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ARTISTA LIA D CASTRO



























































            Aquele que é digno de ser
            amado da série Seus filhos
            também praticam 021, tinta
            óleo, tinta acrílica e grafite
            sobre papel, 35,5 x 28 cm



            onde afirma ter se dado conta de como uma faculdade   Depois de formada, continuou na área educativa,
            promove o “embranquecimento intelectual”.       desta vez no Sesc Pompeia. Foi a partir daí que ini-
               Lia queixa-se que os professores citavam predo- ciou suas pesquisas com os jovens. Em 2019, antes da
            minantemente artistas europeus e que, quando men- pandemia, fez sua primeira individual com a série Axs
            cionavam os brasileiros, restringiam-se à Semana de   nossxs filhxs, no Instituto Çarê, em São Paulo. Veio a
            22. Formou-se quase aos 35, em 2016. Fez estágios na   pandemia e, conta ela, fez “muito dinheiro” ao abrir sua
            área educativa do Sesc e na 30ª Bienal de São Pau- casa para a prostituição. Também foi convidada para
            lo, com curadoria de Luis Pérez Oramas. Lá, refletiu   fazer assessorias online, em meio às restrições sanitárias.
            como seria possível deixar um lugar, com 4 mil obras,   Lia termina sua passagem pela Galeria Jaqueline   FOTOS: JOSÉ PELEGRINI
            o menos opressivo possível para o público, dentro de   Martins com um convite para participar de uma coletiva
            uma construção, por sua vez, monumental.        de 200 artistas negros, no Sesc Belenzinho, em meados

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