Page 33 - ARTE!Brasileiros #60
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À esq., Elvys Chaves e Carlo Schiavini,
Geoescultura Cybernética; abaixo, Maria
Tereza Aigner e Thiago Sobreiro, Módulos
Espelhados, ambas expostas no Parque
Cultural Casa do Governador
exemplares, como criar o Parque Cultu-
ral Casa do Governador, em Vila Velha.
Como foi a orientação para a cultura neste
governo que se encerra?
Fabricio Noronha – A orientação do
governador Renato Casagrande, minha
primeira grande experiência na gestão
pública – eu, que venho da iniciativa privada,
da organização e produção de eventos e
curadoria de mostras –, foi o desafio de
trabalhar uma política de cultura de forma
transversal, entendendo a centralidade da
cultura em nossa vida, seus potenciais de
desenvolvimento econômico assim como
do senso de pertencimento do capixaba.
Tudo isso com uma liberdade de criação e
de trabalho muito grande. Em quatro anos
construímos muitas coisas. O governador
sancionou uma lei de incentivo de iCmS,
que era um desejo de décadas do setor
cultural do Espírito Santo, e um meca-
nismo de transferência de recursos do
fundo estadual para fundos municipais, e
com isso conseguimos crescer em quatro
vezes o número de fundos e leis municipais
de cultura.
Junto a isso veio a ideia dele e da primei-
ra-dama, Maria Virgínia, de transformar a
casa de praia do governador em um parque.
A Secretaria entrou com o concurso de
esculturas que ancora esse parque cultural.
Entre as inovações desta gestão está real-
mente a criação do parque com esculturas
realizadas especialmente para o local.
Qual foi a concepção geral deste projeto?
A concepção veio do próprio governador
de abrir a residência e um parque para
visitação misturando arte, meio ambiente
e tecnologia. Criamos um grupo interdisci-
plinar de várias secretarias e nós entramos
com a proposição do parque de esculturas,
que hoje totaliza dez obras temporárias e 11
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