Exposição "ATLÂNTICOFLORESTA"
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A nova exposição do Museu de Arte do Rio reúne obras de importantes artistas brasileiros, colocando-as em diálogo com as imagens fabulares da afro-diáspora e das expressões visuais dos povos
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A nova exposição do Museu de Arte do Rio reúne obras de importantes artistas brasileiros, colocando-as em diálogo com as imagens fabulares da afro-diáspora e das expressões visuais dos povos originários. Ao cruzar fronteiras culturais e narrativas ancestrais, a mostra ATLÂNTICOFLORESTA anuncia a riqueza do país assim como a necessidade de resistência das identidades que moldam o Brasil. A histórica relação com o oceano Atlântico e a floresta Amazônica, as causas vinculadas às questões da terra como resistência e protesto e a celebração da cultura dos povos afro-brasileiros e indígenas são os temas das narrativas que chegam ao mais carioca dos museus.
Com curadoria de Marcelo Campos, Amanda Bonan, Amanda Rezende, Thayná Trindade e Jean Carlos Azuos, a mostra é uma ampliação e um desdobramento da exposição “Atlântico Vermelho” que foi inaugurada em 16 de abril de 2024, em Genebra, na Suíça. Foi a primeira vez que uma exposição ocorreu durante o Fórum Permanente de Afrodescendentes da ONU, considerado o evento mais importante das Nações Unidas sobre a questão étnico-racial.
Por ser um desdobramento, a nova exposição ganha uma nova dimensão e inaugura no Brasil enquanto ocorre a realização da Cúpula do G20 no Rio de Janeiro. Durante as atividades do G20, o MAR receberá a visita de lideranças dos 19 países-membros, além de representantes da União Africana e da União Europeia, marcando um momento histórico para o Brasil. No contexto do G20, ocorre o G20 Social, que visa discutir formas de inclusão social, sustentabilidade e desenvolvimento econômico no planeta. É realizado pelo Governo do Brasil e correalizado pela Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e Serpro, com a parceria de Apex, Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica Federal, Itaipu, Petrobras, Prefeitura do Rio de Janeiro, Única, BID e PNUD. O Museu de Arte do Rio se consolida como uma referência cultural nacional e internacional, sublinhando a importância de ATLÂNTICOFLORESTA na promoção do debate sobre a resistência dos povos cujas histórias foram apagadas. “Dentro das obras temos pautas como a condição de uma relação das cosmospercepções tanto indígenas quanto afro brasileiras. Nós temos de outro modo a reflexão sobre esse Atlântico, esse mar, tão sangrento, que foi palco e cenário de tanta atrocidade e por outro lado a reflexão sobre a própria floresta, os modos como você pode conviver, lidar e viver dentro de uma floresta e por outro lado os modos como isso tudo pode ser apropriado por estrangeiros, por quem chega, por invasores, como aconteceu com frequência na história do Brasil. Um país que tem dois elementos da sua geografia, o oceano e a floresta, como ponto de muita reflexão. Do oceano vieram nossos parentes africanos, e na floresta residiam nossos parentes indígenas, isso é o que norteia a exposição”, antecipa Marcelo Campos, Curador Chefe do MAR.
Cerca de 160 obras entre pinturas, fotografias, desenhos, esculturas, manufaturas têxteis e vídeos estarão na mostra, mais de 90% dessas obras fazem parte da Coleção MAR. O acervo do Museu de Arte do Rio conta com mais de 30 itens museológicos e cresce a cada ano com as doações recebidas. Entre os artistas que participam de ATLÂNTICOFLORESTA estão Rosana Paulino, Jaime Lauriano, Jaider Esbell, Lidia Lisboa, Denilson Baniwa, Ayrson Heráclito, Nádia Taquary, Xadalu Jekupé Tupã, Dalton Paula, Menegildo Isaka Huin Kuin, André Vargas, Maré de Mattos, Grupo Karajá, Yhuri Cruz, Gustavo Caboco, Ventura Profana, entre outros.
Na abertura, que acontece na véspera do feriado do Dia da Consciência Negra, a entrada é gratuita.
SOBRE ATLÂNTICO VERMELHO
A Organização das Nações Unidas inaugurou em abril de 2024 a exposição “Atlântico Vermelho”, com 60 obras de 22 artistas afrodescendentes brasileiros. A mostra teve curadoria de Marcelo Campos, Curador-Chefe do Museu de Arte do Rio (MAR) e expografia de Gisele de Paula, arquiteta que também atua no MAR. A exposição aconteceu na sede da ONU, em Genebra, na Suíça, durante o 3º Fórum Permanente de Afrodescendentes. A cantora Teresa Cristina fez uma apresentação durante a abertura do evento, que também contou com a presença da Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco e outras autoridades. A exposição foi uma ação conjunta entre o Instituto Luiz Gama, a ONG Paramar e o Instituto Guimarães Rosa. O Museu de Arte do Rio e a Organização de Estados Ibero-americanos são corealizadores da mostra. A exposição foi realizada em um dos espaços mais nobres da ONU: no mezanino ao lado da Sala do Conselho de Direitos Humanos e da Aliança das Civilizações. Artistas de vários estados do Brasil, como, Paraíba, Ceará, Pernambuco, Espírito Santo, Goiânia, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo marcaram presença na exposição, que além do destaque internacional, também repercutiu na criação de um Projeto de Lei (1928/2024) que regulamenta a profissão do artista plástico no Brasil.
Serviço
Exposição | ATLÂNTICOFLORESTA
De 19 de novembro a 23 de fevereiro
Terça-feira a domingo, das 11h às 18h
Período
19 de novembro de 2024 11:00 - 23 de fevereiro de 2025 18:00(GMT-03:00)
Local
Museu de Arte do Rio - MAR
Praça Mauá, 5 – Centro, Rio de Janeiro – RJ