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LIVROS CORPO/ESPAÇO
AS PULSÕES DE uso do corpo na obra de Iole, desde as primeiras fotografias
e gravações (“uma intersecção entre body art, performance
IOLE DE FREITAS e filme experimental”) até as esculturas, que, ainda no início,
manifestavam “a busca por algo flexível como o corpo”, sem
dúvidas explorando o espaço para isso.
Além deste ensaio de Paulo que funciona como uma introdu-
LIVRO LANÇADO PELA COBOGÓ E ORGANIZADO POR ção para o livro, há um outro da curadora Elisa Byington que
PAULO VENANCIO FILHO MOSTRA OBRA DA ARTISTA o encerra. Este último se debruça sobre os trabalhos mais
recentes de Iole, nas quais a artista explora a maleabilidade
SOB A PERSPECTIVA DO CORPO E DO ESPAÇO do aço inox ao ser dobrado, formando as mais variadas curvas.
Iole também participou ela mesma da elaboração do livro,
DA REDAÇÃO tendo se envolvido com seu acerto pessoal hoje no Instituto
de Arte Contemporânea (IAC), em São Paulo, para oferecer o
mais vasto material para a edição, tendo também a auxílio da
“RECEITA PARA CRIATIVIDADE: o mês de Maio filha, Rara Dias. Para além dos ensaios, estão anexados textos
+ um pacote de bolachas”, escreveu em inglês, em passados e essenciais sobre a trajetória da artista, escritos por
um caderno, a artista Iole de Freitas em meados Lucy Lippard, Sônia Salzstein, Paulo Sergio Duarte, Ronaldo
de 1974, quando começava a produzir e expor os Brito, Manuela Ammer e Rodrigo Naves.
seus trabalhos. Muitos meses de maio e pacotes de A fluidez evocada por uma leveza nas formas das esculturas
bolachas de passaram desde então, a produção de ou mesmo nos gestos de performances (mesmo que quando
Iole foi crescendo e se desenvolvendo. Fotografias, com facas) é ponto bem perceptível nas páginas do volume,
filmes experimentais, instalações, performances talvez por ser necessária para os cursos das pulsões, sobre
e esculturas aconteceram nos mais de 40 anos as quais Ronaldo Brito aponta: “Algo nas construções passa-
que passaram desde então. geiras e inquietantes de Iole de Freitas como que traduziria a
Um panorama de sua produção e sua linguagem mobilidade permanente e indecidível das pulsões”.
acaba de ser lançado pela editora Cobogó, no livro
Iole de Freitas – corpo/espaço. O volume espesso Iole de Freitas - corpo/espaço
tem organização do curador e crítico de arte Paulo Paulo Venancio Filho (org.)
Venancio Filho, que já no texto de abertura do livro Cobogó
R$ 90,00
traça um delineia um quadro lógico entre sobre o
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