Entre 3 e 7 de abril, o Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, será casa do Festival de Arte de São Paulo (SP-Arte) novamente. Comemorando a 15ª edição, a feira terá seus setores de arte comandados por novos curadores. Além disso, haverá 165 expositores no total: 121 galerias de Arte, e 44 de Design e inaugura o setor OpenSpace, que leva esculturas para a parte externa do prédio, com curadoria de Cauê Alves.
Quando convidada para a curadoria do setor SOLO, a chilena Alexia Tala pensou imediatamente em uma frase que lhe foi dita por Aracy Amaral há alguns anos: que o Brasil estava de costas para a América Latina. O que ela queria dizer é que o país estava sempre com o olhar voltado à Europa e aos Estados Unidos, sem criar vínculos com o próprio continente do qual faz parte. Foi por isso, conta Alexia, que ofereceu como proposta à Fernanda Feitosa, diretora da instituição, “usar a feira, especificamente os projetos em SOLO, como uma plataforma para nos abrirmos para olhar para si mesmos, entendendo que o Brasil é tão parte da América Latina como o resto”, conta a curadora para a ARTE!Brasileiros.
O pensamento a levou para uma obra da série Profecias, de Randolpho Lamonier, artista que estará presente na mostra do setor, na qual há a previsão de que em 2050 todos irão descobrir que o Brasil é a América Latina. Alexia, que também está trabalhando na curadoria da Bienal de Arte Paiz, na Guatemala, foi juntando ideias e moldando o seu desejo por formar uma estrutura curatorial que falasse de território por meio de teorias pós-coloniais: “Fiz a seleção de artistas desde uma perspectiva territorial contextual da América Latina. Como nos vemos? Quantas identidades diferentes foram criadas? E quais se tornam fictícias? Estas foram as primeiras perguntas que me fizeram pensar sobre a ideologia colonial”, explica.
Nesta perspectiva, a curadora de SOLO leva à SP-Arte Rafael Pagatini (Brasil, OÁ), María Edwards (Chile, Patricia Ready), Ayrson Heráclito (Brasil, Portas Vilaseca), Nicole Franchy (Peru, IK Projects), Feliciano Centurión (Argentina, Walden), Manata Laudares (Brasil, Sé), Randolpho Lamonier (Brasil, Periscópio), Alejandra Pietro (Chile, Die Ecke), Sandra Vásquez de la Horra (Chile, Bendana-Pinel) e Fernando Bryce (Peru, Espaivisor). São artistas que, com formas muito diferentes de trabalhar, levantam os questionamentos que ela se fez: “Perguntas atemporais que são atualizadas toda vez que vemos o exotismo exigido de fora para nosso território”.
Seja na recuperação de “uma memória religiosa e a força mística da cultura afro-baiana” feita por Heráclito, na reconstrução da História e na reflexão sobre ela “a partir do registro do que é necessário para manter dentro da história e não esquecer” feitas por Pagatini ou na conscientização sobre a AIDS feita por Centurión em uma “crônica pessoal de seu caminho para a morte” o setor SOLO vai aproximando os países do continente por meio de questões em comum.
Já no setor Masters, antigo Repertório, o novo curador, Tiago Mesquita, não buscou um eixo temático ou histórico. O crítico de arte conta que a experiência na curadoria de um evento como a SP-Arte ainda é muito nova para ele: “É muito atípico em relação a outros trabalhos que já fiz em curadoria”.
Tiago escolheu trazer para o Masters obras produzidas entre os anos 50 e 80, por serem trabalhos que “podemos olhar com certa distância temporal” para compreendê-los e compreender também a produção de seus respectivos autores. Carlos Fajardo (Marcelo Guarnieri), Ridyas (Central) e um projeto de Rubens Gerchman (Superfície), dentre outros.
A maior surpresa talvez seja no setor Performance. Marcos Gallon, que também organiza a mostra de performance arte VERBO, escolheu não destinar um espaço só para os trabalhos que serão apresentados. As performances aconteceram em espaços destinados a elas espalhados entre os expositores. A ideia de Gallon é incentivar as galerias a também levarem seus artistas que atuam com performance, assim o gênero se incorpora como outro meio possível de arte, não ficando marginalizado a um canto fechado. Até porque, segundo Gallon, a grande maioria das galerias de arte do estado de São Paulo representam artistas que trabalham com a performance.
Gallon também é impulsionado pela ideia de estimular colecionadores a comprar performances, fazer com que olhem ela como algo possível de ser vendido pelas galerias: “Assim, ela é trazida para o eixo da feira, que é a comercialização”. Para isso, a SP-Arte comprará uma das obras apresentadas e doará para o acervo da Pinacoteca de São Paulo. A obra será escolhida pela equipe da instituição, liderada por Jochen Volz. Estarão no setor os artistas Cadu (Vermelho), Cristiano Lenhardt (Fortes D’Aloia & Gabriel), Jorge Soledar (Portas Vilaseca), Maria Noujaim (Galeria Jaqueline Martins) e Jaime Lauriano (Galeria Leme/AD).
Premiações
O Prêmio SP-Arte de Residência, que oferece ao vencedor três meses de residência na conceituada Delfina Foundation, em Londres, têm seis finalistas, ao invés de cinco, como é de costume. Desta vez, o grande número de inscritos fez com que a SP-Arte escolhesse um nome a mais. Os selecionados foram: Bruno Faria (Periscópio Arte Contemporânea), Daniel Lie (Casa Triângulo), Jaime Lauriano (Galeria Leme A/D), Leticia Ramos (Mendes Wood DM), Paul Setúbal (Andrea Rehder Arte Contemporânea) e Virginia de Medeiros (Galeria Nara Roesler).
Na terceira edição, o Prêmio de Arte Marcos Amaro, uma parceria com a feira, mostrou o quanto foi interessante para os artistas que participam da feira, já que este ano se inscreveram 139 artistas com projetos, sites specifics, o que fez com que o anúncio dos finalistas fosse postergado por alguns dias. O ganhador será agraciado com um valor de R$ 50 mil, além de uma bolsa de até R$ 45 mil para a produção de um projeto artístico inédito na FAMA – Fábrica de Arte Marcos Amaro em Itu. O trabalho desenvolvido poderá ser adquirido posteriormente para o acervo da Fundação Marcos Amaro. Ambas as premiações terão seus resultados divulgados no dia 4 de abril, na SP-Arte.
Detalhes
Detalhes
Depois de atrair quase 1 milhão de visitantes com a exposição “Dos Brasis – arte e pensamento negro” – considerada uma das maiores mostras dedicadas exclusivamente à produção negra nacional -, o Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis, abrirá, neste sábado (24/5), um novo projeto expositivo que promete grande repercussão. Trata-se de “Insurgências Indígenas: Arte, Memória e Resistência“, que reunirá obras e performances de artistas indígenas aldeados de diferentes partes do país.
A mostra será aberta em etapas – ou em “fogueiras”, terminologia utilizada pela curadoria do projeto. Ela é assinada pela antropóloga e ativista indígena Sandra Benites e pelo curador-chefe do Museu de Arte do Rio (MAR), Marcelo Campos, com a assistência de Rodrigo Duarte, artista visual e ativista socioambiental. O termo fogueiras (TATA YPY, a origem do fogo, em guarani) faz referência às práticas culturais ancestrais de reunião ao redor do fogo. Para a mostra, a palavra se refere aos encontros e debates que abrem cada etapa da exposição.
“É nas fogueiras que há compartilhamento e diálogo aquecido pela força e afeto. É o lugar de encontro de uma comunidade, um lugar de debate, tomadas de decisões, recontar nossas histórias e acordar memórias”, explicam os curadores.
Andrey Guaianá e debate com lideranças indígenas
A primeira fogueira, neste sábado (24/5), será marcada pela inauguração da obra comissionada de Andrey Guaianá Zignnatto, na Galeria Brasil, e por uma conversa entre público, artistas e lideranças indígenas no Salão das Convenções. Participarão Lutana Kokama, Vanda Witoto, Iracema Gãh Té Kaingang e Alice Kerexu Takua, além da curadora Sandra Benites. A atividade, que acontece das 14h às 17h, tem entrada franca. Também haverá transmissão ao vivo através de um link que será disponibilizado em www.sescrio.org.br.
Nascido em Jundiaí (SP), descendente de povos Tupinaky’ia e Gûarini, Andrey é reconhecido por trabalhos que fazem referência ao universo do labor. Neto de pedreiro, do qual foi ajudante quando criança, Andrey utiliza em suas obras materiais como sacos de cimento, tijolos, juntas de argamassa e fragmentos e sobras de intervenções urbanas. Sua intenção é provocar uma reflexão sobre a relação instável e dinâmica que o ser humano estabelece com o meio que o cerca.
Diversidade de povos
A fogueira seguinte será no dia 7 de junho, com o desenvolvimento das obras comissionadas, ou seja, desenvolvidas exclusivamente para a mostra. O público poderá acompanhar o processo de criação dos trabalhos, que envolverá instalações, pinturas e ilustrações. As peças serão criadas por artistas e coletivos de Amazonas, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, dos povos Desana, Baniwa, Anambé, Guarani Nhandeva, Xavante, Guarani, Mbya e Karapotó.
A composição do projeto prossegue no dia 10 de julho, coincidindo com o Festival Sesc de Inverno, quando serão apresentadas obras audiovisuais, incluindo mapping, e inaugurada a obra da artista Tamikuã Txihi no entorno do lago Quitandinha. Para o dia 9 de agosto está prevista a última fogueira, que completa a exposição, com obras que remetem à arte e à memória. A mostra se estenderá até fevereiro de 2026.
Serviço
Exposição | Insurgências Indígenas: Arte, Memória e Resistência
De 24 de maio a 24 de fevereiro
Terça a domingo e feriados, das 10h às 16h30
Período
24 de maio de 2025 10:00 - 24 de fevereiro de 2026 16:30(GMT-03:00)
Local
Centro Cultural Sesc Quitandinha
Avenida Joaquim Rolla, 2, Petrópolis, Rio de Janeiro - RJ
Detalhes
Como se constrói uma exposição de arte? Qual o papel de um curador de uma coleção? Na 69ª edição do programa Ocupação Itaú Cultural, somos convidados a conhecer a trajetória
Detalhes
Como se constrói uma exposição de arte? Qual o papel de um curador de uma coleção? Na 69ª edição do programa Ocupação Itaú Cultural, somos convidados a conhecer a trajetória de um dos mais importantes pesquisadores das artes no Brasil, o curador, gestor cultural, crítico de arte e artista Paulo Herkenhoff.
A mostra – com curadoria de Leno Veras e da equipe do Itaú Cultural – apresenta documentos, fotografias, livros, obras de arte e diversos de seus cadernos de anotação para se debruçar sobre três aspectos fundamentais do trabalho de Paulo: o colecionismo, a curadoria de exposições e a edição de publicações de arte.
Nascido em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, nosso homenageado tem um trabalho marcado pela investigação profunda da história da arte, da cultura e de seus protagonistas; pela tessitura de redes de saber e pelas ações estruturantes em museus e organizações nas quais atua, sempre preocupado com o fortalecimento das bases que sustentam as instituições culturais, garantindo sua perenidade e permanência. Como gestor e crítico, se engaja na construção de coleções e análises críticas que olhem e representem, de fato, a multiplicidade que constitui o país, e a transmissão de seus saberes inerentes.
Na juventude, ainda em Cachoeiro de Itapemirim, Paulo Herkenhoff cresceu imerso em uma escola criada e gerida por sua família. Foi nela onde começou a trabalhar na biblioteca aos 10 anos, ministrou aulas aos 14 e montou sua primeira curadoria, uma mostra dedicada ao estado da Paraíba, aos 6 anos. Frequentou a Escolinha de Arte de Cachoeiro de Itapemirim, fundada por Isabel Braga em 1950 e, na década de 1970, foi aluno do artista Ivan Serpa. Foi inclusive enquanto aluno de Serpa que Paulo começou a carreira artística. Sua receptividade foi imediata, sendo premiado no Salão Universitário da PUC-Rio, no Salão de Verão, na exposição Valores Novos e na VII Jovem Arte Contemporânea. Nessa mesma década participou da Bienal de Veneza e da Bienal de Paris.
Seu sonho, desde a juventude, era trabalhar com diplomacia, que o leva a cursar Direito, carreira que deixaria de lado anos mais tarde para se dedicar à cultura e à arte. Foi Curador-chefe do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), Diretor Cultural do Museu de Arte do Rio (MAR), também com passagens pelo Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA), pelo Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro (MNBA) e muitas outras organizações dentro e fora do Brasil. Foi responsável por curadorias que ficaram para a história da arte brasileira, como a 24ª Bienal Internacional de São Paulo, conhecida como a “Bienal da Antropofagia”; o Pavilhão brasileiro da 47ª Bienal de Veneza (Itália), o Salão Arte Pará, em dezenas de edições; o Tempo, no MoMA (Nova Iorque); Vontade Construtiva na Coleção Fadel, no MAM-RJ; entre outras. No Itaú Cultural, foi curador das mostras Investigações: o trabalho do artista (2000), Trajetória da Luz na Arte Brasileira (2001), Caos e Efeito (2011), Modos de Ver o Brasil: 30 anos do Itaú Cultural (2017) e Sandra Cinto: das Ideias na Cabeça aos Olhos no Céu (2020).
Além da exposição, a Ocupação Paulo Herkenhoff conta com um site e uma publicação – disponíveis na data de abertura – que expandem e aprofundam os conteúdos trabalhados na mostra, com textos do próprio homenageado, além de depoimentos de parceiros e pesquisadores sobre o legado de sua atuação para a arte brasileira.
Serviço
Exposição | Ocupação Paulo Herkenhoff
De 30 de agosto a 23 de novembro de 2025
Terça a sábado, das 11h às 20h, domingos e feriados, das 11h às 19h
Período
30 de agosto de 2025 11:00 - 23 de novembro de 2025 20:00(GMT-03:00)
Local
Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149, Sâo Paulo - SP
Detalhes
O Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), e o Instituto Tomie Ohtake apresentam a exposição A terra, o fogo, a água e os ventos – Por
Detalhes
O Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), e o Instituto Tomie Ohtake apresentam a exposição A terra, o fogo, a água e os ventos – Por um Museu da Errância com Édouard Glissant. Concebida como um museu em movimento e dedicada à obra e ao pensamento do poeta, filósofo e ensaísta martinicano Édouard Glissant (1928–2011), a exposição integra a Temporada França-Brasil 2025 como um de seus principais destaques.
Com seu título inspirado na antologia poética La Terre, le feu, l’eau et les vents (2010), organizada pelo escritor martinicano, a mostra ensaia o que seria um “Museu da Errância”. Errância é uma vivência da Relação: recusa filiações únicas e propõe o museu como arquipélago – espaço de rupturas, apagamentos e reinvenções sem síntese forçada. Contra genealogias rígidas, propõe-se uma memória em trânsito, feita de alianças provisórias, traduções e tremores – um processo institucional movido pelo encontro entre tempos, territórios e linguagens. Ainda que Glissant tenha deixado fragmentos de sua visão para um museu do século 21, não chegou a concretizá-lo.
A exposição imagina como poderia ser esse Museu da Errância em múltiplas camadas e conexões inesperadas entre obras, documentos e paisagens. As duas ideias-chave da organização da montagem da exposição são a palavra da paisagem e a paisagem da palavra, concebidas a partir da concepção de Glissant de “parole du paysage”. Para o poeta, a paisagem não é apenas cenário externo, mas força ativa que molda memórias, gestos e linguagens.
Além disso, estão presentes em frases, manuscritos e entrevistas do autor outras ideias como Todo-mundo, crioulização, arquipélago, tremor, opacidade, palavra da paisagem e aqui-lá. Trata-se de um arco de assuntos interligados com profunda relevância no mundo contemporâneo, que mais uma vez se vê permeado por discursos e medidas de intolerância perante o diverso e incapaz de criar canais de escuta dos elementos naturais e das paisagens ameaçados de destruição.
É nesse horizonte que se apresenta, pela primeira vez no Brasil, parte da coleção pessoal reunida por Glissant e atualmente preservada no Mémorial ACTe, em Guadalupe. O conjunto inclui pinturas, esculturas e gravuras de artistas com quem o pensador conviveu e sobre os quais escreveu, como Wifredo Lam, Roberto Matta, Agustín Cárdenas, Antonio Seguí, Enrique Zañartu, José Gamarra, Victor Brauner e Victor Anicet, entre outros. São artistas de crescente reconhecimento internacional, que viveram trajetórias de diáspora e imigração, e produziram em trânsito entre línguas, linguagens, paisagens e histórias múltiplas.
À coleção de obras somam-se documentos, cadernos, vídeos e fragmentos de textos e entrevistas de Glissant, igualmente inéditos. A mostra apresenta também trechos da extensa entrevista concedida em 2008 a Patrick Chamoiseau, escritor martinicano e parceiro intelectual de Glissant, da qual resultou o monumental Abécédaire.
Este extenso e rico acervo é apresentado em diálogo com trabalhos de mais de 30 artistas contemporâneos das Américas, Caribe, África, Europa e Ásia, que convocam o público a experimentar, de forma sensorial, o entrelaçamento entre paisagem, linguagem e memória.
A exposição é parte da pesquisa de longo prazo do Instituto Tomie Ohtake em torno da produção de memória, a exposição dá sequência a iniciativas recentes como a mostra Ensaios para o Museu das Origens (2023) e o seminário Ensaios para o Museu das Origens – Políticas da memória (2024), que reuniu representantes de museus, arquivos e comunidades em um intenso debate sobre preservação e cidadania.
Serviço
Exposição | A terra, o fogo, a água e os ventos – Por um Museu da Errância com Édouard Glissant
De 03 de setembro a 25 de janeiro
Terça a domingo, das 11h às 19h – última entrada às 18h
Período
3 de setembro de 2025 11:00 - 25 de janeiro de 2026 19:00(GMT-03:00)
Local
Instituto Tomie Ohtake
Av. Brigadeiro Faria Lima, 201, Pinheiros, São Paulo – SP
Detalhes
Ailton Krenak consolidou-se, ao longo dos anos, como um dos principais porta-vozes da causa indígena no Brasil e no exterior. Sua trajetória impulsionou um movimento coletivo para repensar
Detalhes
Ailton Krenak consolidou-se, ao longo dos anos, como um dos principais porta-vozes da causa indígena no Brasil e no exterior. Sua trajetória impulsionou um movimento coletivo para repensar o mundo, trazendo para o centro do debate temas como humanidade, natureza, espiritualidade e futuro.
Um marco histórico aconteceu em 1987, quando ele pintou o rosto com jenipapo durante um discurso na Assembleia Constituinte, gesto que se tornou símbolo de resistência, um aviso de que os povos indígenas existem, resistem e têm muito a dizer.
A Ocupação Ailton Krenak, realizada pelo Itaú Cultural (IC), celebra esse percurso. Nascido em 1953, no Vale do Rio Doce (MG), ele é autor de obras fundamentais que se tornaram referência em tempos de crise, como Ideias para adiar o fim do mundo, A vida não é útil e Futuro ancestral. Além da produção literária, Ailton foi responsável por importantes iniciativas, como a criação do Programa de Índio, do Jornal Indígena e do Núcleo de Cultura Indígena (NCI), que ampliaram e fortaleceram a voz dos povos originários.
A mostra ocupa o piso térreo do IC e apresenta depoimentos, manuscritos e registros de uma vida dedicada a pensar caminhos fora da lógica do consumo e da destruição. O projeto inclui, ainda, uma publicação impressa (disponível on-line) e um site com conteúdos exclusivos (itaucultural.org.br/ocupacao).
Além da dimensão de homenagem, esta Ocupação – palavra que na língua Krenak se traduz como Men am-ním – é um convite a desacelerar, conceber outros horizontes e descolonizar o olhar.
Serviço
Exposição | Ocupação Ailton Krenak
De 04 de setembro a 23 de novembro
Terça a sábado, das 11h às 20h, domingos e feriados, das 11h às 19h
Período
4 de setembro de 2025 11:00 - 23 de novembro de 2025 20:00(GMT-03:00)
Local
Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149, Sâo Paulo - SP
Detalhes
O Sesc Casa Verde inaugura os murais monumentais da artista Giulia Bianchi, criados especialmente para o espaço da Comedoria dentro do projeto “Mão, Terra, Fogo”. As quatro obras,
Detalhes
O Sesc Casa Verde inaugura os murais monumentais da artista Giulia Bianchi, criados especialmente para o espaço da Comedoria dentro do projeto “Mão, Terra, Fogo”. As quatro obras, cada uma com 5 x 12 metros, totalizam 240 m² de pintura em tinta acrílica PVA — o equivalente à fachada de um edifício de 16 andares. Em dimensões grandiosas, os murais retratam alimentos emblemáticos da cultura brasileira: carne, alhos, peixes e bananas.
Intituladas Dança, Âmbar, Limiar e Terra, as pinturas se inserem no conceito de alimentação desenvolvido pelo Sesc, que entende a comida como expressão viva de identidades, territórios e modos de vida. Mais do que representações figurativas, os murais exploram os aspectos sensoriais e sinestésicos da pintura, evocando sabores, aromas e texturas que transcendem a imagem. A proposta conecta arte e alimentação em diálogo com questões atuais como sustentabilidade, biodiversidade e preservação de saberes tradicionais.
A pesquisa de Bianchi, marcada pelo contato com comunidades agrícolas do Vale do Ribeira e experiências internacionais, reflete em composições oceânicas que parecem expandir-se além das paredes, tensionando a fronteira entre o visível e o imaterial. As obras permanecem em exibição pública no Sesc Casa Verde até 19 de dezembro, reforçando o papel do espaço como ponto de encontro entre cultura, alimento e comunidade.
Serviço
Exposição | Mão, Terra, Fogo
De 20 de setembro a 19 de dezembro
Terça a sexta-feira, 10h às 18h30; sábados, domingos e feriados, 10h às 17h30
Período
20 de setembro de 2025 10:00 - 19 de dezembro de 2025 18:30(GMT-03:00)
Local
Sesc Casa Verde
Avenida Casa Verde, 327, Casa Verde, São Paulo - SP
Detalhes
Foram meses de pesquisa entre Bahia, Pará e Rio de Janeiro, durante os quais o artista visual Adriano Machado construiu as obras da exposição Gestos Indizíveis,
Detalhes
Foram meses de pesquisa entre Bahia, Pará e Rio de Janeiro, durante os quais o artista visual Adriano Machado construiu as obras da exposição Gestos Indizíveis, em cartaz no Galpão Bela Maré, no Rio de Janeiro. O conjunto reúne, em sua maioria, fotografias que exploram gestos cotidianos, materialidades e modos de ensinar e aprender transmitidos em família e comunidade.
A exposição se inspira nos Valores Civilizatórios Afro-Brasileiros, sistematizados pela educadora e intelectual negra Azoilda Loretto da Trindade (1957–2015), referência fundamental na pedagogia afro-brasileira. Circularidade, corporeidade, musicalidade, ancestralidade, memória, ludicidade e axé são alguns desses princípios que atravessam o trabalho de Machado, conduzindo uma poética que fala de afeto, proteção, mistério e coletividade.
Para o artista, o encontro com as pessoas e seus cotidianos é sempre ponto de partida: “Na minha fotografia, é essencial que exista a presença da confiança. As pessoas fotografadas precisam compartilhar a narrativa comigo. Quase tudo na imagem vem delas, de suas casas, de suas memórias, para que possamos criar cenas perenes”, explica.
Com curadoria de Ana Paula Lopes, assistente de curadoria na Pinacoteca do Estado de São Paulo, a exposição foi selecionada como projeto vencedor do Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia – 17ª edição.
Gestos Indizíveis surge do que Machado chama de territórios afroinventivos, espaços imaginários e poéticos que atravessam cotidiano, ancestralidade e modos de existir afro-brasileiros. Para construir essas obras, o artista desenvolveu um método de atenção aos saberes invisíveis, aprendendo com a capoeira angola, observando a oficina de solda do pai e acompanhando o trabalho diário de familiares que vendem e fabricam comida ou roupas. Esses gestos, muitas vezes sutis, se tornam material para fotografias e vídeos que exploram madeira, ferro, barro, água, fogo e outros elementos, transformando o cotidiano em narrativa estética e política.
A abertura será marcada por uma programação especial que celebra memória, ancestralidade e educação antirracista. Pela manhã, das 10h às 14h, o Galpão da Maré recebe a 5ª edição do Caruru da Gratidão, homenagem ao legado da educadora Azoilda Loretto da Trindade, reunindo oficinas para crianças e adolescentes, partilha de alimentos e o tradicional caruru, símbolo de afeto e coletividade. Ao mesmo tempo, no Cinema da Maré, a equipe de educadoras do Caruru da Gratidão conduz a Oficina Valores Civilizatórios Afro-brasileiros, a partir das 10h30, apresentando princípios como coletividade, ancestralidade e oralidade por meio de contação de histórias, músicas e brincadeiras, fortalecendo orgulho e pertencimento às raízes da ancestralidade.
Serviço
Exposições | Gestos Indizíveis
De 30 de setembro a 4 de novembro
Terça a sábado, das 10h às 18h
Período
30 de setembro de 2025 10:00 - 4 de novembro de 2025 18:00(GMT-03:00)
Local
Galpão da Maré
Rua Bitencourt Sampaio - Maré, Rio de Janeiro - RJ
Detalhes
Intitulado Mil graus, o 38º Panorama da Arte Brasileira elabora criticamente a realidade atual do país sob a noção de calor-limite — uma temperatura em que tudo derrete, desmancha e se
Detalhes
Intitulado Mil graus, o 38º Panorama da Arte Brasileira elabora criticamente a realidade atual do país sob a noção de calor-limite — uma temperatura em que tudo derrete, desmancha e se transforma. O projeto busca traçar um horizonte multidimensional da produção artística contemporânea brasileira, estabelecendo pontos de contato e contraste entre diversas pesquisas e práticas que, em comum, compartilham uma alta intensidade energética. Ao reunir artistas e outros agentes que abordam questões ecológicas, históricas, sociopolíticas, tecnológicas e espirituais, a exposição serve também como um ativador da memória e do debate público. Como conjunto, as obras driblam os limites da linguagem e seus sentidos preestabelecidos, revelando signos universais por meio de gestos e sotaques regionais. A ideia de uma temperatura oposta ao zero absoluto — ou seja, um quente absoluto — aponta os interesses destePanoramapor experiências radicais, condições extremas — climáticas ou metafísicas —, e estados transitórios — da matéria e da alma — que nos põem diante da transmutação como destino inevitável.
A série Panorama da Arte Brasileira, iniciada em 1969, é um marco na história das exposições. O primeiro Panorama da Arte Brasileira coincide com a instalação do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) em sua sede, na marquise do Parque Ibirapuera. Com o começo da reforma da marquise, em 2024, o MAM saiu temporariamente de sua sede e deve retornar no início de 2025. O calendário e todas as atividades do MAM foram mantidos graças ao apoio e acolhimento de instituições parceiras que possuem laços históricos com o museu, como a Fundação Bienal de São Paulo, que recebeu parte de sua equipe, e o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP) que, além de ceder espaço para os colaboradores, abriga o 38º Panorama da Arte Brasileira.
Desenvolvido pelos curadores Germano Dushá, Thiago de Paula Souza e Ariana Nuala, o projeto do 38º Panorama da Arte Brasileira: Mil graus parte de uma expressão coloquial que possui múltiplos significados, mas sempre com o sentido de elevada intensidade. A mostra aponta para condições marcadas pelo calor, pelo derretimento e por mudanças drásticas em qualquer matéria existente. Na presente edição, o mundo contemporâneo é observado a partir de condições extremas, tanto no sentido de questões históricas e sociopolíticas, como em relação a discussões ecológicas e tecnológicas.
O MAM tem estabelecido parcerias com as instituições do eixo cultural do Parque Ibirapuera. Realizar o 38º Panorama da Arte Brasileira no MAC USP, além de uma aproximação histórica entre as duas instituições, é um momento de integração e soma de esforços em benefício da arte e seus públicos. O MAM agradece a receptividade do MAC USP.
Serviço
Exposição | Mil graus
De 5 de outubro a 26 de janeiro de 2026
Terça a sexta, das 9h30 às 21h30, sábado e domingo, das 10h às 18h
Período
5 de outubro de 2025 09:30 - 26 de janeiro de 2026 21:30(GMT-03:00)
Local
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM SP)
Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Vila Mariana, São Paulo – SP
Detalhes
Retratando a cidade maravilhosa através da força da arte nordestina, o Museu Chácara do Céu – localizado no bairro de Santa Teresa, Rio de Janeiro – abre as portas para
Detalhes
Retratando a cidade maravilhosa através da força da arte nordestina, o Museu Chácara do Céu – localizado no bairro de Santa Teresa, Rio de Janeiro – abre as portas para a exposição inédita ‘O Rio de Ciro: A Cidade em Xilogravuras’.
Com entrada gratuita, a programação celebra a trajetória do artista plástico Ciro Fernandes e a sua paixão pelo Rio de Janeiro, por meio de 76 obras autorais que transitam entre a técnica milenar da xilogravura e demais estilos, como pinturas, calcogravuras, litogravuras e nanquim.
Pensada para todos — amantes da arte, turistas e moradores que buscam um programa cultural enriquecedor, a exposição apresenta obras que dialogam com as narrativas populares da região e revelam a versatilidade do xilogravador, pintor, ilustrador, escritor e luthier, Ciro Fernandes, em diferentes linguagens visuais.
A vernissage, que acontecerá das 12h às 16h30, no dia 18 de outubro, contará com uma recepção especial para jornalistas, amigos, admiradores e personalidades conhecidas da cena artística, com direito à coquetel e entrevistas exclusivas com Ciro Fernandes.
Ainda durante a cerimônia de abertura, os convidados poderão desfrutar de uma apresentação inédita de música brasileira, trazendo a sonoridade carioca em diálogo com a experiência visual da exposição. Na ocasião, o violonista e compositor Jean Charnaux assina um show especial com direito a uma vista deslumbrante do Rio de Janeiro.
Distribuindo as obras em diferentes núcleos temáticos, a mostra inicia com ‘O Rio de Ciro: um Caso de Amor’, que retrata a chegada do artista ao Rio de Janeiro e sua paixão pela cidade, com obras que capturam o ciclo urbano e cotidiano dos cariocas. O próximo núcleo da mostra, ‘Lapa e Seus Mistérios’, revela a atmosfera boêmia e cultural do bairro, destacando figuras icônicas como Madame Satã e eternizando a diversidade e a essência das ruas.
A exposição segue conectando o público às raízes nordestinas por meio dos núcleos ‘A Tradição Cordelista Chega à Cidade Maravilhosa’, que narra a forma como o artista retomou a xilogravura nos cordéis urbanos da capital; e ‘A Natureza Exuberante de Ciro’ (Sala Imersiva), que transporta os visitantes para dentro de uma sala de vidro com obras do artista em formato de ‘lambe-lambes’ e adesivos, permitindo que as obras dialoguem com a vista panorâmica do Rio de Janeiro.
Integrando diferentes formatos, a exposição não se restringe apenas a xilogravura, podendo também ser apreciadas as pinturas em tinta acrílica sobre tela; calcogravuras e litogravuras; ilustrações; artes em nanquim; além de capas de cordéis, LPs, matérias de jornal e livros de grandes escritores ilustrados pelo artista.
Os participantes ainda poderão se inspirar e imergir no cenário criativo de Ciro Fernandes, a partir da exibição de suas ferramentas de trabalho, como a prensa, materiais de entalhe e as matrizes de madeira das obras. Tais instrumentos auxiliaram a ditar as dimensões variadas das obras, sendo a menor com proporções de 28 x 32cm e a maior com 90 x 220cm.
Dentro da exposição, os visitantes poderão contemplar obras como Cardeal (Xilogravura – Ano 2022 – 96 x 33 cm); Massacre da Candelária (Tinta acrílica sobre tela – Ano 1990 – 80 x 120 cm); São Jorge Ogum (Xilogravura – Ano – 65 x 160 cm); Além de Amanhecer (Xilogravura – Ano 2022 – 28 x 38 cm), Lapa (Xilogravura – Ano 1979 – 65 x 96 cm), e Madame Satã (Xilogravura – Ano 1979 – 64 x 47 cm).
Como medida de democratização do acesso à cultura, a exposição contará com quatro oficinas programadas para crianças de escolas públicas da região de Santa Teresa. Usando gravuras de material reciclado (Tetrapack), os workshops trazem atividades lúdicas e culturais para as crianças, abordando a natureza do Rio de Janeiro e buscando a representação dos pássaros da cidade, à espelho do que inspira Ciro Fernandes.
Acessibilidade e inclusão na exposição nacional ‘O Rio de Ciro’
Ampliando o acesso à arte, a exibição da mostra contará com ferramentas que trazem mais acessibilidade às obras para os visitantes. As matrizes presentes possuem parte tátil que possibilitam o toque; o espaço é preenchido por placas em braille para os textos de parede, audiodescrição e legendas estendidas das principais obras. Ainda, o evento oferecerá também visitas guiadas com monitores especializados em dias específicos.
A exibição possui curadoria de Mariana Lannes, diretora de produção cultural e idealizadora de projetos artísticos, com atuação nacional em música, artes visuais, cultura popular e impacto social; além de Alessandro Zoe, que é fundador do escritório de gestão artística CRIVO, somando mais de 8 anos de experiência à frente de produções culturais em teatro, música e artes visuais.
Ciro Fernandes, no auge dos 83 anos, é um dos maiores nomes da cena artística brasileira, sendo considerado um patrimônio vivo da xilogravura no país. Com uma trajetória marcada por seus traços expressivos, por sua originalidade e pelo compromisso com a preservação das tradições nordestinas, Ciro continua a inspirar novas gerações para ampliar as fronteiras da arte popular.
O projeto é contemplado pelo edital Pró-Carioca, programa de fomento à cultura carioca, da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal de Cultura.
Serviço
Exposição | No Canto Escuro da Praia do Lázaro
De 18 de outubro à 30 de janeiro
Diariamente, das 10h às 16h30, exceto às terças-feiras
Período
18 de outubro de 2025 10:00 - 30 de janeiro de 2026 16:30(GMT-03:00)
Local
Museu Chácara do Céu
Rua Murtinho Nobre, 93 - Santa Teresa, Rio de Janeiro - RJ
Detalhes
A Galeria Kovak & Vieira, localizada nos Jardins, em São Paulo, inaugura as exposições individuais “Instantes Suspensos”, de Alexandre Skaff, e
Detalhes
A Galeria Kovak & Vieira, localizada nos Jardins, em São Paulo, inaugura as exposições individuais “Instantes Suspensos”, de Alexandre Skaff, e “Caminho”, de Rafael Calazans, conhecido como Highraff. Com curadoria de Luiza Testa, ambas permanecem abertas ao público, com entrada gratuita, até 22 de novembro de 2025.
Embora distintas em técnica e linguagem, as duas mostras se aproximam poeticamente ao abordar percepções, memórias e sentimentos que atravessam o tempo e a experiência de cada artista — criando pontos de encontro entre passado, presente e subjetividade.
Alexandre Skaff — A poética do instante
Em “Instantes Suspensos”, Alexandre Skaff apresenta 12 pinturas em óleo sobre tela que capturam fragmentos do cotidiano e transformam o comum em poético. A partir de seu arquivo pessoal de fotografias, o artista busca deter o instante efêmero — um gesto de resistência à aceleração do tempo contemporâneo.
Formado em arquitetura, Skaff transporta para a pintura seu olhar atento à luz, à composição e ao espaço, construindo camadas que evocam simultaneamente a materialidade da vida e a delicadeza da memória.
Como observa a curadora Luiza Testa, “camadas da memória se sobrepõem, criando uma sensação de nostalgia atual. Somos desafiados a distinguir o que é o passado revisto sob o olhar maduro da vida e o que ressoa de nossa própria história.”
Highraff — Do urbano ao simbólico
Em “Caminho”, Highraff apresenta 15 obras inéditas que marcam um ponto de inflexão em sua trajetória. Reconhecido por sua atuação no universo da street art, o artista leva ao ateliê uma estética que une design gráfico, abstração geométrica, arte cinética e simbologia.
Segundo Luiza Testa, “Caminho marca uma curva em sua trajetória: é o momento em que ele passa das ruas para o ateliê; isso vem acompanhado da consolidação da matemática e da geometria, que tomam um lugar antes dominado pela intuição.”
A série reflete uma busca espiritual e simbólica, na qual as formas geométricas ganham nova densidade e significado — revelando o equilíbrio entre racionalidade e emoção que atravessa a pesquisa do artista.
Serviço
Exposições | Instantes Suspensos e Caminho
De 22 de outubro a 22 de novembro
Segunda à sexta-feira das 11h30 às 19h e aos sábados das 11h30 às 16h30, domingos apenas com agendamentos
Período
22 de outubro de 2025 11:30 - 22 de novembro de 2025 19:00(GMT-03:00)
Local
Galeria Kovak & Vieira
Rua Conêgo Eugênio Leite, 150 – Jardins - São Paulo - SP









