Festival Arte Serrinha: Auditório do Parque Natural, que abriga os shows da programação/Foto: Flavio Nogueira
Auditório do Parque Natural, que abriga os shows da programação/Foto: Flavio Nogueira

Em 2020, a pandemia restringiu o Festival Arte Serrinha, em Bragança Paulista (SP), a uma programação híbrida, que mesclou lives, residências e oficinas, e teve como destaque a inauguração da land art Terzo Paradiso, do italiano Michelangelo Pistoletto. No ano passado, ainda por conta das restrições sanitárias, foi feita apenas uma exposição retrospectiva das duas décadas de atividades do festival, fundado por Fabio Delduque, artista visual e seu diretor artístico, pelo jornalista Marcelo Delduque e o empresário Carlão de Oliveira.

Para compensar, o evento chega neste ano à sua 20ª edição, totalmente presencial, com atividades que se estendem para além das fronteiras de seus endereços recorrentes – o bairro Serrinha, no qual ficam a fazenda de mesmo nome, onde nasceu o projeto, e o Galpão Busca Vida, além do bairro Água Comprida. Um dos destaques do evento é a exposição Brasis – Expedição Serrinha, com obras inéditas exibidas entre o Centro Cultural Teatro Carlos Gomes – que nas duas primeiras edições do festival, quando ainda era uma construção abandonada, recebeu parte de sua programação – e o novo Parque Natural Arte Serrinha.

A mostra é fruto de viagens feitas ao longo de quatro anos, em quatro estados brasileiros (Pará, Pernambuco, Minas Gerais e São Paulo), por um grupo multidisciplinar: o maestro e pianista Benjamim Taubkin, o cineasta Beto Brant, o escritor Diógenes Moura, o designer e escultor Hugo França, a artista visual Laura Vinci, a coreógrafa Lú Brites, o fotógrafo Luiz Braga, a cozinheira Neka Menna Barreto, o estilista Ronaldo Fraga, e o próprio Delduque, que também assina a curadoria. Todos participaram dos quatro roteiros.

O objetivo da expedição foi percorrer regiões que traduzem os grandes ciclos econômicos do País e sua diversidade cultural, como a Zona da Mata Sul (PE) e seus engenhos de cana-de-açúcar; a Ilha do Marajó (PA), com a história da borracha e dos vaqueiros marajoaras; a Serra da Moeda (MG), marcada pela mineração e exploração do ouro, e finalmente a Serrinha (SP), uma região cafeeira. O resultado dessas experiências são fotografias, pinturas, esculturas, filmes, instalações, roupas, croquis, músicas, textos e registros de performances produzidas pelos artistas.

A programação completa, até o encerramento, pode ser conferida no site do Festival Arte Serrinha. Entre as atrações dos próximos dias estão o desfile Brasis, de Ronaldo Fraga, que acontece às 16h, no Centro Cultural Teatro Carlos Gomes, e o show do grupo Bala Desejo com o DJ Dolores, às 23h, no Galpão Busca Vida, ambos no sábado (23/7). No dia 27/7, às 21h, haverá a exibição do filme Modo Ave, Expedição Serrinha, de Beto Brant, no ateliê da Fazenda Serrinha. Para o último dia (30/7), destaque para a apresentação de Otto com o DJ Davida, no Galpão Busca Vida, a partir das 23h.

SERVIÇO

20º Festival Arte Serrinha

Até 30/7

Fazenda Serrinha, Parque Natural Arte Serrinha – bairro Serrinha, Bragança Paulista (SP)

Ingressos: para shows e Parque Natural Arte Serrinha, acesse sympla.com.br.

Exposição Brasis – Expedição Serrinha

Até 28/8

Centro Cultural Teatro Carlos Gomes – centro de Bragança Paulista (SP)

Ingressos: gratuitos

Horários: de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h; aos sábados e domingos, das 10h às 17h


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