Page 42 - ARTE!Brasileiros #55
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ARTIGO EXPOSIÇÃO SIDNEY AMARAL



                            exploração, seja material, seja cognitiva, coloca uma grande maioria lado a lado numa
                            fractal de segregação. “De agora em diante todos serão conhecidos genericamente como
                            negros”, afirmava a Constituição Haitiana de 1805, fruto da única revolta negra a tomar o
                            poder definitivo e da primeira nação americana a abolir a escravidão. “Agora somos todos
                            negros!”, afirmavam para pactuar a resistência entre nós.
                               Nós pactuamos, entre trancos e barrancos, entre batalhas e guerras, entre desconstru-
                            ções e descolonizações, que não vamos sucumbir ao sequestro do futuro. Reencenamos
                            o passado com os delírios do presente. Vejo na sua obra, Sidney, uma força nada próxima
                            do surreal onírico, mas sim limítrofe do delírio: uma potência de fascinação e alucinação.
                              …
                               Sidney, tomei a vacina imunizante do vírus Covid-19 no dia que fui visitar a sua exposi-
                            ção Viver até o fim o que me cabe! De manhã, já tinha preparado meus documentos.


























































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                                                                                Encontro,
                                                                                Sidney
                                                                                Amaral, 2015
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