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EXPOSIÇÃO SÃO PAULO
ARTEFATOS I E ARTEFATOS II, JAIME LAURIANO. AMBAS DE 2016
espalhados em diferentes segmentos – para então plástica, bem como o núcleo dedicado à teoria dos
identificar narrativas possíveis. “Percebi que, desde valores, com obras que refletem e problematizam
sempre, há um cuidado muito grande com a arte de aspectos ligados ao capital, à riqueza e aos valores
São Paulo”, conta Herkenhoff, que decidiu dedicar materiais. Subindo ao primeiro andar, o espectador
o andar térreo à discussão em torno da cidade. Lá se deparará com um amplo segmento dedicado à
estarão desde referências à fundação de São Paulo cor e, em seguida, no último piso, com os blocos
até um interessante bloco dedicado à relação entre dedicados ao barroco e à arte afro-brasileira.
Tarsila do Amaral e seus maridos. Merece destaque “Há uma inversão, porque a arte afro-brasileira vai
a escultura de Ascânio MMM, reconstruída para ficar no topo. Aquilo que era base na estruturação
substituir o trabalho do artista que havia sido ins- social se inverte e é coroado, com Aleijadinho
talado na Praça da Sé e que desapareceu quando e Machado de Assis”, sublinha Herkenhoff. São
foi retirada para revisão. A peça será reinstalada várias gerações de artistas contemplados. Lá
no seu lugar original após o término da exposição, estão Rubem Valentim, “que tira o candomblé
retomando sua vocação pública. da ideia de questão de polícia, de superstição, de
O subsolo do prédio projetado por Oscar Niemeyer feitiçaria, de folclore, e o lança como um conjunto
abriga um interessante diálogo entre a arte pop e a de valores espirituais”; Emanoel Araújo, “aquele
xilogravura, e também um conjunto importante de que volta à África”; bem como as gerações mais
trabalhos que lidam com a questão da memória, da jovens, como Rosana Paulino e Ayrson Heráclito.
subjetividade e da escrita como forma de expressão A imensa maioria dos trabalhos pertence à
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