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Bonikta, Brasil, Pará, Kuydado aonde mergulha, Kuydado
por onde anda, 2022-23. Pixo sobre lambe-lambe
edênico ainda é tida por muitos que acreditam ser o há duas décadas como produtora cultural na Amazônia.
pulmão do mundo. Esse imaginário surge em sua maior
parte do cenário externo, muitas das vezes distorcidas e – A ideia de se fazer uma Bienal das Ama-
exotizadas, af nal tudo que se refere à Amazônia ganha zônias é recente? Sustentada em alguma medida
dimensões mundializadas e ampliadas. Mas algo é real, pelo debate nacional e internacional?
a Amazônia é sim a chave fundamental para a sobre- A Bienal é um desejo meu de produtora, desde o
vivência da humanidade no mundo contemporâneo.” começo da minha vida profissional, no início dos anos
2000. Com o passar dos anos foi ganhando forma
Conversa com Lívia Condurú e se voltando mais para a minha área de atuação
Idealizadora e diretora executiva da Bienal das Amazô- principal enquanto produtora executiva, nas artes
nias, Lívia Condurú é mestre em Artes, pela Universidade visuais, e em 2011 ganhou o nome e o formato que
Federal do Pará, onde desenvolveu pesquisa sobre polí- tem hoje. Desde então ele foi sendo aprimorado até
ticas públicas para a cultura no norte do Brasil, e atua ser colocado na Lei Rouanet, em 2019.
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