Obra de Derlon ao lado de fotopinturas antigas. FOTO: Divulgação

Conhecido por sua linguagem que dialoga tanto com a arte popular – especialmente a xilogravura nordestina – quanto com o grafite e a arte de rua, o artista recifense Derlon construiu uma sólida e prolífica carreira ao longo da última década. Seja em muros de cidades do Brasil e do exterior – de capitais europeias ao sertão cearense –, seja em exposições em museus e galerias, Derlon desenvolveu uma identidade visual impactante, com predomínio do preto e do branco e um uso sóbrio de outras cores.

Radicado há sete anos em São Paulo, Derlon volta agora à Recife para apresentar a exposição A Beleza do Tempo – pouco após lançar um livro sobre sua obra no Rio de janeiro, na galeria Artur Fidalgo. A mostra na capital pernambucana, na Galeria Amparo 60, se baseia em uma longa pesquisa feita pelo artista sobre as fotopinturas, uma técnica bastante utilizada no passado, mas praticamente extinta hoje.

“Eu nasci no Recife, tenho essa vertente saudosista, trabalho muito com a memória. É algo que toca muito em mim, com a qual me identifico. Por isso fui tocado por essas fotopinturas”, explica Derlon no texto de apresentação da mostra. Nas obras que estão expostas, o artista parte de fotopinturas para desenvolver seus trabalhos.

A exposição conta com trabalhos de diferentes dimensões – feitos com acrílica sobre MDF e compensado, utilizando spray, estêncil e pincel –, além de um grande mural feito em uma parede do edifício. “Trabalhar numa parede é bem diferente de trabalhar numa tela. Venho maturando a minha obra, porém sem perder minhas referências, mas experimentando novas possibilidades”, conta.

A Beleza do Tempo – Derlon

De 1 a 28 de junho de 2019.

Galeria Amparo 60 – Rua Artur Muniz, 82, Boa Viagem, Recife


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