ao se aproximar das pesquisas de artistas que a exploram dentro do campo expandido a exposição apresenta obras de Athos Bulcão, Aiyon Chung, Mirela Cabral e Willy Chung.
MATERIALIDADE E PROCESSOS ARTÍSTICOS
Na diversidade dos processos artísticos e no confronto do artista com a materialidade da obra de arte, a natureza ocupa um papel proeminente nesse embate. Destacam-se, nesse contexto, as obras de Ana Holck, Galvão, Luiz Eduardo Rayol, Vinícius Carvas e Jorge Cupim.
“A arte contemporânea e as práticas artísticas que dela surgem, emergem como uma vanguarda do pensamento crítico, oferecendo um espaço de resistência e esperança, onde novas possibilidades de coexistência e compreensão entre todos os seres podem ser forjadas. A arte torna-se, assim, uma plataforma vital para imaginar e construir futuros que rejeitem a destruição e celebrem a vida”, defende o curador.
Serviço
Exposição | O mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres
De 19 de outubro a 05 de janeiro
Terça-feira a domingo, das 09h às 16h
Período
19 de outubro de 2024 09:00 - 5 de janeiro de 2025 16:00(GMT-03:00)
Local
Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro
Estrada Santa Marinha, s/nº, Gávea. Rio de Janeiro - RJ