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BIENAIS 58ª BIENAL DE VENEZA
STILL DE RISE, BÁRBARA WAGNER & BENJAMIN DE BURCA, 2018
Especialmente nos projetos filmicos, que agora chegam frevo de Recife aos rappers de Toronto; dos cantores do
a sete, a dupla apresenta obras audiovisuais concebidas schlager de Münster aos oradores evangélicos da Zona
em conjunto com seus protagonistas, que misturam docu- da Mata pernambucana.
mentário e ficção, realidade e imaginação, e que levantam “Por um lado, são manifestações que parecem marginais,
debates sobre o uso do corpo, a indústria musical, os mas na vida real elas são muito centrais na cultura. O
diálogos e conflitos entre cultura pop e manifestações schlager é o gênero mais consumido na Alemanha, o hip
tradicionais e sobre as ideias de bom e mau gosto. Temá- hop é um fenômeno mundial e o brega é muito popular
ticas tratadas de modo multidisciplinar em trabalhos que aqui no Nordeste”, afirma De Burca. “Acho que a gente
retratam personagens de universos marginalizados e procura entender esses fenômenos que parecem margi-
como eles próprios se autorrepresentam e se apresen- nalizados, mas que na verdade têm um nervo central na
tam ao mundo – dos músicos de brega e dançarinos de nossa experiência de cultura”, completa Wagner. “Eles
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