Obra de Moisés Patrício. Foto: Silvia Balady/ Divulgação

esperança
Obra de Moisés Patrício presente na exposição. Foto: Silvia Balady/ Divulgação

Mais acostumado a expor obras, objetos e publicações de séculos passados, o Museu de Arte Sacra de São Paulo (MAS/SP) tem se voltado também, em tempos mais recentes, à produção de arte contemporânea que dialoga com as temáticas tratadas pela instituição. É nessa linha de atuação que ganhou corpo no museu o projeto LUZ Contemporânea, com curadoria do canadense Simon Watson, que montará ao todo 12 exposições individuais ou coletivas no espaço paulistano. Após a exibição de Corpo e Alma, de João Trevisan, que ficou em cartaz até o fim de junho, o museu apresenta agora o segunda mostra da série, Esperança, aberta até 22 de agosto.  

Com trabalhos de 12 artistas – Ana Júlia Vilela, Andrey Rossi, Desali, Enivo, João Trevisan, Leandro Júnior, Lidia Lisbôa, Mag Magrela, Moisés Patrício, Paulo Nazareth, Thiago Rocha Pitta e Yasmin Guimarães -, a exposição dialoga diretamente com os tempos atuais de crise por conta da pandemia de Covid-19, como explica Watson no texto de divulgacão: “Vista pelas lentes de diversas práticas artísticas contemporâneas, Esperança é uma observação curatorial caleidoscópica buscando resposta aos 18 meses de pandemia. Para muitos de nós, o ano passado pareceu se arrastar, de forma lenta e dolorosa. Foi um tempo de espera e esperança, um tempo de autorreflexão. Um período que despertou consciências, tanto pessoais como coletivas, em resposta a uma crise global de saúde; como cada um de nós se relaciona com o outro e como compartilhamos nossa saúde coletiva”.

Deste modo, Esperança procura criar uma sensação de acolhimento, do olhar para frente, do ser bem-vindo. Como mote para exposição, um dos conceitos que interligam os trabalhos são as múltiplas formas pelas quais as mãos e corpos dos artistas se fazem presentes na criação dessas obras de arte. “Ao reafirmar sua presença, esses artistas confirmam nossa existência como humanos e, com a presença de sua mão somos lembrados de nossa impermanência, da fragilidade de nossas vidas. E por serem obras de arte, possuem uma permanência no registro de nosso tempo. Na presença da mão do artista, encontramos sinais pessoais de propósito, determinação e esperança”, conclui o curador.

Os 54 trabalhos – bidimensionais, tridimensionais, tecnológicos – de Esperança, que abrangem técnicas diversas como aquarelas, pinturas, grafitti, esculturas, fotografias e vídeo performances, estão dispostos na sala de exposições temporárias do MAS/SP bem como em seu jardim interno – Jardim do Claustro. Cada obra é acompanhada de um texto crítico assinado pelos curadores convidados Thierry Freitas, Márcio Harum, Fernando Mota, Carlo McCormick, André Vechi, Jackson Gleize, Mirella Maria, Gabriela Longman, Guilherme Teixeira, Janaina Barros, Ulisses Carrilho e Carollina Lauriano.  

O Museu de Arte Sacra de São Paulo (MAS/SP) está localizado no centro da cidade, na Avenida Tiradentes, 676 – Luz (ao lado da estação Tiradentes do Metrô). A visitação acontece de terça-feira a domingo, das 11h às 17h. O ingresso (acesse aqui) custa R$ 6,00 (Inteira), R$ 3,00 (meia entrada nacional para estudantes, professores da rede privada e I.D. Jovem – mediante comprovação) e a entrada é gratuita aos sábados.


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