Exposição "A poética de Tunga – uma introdução"
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Em celebração aos 10 anos do Centro Cultural Instituto Ling, recebemos exposição A poética de Tunga – uma introdução. Com curadoria de Paulo Sergio Duarte, a mostra apresenta uma seleção
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Em celebração aos 10 anos do Centro Cultural Instituto Ling, recebemos exposição A poética de Tunga – uma introdução. Com curadoria de Paulo Sergio Duarte, a mostra apresenta uma seleção de 60 obras bidimensionais de diferentes fases, grande parte delas inéditas, bem como esculturas pertencentes ao acervo do Instituto Ling, expondo temas e conceitos que atravessam toda a poética do artista. Esta é a primeira exposição individual de Tunga na cidade de Porto Alegre, considerado uma das figuras mais emblemáticas da cena artística nacional.
A poética de Tunga – uma introdução
Tunga é como um tecelão, construindo um belíssimo e infindável tapete: sua obra, que nunca estará concluída, é constituída de diversas linhas que se entrelaçam e se emaranham, tal como no conceito de entrelaçamento quântico, segundo o qual o estado quântico de dois objetos só pode ser descrito globalmente, sem separar um objeto do outro, mesmo que estejam espacialmente separados.
Esse tecelão, a quem os conceitos de linha e de contínuo são tão caros, não trabalha com linhas materiais. Engana-se quem vê a linha contínua dos desenhos como um atrativo plástico. Ela é a isca que, ao nos fisgar, nos prende no anzol da sedução, na sua inexorável beleza, tão inteligente e atual. Corpos que se separam, se unem e se reencontram nas genitálias. Bem antes do desenho, antes de tudo, o artista tece com linhas de ideias da psicanálise, da física, da matemática e da filosofia; seu tapete se deixa banhar e tingir pela filosofia, pela literatura e pela poesia.
Paulo Sergio Duarte
Curador
Entre os trabalhos dos anos 1970, é possível perceber que o artista realiza investigações sobre o corpo e uma espécie de “erotismo mental”, materializado por meio de desenhos abstratos. A década seguinte é marcada pela pesquisa em torno da ideia da “tríade”, representada na mostra pela série bidimensional A Vanguarda Viperina, de 1985, concebida paralelamente à performance de mesmo título. Em seguida, Tunga começa a explorar o magnetismo, especialmente por meio da produção dos TaCaPes, constituídos por ímãs. Já a pintura sobre papel Palíndromo Incesto, que dialoga com a série de esculturas de mesmo nome, revela o período em que Tunga se aprofunda no tema da palindromia, da via de dois lados e na ideia de eterno retorno. Os desenhos e gravuras da série From ‘La Voie Humide’ desdobram-se em instalações a partir dos anos 2010, destacando os estudos do artista relacionados à alquimia, simetria e espelhamento. O público poderá conferir também desenhos que fazem referência à instalação Gravitação Magnética, exposta na 19ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1987.
No dia da abertura, 5 de novembro, terça-feira, às 19h, teremos uma conversa aberta ao público, com participação de Antônio Mourão, cofundador do Instituto Tunga e filho do artista, ao lado de Clara Gerchman, cofundadora e gestora do Acervo do Instituto Tunga. Para participar, basta fazer a inscrição prévia e sem custo pelo site.
A mostra fica em cartaz até 8 de março de 2025, com visitas livres de segunda a sábado, das 10h30 às 20h, e a possibilidade de visitas com mediação para grupos, mediante agendamento prévio e sem custo pelo site.
Serviço
Exposição | A poética de Tunga – uma introdução
De 05 de novembro a 08 de março
Segunda a sábado, das 10h30 às 20h
Período
5 de novembro de 2024 10:30 - 8 de março de 2025 20:00(GMT-03:00)
Local
Instituto Ling
Rua João Caetano, 440 – Três Figueiras – Porto Alegre - RS