Exposição "Um olhar afetivo para a arte brasileira: Luiz Buarque de Hollanda"
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A Flexa tem o prazer de anunciar sua terceira exposição, intitulada Um olhar afetivo para a arte brasileira: Luiz Buarque de Hollanda, com curadoria de Felipe Scovino e expografia de Daniela Thomas. A
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A Flexa tem o prazer de anunciar sua terceira exposição, intitulada Um olhar afetivo para a arte brasileira: Luiz Buarque de Hollanda, com curadoria de Felipe Scovino e expografia de Daniela Thomas. A mostra examina a figura de Luiz Buarque de Hollanda (1939-1999), advogado e colecionador que criou, com o sócio Paulo Bittencourt (1944-1996), a Galeria Luiz Buarque de Hollanda & Paulo Bittencourt, cuja atuação se deu entre 1973 de 1978, no Rio de Janeiro.
Ao longo de mais de 3 décadas, Luiz Buarque de Hollanda foi nome central do colecionismo no Brasil, além de pioneiro na colaboração com projetos de artistas que se tornariam seminais para a história da arte brasileira. Entre eles, destacam-se nomes como Carlos Vergara, Carlos Zilio, Cildo Meireles, Debret, Glauco Rodrigues, Iberê Camargo, Iole de Freitas, J. Carlos, Mira Schendel, Rubens Gerchman, Sergio Camargo, Thereza Simões e Waltercio Caldas. A programação reunia diferentes gerações, fazendo coabitar em seu espaço vanguarda e tradição.
Reunindo cerca de 150 obras de artistas presentes na coleção e nas exposições promovidas, a mostra se divide em 4 núcleos de interesse do colecionador-galerista. São eles: Paisagem: do encantamento à hostilidade, Aproximações improváveis: o retrato entre o social e o libidinoso, Corpo partido e Linguagens construtivas e desdobramentos disruptivos.
De acordo com Scovino, “a presente exposição investe, tanto curatorial quanto expograficamente, em como Luiz adquiria, organizava e mostrava a sua coleção. Ele se cercava daquilo que lhe dava prazer e conscientemente construía um modo muito singular de olhar para a arte brasileira. A galeria do qual foi sócio nos anos 1970 foi inovadora ao responder pela interdisciplinaridade de gerações, mas, acima de tudo, na constituição de um ambiente acolhedor e próximo aos artistas. Sua imagem e memória estão ligadas ao campo do afeto e da inteligência.”.
A amizade de Luiz com os artistas e sua paixão pela arte podem ser exemplificadas na generosidade em produzir edição de obras especiais, como um livro de Mira Schendel – que hoje integra a coleção do MoMA em Nova York – e o disco Sal sem carne, de Cildo Meireles, ambos nos anos 1970. Luiz teve participação direta na edição dos exemplares do Livro-obra de Lygia Clark, em 1984 ,e na pesquisa, junto com Noêmia Buarque de Hollanda, para exposição e catálogo da retrospectiva da mesma artista, que começou em 1997 na Fundación Tàpies (Barcelona) e circulou por 5 países.
A exposição na Flexa conta ainda com farta documentação: impressos, cartazes, convites, críticas e notícias sobre as exposições. O material nos recorda como a galeria foi um local de convívio e reflexão, que reuniu artistas, colaboradores e público interessado em debater o cenário das artes. Lá foram realizadas não apenas exposições e performances, como também sessões de apresentação de audiovisuais, debates, cursos, entre outros. Dessa forma, a exposição Um olhar afetivo para a arte brasileira: Luiz Buarque de Hollanda trata de lançar um olhar sobre uma figura que colaborou com a construção do meio de arte brasileiro, colecionando, exibindo e fomentando uma produção que, naquele momento, ainda não havia sido devidamente assimilada pelo incipiente mercado.
Serviço
Exposição | Um olhar afetivo para a arte brasileira: Luiz Buarque de Hollanda
De 14 de dezembro a 29 de março
Segunda a sexta, 10h às 19h, Sábado, 13h às 18h
Período
14 de dezembro de 2024 10:00 - 29 de março de 2025 19:00(GMT-03:00)
Local
Flexa Galeria
Rua Dias Ferreira, 214, Leblon - RJ