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NOVAS POLÍTICAS PÚBLICAS REPORTAGEM
Em apenas dois meses e meio,
Margareth Menezes mudou os
paradigmas de composição
administrativa na cultura do
Estado; no MinC, as mulheres não
são apenas maioria, elas decidem
por jotabê medeiros
FORÇA-TAREFA FEMININA
a artista e curadora naine terena, que assinou No novo Ministério da Cultura do Brasil de 2023,
a curadoria da pioneira mostra de arte indígena Véxoa: as mulheres não são apenas maioria, elas decidem.
Nós sabemos, na Pinacoteca de São Paulo (em 2020, Em apenas dois meses e meio, Margareth Menezes
reunindo 23 artistas e coletivos), é a nova diretora de mudou completamente os consagrados paradigmas
Educação e Formação Artística da Secretaria Nacional de composição administrativa na cultura do Estado
de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura. A Brasileiro. No dia 3 de março, na Sala Cecília Meirelles,
cientista política Layanne Lisa coordena a diretoria de no Rio, Margareth deu posse à baiana Maria Marighella
Articulação e Governança dos Comitês de Cultura do (neta de Carlos Marighella) na presidência da Funda-
mesmo ministério. A socióloga Leticia Schwarz é a sub- ção Nacional de Artes (Funarte) com um grande ato
secretária de Gestão Estratégica. A antropóloga Raquel público no Rio de Janeiro, sonorizado pelo batuque
Dias Teixeira é a coordenadora do Centro Nacional de ao vivo do grupo percussivo Tambores de Olokun, um
Folclore e Cultura Popular do Iphan. A educadora Kelma rito que incorporou o antigo movimento #OcupaMinC,
Ferreira coordena o Apoio Administrativo do Ibram. A nascido em 2016, na resistência ao golpe de Estado
doutora em estudos étnicos e africanos Desiree Tozi contra a ex-presidenta Dilma Rousseff. Ao anunciar a FOTO: FILIPE ARAÚJO
é a nova diretora de Cooperação e Fomento do Iphan. nova diretoria colegiada da Funarte, Maria Marighella
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