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INSTITUIÇÕES CEARÁ POLÍTICA CULTURAL











































 Visão geral da mostra Amar se aprende amando, dedicada ao artista cearense Antonio Bandeira  Acima, vista da mostra sobre a obra de Aldemir Martins, com a obra No lápis da
                                                    vida não tem borracha; abaixo, Clébson Francisco, Independência e morte, 2019



 a atual gestão Do governo Do Ceará está deixando   Essa política começou a se definir já em 2016,   miCroministério
 como legado um impressionante patrimônio cultural em   quando Juca Ferreira era ministro da Cultura, em   Se no nível federal houve desmonte, as secretarias
 museus e equipamentos culturais que totalizam nada   meio ao golpe contra a presidenta Dilma Rousseff. “O   estudais, como a do Ceará, assumiram o papel de
 menos que mais de 100 mil m2, somando-se a área da   último ato do Juca foi a convocação de uma reunião   “microministérios”, também na definição de Fabiano:
 Estação das Artes, onde se encontra a Pinacoteca do   do Conselho Nacional de Política Cultural porque   “E o Nordeste acabou exercendo a função de uma
 Ceará, do Centro Cultural Cariri e do renovado Museu   nós sabíamos que era importante criar um ambiente   luz acesa no Brasil, assumindo a resistência cultural,
 da Imagem e do Som Chico Albuquerque (mis).  de resistência”, conta Fabiano, que foi o presidente   com os princípios da cidadania e diversidade, das
  São números impressionantes especialmente após   deste Conselho durante os anos Temer. Em 2016, o   políticas afirmativas e da livre expressão do pensa-
 a política de terra arrasada na cultura empreendida pelo   presidente chegou a extinguir o Ministério da Cultura,   mento e da criação gestadas durante o exercício de
 governo federal que se encerra em 2022, tendo reduzido   mas voltou atrás após uma semana de protestos.  Gilberto Gil como ministro.”
 a liberação de recursos na lei de Incentivo à Cultura da   Esse contexto é importante para se apontar   Fabiano também credita à própria formação do
 ordem de R$ 241 milhões por ano para R$ 36 milhões,   como a criação desses novos equipamentos faz   governador Camilo Santana, o interesse e a valori-
 segundo dados obtidos pelo governo de transição.  parte da percepção da importância de políticas de   zação na cultura na gestão. “Tivemos a sorte de ter
 Essa conquista cearense é fruto de um “ambiente   Estado em tempos de crise, que se tornaram mais   um governador que compreende o papel e o local
 de resistência”, como define o secretário de Cultura   graves com a própria extinção de fato do Ministério   da cultura”, diz ele, expressando em números essa
 do Estado do Ceará, Fabiano Piúba, há sete anos no   da Cultura na gestão Bolsonaro. “O Ministério foi   percepção: o Ceará saiu de um orçamento anual
 cargo. Ele começou como secretario adjunto no início   reduzido a uma secretaria muito pequena e refun-  da cultura da casa de R$ 63 milhões para quase R$
 da primeira gestão de Camilo Santana, que teve início   dá-lo agora vai dar muito trabalho”, prevê Fabiano.   FOTOS: MARÍLIA CAMELO | FABIO CYPRIANO  300 milhões em 2022. Assim, em oito anos, o inves-
 em 2015, e no ano seguinte já se tornou secretário. Após   Mesmo assim, o Fórum Nacional de Secretários   timento em cultura superou R$ 1,3 bilhões. São Paulo,
 dois mandatos, Camilo foi eleito agora senador pelo   de Cultura obteve ganhos importantes através do   com um orçamento de R$ 82 bilhões – o do Ceará
 Ceará e sua vice, Izolda Cela, inaugurou os novos equi-  Congresso Nacional, por meio da Lei Aldir Blanc,   é três vezes menor, da ordem de R$ 28,7 bilhões –,
 pamentos entregues, como a Pinacoteca, em dezembro.  que conseguiu R$ 3 bilhões para o setor.  repassou para a cultura, em 2022, R$ 645 milhões.

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